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sábado, 12 de março de 2022

O FUTEBOL PORTUGUÊS É UM NOJO, ANDAM DOIS GATUNOS À SOLTA



Mais de 90 minutos de jogo com menos um elemento em campo pela expulsão de Taarabt, decisões polémicas e inexplicáveis da equipa de arbitragem liderada por Manuel Oliveira e do VAR André Narciso, e os golos de Cassiano e do estreante Henrique Araújo são momentos relevantes no filme do empate do Benfica (1-1) na receção ao Vizela, em encontro da 26.ª jornada da Liga Bwin.

Diogo Gonçalves surgiu no onze inicial escalado pelo técnico Nélson Veríssimo, em detrimento de Everton, enquanto Valentino jogou sobre a direita e Morato no eixo central com Vertonghen, isto nos lugares de Gilberto e Otamendi, respetivamente, face ao duelo com o Portimonense, onde Yaremchuk foi titular, algo que não aconteceu perante o Vizela, que marcou o regresso de Darwin, o goleador da Liga, à titularidade.
Mas a estratégia encarnada para o encontro foi abalada aos 7', num lance incontornável para aquele que acabou por ser o desenrolar do jogo. Taarabt atingiu de sola Sarmiento, o árbitro Manuel Oliveira exibiu o cartão amarelo, porém, o VAR André Narciso alertou o juiz do Porto e este expulsou o internacional marroquino.
Nélson Veríssimo, com menos uma unidade, promoveu o recuo de Gonçalo Ramos para a linha média, alinhando num 4x4x1. Aos 9' Gonçalo Ramos deu um sinal de perigo ao ver o seu remate bloqueado por um defensor contrário, isto antes de dois lances contestados na zona de rigor do Vizela. Primeiro, aos 10', Darwin caiu na área sobre o lado direito do ataque (ver vídeo abaixo); no seguimento da jogada foi Grimaldo, no minuto seguinte, a cair no lado oposto. Os protestos não foram atendidos e André Narciso, desta feita, não alertou Manuel Oliveira.
Com o Benfica ainda em fase de adaptação às contingências do jogo, Sarmiento, aos 16', rematou fora da área para defesa segura de Odysseas. Os forasteiros procuraram gerir a posse de bola pela certa, enquanto o Glorioso, com linhas compactas, olhou para as arrancadas das suas unidades mais adiantadas como meio preferencial para ferir o último reduto contrário.
Aos 27', Darwin saiu disparado para a baliza contrária, escapou ao marcador direto, e frente a Pedro Silva picou-lhe a bola para a pequena área, onde Claudemir chegou primeiro do que Gonçalo Ramos, que estava preparado para empurrar a mesma para o fundo da baliza.
Vertonghen, aos 32', cabeceou torto e ao lado, e Weigl, aos 34', a cruzamento de Grimaldo, num canto curto da direita, bateu mal na bola em boa posição na área. Esta saiu ao lado. O Vizela respondeu com o remate de Sarmiento, aos 35', na área, para defesa apertada de Odysseas.
As duas grandes oportunidades de golo do Benfica no primeiro tempo surgiram logo a seguir. Aos 42', um cruzamento preciso de Valentino e correspondido de cabeça por Darwin à entrada da pequena área levou a defesa de Pedro Silva com o peito, como um guarda-redes de andebol. No segundo dos dois minutos de descontos foi Morato que desviou para fora, na pequena área, um canto batido por Grimaldo, em que a bola foi desviada ao primeiro poste de cabeça por Gonçalo Ramos.
A segunda parte começou com o Vizela a procurar pressionar o Benfica, isto logo após as duas alterações promovidas pelo técnico Álvaro Pacheco, com as entradas de Nuno Moreira e Marcos Paulo para os lugares de Osama Rashid e Sarmiento. Weigl, aos 46', anulou um cruzamento perigoso de Cassiano. Dois minutos depois uma arrancada de Rafa deixou Darwin solto à direita na área minhota, mas Pedro Silva saiu-lhe aos pés e cortou a bola.
Kiko Bondoso, de cabeça na pequena área, aos 51', desviou a bola por cima, e Nuno Moreira, aos 54' e 55', rematou na área encarnada, com o segundo destes disparos a acabar nas mãos de Odysseas.
Nélson Veríssimo, aos 64', lançou Meïte no jogo, preterindo Diogo Gonçalves, e no minuto seguinte viu o Vizela a adiantar-se no marcador. Koffi Kouao cruzou da direita e Cassiano emendou à entrada da pequena área para o 0-1. O Benfica foi para cima do Vizela e, aos 73', Meïte atirou forte, fora da área, à barra da baliza de Pedro Silva. No mesmo momento, mais uma situação em prejuízo do Benfica na área do Vizela, com Ofori a jogar a bola com o braço esquerdo, sem que Manuel Oliveira nem o VAR André Narciso tenham registado a infração (ver vídeo abaixo).
Henrique Araújo foi a jogo aos 74' e no minuto seguinte estreou-se a marcar pela equipa principal do Benfica. O avançado madeirense fez a recarga ao remate de Gonçalo Ramos e levou a Luz ao rubro (1-1). Os adeptos do Benfica empurraram a equipa para a frente e esta correspondeu com raça e abnegação, entre (mais) decisões polémicas da equipa de arbitragem. Darwin atirou forte por cima aos 79', Rafa, aos 80', viu Kiko Bondoso tirar-lhe a bola de golo em cima da linha de baliza, após uma excelente arrancada do internacional português.
Com Everton no lugar do esgotado Gonçalo Ramos, aos 88', as águias voltaram a estar perto do golo em mais três ocasiões, duas delas negadas com excelentes intervenções do guarda-redes Pedro Silva. Primeiro, Henrique Araújo, aos 90', trabalhou bem na área, ludibriou um defesa contrário e atirou para a defesa do guardião forasteiro.
Grimaldo, aos 90'+7', de livre direto, levou a bola a passar perto da barra da baliza contrária. No último dos 11 minutos de período de compensação (inicialmente Manuel Oliveira indicou oito), também eles marcados por muitas paragens, Darwin, pela esquerda, ganhou espaço na área, escapando a um defesa contrário, e atirou para Pedro Silva fazer a defesa que impediu o Benfica de somar os três pontos.
As águias voltam a jogar na terça-feira, 15 de março, às 20h00, em Amesterdão, frente ao Ajax, em encontro referente à segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

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