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quinta-feira, 7 de abril de 2022

O BENFICA EUROPEU QUE QUEREMOS

 


"Ontem, frente a um poderoso Liverpool, houve momentos que nos fizeram sonhar. A equipa do Benfica, a espaços na segunda parte, demostrou a mentalidade competitiva que há muito lhe exigíamos. Com essa atitude estaríamos hoje facilmente isolados no primeiro lugar do campeonato nacional.
O fantástico apoio vindo das bancadas, elogiado inclusive por adeptos dos “Reds” que estiveram presentes no estádio, foi também determinante para a reação aos dois golos sofridos ainda no decorrer do primeiro tempo. O resultado acabou por ser negativo, é um facto, mas os jogadores saíram do relvado de cabeça erguida e o Benfica dignificado.
Não querendo desculpabilizar a derrota, há, ainda assim, alguns lances, uns por erros grosseiros de arbitragem e outros por inaptidão e/ou falta de capacidade nossa, que ajudaram a ditar o resultado final:
1) Na 1ª parte, Rafa meteu a 5ª entre os centrais do Liverpool e foi travado por Ibrahima Konaté, que com o braço o impede de progredir. O extremo do Benfica ficaria isolado. Amarelo que ficou por mostrar ao defesa central francês.
2) No minuto 67, Darwin Núñez irrompeu pela área e acabou por ser derrubado num duelo com Van Dijk. Penálti claríssimo que ficou por assinalar e cartão vermelho por exibir ao central holandês. Vergonhoso como nem o árbitro, que se encontrava de frente, bem posicionado e com ângulo de visão descoberto, nem VAR tiveram coragem de o marcar.
3) Vlachodimos muito mal batido no lance do 3º golo do Liverpool. Essa má abordagem poderá ter sentenciado a eliminatória. O guarda-redes do Benfica tinha tudo para chegar primeiro à bola, mas travou a marcha e ficou a meio do caminho. Não merece, no entanto, ser crucificado pelo erro, teve outras intervenções importantes ao longo da partida.
4) A arbitragem de Jesús Gil Manzano, árbitro internacional espanhol, no cômputo geral foi tendenciosa e em momentos cruciais inclinou o campo a favor da equipa visitante. Nada a que não estejamos já habituados, infelizmente.
No final, ficou um sabor agridoce. Apesar das enormíssimas diferenças de qualidade, de andamento competitivo e de experiência a este nível entre ambas as equipas, o resultado acabou por ser injusto: o empate ou uma derrota pela margem mínima ajustavam-se melhor.
Destacar também as exibições de Darwin, Julian Weigl e Gilberto.
Darwin merece todos os elogios e mais alguns. O jovem de 22 anos leva já 28 golos na presente temporada. Marcou nos oitavos e nos quartos de final da Liga dos Campeões. A sua evolução tem sido estrondosa. Será uma pena não contar com este talento na próxima época.
Weigl deu uma “masterclass” de como jogar sob pressão, com qualidade técnica para segurar a bola em momentos cruciais e com a visão de jogo para obliterar a primeira linha de pressão do Liverpool com passes entre linhas.
Em relação Gilberto, a alma que tem compensa sobremaneira as suas limitações. Deixou em campo tudo o que tinha para oferecer ao jogo. Merece continuar a jogar de águia ao peito.
É o Benfica da segunda parte que queremos - destemido, pressionante e intenso. Se o nível de entrega for este em todos os jogos estaremos sempre mais perto de vencer.
Que Rui Costa consiga dotar o plantel de qualidade inquestionável para que o próximo treinador consiga montar uma equipa à Benfica, com capacidade para ombrear com os maiores da Europa e vencer todas as competições nacionais.
Vamos Benfica!"

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