Mereciam e fizeram por mais!
O Benfica perdeu por 1-3 frente ao Liverpool em jogo da 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
Consciente das virtudes e ciente das fraquezas, o Benfica saiu derrotado por 1-3 frente ao Liverpool na 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, numa noite de casa cheia, entusiasta, em que as águias mereciam melhor sorte no jogo. Ficou a capacidade de luta e a abnegação perante um dos principais candidatos à conquista da prova, além da questão: como seria o jogo e a eliminatória se tivesse sido assinalado e concretizado o penálti sobre Darwin ao minuto 67?
Os regressos de Taarabt e Darwin à equipa titular foram as mudanças promovidas pelo técnico Nélson Veríssimo face à equipa que jogou em Braga, na última jornada da Liga, e cada um deles surgiu com perspetivas distintas de atuação frente ao Liverpool.
Com o poderio da formação inglesa reconhecido por todos, o 4x4x2 no papel encarnado transformou-se sempre em 4x5x1, com recuo de Gonçalo Ramos para o setor intermediário. Aqui, Taarabt tinha como missão o apoio a Weigl, mas também o cenário de vislumbrar a profundidade que Darwin, a solo no ataque, pudesse dar, tal como Rafa. Estas foram as armas iniciais de um Benfica que procurou, primeiro, ser compacto.
Aos 6' Darwin explorou precisamente o lado esquerdo da defesa contrária para criar um cruzamento que Everton não conseguiu emendar ao segundo poste. O Liverpool solicitou Salah três vezes nos primeiros minutos e a última das quais, aos 8', viu o internacional egípcio a não conseguir dominar a bola na cara de Odysseas.
Aos 9', Salah, de novo, atirou com perigo para o desvio com o pé esquerdo do guardião das águias. Keïta, primeiro, Salah, a seguir, aos 12', voltaram a testar a atenção do último homem das águias. Thiago Alcántara, aos 15', rematou forte e por cima em posição frontal.
O Benfica começou a sentir o peso do futebol forasteiro, sobretudo quando, aos 17', Konaté, de cabeça, após canto de Robertson na esquerda, abriu o ativo (0-1). Everton saltou com o central nas costas de Vertonghen e pouco podia fazer para contrariar a execução e respetiva finalização. Keïta, logo a seguir, aos 20', também cabeceou na área, mas sem o mesmo sucesso.
Everton deu um sinal de resistência das águias aos 23', com um remate à malha lateral da baliza de Alisson. As variações de flanco e a certeza do passe dos reds colocaram sempre em sentido as saídas do Benfica para o ataque, e aos 33' foi na marcação de um pontapé de canto que se vislumbrou a possibilidade de festejos benfiquistas. Otamendi, no entanto, não conseguiu cabecear convenientemente na pequena área.
A resposta dos homens de Jürgen Klopp foi letal. Lançamento longo para Luis Díaz, que, na área, descaído sobre a esquerda, assistiu Sadio Mané. Este só teve de encostar perante o desamparado Odysseas (0-2).
Everton, aos 37', rematou sobre a esquerda à figura de Alisson e dois minutos depois foi Luis Díaz a colocar a bola perto do poste direito de Odysseas. O guarda-redes encarnado voltou a mostrar-se aos 45'. Num minuto frenético, primeiro foi Salah a surgir isolado e a atirar contra o camisola 99; na resposta coube a Rafa, na área, perante a pressão de Van Dijk, rematar em zona perigosa por cima da baliza de Alisson.
Como cresceu o Benfica na segunda parte! A olhar mais para a baliza contrária, na procura de entrar na discussão do resultado, as águias reduziram aos 49'. Incursão veloz de Rafa pela direita, cruzamento rasteiro para o segundo poste e Darwin, aproveitando o erro e atrapalhação de Konaté, bateu Alisson (1-2).
A Luz empolgou-se, os jogadores também e o Benfica forçou os ingleses a trabalhos. Darwin, em velocidade e na passada, aos 52', atirou por cima em posição frontal e fora da área. O goleador ameaçou de novo, aos 55', de cabeça a cruzamento de Rafa na direita.
Uma das grandes oportunidades de golo para os da casa surgiu aos 60'. Everton, no corredor central, rematou forte e rasteiro para defesa apertada de Alisson. Van Dijk abria os braços e questionava os colegas sobre o que se passava no jogo, o Benfica estava por cima e o técnico alemão Jürgen Klopp mostrou-se inconformado com o que via. E agiu. De uma assentada Thiago Alcántara, Sadio Mané e Salah deram os lugares a Henderson, Diogo Jota e Roberto Firmino. Mas o Benfica manteve-se compacto na procura do empate.
Podia ter chegado aos 67': um lance polémico na área do Liverpool passível de grande penalidade passou em claro. Tudo começou num lançamento para Darwin, no corredor esquerdo, com o camisola 9 a galgar metros e a entrar na área. Já perante Van Dijk, tirou-lhe a bola do caminho, sendo impedido pelo braço esquerdo do central neerlandês de avançar para a finalização. O público da Luz protestou, os jogadores encarnados também, mas Gil Manzano mandou seguir e o VAR Alejandro Hernández não entrou em ação.
Nélson Veríssimo lançou Meïte no posto de Taarabt aos 70' e o Liverpool fez o primeiro remate na segunda parte aos 82', segundos antes de o técnico procurar a felicidade com a entrada de Yaremchuk. Aos 86' João Mário ainda foi a jogo, mas no minuto seguinte, aos 87', Luis Díaz definiu o resultado, surgindo na cara de Odysseas e ultrapassando-o (1-3). Aos 90'+7', Diogo Jota ainda teve oportunidade para marcar, mas o guardião das águias voltou a bloquear o disparo.
O Benfica avança para a 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, em Anfield Road, na quarta-feira, 13 de abril, às 20h00, com uma desvantagem de dois golos, sendo que antes, no sábado, às 18h00, no Estádio da Luz, receberá o B SAD, em jogo da 29.ª jornada da Liga Bwin.
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