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segunda-feira, 18 de julho de 2022

O MITO, A FAMOSA "AMARELINHA", DROGADOS E BURLÕES?

 


Mais um episódio negro no historial de drogas nos atletas do FC Porto.

A Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP) avançou com a inédita suspensão provisória de oito ciclistas da W52-FC Porto e dois elementos do staff devido à falta de justificação convincente para o material suspeito encontrado na posse dos corredores aquando da ‘Operação Prova Limpa’.
Recorde-se que, a 4 de maio, a W52-FC Porto regozijava-se, em comunicado, sobre os testes feitos aos corredores durante as buscas, 10 dias antes. «Os resultados integralmente negativos dos testes antidoping realizados a todos os atletas da W52-FC Porto e a confirmação da completa regularidade dos respetivos passaportes biológicos são notícias positivas que justificam a confiança que o FC Porto deposita nos ciclistas e que abrem a perspetiva de continuidade do sucesso alcançado nos últimos oito anos», escreveram os azuis e brancos.
Volvidos dois meses, vem agora a saber-se que nas buscas realizadas pela PJ a 24 de abril, nomeadamente num hotel onde a equipa estava a estagiar, além de substâncias consideradas dopantes (como medicamentos proibidos), foram encontrados sacos de sangue e centenas de seringas. Estes sacos de sangue terão, pelo que consta, servido para aumentar a performance desportiva através de transfusões autólogas e/ou para falsificar os resultados antidoping que deram negativo.
Além de drogados são, portanto, burlões.
Infelizmente estes casos não são isolados. Walter Casagrande já havia dito, em 2013, que consumia drogas e substâncias dopantes a mando do FC Porto, na época 1986/87. «Usei umas quatro vezes. É uma situação que me envergonha, o que menos gosto de lembrar. Atrapalha-me muito mais do que pensar em todas as drogas que tomei. Era injetado e dava uma disposição acima do normal. Controlo antidoping? Não havia disso no FC Porto», disse o ex-jogador.
Os anos passam e nada muda. Este é o verdadeiro ADN do FC Porto: a “amarelinha”, a medicina chinesa, as urinas trocadas, os sacos de sangue, as seringas, a cumplicidade com elementos da Unilabs, etcétera.
É imperativo que exista uma restruturação no desporto português. A batota, os compadrios e os poderes instalados têm de ter um fim. Só assim poderemos almejar por um desporto mais limpo e mais transparente.

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