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terça-feira, 18 de outubro de 2022

ERC E O PORTO CANAL

 


"O que foi ouvido em tribunal relativamente aos comportamentos e práticas no Porto Canal, à pressão exercida sobre os seus diretores editoriais e à forma como se enviesavam alinhamentos – pela boca das próprias vítimas, note-se – obriga a que a Entidade Reguladora Para a Comunicação Social entre em ação em curto espaço de tempo. Chame quem tiver de chamar e ouça quem tiver de ouvir, mas 𝘂𝗺𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗹𝗲𝘃𝗶𝘀ã𝗼 (𝗻𝗼 𝗰𝗮𝘀𝗼) 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗻ã𝗼 𝗽𝗼𝗱𝗲 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿 𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁𝗶𝗼𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗼 ó𝗿𝗴ã𝗼 𝗿𝗲𝗴𝘂𝗹𝗮𝗱𝗼𝗿. Estamos perante um caso de polícia? Sim, claramente. É um caso para os tribunais? Como se vê. Mas é, também, um caso para a tutela.
O 'Jogo’ e o ‘JN’ escondem a atualidade:
Sabemos que os compradores em papel escasseiam. São cada vez menos, é verdade, mas ainda existem. 𝗘 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗽𝗮𝗴𝗮 𝘁𝗲𝗺 𝗱𝗶𝗿𝗲𝗶𝘁𝗼 𝗮 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗿 (𝗲 𝗮 𝗹𝗲𝗿) 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗮𝗶 𝗮𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗰𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗼 ‘𝗖𝗮𝘀𝗼 𝗱𝗼𝘀 𝗘𝗺𝗮𝗶𝗹𝘀. Há dois títulos editoriais, contudo, a pensar de outra forma. Por quanto tempo mais irão ‘O Jogo’ e o ‘Jornal de Notícias’ continuar a ignorar o processo em causa e as declarações danosas para a instituição FC Porto que ali têm sido ditas pelas testemunhas?"

2 comentários:

  1. Todas as tutelas em Portugal são incompetentes, cúmplices ou criminosas.

    A ERC, por inação no caso do Porto Canal, com divulgação de notícias falsas e pressão sobre jornalistas.

    A CMVM por inação relativamente à não divulgação de um acordo entre Textor, o BCP e a Sporting SAD, para compra das VMOC.

    Também a CMVM, ao não obrigar o FCP e a FCP SAD à comunicação de um R&C corrigido, depois de concluir erros grosseiros na contabilização das negociatas feitas com Vitória de Guimarães e Sporting, na compra e venda de jovens jogadores por valores artificiais.

    A Federação Portuguesa de Futebol, por pactuar ativamente na elaboração de um contrato absolutamente ilegal com o selecionador nacional.

    Também a Federação, por inação gravosa na sequência do caso Palhinha, em que um assunto da justiça desportiva foi escandalosamente tratado na justiça civil - contra todas as normas da FIFA.

    A Liga, por inação na defesa da competição aquando da divulgação, de forma ilegal e deturpada, pela comunicação do FCP (incluindo o seu canal oficial) de conteúdos privados e confidenciais, do Benfica.

    A mesma Liga, por total inação, na defesa da competição, quando se soube que o FCP tinha tido acesso, de forma ilegal e criminosa, a informação privada e sigilosa, de natureza desportiva, contratual e até dados médicos dos atletas de um seu rival, o Benfica.

    Novamente a Liga, mais a Federação, por não agir na defesa da competição e da concorrência leal, ao permitir que uma SAD - a do Sporting - consiga competir, sem punições nem consequências, quando beneficia de um perdão bancário inexplicável e não solidário (vide o comportamento quando algo semelhante aconteceu com o Vitória Setúbal).

    A tutela do Governo, por inação total perante atos públicos e despudorados, de violência, coação e intimidação, por parte de agentes desportivos ligados ao FCP e da da claque oficial (agressão a jornalistas e repórteres de imagem, bonecos enforcados na via pública, presença de adeptos proibidos de assistir a jogos no interior do Estádio do Dragão, etc., etc.).


    Todas falham. Todas se ajoelham e beijam ao mão ao Papa do Norte, todas fecham os olhos às sucessivas artimanhas financeiras e malabarismos legais em Alvalade.

    É ver o que acontece em Inglaterra. Ainda hoje, a punição ao Manchester United, por comportamento incorreto dos atletas.

    Não é à toa que o futebol jogado na Premier League parece um desporto diferente do nosso.

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