"O Porto Canal - canal de televisão subsidiado com os impostos dos Portugueses e por apoios das Câmaras Municipais nortenhas - decidiu (sabe-se lá a mando de quem) passar em revista a vida do comentador Rui Santos, expondo não só a sua privacidade, bem como a da sua esposa.
O caso é tão grave que a mulher de Rui Santos necessitou de proteção policial e ajuda médica, nos últimos dias.
Mas desengane-se quem pensar que este tipo de ataques são caso virgem. O ataque, intimidação e coação a agentes da comunicação social já vem de longe e fazem parte do 𝒎𝒐𝒅𝒖𝒔 𝒐𝒑𝒆𝒓𝒆𝒏𝒅𝒊 de Pinto da Costa e do "seu" FCPorto:
➡️ 1983 - Interdição das Antas à entrada de um jornalista devido a declarações.
➡️ 1985 - Proibição da entrada de jornalistas do Record nas Antas.
➡️ 1988 - Carlos Pinhão é barbaramente agredido em Aveiro, depois de jogo Beira Mar-FC Porto, por elementos ligados ao FC Porto. O processo judicial viria a ser arquivado por "falta de provas". No mesmo dia em que Carlos Pinhão é agredido, Martins Morim é também alvo da fúria dos adeptos do clube da cidade invicta. Entre os agressores destacava-se Tónio Maluco, conhecido adepto portista. O guarda Abel disse aos jornalistas que «era melhor do que cair por uma ribanceira».
➡️1988 - Jornalista agredido por um jogador na carrinha oficial do FC Porto.
➡️ 1989 - Eugénio Queiroz, jornalista do jornal Record, é agredido no Estádio do Restelo por seguranças de Jorge Nuno Pinto da Costa. Violentamente empurrado para fora do corredor de acesso à cabine do FC Porto, o jornalista viria a apresentar queixa na Polícia Judiciária, mas acabaria arquivada por «não se conseguir identificar os agressores».
➡️ 1989 - João Freitas, jornalista de A Bola, é agredido barbaramente perto dos balneários do Estádio das Antas. Foi assistido no Hospital de Santo António e identificou Vergílio Jesus e um tal Armando entre os agressores. A queixa foi arquivada porque a testemunha principal, o agente da PSP Oliveira Pinto, disse que não se lembrava de nada.
➡️ 1990 - Na véspera do jogo Portadown-FC Porto, Manuela Freitas, do jornal Público, foi ameaçada e insultada no hall do hotel por integrantes da comitiva portista.
➡️ 1990 - José Saraiva, diretor do Jornal de Notícias, é agredido à porta de casa por dois indivíduos. O JN tinha publicado uma notícia envolvendo Pinto da Costa no famoso caso "Aveirogate". Nunca chegou a haver queixa judicial.
➡️ 1990 - João Martins, jornalista ligado ao automobilismo, trabalhava na rádio do filho de Pinto da Costa e "roubou" a namorada ao Alexandre. Agredido à porta de casa por dois indivíduos, acabaria por não apresentar qualquer queixa porque lhe pediram desculpas.
➡️1990 - Santos Neves, jornalista de A Bola, quase que se despista em plena estrada no Porto, por alguém lhe ter desapertado as jantes do carro. Nunca se provou quem foi o autor.
➡️ 1992 - António Paulino, jornalista do Expresso, é agredido à porta da redação no Porto, segundo o próprio, por Pinto da Costa, o filho e Joaquim Pinheiro. Tudo acontece porque queriam saber quem teria sido o jornalista responsável pela notícia sobre um processo de Alexandre Pinto da Costa.
➡️ 1992 - Proibição da entrada de jornalistas nas Antas.
➡️ 1992 - Pinto da Costa desvaloriza as agressões a jornalistas.
➡️ 1993 - Agressões à equipa da RTP (Paulo Martins/Pedro Figueiredo) no relvado nas Antas no final do FC Porto-Famalicão, o jornalista Paulo Martins está no relvado a tecer os comentários finais a um jogo entre o FC Porto e Famalicão quando um elemento não identificado do público entrou pelo campo dentro e agride a equipa da reportagem da RTP. Tudo foi transmitido em direto, toda a gente viu, contudo, o jornalista da RTP e a própria RTP não apresentaram queixa à Justiça. As frases de Pedro Figueiredo ficam para a história, «Estou a ser cuspido (...), estão a pôr em causa a minha integridade física».
➡️ 1993 - Pedro Figueiredo, jornalista da RTP1, é agredido no Estádio do Bessa no final de um Boavista-FC Porto. Não houve queixa judicial porque a empresa não autorizou.
➡️ 1994 - Marinho Neves, jornalista da Gazeta dos Desportos e autor do livro sobre corrupção na arbitragem "Golpe de Estádio" é alvo de uma emboscada à porta de casa por dois indivíduos. Processo judicial vem a ser arquivado na PJ do Porto por falta de provas, apesar de existirem cinco testemunhas que nunca foram ouvidas e da queixa ser acompanhada com uma fotografia dos agressores.
➡️ 1994 - Agressão de um jornalista nas Antas.
➡️ 2009 – Jornalista do JN atropelado por carro onde seguia Pinto da Costa. A viatura não parou após o acidente, mesmo depois de um agente da polícia ter batido com a mão no tejadilho do carro. O motorista Afonso Ribeiro não obedeceu.
➡️ 2011 - Valdemar Duarte foi insultado pelo presidente do FC Porto e agredido pelo seu staff.
➡️ 2021 - Jornalistas espanhóis da Movistar garantiram ter sido agredidos durante a transmissão do jogo entre FC Porto e Atlético Madrid (1-3), disputado no Dragão, para a Liga dos Campeões.
➡️ 2021 - Um repórter de imagem da TVI foi agredido no exterior do estádio de Moreira de Cónegos, após concluído o jogo entre Moreirense e FC Porto.
Surpreende-nos, ou talvez não, que a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social) ainda não se tenha manifestado com o tipo de "jornalismo" praticado no Porto Canal. Segundo uma ex-diretora do canal, muitas das vezes nem jornalistas (ou sem carteira de jornalista) são, os que lá escrevem ou editam. Notícias essas, que procuram dessiminar mentiras, truncar informação, denegrir a imagem de pessoas e manipular a opinião pública .
Surpreende-nos, ou talvez não, que o CNID (Clube Nacional de Imprensa Desportiva) ou o Sindicato dos Jornalistas, ainda não tenham feito a defesa de Rui Santos, publicamente.
Entretanto, Francisco J.Marques, já pediu que "rolasse a cabeça" do Benfiquista António Melo por ter recitado o poema de Fernando Pessoa ("Alma de Corno") n' ABolaTV, dedicando-o a Pinto da Costa. Tal como já o havia feito em relação a um comentador da Eleven Sports Portugal por ter feito uma piada sobre Taremi.
Assim se tenta calar a imprensa nacional. Isto vindo de quem tanto gostam de falar em "regime", "ditadura", "25de Abril" e "imprensa da Capital do Império". IRÓNICO..."
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