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GALA NA LUZ

11 EM 1

BENFICA CAMPEÃO NACIONAL: CINCO NOTAS

 


"1. Emocionalmente, o Benfica ganhou duas vezes o campeonato - primeiro quando já o parecia ter ganho sem efetivamente o ter conseguido e depois quando evitou perdê-lo sem alguma vez o ter efetivamente perdido -, ao passo que o FC Porto o perdeu duas vezes - primeiro quando já o parecia ter perdido sem efetivamente isso ter acontecido e depois quando parecia que o ia ganhar sem alguma vez o ter efetivamente conseguido. Ou seja, o Benfica foi ‘bicampeão’ na mesma época. Ou, se quisermos, as derrotas com FC Porto e Chaves constituíram uma espécie de VAR, com atribuição do título em reavaliação, mas com a conquista encarnada a ser confirmada. O pior que podia acontecer ao Benfica, além de perder (com FC Porto e Chaves, além da eliminação com o Inter, na Champions), era perder-se, e isso não aconteceu.

2. A forma ‘moderna’ e positiva como Rui Costa, Roger Schmidt e Lourenço Pereira Coelho comandaram o Benfica, cada um na sua função, marcou a diferença para a forma ‘pré-histórica’ e negativa como Pinto da Costa, Sérgio Conceição e Luís Gonçalves continuam a liderar o FC Porto – mais uma vez, cada um na sua função. Um ponto que, naturalmente se estende à comunicação: o Benfica mostrou que não é preciso estar sempre a fazer ruído, que não é preciso ter o diretor de comunicação em campanha semanal como o Sporting (às segundas-feiras, na Sporting TV) e o FC Porto (às terças-feiras, no Porto Canal) e que não adianta ter o presidente a escrever editoriais incendiários uma vez por mês na revista do clube ou o treinador a mandar constantes recados nas conferências de imprensa. Sim, o Benfica queixou-se quando se sentiu prejudicado, mas não com periodicidade definida e com o objetivo claro de, sistematicamente, pressionar e condicionar para daí tentar obter frutos mais tarde ou mais cedo. Prova-se que a comunicação pode realmente ajudar a ganhar campeonatos, mas não necessariamente pela agressividade com que é feita. Terão existido excessos aqui ou ali por parte das águias? Sem dúvida, mas na comparação com o FC Porto, o Benfica além de campeão é candidato ao Prémio Nobel da Paz no futebol português.

3. Apesar do forte investimento do Benfica, houve espaço para a formação – continuação da aposta clara em Gonçalo Ramos, ‘recuperação’ de Florentino e lançamento de António Silva e João Neves. Comprar ‘feito’ e apostar na prata da casa não são mundos que se anulam, não tem de ser uma coisa ou outra. E formação à parte, quanto aos que já estavam no plantel, destaque para o dedo de Roger Schmidt (também) no renascimento de João Mário, na transformação de Rafa em ‘10’ e na sucessão de Enzo por Chiquinho, que deu pelo menos para consumo interno. Sem esquecer que o ‘joker’ Aursnes, que praticamente só não jogou na baliza, foi um pedido mais do que certeiro de Schmidt: jogadores como Neres ganham jogos, jogadores como Aursnes ganham campeonatos.

4. Os reforços nórdicos do Benfica podiam ter custado mais caro, no plano desportivo, do que o preço que efetivamente custaram. Percebe-se que foram contratados sobretudo com vista para o futuro e que é preciso dar (algum) tempo ao tempo, mas a verdade é que o Benfica precisou, em alguns momentos, que fossem soluções imediatas, sobretudo perante os azares de Draxler e Guedes, e não foram, obrigando a espremer ainda mais o plantel. Algo a rever em futuros mercados de inverno.

5. Uma nota ainda para a forma como o treinador alemão soube lidar com temas quentes como os de Enzo, a meio da época, e, mais recentemente, Grimaldo. Para dentro e para fora. E uma última referência para Draxler, cuja permanência no clube e no plantel, depois de lesão grave, foi prova do bom ambiente que seguramente se vivia no balneário encarnado, pois caso contrário o atacante alemão cedido pelo PSG, ainda por cima pouco utilizado até então, teria aproveitado a deixa para ir embora mais cedo. Um grande pormenor, mesmo que não pareça."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

EFAB⚽LAÇÃO (31) O ESPANHOL À BENFICA

 


"Alejandro Grimaldo marcou um golo e chorou no último dia em que envergou a camisola do Benfica, encerrando oito épocas de brilhantes serviços, em que foi tolerado e subestimado, raramente idolatrado, mas entregou sempre alto rendimento, estatísticas ímpares e temperamento indomável. Grimaldo foi um jogador à Benfica, mas com o “defeito” original de vir de Espanha.
Despediu-se com a melhor época de sempre e terá sido o melhor do plantel ou, pelo menos, o de performances mais equilibradas e regulares, nunca se escondendo ou alijando responsabilidades, mesmo quando a desconfiança dos adeptos pudesse recomendar uma atitude defensiva e de discrição.
Da secular rivalidade ibérica faltava a referência de um nome que ligasse os dois países a partir de lá. Grimaldo assumiu finalmente essa embaixada e será, no futuro, o “espanhol” de uma história que vem plantando heróis nos sete cantos do Mundo, em pouco mais de 40 anos de abertura do clube aos jogadores estrangeiros.
Por causa de uma brincadeira de mau gosto no balneário, quase foi cancelado pela febre dos bons costumes que vem condicionando os clubes a partir da imbecilidade das redes sociais e suas réplicas nos painéis deseducativos das televisões. Sete anos de benfiquismo de primeira linha postos em causa pelo desejo de ir de férias uma semana mais cedo - a falta de respeito. Depois de três títulos, centenas de jogos, milhares de quilómetros de corredores e sprints, dezenas de golos e passes decisivos, descobria-se que era pequeno, não sabia defender e não tinha categoria internacional.
Quando a última época começou, ele estava na câmara de ejecção do Seixal. A um ano do termo do contrato, procurou-se afanosamente uma transferência de recurso, para diminuir o prejuízo, a que ele se opôs com valentia e determinação, vislumbrando no profissionalismo do novo treinador a melhor oportunidade para recomeçar do zero, depois de a opinião publicada e as más épocas da equipa terem, mesmo, dado cabo da sua reputação.
Há precisamente um ano, Grimaldo era o conveniente espanhol expiatório. Mas com a confiança renovada por um novo timoneiro, não demorou a reimpor-se, na equipa e no campeonato, silenciando a maledicência e percorrendo, sem vacilar, o trajeto delineado para o ano da despedida: as melhores estatísticas de sempre, na Liga e na Europa - oito golos, 13 assistências, uma participação decisiva a cada três jogos -, e a reconquista do título, ao mesmo tempo que negociava o futuro profissional noutras paragens, longe da tradição e da dimensão planetária do Benfica, mas adequado aos seus desejos de mudança.
Na última jornada, a oportunidade de executar uma grande penalidade e fazer um derradeiro golo de despedida, atropelando a rotina hierárquica de João Mário e a oportunidade de aumentar a soma de Gonçalo Ramos, mostrou uma vez mais a faceta irreverente e corajosa do valenciano, enfrentando o monstro do Terceiro Anel com risco de uma despedida canalha, à espanhola, com vaias e lenços brancos, se lhe falhasse a canhota naquele momento de extrema emoção e nervosismo - que extravasaram em lágrimas e orgulho ferido no meio dos abraços da equipa e da rendição dos 60 mil.
O tempo dirá como será difícil ao Benfica substituir um dos seus melhores laterais de sempre, o tempo dirá quão bom ele foi ao longo destes oito anos. Um lateral determinante, líder, vencedor e que penou, paciente e laboriosamente, para conquistar o reconhecimento que tantos outros no mesmo palco alcançaram e desfrutam eternamente com muito menor esforço e dedicação."

A INCÓGNITA DOS 300 MILHÕES

 


"Inquietante, no mínimo, o alerta deixado pelo vice-presidente do Benfica e administrador da SAD de futebol do clube, Luís Mendes, acerca das previsões de aumento de receita dos clubes com a centralização dos direitos televisivos. "Apresentam-nos 300 milhões de euros para dividir e eu não percebo como é que lá chegam", afirmou.
Todas as questões levantadas anteriormente acerca da medida tornaram-se irrelevantes desde a imposição governamental de se proceder à centralização dos direitos. Por exemplo, no estudo encomendado pela Liga, é afirmado que a "centralização do processo de comercialização dos direitos audiovisuais foi um fator crítico de sucesso para que as principais ligas europeias de futebol atingissem níveis competitivos elevados e conseguissem cavar o fosso para as restantes", escamoteando-se que as restantes ligas, à exceção da portuguesa, também centralizam os direitos e, além da neerlandesa, agora, todas se situam abaixo da portuguesa no ranking europeu. O tema está ultrapassado.
O que importa no presente é discutir a estruturação da oferta e a distribuição das receitas. No fundo, tratar do telhado, já que a construção da casa (a qualidade do produto) corre a conta-gotas. Estima-se, no tal estudo, 275 a 325 milhões de euros de receitas por ano, bem acima dos atuais 180 milhões. Muito apelativo, sem dúvida, mas julgo que excessivamente otimista, talvez reflexo da minha má vontade. Só que, desta feita, é um responsável do maior clube português, mais conhecedor e informado sobre o tema, que, enquanto assume a concordância com a redistribuição e a subsequente diminuição do gap para os clubes que menos recebem, torna pública a mesma perceção.
Espero que não estejamos perante um daqueles casos, comuns em consultoria, em que, sendo um dos principais propósitos de um estudo municiar o cliente de uma ferramenta para influenciar a decisão de outrem, se analise, proponha e defenda um caminho em função do que o cliente entende ser a melhor solução."

terça-feira, 30 de maio de 2023

O REGRESSO DA HEGEMONIA

CHORA BEBÉ

 


"Jornal O JOGO pede desculpa a todos os seus leitores pelo erro na primeira página do jornal que foi ontem para as bancas. A primeira página correcta é esta que agora publicamos. Pedimos desde já as nossas desculpas pelos transtornos causados e esperamos que possam continuar a seguir nossos leitores. PORT...perdão, JOGOOOO! JOGOOOOO! JOGOOOOO! Obrigado.
A redação O JOGO"

A NOSSA SELEÇÃO...

 


""Atendendo à fase que atravesso na carreira e depois de profunda reflexão, do foro pessoal, ponderada e honesta, entendo que este é o momento indicado para me despedir da Seleção Nacional".
- João Mario A NOSSA SELEÇÃO É O BENFICA 🔴⚪🦅"

HOMENAGEM AOS CAMPEÕES

 


"A News Benfica de hoje é dedicada à receção ao Clube na Câmara Municipal de Lisboa, ao triplete no andebol no feminino e outros assuntos da atualidade benfiquista.

1
O Sport Lisboa e Benfica é recebido hoje, pelas 17h00, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa. A comitiva benfiquista é liderada pelo Presidente, Rui Costa, e conta com a presença dos campeões nacionais.

2
A nossa equipa feminina de andebol conquistou a Taça de Portugal numa final muito disputada com o Madeira SAD (30-31). Esta conquista junta-se às do Campeonato Nacional e da Supertaça, perfazendo o triplete numa época brilhante. Veja o resumo da partida e as imagens da festa.

3
Na Open Talk com Roger Schmidt foram abordados vários temas, desde a época de estreia bem-sucedida no Clube às expetativas quanto ao futuro.
O nosso treinador revela a satisfação e o orgulho pelo título conquistado e pelo percurso europeu, mostra-se estarrecido pela magnitude dos festejos dos adeptos e pelo apoio ao longo da temporada, enaltece o contributo de Rui Costa para o sucesso e revela que o pretende na próxima temporada.
Para ver, aqui.

4
Já é conhecido o manto sagrado para 2023/24.

5
No hóquei em patins ganhámos, por 7-3, ao FC Porto no terceiro jogo das meias-finais do Campeonato Nacional. Estamos a um triunfo da qualificação para a final.
Nuno Resende considera: "Foi um bom jogo, nos momentos em que tivemos mais dificuldades reagimos bem." E enaltece o apoio dos adeptos: "Tivemos um ambiente extraordinário, desde o início tivemos uma vibração fantástica."

6
Os Sub-18 de basquetebol são campeões nacionais. No jogo decisivo venceram o FC Porto, por 79-72. No primeiro jogo da final do campeonato de hóquei em patins no feminino, fomos derrotados, nos penáltis, pelo Turquel (3-32-1 gp). No jogo 1 das meias-finais do campeonato de futsal perdemos com o Braga, por 1-3. Os Sub-15 de futebol somaram mais uma vitória na fase de apuramento do campeão (0-1 na visita ao Vitória de Setúbal) e lideram a prova com cinco pontos de avanço quando faltam disputar quatro jornadas. Na vertente feminina do polo aquático empatámos 10-10 na visita ao Fluvial Portuense referente à 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal.

7
Na II Taça do Mundo de canoagem, foram quatro os benfiquistas participantes. Fernando Pimenta e Teresa Portela conquistaram o ouro em K2 500 metros. Fernando Pimenta acrescentou ainda três medalhas de prata ao seu extraordinário palmarés (K1 500 metros; K1 1000 metros; K1 5000 metros).

8
O programa da BTV "Pelas Casas do Benfica" esteve em Santiago do Cacém. Conheça esta embaixada do benfiquismo. E veja imagens das celebrações do título nacional pelo mundo fora."

ATÉ A BRUXA ROUBA😂😂😂

 Devem pensar que as ações que ando a comprar todas as semanas se pagam com recurso as minhas habituais bufas…

A Gola do Sabry, in Facebook

segunda-feira, 29 de maio de 2023

OBRIGADO, CAMPEÕES!

 


"O título é nosso e está muito bem entregue. Merecemos este Campeonato pelo futebol apresentado e pela regularidade patenteada, pela dinâmica de conquista desde o início da prova, pelo extraordinário apoio na Luz e em todos os estádios onde a nossa equipa jogou. Este é um título de todos os Benfiquistas, no campo, nas bancadas e pelo mundo fora.

1
Ganhou a melhor equipa do Campeonato em 2022/23. Triunfou aquela que conquistou mais pontos, liderou desde a primeira jornada, obteve mais vitórias (28), foi máxima goleadora (82), sofreu menos golos (20), fez grandes exibições assentes numa filosofia de futebol ofensivo, teve regularidade, consistência e brilhantismo. O Campeão voltou! O Benfica é Campeão Nacional pela 38.ª vez!
Na última jornada, 3-0 ao Santa Clara, na Luz. Veja o resumo da partida.

2
"É um título da união, que é do nosso orgulho e é do Benfica". Na primeira temporada completa à frente dos destinos do clube, veja o discurso de Rui Costa à Nação Benfiquista na Praça Marquês de Pombal após a conquista do título.

3
"Não foi só o facto de sermos campeões, foi a forma como alcançámos". Veja as declarações de Roger Schmidt.

4
Veja as declarações dos artífices do título, a festa no Estádio e no Marquês e veja, ou reveja, o direto da BTV com todas as celebrações desde o apito final até à comunhão entre plantel e a inacreditável multidão de Benfiquistas no centro de Lisboa.

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Estamos na final da Taça de Portugal de andebol (no feminino). Após vencermos, por 31-35 o CA Leça, o jogo derradeiro é com o Madeira SAD. Apoie a nossa equipa hoje, na Maia, a partir das 17h00.

6
Na Luz, às 17h00, a nossa equipa de futsal defronta o SC Braga no jogo 1 das meias-finais do Campeonato Nacional. A equipa feminina de hóquei em patins disputa, às 16h00, o primeiro embate da final do Campeonato em Turquel.

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Há quatro canoístas do Benfica na II Taça do Mundo de canoagem, na Polónia. Fernando Pimenta conquistou a prata em K1 1000 metros. Acompanhe aqui."

ÚNICO...

 


"«𝑺𝒊𝒏𝒄𝒆𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒊 𝒐𝒏𝒕𝒆𝒎. 𝑪𝒓𝒆𝒊𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒊 ú𝒏𝒊𝒄𝒐, é 𝒖𝒎𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒄𝒆𝒍𝒆𝒃𝒓𝒂çõ𝒆𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎 𝒏𝒐 𝒇𝒖𝒕𝒆𝒃𝒐𝒍 𝒆𝒖𝒓𝒐𝒑𝒆𝒖. 𝑱á 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒐 𝒃𝒂𝒍𝒏𝒆á𝒓𝒊𝒐 𝒇𝒐𝒕𝒐𝒈𝒓𝒂𝒇𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒏𝒐 𝑴𝒂𝒓𝒒𝒖ê𝒔 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒎𝒃𝒂𝒍, 𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎».
Roger Schmidt - em conversa com jornalistas promovida pela BTV ."

domingo, 28 de maio de 2023

O CAMPEÃO VOLTOU!

HISTÓRICO TRIPLETE



 O Benfica venceu o Madeira SAD na final da Taça de Portugal, troféu que se junta às conquistas do Bicampeonato Nacional e da Supertaça na época 2022/23.

O Benfica continua a fazer história no andebol feminino! Depois do Bicampeonato Nacional e da conquista da Supertaça na época 2022/23, as encarnadas ergueram o troféu da Taça de Portugal, a 8.ª do palmarés do Clube na modalidade, na tarde deste domingo, 28 de maio, após vencerem o Madeira SAD, por 30-31. Na Maia, celebrou-se o inédito triplete!
Depois de ultrapassar o CA Leça na meia-final de sábado, 27 de maio, com um triunfo por 31-35, o Benfica reentrou na quadra do Pavilhão Municipal da Maia neste domingo, dia 28, para disputar a grande final.
Inicio muito equilibrado na decisão da prova-rainha, com o resultado a espelhar sucessivas igualdades nos primeiros minutos. Aos 4-5, a equipa encarnada disparou no marcador e alcançou uma vantagem de três golos (4-7), mas, do outro lado, um Madeira SAD determinado em tomar posse do troféu ripostou e aproximou as contas em 6-7.
Sempre na margem mínima, as comandadas por João Alexandre Florêncio não saíram da frente do marcador, porém, era preciso mais e, aos 12-14, a oito minutos do intervalo, o treinador encarnado pediu desconto de tempo. Estava renhido, ritmado e incerto, mas as bicampeãs nacionais mostraram para o que iam! Particularmente inspirada, Maria Unjanque marcou 6 golos neste período, que terminou com o Benfica a vencer por 14-18.
No reatar, as águias alcançaram a maior vantagem na partida, por cinco golos (15-20). Mais ofensiva e concretizadora no regresso dos balneários, a equipa do Madeira SAD carregou e colocou o resultado em 23-24. A contenda viu-se novamente empatada aos 25-25 e, aproveitando o momento, as insulares passaram para o comando do marcador.
Com a segunda dobradinha consecutiva em mente, o Benfica igualou (27-27). A sete minutos de terminar, António Florido parou o encontro. Era o tudo ou nada e as equipas corresponderam! Muita disputa na quadra, golo cá, golo lá, sem que nenhum dos conjuntos conseguisse descolar.
No final, vitória do Glorioso por 30-31, com golo de Viktoriya Borshchenko a cerca de 30 segundos do fim. Resultado curto, mas que cumpre o objetivo: a Taça de Portugal é do Benfica! O troféu da prova-rainha junta-se ao título do (Bi)Campeonato Nacional e à Supertaça, celebrando-se, deste modo, o inédito triplete na época 2022/23!
DECLARAÇÕES
João Alexandre Florêncio (treinador do Benfica): "Foi uma época mesmo muito difícil. Em 20 anos de treinador, foi a época mais difícil que tive. Elas foram inexcedíveis, jogam à Benfica! É uma equipa que foi construída há seis anos pela Irene Henriques. É uma equipa, com a Irene [Henriques] e a Marina [Teixeira], com ADN à Benfica. Acabámos a ganhar por um, num jogo incrível. O Madeira SAD já tinha valorizado imenso a nossa vitória no Campeonato, voltou a fazê-lo na Taça de Portugal. Foi um jogo incrível. Ganhámos no limite, temos de preparar melhor a próxima e de começar a trabalhar para a Supertaça Portuguesa e a Ibérica, que é a primeira vez que disputamos. Estamos muito felizes. Isto é uma nova geração, que até pode catapultar o andebol português para outros patamares. Vamos continuar a trabalhar para esse desenvolvimento."
Viktoriya Borshchenko (central do Benfica): "Estou muito contente e orgulhosa da equipa. Não foi fácil, mas estou muito contente por este final de época e por fazer parte desta equipa e do Benfica. Obrigada a todos os que nos apoiam. Fizemos história por esta equipa e pelo andebol feminino do Benfica."
Madeira SAD-Benfica
30-31
Pavilhão Municipal da Maia
Formação inicial do Benfica
Ana Maria Ursu, Viktoriya Borshchenko, Maria Unjanque, Jelsia Monteiro, Mihaela Minciuna, Ana Bolzan e Ana Silva
Suplentes
Isabela Ferrarin, Nádia Rodrigues, Madalena Pereira, Rute Fernandes, Débora Moreno, Constança Sequeira, Denise Fernandes e Alina Molkova
Formação do Madeira SAD
Isabel Góis, Neide Duarte, Maria Duarte, Greyce Santos, Ríssia Oliveira, Luana Jesus e Érica Tavares
Suplentes
Carlota Santos, Francisca Henriques, Patrícia Rodrigues, Joana Ribeiro, Francisca João, Marilene Souza e Patrícia Morais
Ao intervalo 14-18
Marcadoras do Benfica
Maria Unjanque (8), Viktoriya Borshchenko (6), Constança Sequeira (4), Mihaela Minciuna (4), Ana Bolzan (4), Ana Silva (3) e Nádia Rodrigues (2)

EFAB⚽LAÇÃO (30) A FEIRA E A FESTA

 


"A Feira do Livro, lugar de perigoso ajuntamento dos fanáticos das bibliotecas, páginas meias com o santuário do Marquês, fecha as portas aos intelectuais da bola, para evitar que a febre deste sábado à noite degenere num batalha campal entre o profano e o sagrado, um monte de famílias armadas de sacos de cartapácios a atacar inocentes foliões de camisola e cachecol.
Quem quiser celebrar a conquista de um título bibliográfico comprando um show de letras, um ensaio de ataque, um romance de defesa, um compêndio de jogadas poéticas, ou simplesmente histórias dos novos heróis de VAR e alguidar, tem de fazê-lo antes do pôr do sol, porque a noite de sábado foi reservada pelos inteligentes das arquibancadas.
Em nome da tranquilidade e boa ordem dos rebentamentos de petardos, da afinação dos coros de insultos e do ritmo cadenciado das cargas policiais, estão adiados para noites mais problemáticas da próxima semana os debates tóxicos com autores da literatura contemporânea, os fóruns de leitores insatisfeitos, as críticas apaixonadas aos editores e as ameaças veladas aos autores desalinhados. Neste sábado à noite no Marquês, não haverá violência nas livrarias, mas apenas um culto da claque do 38 - qual derradeiro fascículo de uma fantástica ficção científica tornada realidade.
São noites como a deste sábado que nos traduzem a importância transcendental do futebol, pináculo da cultura dos portugueses, e colocam nos seus lugares a inscícia dos escritores e a estupidez dos leitores.
Lembro-me muito de um título de jornal de letras “times new roman” numa matéria sobre Francisco Geraldes, jovem do Sporting que desafiou a compreensão da turba boleira pelo seu interesse em escritos de muitas páginas, de Tolstoi a Dostoiévski: “O que se pode esperar de um jogador de futebol que lê José Saramago?”
Viva a bola! Abaixo os livros!"

CAMPEÕES

 


A justiça de quem cedo se fez campeão!

O Benfica conquistou o 38.º Campeonato Nacional da sua história após bater o Santa Clara por 3-0, neste sábado, 27 de maio, na 34.ª jornada da Liga Bwin.
Campeões nacionais!!! Melhor ataque, melhor defesa, 87 pontos averbados... o Benfica conquistou o 38.º Campeonato Nacional da sua história após bater (3-0) o Santa Clara neste sábado, 27 de maio, num Estádio da Luz a abarrotar (mais de 64 mil adeptos!) e carregado de paixão, em jogo referente à 34.ª jornada da Liga Bwin. Os golos de Gonçalo Ramos, Rafa e Grimaldo deram corpo a um triunfo sólido, que primou pela consistência: um paradigma do futebol encarnado em 2022/23!
Bah, Morato e Florentino foram as novidades no último onze inicial da temporada, face ao dérbi da jornada anterior, isto em detrimento de António Silva (a cumprir um jogo de castigo), Chiquinho e Neres.
Independentemente das alterações na equipa, esta apresentou-se como foi apanágio durante a estação que agora encerrou. Assumindo o controlo do jogo desde a primeira posse de bola que teve, o Benfica encostou com naturalidade o Santa Clara para o seu último reduto e, aos 7', abriu caminho para o carimbo final em mais uma conquista do Clube.
Bah, na direita, após uma receção orientada, cruzou com categoria para o cabeceamento fulminante de Gonçalo Ramos (1-0), na pequena área, de nada valendo o voo do guardião Gabriel Batista. A Catedral entrou em erupção com a euforia benfiquista a impor-se.
A pressão intensa sobre o portador da bola na zona intermediária deixava marcas na formação açoriana, e Gonçalo Ramos, aos 14', voltou a alvejar a baliza contrária com um disparo, em zona frontal, fora da área. A bola saiu um metro e meio por cima da barra.
Aursnes, no minuto seguinte, aos 15', ainda desviou a bola, ao primeiro poste, para defesa do guarda-redes contrário, reafirmando a vontade das águias em chegar o quanto antes ao segundo golo.
E chegou mesmo, com outro dos momentos em que o Benfica durante a temporada se mostrou letal: aos 28', de um livre lateral do Santa Clara, João Mário, recebeu a bola intercetada por Grimaldo, partiu, veloz, para o meio-campo contrário, combinou com Rafa, recebeu de novo a mesma para assistir Rafa (2-0). O remate do camisola 27, no coração da área, ainda levou a bola a embater num defesa contrário, antes de acabar no fundo das redes dos insulares.
O Benfica ainda teve em Rafa um novo fator de desestabilização. Saiu por cima da baliza o remate efetuado aos 34'.
Os visitantes mostraram-se no ataque aos 40'. MT, partindo do centro-esquerda, rematou forte de longe para defesa atenta de Odysseas, que manteve o marcador intacto até ao intervalo.
  
O início da etapa complementar voltou a ser marcado pela forma como o Benfica controlou as operações, procurando soluções ofensivas com qualidade de passe e, desta feita, num ritmo menor.
Aos 55' Rafa viu Ygor Nogueira dar o corpo à bola quando esta ia na direção da baliza açoriana, após finalização em boa posição dentro da área.
O 3-0 surgiu aos 60', na conversão de uma grande penalidade por parte de Grimaldo. Tudo começou aos 57' no cruzamento de João Neves, na direita, com a bola a ser intercetada pelo braço esquerdo de Adriano. O árbitro Rui Costa inicialmente assinalou pontapé de canto, mas, após o alerta do VAR, viu as imagens e indicou para a marca de grande penalidade. O lateral-esquerdo atirou então, forte, Gabriel Batista ainda tocou na bola, mas esta só parou no fundo da baliza. A Luz voltou a vibrar intensamente e Grimaldo não conteve as lágrimas pelo momento.




Antes das entradas de Neres e Musa para os lugares de Rafa e Gonçalo Ramos, aos 68', Ricardinho deu um sinal de perigo na área do Benfica, com um cabeceamento ao lado. Aos 70', Ricardinho e Andrezinho remataram com perigo para defesas apertadas de Odysseas.
Bah, queixoso, deu lugar a Gilberto aos 73', tal como Florentino a Chiquinho. Com o "Benfica é campeão!" a ouvir-se até ao final do encontro, as águias geriram a posse de bola, controlando o jogo sem sobressaltos de maior (exceção ao toque de calcanhar de Ricardinho, aos 84', para defesa fácil de Odysseas), e ainda tiveram em Samuel Soares mais um debutante da formação na equipa principal, com os Benfiquistas, eufóricos, a celebrar a conquista do 38 antes e depois do final do jogo!

sábado, 27 de maio de 2023

ATÉ QUANDO?!

 


"Isto já não é desnorte. Isto já não é desespero. Isto são crimes semipúblicos atrás de crimes semipúblicos que este arguido por violência doméstica e roubo e divulgação de emails de um concorrente directo comete a cada vez que fala ou escreve.
Este arguido pensa que o seu clube tem que mandar em tudo e todos têm que mostrar subserviência ao seu clube. Não consegue lidar com uma sociedade igualitária e muito menos com um desporto livre e verdadeiro. São 41 anos a viver nessa realidade e foi assim que cresceu e aprendeu. Só que ainda não lhe disseram que esses 41 anos são 41 anos das maiores atrocidades desportivas que este País alguma vez conheceu e que o normal funcionamento das instituições e do desporto não é esse.
Junto com Faria e Bragança, o arguido Marques constitui um verdadeiro departamento de terrorismo que tem de uma vez por todas ser exterminado. Canalhada com a mania que se pode comportar e actuar como Goebbels.
Agora resta esperar pela cartilha destes senhores com o habitual: "Ah, são todos iguais. São todos uns incendiários. A comunicação do Benfica faz o mesmo.". Amigos, o director de comunicação do Benfica está desaparecido em combate desde que iniciou funções, nunca debitou uma palavra em públicos, já pensámos inclusivé em comunicar o seu desaparecimento às autoridades.
Esta gente não tem mesmo vergonha absolutamente nenhuma na cara. Não olha a meios para atingir os seus fins. São um perigo público e ninguém está preocupado em acabar com isto de uma vez por todas! Até quando?"