"Depois de um começo em que tudo o que podia ter corrido mal aconteceu, o Benfica regressou a casa com a obrigação de entrar nos eixos contra um recém-regressado Estrela da Amadora. Com algumas alterações no onze e uma surpresa, a utilização do jovem Samuel Soares. Presumindo-se que na origem desta alteração esteve um motivo disciplinar, a alteração torna-se não só compreensível, como incontornável.
O Benfica bem podia reivindicar o velho slogan revolucionário e afirmar que “a vitória foi difícil, mas foi nossa!”. E foi justa. Durante toda a primeira parte as águias dominaram, circularam a bola, mas faltou acerto final e finalização. O que se manteve na segunda parte, adivinhando-se um pressing final que para os otimistas, como eu, resultaria seguramente em golo.
Foi então que entrou em cena David Neres e em pouco tempo jogou, mexeu com a partida, assistiu por duas vezes e resolveu o encontro. Fica a ideia de que o virtuoso brasileiro devia ser titular, mas também não é mau que seja a arma decisiva para resolver jogos, quando estes se vão complicando. Com destaque igualmente para Rafa (sempre bem) e para a estreia de Tengstedt a entrar e a marcar.
Num campeonato que parece começar renhido, em que o Sporting, com este golo escandaloso em fora de jogo tem, pelo menos, quatro pontos a mais; em que os jogos do Porto só terminam quando o Porto marca, o Benfica parece estar ainda à procura das melhores soluções. Roger Schmidt, ao contrário da época passada, até pelo excesso de oferta, parece não ter definido ainda o onze ideal, mas tem matéria prima para jogar muito e bom futebol."
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