"Vamos meter isto em pratos limpos utilizando uma metáfora para ver se percebem a gravidade da situação.
Imaginemos que vocês, contribuintes portugueses, querem fazer vida de luxo porque os vossos vizinhos também fazem e então decidem pedir mais de 100 milhões a um banco e 50 milhões a outro para poderem viver acima das vossas possibilidades. Os bancos sabem que vocês estão falidos, mas acabam por emprestar o dinheiro mediante a garantia de que ficam com parte da vossa riqueza caso não paguem de volta.
Chega-se o prazo para pagar e vocês conseguiram gerar riqueza e colocar as vossas contas em dia à custa desse dinheiro, contudo recusam pagar os mais de 100 milhões que pediram a um desses bancos, e o banco acaba mesmo por ceder e vocês conseguem sair impunes sem pagar, gabando-se de até terem sacado a mulher do banqueiro e assaltado o cofre.
Enquanto isso, vocês vão comprando os carros mais caros de sempre, os iates mais caros de sempre, as casas mais caras de sempre, os jacuzzis mais caros de sempre, e o banco a quem vocês ainda devem dinheiro relembra que o prazo para lhe pagar se está a aproximar. Só que, mesmo com toda a gabarolice da vossa parte de que são melhores e mais ricos que todos os outros, vocês recusam-se a pagar ao banco!
Leia-se com atenção: recusam!
E recusam porquê?!
Porque vocês consideram que é um direito vosso não pagar! Se o banco emprestou, ainda por cima com o dinheiro que nem era do banco mas sim de todos os contribuintes portugueses, é como se tivesse dado! Se o banco quiser, vocês pagam uma ninharia para se calar, mas está fora de questão pagarem a totalidade do que devem!
Entretanto aparece alguém que diz que paga toda a vossa dívida ao banco, ficando com a parte do vosso património que iria para o banco, e vocês recusam de imediato, refilam e ainda dizem “era o que mais faltava pagar o que devemos!”, relembrando esse banco que já antes tinham ficado a dever a outro e não pagaram, portanto ou fazem igual ou não há nada feito!
O banco insiste que vocês têm que pagar o que devem ou ficam com 25% do que é vosso, mas vocês voltam a recusar! Não pagam, e não! Ponto final!
É isto o Sporting Clube de Portugal. Agora, voltando ao ponto de partida, imaginem que eram vocês, meros contribuintes, a fazerem isto à banca, estado e justiça.
Isto não é um tema que toca benfiquistas, portistas ou sportinguistas. Isto é um tema que toca TODOS os contribuintes portugueses, pois falamos de um banco que foi intervencionado com o dinheiro de todos nós.
Vamos mesmo ficar calados enquanto somos assaltados? ACORDA PORTUGAL!"
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