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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

O CLÁSSICO JÁ ESTÁ AO VIRAR DA ESQUINA

 


Nunca houve nada decidido à sétima jornada, mas o próximo Benfica-FC Porto vai valer mais do que os pontos em disputa

Na próxima sexta-feira Benfica e FC Porto voltam a medir forças, não em campo neutro, como foi a final da Supertaça, mas na casa encarnada, onde na última época os dragões foram felizes, depois de terem sido derrotados pelas águias no seu próprio estádio. Este Clássico chega numa altura em que o Benfica, como se viu ainda ontem em Portimão, está uma máquina de desperdiçar oportunidades, e deixa que o jogo se parta com demasiada facilidade, algo que não deve estar no playbook de Roger Schmidt; e o FC Porto tem apresentado um futebol quase sempre pobre de ideias, que tem sobrevivido à custa da vontade posta em campo até ao apito final. Ou seja, pelo que tem sido dado a ver, nenhuma das equipas está, para já, melhor do que em 2022/23, o Benfica pelas dúvidas levantadas pela entrada de jogadores com características que não existiam no plantel, e que exigiram uma nova reflexão a Schmidt; o FC Porto pela necessidade de refazer rotinas enraizadas com Uribe e Otávio, ou com Pepe e Marcano.
O jogo de dia 29 de setembro poderá dissipar algumas dúvidas quanto ao estado de prontidão destas equipas, e além da influência que terá nas contas do campeonato, irá marcar de forma indelével o futuro próximo de Benfica e FC Porto. Disso ninguém duvide.
Há treinadores estrangeiros a quem o futebol português deve estar grato, e Marinho Peres, recentemente desaparecido, é um deles. Durante um quarto de século, no D. Afonso Henriques, em Alvalade, no Restelo e nos Barreiros, Marinho espalhou simpatia e saber, influenciando várias gerações de técnicos nacionais. A escola portuguesa de treinadores, que neste momento é das mais conceituadas do mundo, é-o também porque soube aprender com os mestres que vieram de fora e nos ajudaram a crescer. E deverá manter essa atitude, porque na vida tudo é transitório, e se os saberes não forem constantemente renovados passam à história. Foi esse o mal que os treinadores brasileiros não quiseram ver aproximar-se, e é esse o mal que os treinadores portugueses, com humildade, devem evitar...
PS - Toni, o que é isso, andas a assustar os amigos? Põe-te bom pá, porque ainda temos de voltar ao Manuel da Farmácia, criador do Dom Pérignon da Bairrada.

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