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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

MISSÃO CUMPRIDA NA FESTA DA TAÇA...

 


Golos bonitos, alegria, missão cumprida... é a festa da Taça!

O Benfica venceu o Lusitânia, por 1-4, em jogo da 3.ª eliminatória da prova-rainha.
Requisitos cumpridos em dia de prova-rainha! Muitos golos, golos bonitos, alegria fora e dentro das quatro linhas... só não houve surpresa! É que o Benfica ganhou, ganhou bem (1-4), e, após eliminar o Lusitânia, nos Açores, segue para a 4.ª ronda da Taça de Portugal.
Regresso às competições após paragem para os compromissos das seleções nacionais, com o Benfica a ter pela frente uma viagem aos Açores. Em partida da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, o Lusitânia foi o adversário sorteado, com Angra do Heroísmo em festa para receber o campeão nacional.
Estádio João Paulo II completamente lotado, e nem a chuva que caiu copiosamente e o vento forte afastaram os adeptos de ambos os emblemas. Prova-rainha é sinónimo de festa, e festa se fez...
Com várias mudanças no onze, Samuel Soares, Aursnes, António Silva, Morato, Juan Bernat, João Neves, Chiquinho, João Mário, Rafa, Tengstedt e Arthur Cabral foram os escolhidos de Roger Schmidt para iniciar o duelo.
E a primeira parte foi bem animada, com três golos! A primeira iniciativa de jogo coube aos anfitriões, sem perigo de maior; e Rafa, aos 3', deu o mote para o que se seguiria. Bonita jogada do coletivo, investida de Juan Bernat pela esquerda e, em zona central, remate forte do avançado, a testar Diogo Sá pela primeira vez no encontro.
E não foi preciso esperar muito para a festa encarnada... Minuto 9, João Mário encarou a baliza, acreditou, e o guardião dos forasteiros socou para a frente. A bola chegou a Aursnes, cruzamento com fio de prumo na direita, e o camisola n.º 20 das águias, de calcanhar, fez a bola beijar o fundo das redes. Estava feito o 0-1.
Dois minutos volvidos esteve perto o segundo, contudo, Tengstedt, solto no coração da área, cabeceou ao lado, após solicitação do médio norueguês.
O Benfica dominava, como era expectável, e o Lusitânia espreitava o contragolpe, mas sem consequências de maior.
Aos 23', trabalho bonito e de qualidade do jovem João Neves, a cruzar de trivela, mas Arthur Cabral, chamado à finalização, rematou ao lado. No minuto seguinte, resposta da formação orientada por Ricardo Pessoa, com Gonçalo Cabral a rematar forte, para Samuel Soares, seguro, encaixar.
Com o passar dos minutos, a chuva e o vento teimavam em marcar presença, o relvado tornou-se mais pesado... mas Rafa, em posição legal, voou para o 0-2 sem dificuldade. Minuto 36, Chiquinho descobriu o avançado, e este, com uma autêntica passadeira estendida em zona frontal, isolado, encarou Diogo Sá nos olhos e rematou de forma indefensável.
Ora, tal como no 0-1, também no minuto seguinte ao 0-2 o Benfica esteve perto de novo golo... Tengstedt escapou pelo lado esquerdo e tentou picar a bola sobre o guarda-redes do Lusitânia, contudo, o esférico não seguiu na direção da baliza.
Nos minutos finais da primeira metade a formação insular acreditou e teve frutos perante o que semeou... Aos 42', em contra-ataque, Gonçalo Cabral rumou à baliza de Samuel Soares, acreditou e rematou para defesa segura pela linha de fundo... Na sequência, canto, e foi assinalada grande penalidade, com o árbitro a considerar falta de Aursnes sobre Gonçalo Cabral. Na linha dos onze metros, com frieza, Enzo Ferrara reduziu para o 1-2.




A segunda parte começou com dois rostos novos no xadrez encarnado: Jurásek e Gonçalo Guedes entraram para os lugares de Juan Bernat e Tengstedt.
Gonçalo Guedes, aos 54', rematou de fora da área para defesa de Diogo Sá; no mesmo minuto, Rafa também tentou a sorte, mas o esférico saiu por cima. Aos 61', mais uma bonita jogada do coletivo encarnado, com João Neves a ficar muito perto de marcar, após combinação entre Rafa e João Mário... mas tudo começou bem atrás, com Morato a iniciar o lance. Bom futebol!
O Benfica carregava, mas do outro lado estava um Lusitânia que continuava a acreditar e sem se esconder... Uma crença que caiu por terra aos 68'. Diogo Sá não foi feliz na reposição, Chiquinho, em pressão alta, recuperou o esférico e endossou em Gonçalo Guedes, que, com uma assistência primorosa, ofereceu a Arthur Cabral o primeiro golo de águia ao peito. Receção orientada, picadinha e estava feito o 1-3.
Gritou-se novamente golo aos 72', mas foi assinalado fora de jogo a Jurásek no momento de servir Gonçalo Guedes, ele que, já com Tiago Gouveia e Musa em campo (saídas de Rafa e Arthur Cabral), viu outro golo anulado, desta feita aos 85', pois o árbitro considerou falta do avançado.
Mas tantas vezes vai o cântaro à fonte, já diz o povo, que o 1-4 chegou mesmo... e que golo! Aursnes, com um passe a rasgar na profundidade, encontrou Tiago Gouveia a arrancar do corredor central para o flanco direito, corrida em posse desde a linha divisória, olhos nos olhos com Diogo Sá, e remate picado para sentenciar o jogo. É daqueles que fazem valer o bilhete!
Apito final, 1-4 para o Benfica, justo, perante um Lusitânia brioso, motivado, com perfil e que acreditou enquanto teve forças. As águias entraram determinadas, começaram a resolver cedo e continuam, assim, a sua caminhada numa competição em que são hegemónicas em terras lusas (26 Taças de Portugal conquistadas) e que querem voltar a vencer!

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