EXIBIÇÃO SEGURA DÁ PASSAGEM ÀS MEIAS FINAIS

Tinta de qualidade no carimbo das meias

O Benfica venceu o Vizela, por 1-2, em encontro dos quartos de final da Taça de Portugal. Arthur Cabral e João Mário marcaram os golos das águias.

Uma exibição segura e sólida – merecedora de uma vantagem mais ampla – permitiu ao Benfica vencer o Vizela, por 1-2, nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal, disputado no terreno da formação minhota. As águias seguem assim para a semifinal, onde, a duas mãos, vão defrontar o Sporting.

Roger Schmidt promoveu três mudanças no onze face à equipa que alinhou de início no duelo frente ao Gil Vicente, referente à 20.ª jornada da Liga Betclic, em que as águias venceram por 3-0. Álvaro Carreras estreou-se como titular, no lugar de Morato, no lado esquerdo da defesa, Kökcü entrou para o meio-campo, por troca com Florentino, e João Mário apareceu à esquerda do ataque, posição da qual Aursnes recuou para a direita da defesa, em detrimento de Bah.

O ritmo dos encarnados cedo começou a fazer estragos na defensiva dos minhotos, como se viu aos 3', quando Rafa escapou pela esquerda e finalizou na área, com perigo para a baliza de Ruberto. A bola saiu rente ao poste direito...

O mesmo Rafa, aos 9', caiu na grande área vizelense na sequência de uma disputa de bola com o guardião italiano, num lance muito rápido. No entanto, o árbitro Hélder Carvalho mandou seguir, considerando não ter sido faltosa a ação de Ruberto.

O Benfica carregava e o Vizela tinha dificuldades em sair para o ataque. Aos 13', os comandados de Roger Schmidt tiveram duas oportunidades claras para inaugurar o marcador. Primeiro, o cruzamento de Rafa, na esquerda, para o segundo poste, levou a que João Mário cabeceasse com perigo na direção de Arthur Cabral, mas o goleador brasileiro não conseguiu desviar a bola para as redes contrárias. Depois, na sequência da bola aliviada por Jota Gonçalves, Kökcü disparou, fora da área, para uma defesa apertada de Ruberto.

O Vizela respondeu com um remate perigoso de Domingos Quina, aos 16', com a bola a passar perto do poste esquerdo da baliza do Benfica. Porém, os sinais de maior perigo continuavam a surgir nas imediações da baliza dos minhotos, que, aos 25', viram João Mário rematar em boa posição dentro da área. A bola saiu ao lado da baliza...

Aos 34' surgiu, com justiça, o golo do Benfica. E por Arthur Cabral, que marca há três jogos consecutivos. O lance começou com a recuperação da bola por parte de João Mário, após a pressão de Arthur Cabral sobre Domingos Quina à entrada da área dos encarnados. O camisola 20 conduziu a bola rumo ao meio-campo contrário e abriu na esquerda para Rafa, este derivou para o meio e serviu Arthur Cabral na zona entre a marca de grande penalidade e o limite da área. O camisola 9, após um domínio de bola orientado, atirou colocado para o fundo da baliza (0-1), apontando o 8.º golo na temporada 2023/24.

Aos 37', novamente Arthur Cabral como sinónimo de perigo. Após uma jogada coletiva de enorme qualidade, com o último passe de Rafa, de calcanhar, o avançado foi tocado na área por Anderson, sem que o árbitro do encontro considerasse infração passível de grande penalidade. Até ao intervalo, as águias mantiveram a pressão sobre o último reduto dos vizelenses, mas o resultado não sofreu alterações.

Com 57% de posse de bola no final da primeira metade, o Benfica avançou para a etapa complementar com o objetivo claro de chegar ao segundo golo e encontrar maior conforto no marcador. Ainda que os primeiros minutos tenham sido de domínio territorial expressivo, com algumas ameaças, as águias só conseguiram o seu desiderato aos 65'.

Aursnes recebeu o passe de Di María, após a combinação deste com Kökcü, no lado direito do ataque, avançou pelo corredor e cruzou tenso. A bola atravessou a área do Vizela, Arthur Cabral, em frente à baliza, não conseguiu a emenda e João Mário, ao segundo poste, "matou-a" no peito e finalizou de pé esquerdo, cruzado, levando o esférico ainda a bater no ferro mais distante (0-2).

Quando o desempenho das equipas sugeria que o Benfica ampliasse a vantagem, verificou-se precisamente o contrário. Na sequência de um remate cruzado de Diogo Nascimento fora da área, a bola foi ao encontro do desvio de Petrov, que conseguiu assim reduzir o marcador para a diferença mínima (1-2).

O Benfica voltou a carregar, sentindo precisamente que o resultado era escasso para a produção apresentada, e aos 76' foi Morato – entrara, a par de Marcos Leonardo, seis minutos antes – que esteve próximo de marcar. Excelente o cruzamento de Di María, a partir da direita, para o segundo poste, onde o defensor brasileiro desviou a bola para fora, esbarrando ele no ferro.

Aos 90', quando Aursnes e Kökcü já tinham dado os seus lugares a Bah e Florentino – precisamente no minuto 84 –, Di María recebeu a bola no lado esquerdo e, na área, disparou forte para excelente defesa de Ruberto. Foi o último lance de grande perigo junto das balizas.

O Benfica venceu e garantiu a presença na meia-final da Taça de Portugal, onde irá encontrar o Sporting, a duas mãos. O 1.º duelo será no Estádio José Alvalade, entre 27 e 29 de fevereiro, enquanto o 2.º terá o Estádio da Luz como palco, entre 2 e 4 de abril.