UMA PROVA DE GRANDEZA, MAS
TAMBÉM DE DESUNIÃO
Não participei, por estar fora do país, na importante assembleia geral de ontem. Do que fui tendo conhecimento, gostava de destacar o seguinte.
2. Li que, para além dos assobios e insultos da ordem, também terá havido agressões. Está na hora de a direção tomar medidas concretas, se necessário radicais, para garantir a ordem e o respeito no estádio, nos pavilhões, nas assembleias gerais, nos jogos fora, etc.
3. A pluralidade de opiniões, as críticas construtivas e as propostas bem intencionadas são fundamentais para o engrandecimento do clube. Venham de quem vierem.
4. Não ganhamos nada em ver o Benfica na base do "quem não está connosco, está contra nós". É dispensável apelidar o Rui Costa de banana, tanto quanto o é apelidar o Noronha Lopes e os que o apoiam de hamburgueres. Um clube assim extremadamente dividido, não vai a lado algum. Afinal, não festejamos todos, de igual forma, os golos, as vitórias, os títulos? Compete à direção e à comunicação do Clube dar tudo em prol da união, com atos, não com palavras. Mas também nos compete a nós, simples associados, fazê-lo com as nossas intervenções e os nossos comportamentos.
5. Conforme aqui explicitei na sexta feira, votaria "sim" o orçamento, pelas razões que apontei.
6. A vitória tangencial do "sim", uma espécie de cartão amarelo mostrado à direção, é uma boa razão, mais uma, para Rui Costa alterar o que está mal no Clube e na SAD. Ou alguém tem dúvidas de que há muita coisa a precisar de ser mudada? Faltam 16 meses para as eleições, não é saudável que a direção tenha o seu destino exclusivamente dependente do sucesso ou insucesso da equipa de futebol. Vamos arrancar a nova época sobre brasas.
7. O Benfica não deve realizar apenas duas assembleias gerais por ano. Porque nessas, que são oportunidades únicas, discute-se desordenadamente tudo e mais alguma coisa. Pior, muitas vezes as suas votações são transformadas em verdadeiras moções de censura ou de apoio à direção, apenas em função do momento. Deviam ser promovidas assembleias gerais com mais regularidade, nas quais seriam debatidos e colocados à votação os assuntos mais prementes da vida do Clube para além do orçamento e do relatório e contas.
8. Que se tirem lições para o futuro ao nível da organização: não é possível que uma assembleia tenha início, para mais atrasada, com sócios - centenas? - do lado de fora do pavilhão. Se estava, e bem, preparada a passagem do pavilhão para o estádio, não seria previdente ter as acreditações preparadas com maior capacidade de resposta?
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