No primeiro encontro na presente edição da Taça da Liga, o Benfica venceu o Santa Clara, por 3-0, com três tentos em menos de 10 minutos, da autoria de Di María (e que golo!) e Pavlidis (bis), que haviam começado no banco. A partida dos quartos de final realizou-se na noite desta quarta-feira, 30 de outubro, no Estádio da Luz.
"Sinto muita felicidade, esta foi a minha casa durante muito tempo. Tenho o Benfica no meu coração. Agradeço por todo o carinho com que sempre me brindaram", expressou o argentino, à BTV, tendo as declarações sido também reproduzidas, em direto, nos altifalantes do Estádio.
Face aos eleitos para o triunfo ante o Rio Ave (última partida das águias), Bruno Lage alterou quatro peças do onze inicial, substituindo Tomás Araújo, Kökcü, Di María e Pavlidis por António Silva, Renato Sanches – que cumpriu a estreia a titular na sua segunda passagem pelo Glorioso –, Amdouni e Arthur Cabral.
Assim, a equipa titular escalada pelo treinador foi composta por Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Aursnes, Renato Sanches, Amdouni, Aktürkoğlu, Beste e Arthur Cabral.
A "ambição enorme de estar na final four" da competição, enaltecida pelo técnico benfiquista na antevisão do duelo, foi evidenciada pelos seus comandados desde o apito inicial: logo aos 3', Beste quase inaugurou o marcador de cabeça, em resposta a cruzamento de Amdouni, da direita. Gabriel Batista defendeu o esférico com uma estirada impressionante, e, no canto consequente, o guarda-redes amarrou uma tentativa de fora da área de Aktürkoğlu.
O primeiro sinal ofensivo dos visitantes surgiu aos 15', quando Mateus Araújo cabeceou ao lado, sem perigo, num pontapé de canto. No minuto seguinte, Beste voltou a ter uma chance na área, a passe de Aktürkoğlu, todavia, rematou cruzado por cima do alvo.
Volvidos cerca de 10 minutos, foi Arthur Cabral a ficar próximo do golo. Lançado em profundidade por uma sensacional bola longa de Aursnes, o avançado brasileiro disparou potente à baliza, com Gabriel Batista a tornar a levar a melhor, desta feita de forma caprichosa, ao bloquear o esférico com o rosto.
Mais pressionantes, rematadores e com maior posse de bola, os encarnados já justificavam a dianteira do marcador. Porém, até ao intervalo, foram os insulares que dispuseram de uma bola na área – Alisson Safira atirou muito por cima.
Durante o descanso, as equipas femininas de polo aquático e de voleibol do Clube, bem como a masculina de atletismo, e ainda os canoístas Fernando Pimenta e Messias Baptista, foram homenageados no relvado da Catedral pelas suas mais recentes conquistas.
A abrir o segundo tempo, aos 49', já com Di María e Kökcü em campo – lançados no arranque desta etapa para os lugares de Amdouni e Renato Sanches –, Aursnes caiu dentro da grande área insular, mas nada foi assinalado. Escassos segundos depois, voltou a registar-se ação perto da baliza dos açorianos, quando Otamendi cabeceou sobre a barra, num livre lateral cobrado por Di María.
O Benfica encostava cada vez mais os oponentes às cordas, e Di María criou nova ocasião aos 55'. Após serpentear por entre dois adversários na direita, o argentino encontrou Beste ao primeiro poste, o qual errou o alvo por pouco.
Aproveitando o adiantamento da formação encarnada, numa rara incursão ofensiva do Santa Clara, Gabriel Silva surgiu isolado à passagem do minuto 62, e a sua tentativa de chapéu sobrevoou a baliza.
Inconformado, Di María voltou à carga. Aos 64', numa jogada de insistência, rematou em arco para defesa segura de Gabriel Batista. Dois minutos depois, o duelo repetiu-se, tendo o guarda-redes afastado um disparo semelhante para canto com um mergulho atento.
No 67.º minuto, Pavlidis rendeu Beste, e a substituição operada por Bruno Lage viria a ter impacto praticamente imediato.
Isto porque, aos 71', na sequência de uma boa construção de jogo coletiva, o atacante subiu quase até à linha de fundo, pela esquerda, e cruzou para a zona do segundo poste, onde Di María fuzilou as redes com um fenomenal remate à meia-volta, de primeira, colocado ao ângulo superior direito da baliza (1-0). Um golo brilhante, protagonizado por jogadores provenientes do banco, do qual os 48 639 espectadores presentes na Luz, seguramente, jamais se esquecerão!
Quebrada a resistência dos forasteiros, e com o ímpeto dos Benfiquistas a seu favor, as águias embalaram para uma fase endiabrada. No minuto 74, Pavlidis invadiu a área e atirou às malhas laterais, num lance de persistência do avançado.
Contudo, volvidos dois minutos, o internacional conseguiu mesmo marcar. Kökcü esticou para Álvaro Carreras na esquerda, Lucas Soares ainda alcançou a bola, mas o lateral espanhol não desistiu, recuperou a posse, e picou para a pequena área, onde Pavlidis encostou de cabeça para o 2-0.
O bis do avançado foi consumado já com Schjelderup (entrou para o lugar de Aktürkoğlu, no minuto 78) no relvado, aos 80'. No seguimento de um canto, Di María cruzou para o coração da área, a partir da direita. Com um toque de classe, Otamendi entregou a Pavlidis, e, na quina da pequena área, este não perdoou (3-0). O VAR ainda analisou o lance, por possível posição irregular, mas o tento foi mesmo validado. Três golos em menos de 10 minutos!
A cinco minutos do fim do tempo regulamentar, Bruno Lage esgotou as suas alterações: Kaboré substituiu Bah.
Com o triunfo benfiquista sentenciado, até ao apito final registaram-se apenas uma tentativa de Schjelderup por cima da trave, em boa posição, após cruzamento de Arthur Cabral; um corte preponderante de António Silva, no dia do seu 21.º aniversário, face a um remate de Vinícius; e uma defesa tranquila de Trubin, em oposição a um disparo de Gabriel Silva.
Deste modo, o Glorioso garantiu a passagem para a final four da Taça da Liga e mantém-se 100 por cento vitorioso nas provas domésticas desde que Bruno Lage regressou ao comando técnico da equipa.
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