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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

O BENFICA TEM UM GRANDE PROBLEMA



 Jaime Antunes, vice-presidente do Benfica responsável pelas infraestruturas, não esquece milhares de sócios que ficam de fora do Estádio da Luz, mas diz que o recinto «está aí para as curvas»

No dia em que o novo Estádio da Luz celebra 21 anos de vida, Jaime Antunes, vice-presidente responsável pela área das infraestuturas do Benfica e que acumula agora também o cargo de administrador-executivo da SAD, sublinhou a limitação de lugares do recinto, que tem capacidade para aproximadamente 65 mil espectadores.
O Benfica tem um grande problema, quer responder à procura, mas tem 15 ou 16 mil sócios à espera para comprar Red Pass. Isso entristece-me, não ter a possibilidade de dar o lugar porque o estádio está sistematicamente esgotado», explicou, em entrevista à televisão do clube.
A nova Luz celebra aniversário e o dirigente rejubila: «O Benfica soube estar sempre à frente do seu tempo. Este estádio novo cumpre 21 anos mas tem ainda grande qualidade e está aí para as curvas.»
Garantindo que «a Direção não está parada», aponta a dimensão do clube: «Benfica tem sido inovador, não há nenhum clube em Portugal que se possa comparar em termos de quantidade de equipas, de grandeza de feitos desportivos nas diferentes modalidades. Benfica não tem comparação, olhamos para grandes clubes como Real Madrid ou Bayern e têm muito menos modalidades, Benfica presta serviço à sociedade, também nisso o Benfica é maior do que todos.»
O lado mais empresarial do futebol mereceu a atenção de Jaime Antunes. «Se olharmos para o futebol profissional, obviamente que aí há desafios que se colocam ao Benfica que são extraordinários. Nas grandes ligas não há modelo associativo, há em Espanha com Real Madrid e Barcelona, de resto são clubes-empresa. No Benfica, os donos são os sócios, temos 350 mil sócios, temos 350 mil donos no Benfica», sublinhou.
«A capacidade de aportar capitais e investimento para a equipa de futebol depende dos donos desses clubes, dessas empresas, torna o processo mais simples e mais fácil do ponto de vista da gestão, mas continuo a acreditar no modelo associativo», finaliza o dirigente.

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