Páginas

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Decisão Benfica. Como os números explicam as posições tomadas no debate

                           

AS CONCLUSÕES PRECIPITADAS DAS ELEIÇÕES DO BENFICA



É apenas certo que Rui Costa e Noronha Lopes foram os mais votados a 25 de outubro e que a 8 de novembro começa tudo do zero. O mais que se disser pode ser manifestamente exagerado.
A esmagadora afluência dos sócios do Benfica nas eleições de 25 de outubro não produziu já um presidente. É, para começar e de uma forma simples, até por tratar-se de assunto que justificaria reflexão maior, um testemunho do interesse massivo num clube que está mais vivo que frágil ou moribundo (como muitas pessoas, dentro e fora do universo encarnado, se esforçaram por defender), de um clube com raízes tão profundas como ímpares na sociedade portuguesa, sem desprimor ou menosprezo por qualquer outro. O recorde internacional de número de votantes nas eleições de um clube desportivo —mais de 85 mil sócios — justificaria, até, uma análise complexa, para a qual nem sequer me sinto habilitado a arriscar.
É, neste momento, apenas certo — para lá desse grande momento de benfiquismo e de civilidade, em circunstâncias que até poderiam abrir caminho a situações complicadas, considerando as diferentes sensibilidades alimentadas, muitas vezes, por populismo, acusações ofensivas e mentes dominadas por radicalismos — que Rui Costa e João Noronha Lopes foram os mais votados e que vão discutir a segunda volta.
Será sempre fácil, já alguns dias passados do ato eleitoral, tirar conclusões precipitadas, mas serão poucas as que podem resistir como um menir à erosão de argumentos. Incontestável, porém, é que Rui Costa ficou mais perto da maioria absoluta que Noronha Lopes ficou de Rui Costa. Cada um, depois, pode espremer os números para que estes possam dizer-lhes o que mais interessa para alimentar diferentes narrativas.
De torturadores de números a quem padece de idadismo, de quem pensa que o Benfica, ou Portugal, é só Lisboa e arredores, a quem vive na bolha das redes sociais, de quem acreditou cegamente em sondagens a quem ficou cego com chegadas coreografadas com direito a foguetório, de quem sofre de soberba a quem sofre de ignorância, são muitos aqueles que lutam por ignorar a realidade da votação. Que, é preciso reforçar, se esgotou naquele dia.
Tanto Rui Costa como João Noronha Lopes, pelas declarações que produziram ainda no domingo, depois de conhecidos os resultados, coincidem, e bem, na ideia de que vão começar do zero, apesar dos diferentes estados de espírito. O primeiro disse que tentaria não perder quem nele votou e tentaria conquistar os outros, o segundo que não daria por adquirido nem por perdido qualquer voto. Não só é o mais prudente e racional como manifesta terem percebido, agora ou bem antes, isso pouco interessa, a complexidade do Benfica, as diferentes sensibilidades de sócios e adeptos.
Até ao dia em que os sócios voltarão a votar, agora para a decisão final, o Benfica jogará com V. Guimarães, no Minho, e Leverkusen, em casa. Há uma semana escrevi que, provavelmente, não haveria alguém que mudasse a intenção de voto pelos resultados recentes da equipa. Continuo a acreditar que acontecerá o mesmo. Já discordo de quem defendeu que os resultados da equipa pouca influência tiveram nos resultados da votação. Entendo que bastaria a Rui Costa outros e melhores resultados (talvez só no fim da última época) para vencer à primeira volta — é apenas uma convicção que ninguém poderá desmentir, nem, na verdade, poderei confirmar.
Para finalizar, o acesso e uso ilegítimo de dados pessoais de que se queixaram alguns sócios é um assunto muito sério que João Noronha Lopes deveria esclarecer melhor. Não tenho a menor dúvida sobre a integridade do candidato e de que está acima de qualquer suspeita, mas não lhe basta dizer que se trata de um não-assunto quando admitiu que «eventualmente algum dos voluntários pode ter passado isso a outra pessoa».

Nuno Paralvas, in a Bola 

ANTEVISÃO | VITÓRIA X SL BENFICA

                           

Análise a oito pontos do debate Rui Costa vs Noronha Lopes | TEMA DO DIA

                           

Decisão Benfica. Nuno Gomes ou Humberto Coelho. Um deles será vice-presi...

                           

AS ELEIÇÕES DO BENFICA E O DESCONTENTAMENTO FIEL



 A primeira volta das eleições no Sport Lisboa e Benfica revelou-nos muito, mas acima de tudo um dado que merece reflexão: apesar das críticas, da contestação e da aparente esperança de parte da massa adepta numa alternativa, quem ficou em vantagem foi Rui Costa. O resultado obrigará a uma segunda volta, e, salvo um acontecimento extraordinário, a psicologia do comportamento coletivo aponta para a manutenção dessa vantagem por Rui Costa.

Este não é um artigo que pretenda analisar os resultados das eleições em si, ou a competência ou não competência dos candidatos, nem sequer indicar a melhor alternativa para clube, trata-se apenas de uma análise sobre comportamento. E o comportamento coletivo dos sócios benfiquistas confirma algo que a psicologia há muito estuda: a mudança custa. Mesmo quando há descontentamento, mesmo quando há falhas identificadas, mesmo quando existem alternativas formais, a opção pela mudança apenas ocorre quando se juntam dois elementos: uma crise intensa e uma alternativa de líder carismática capaz de mover as massas.
Rui Costa lidera a Direção e, apesar das críticas sobre a gestão e resultados desportivos, na hora de votar os sócios bateram recordes de participação e aparentemente a tendência poderá ditar a continuidade.
A psicologia explica. E explica bem. O ser humano tem aversão à perda e tendencialmente procura conforto no conhecido. A teoria da aversão à perda, amplamente estudada por Daniel Kahneman, mostra que as pessoas preferem não perder o que já têm do que ganhar algo novo e potencialmente melhor. Esta tendência conservadora não se baseia apenas em lógica racional, mas num instinto emocional profundo. A liderança de Rui Costa, ainda que criticada, representa uma zona de conforto emocional. É o conhecido. Noronha Lopes, por oposição, representa o incerto, e o nosso cérebro não gosta de incertezas.
Por outro lado, não podemos desconectar as eleições do contexto e, estrategicamente em tempo útil, Rui Costa mudou de treinador e não escolheu um qualquer, escolheu José Mourinho. A substituição de Bruno Lage por um dos treinadores mais carismáticos e reputados do futebol mundial alterou completamente o cenário simbólico. Esta decisão teve um impacto emocional evidente, devolveu esperança, mudou o foco da crítica e criou um novo vínculo emocional com os sócios. Do ponto de vista psicológico, esta jogada foi um exemplo claro da utilização do viés de recência: os acontecimentos mais recentes têm mais peso na decisão do que os mais antigos. A chegada de Mourinho, mesmo sem ainda resultados práticos, ativou o imaginário coletivo e reposicionou Rui Costa como agente de mudança, ainda que sem mudar de rosto. Ou seja, este movimento desportivo, mas também estratégico, atenuou qualquer contexto de crise que pudesse estar a emergir.
Adicionalmente, a tomada de decisão sobre a não mudança não se dá apenas pelo contexto, mas também pela alternativa ou falta de uma alternativa mobilizadora como pareceu ser o caso. Os candidatos eram muitos, mas em abono da verdade, com exceção de Luís Filipe Vieira, que já tinha um passado com história (para o bem e para o mal), nenhum dos candidatos apresentava um perfil de liderança carismático capaz de mobilizar massas em prol de uma mudança. A teoria do carisma, proposta por Max Weber, descreve o líder carismático como alguém que inspira, agrega e impulsiona. E a verdade é que a figura vista como potencial alternativa, Noronha Lopes, não conseguiu esse efeito. Começou forte, mas ao longo da campanha e na proximidade às urnas foi reunindo sobre si alguma desconfiança. A política também vive de perceção, e a perceção de falta de clareza ou de consistência compromete a confiança. E a confiança é a base da mudança.
A segunda volta trará um novo momento de decisão, mas a não ser que Noronha Lopes consiga, num curto espaço de tempo, transformar a sua imagem, inspirar confiança e criar uma conexão emocional com os sócios, tudo indica que o desfecho será a confirmação da continuidade.
A grande lição deste processo eleitoral é clara: mesmo quando há vontade de mudança, ela só acontece se for acompanhada de segurança emocional, confiança e identificação simbólica. Caso contrário, para o ser humano, o descontentamento é mais tolerável do que o salto para o desconhecido.
Liliana Pitacho, in a Bola

GERAÇÃO NFL - Análise às divisões a meio da fase regular, Playoff pictur...

                           

COSME DAMIÃO | O PAI DO BENFICA

                           

BENFICA-REVISTA IMPRENSA 31 Outubro CANDIDATO DA MUDANÇA DESPERDIÇA PRIM...

                           

BENFICA ATENTO A YASSIR ZABIRI! O FUTURO DE OTAMENDI! RENOVAÇÕES PARA AN...

                           

BENFICA: A MÃE DE TODAS AS DECISÕES



 Há memórias que pesam mais do que vitórias .Rui Costa vive dentro da sua. O ícone que criou protege-o e aprisiona-o, e o Benfica chega a uma encruzilhada de alma. A responsabilidade é tremenda.

Rui Costa navega na jangada que é o ícone que criou enquanto jogador, desde a formação ao regresso antes do adeus, do benfiquismo exacerbado que o leva aqui e ali a lágrimas de gratidão, da resistência natural à mudança e do medo do desconhecido. Não foi o pouco que fez e o muito que não fez durante os últimos quatro anos enquanto capitão de um barco abandonado pelos lugares-tenentes um atrás do outro, que lhe garantiram 42% dos votos, nem o projeto populista, aí parecido com os dos outros, ainda que escrito com quatro ou cinco bullets no PowerPoint, que nunca comprometem, e ainda assim alegadamente copiados noutro divulgado bem antes.
Não foram os títulos, não foram as modalidades, não foram as contas, não foi o património criado, não foi o carisma ou a esperança que irradia da sua liderança em definitivamente deixar o quase e conquistar troféus, entregando a hegemonia prometida ao clube. Foi tudo o que está acima e ainda o medo do bicho-papão, que antes era gordo, careca e rasgava contratos, e agora é visto, por algum vidente dos tempos modernos, nos gestos e palavras dos outros cabeças de lista.
Se o futebol português precisa de um Benfica forte, Rui Costa apresenta-se como dirigente medíocre, sem legado, e teima em escapar de ser julgado por este. Noronha Lopes e todos os outros foram já sim julgados pelo que não têm.
A maior parte dos 85 mil escolheu a rotura, já que Vieira também estava contra Rui Costa. Essa é a leitura do copo meio-vazio, por muito que o atual presidente queira beber do meio-cheio. Porque era ele que estava em escrutínio. Mas Noronha Lopes, o mais votado dos outros, falhou. Focou-se demasiado no quanto Rui Costa havia sido mau que se esqueceu de explicar como ele próprio era bom. Foi ingénuo face aos ataques menos corretos de que foi alvo, porém não percebeu que, quando os olhos viravam para si, estava nu. Agora, é o momento de «o quê» virar «como», e de se construir num candidato bem mais forte.
A olhar à distância, depois de ter defendido a mudança e de ver o que esta significou para FC Porto e Sporting, tenho afirmado que Rui Costa não tem condições para mais quatro anos. Mantenho. De qualquer forma, a decisão é de quem vota. Os sócios irão assumir, no dia 8, uma das decisões mais importantes da história do clube, talvez até com novo recorde. E arcar com toda a responsabilidade! Eu respeitarei a minha: a de manter um olhar crítico construtivo sobre o eleito. Seja quem for.
Luís Mateus, in a Bola

PRESTIANNI GANHA O LUGAR A SCHJELDERUP?

                           

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

O DEBATE DO BENFICA | JOÃO NORONHA LOPES VS RUI COSTA

                           

RESCALDO: BENFICA X TONDELA (TAÇA DA LIGA)

                           

Jornada 10: Dicas ousadas, ronda de Sporting, FC Porto e Benfica e os re...

                           

BENFICA VENCE E VAI À FINAL FOUR! NO NAME BOYS FAZEM HOMENAGEM!

                           

BENFICA PODCAST 573 - WINS AND A DELAY

                            

ZORLAK: PENALTY DUVIDOSO NO BENFICA 3 x 0 TONDELA E GOLO ANULADO POR FOR...

                            

ELEIÇÕES NO BENFICA E O TREINADOR SENSAÇÃO: VASCO BOTELHO DA COSTA EM DE...

                           

BENFICA CONSEGUE OS RESULTADOS, MAS ESTÁ A CONVENCER?

                           

GLORIOSO E INESQUECÍVEL DIA NA HISTÓRIA DO BENFICA



A retumbante afluência eleitoral iluminou um dia glorioso e inesquecível para a história do Benfica, reforçando a sua expressão internacional. Um recorde mundial de votantes alcançado numa jornada feliz, bem organizada e que retrata a grande dinâmica do clube. A votação obtida, largamente recordista, ultrapassa, em muito, o melhor resultado eleitoral, mesmo somado, dos dois rivais nacionais.
Este era o contexto em que equipa do Benfica regressava à Luz com o peso de mais uma derrota na UEFA Champions League, transportando o cansaço físico e o desgaste anímico de quem perde quando precisava de pontuar. À partida, para mais um jogo de campeonato que era imperioso vencer, o cenário não era, assim, o mais propício. Porém, as eleições, consideradas por muitos como um problema em dia de jogo, viriam a funcionar, com o orgulho renovado do clube, como um importante condimento para a vitória. O ambiente de euforia clubística resultante da expressiva vitória eleitoral, por si só, elevava o jogo a uma jornada de consagração, mas que faltava confirmar no campo. Agora, o natural desejo de que no próximo dia 8 se repita mais um dia exemplar e à Benfica.
Goleada feliz
Quanto ao jogo, o Benfica entrou pressionante, empurrando o Arouca para próximo da sua área. A equipa visitante defendia as suas alas com rigor, contrariando a atual referência que Lukebakio representa na ala direita. No lado oposto, as dificuldades que o Benfica tem tido na criação atacante contavam, agora, com o regressado Prestianni, que funcionou como o maior agitador da equipa. O Arouca acabaria por colaborar, com intervenções faltosas na sua própria área, que deram os dois golos iniciais, ainda muitos dos orgulhosos eleitores se sentavam. Prestianni é alguém, disse-o Mourinho, que dificilmente consegue fazer o jogo inteiro. É daqueles jogadores que lembram as crianças. A gestão física não existe. Joga sempre no limite, até não poder mais. Uma rara irreverência que contagiou colegas e adeptos, com contributo direto na vitória conseguida. Pavlidis e Lukebakio, parceiros do ataque, estiveram ativos, mas bem tapados pela tática defensiva arouquense.
no meio campo o Benfica teve dificuldades. As equipas dependem muito dos seus médios, quer na defesa, quer no ataque e ainda nas necessárias ligações. Desta vez o talentoso Sudakov não esteve em dia, provocando até, com um passe paralelo perdido, a melhor oportunidade ao adversário. Rios e Enzo também estiveram abaixo do nível exigido. Muitos passes falhados e perdas da posse de bola foram permitindo que o Arouca dividisse o jogo. O esforço a que esta tripla intermediária esteve sujeita no recente confronto europeu também terá determinado o seu menor rendimento. No final, um dia feliz, celebrado com uma goleada com mérito, mas também resultante da fragilidade defensiva visitante.
Falar sem mudar
Os referidos duelos entre equipas nacionais e inglesas só atualizaram aquilo que é uma das nossas maiores limitações competitivas atuais. Nada de novo, portanto. O ritmo e a intensidade, dos quais muito se fala ma em relação aos quais pouco ou nada se muda, são ainda mais essenciais no contexto europeu, onde crescem as dificuldades. Reconhecendo que a função de arbitrar é especialmente difícil e sempre será, não poderemos, ainda assim, fazer algo que melhore a nossa arbitragem e valorize o nosso futebol? Penso ser possível. O perfil do nosso árbitro é de intenso gosto pelo apito, quase paixão, assinalando ligeiros contactos, num desporto de contacto, e parando constantemente o jogo. É só verificar o tempo útil de jogo, o número de faltas e cartões mostrados e compará-los com outros campeonatos. Os números não enganam. Será assim tão complicado mudar? Cristiano Ronaldo, quando saiu de Portugal para Inglaterra, teve que inverter o seu apurado instinto para o mergulho, quando percebeu que ninguém por lá apreciava essa habilidade. Um bom exemplo de alguém que chegou ao topo.
Egolândia
Muitas vezes a capacidade e o talento futebolístico convivem na mesma pessoa com a arrogância, o egoísmo e o descontrole emocional.
Vinícius Júnior, especialista em conflito, é o exemplo de alguém que cabe nesta descrição, desta vez confrontando o seu treinador Xabi Alonso, já consagrado enquanto treinador e lenda enquanto jogador do Real Madrid. O que fazer neste tipo de choques, ainda por cima públicos? Yamal é outro dos casos bem atuais, neste caso, de desvario juvenil e défice educacional a precisar de orientação. Tão bom quanto irresponsável, aceitará algum reparo, do alto da sua fortuna pessoal? Os pais ajudarão? Os golos, a fama e o poder económico não podem validar todas as atitudes. Este foi um fim de semana rico em incidências tristes, que não valorizam os implicados. O que dizer também de Lautaro Martinez e Antonio Conte, jogador e treinador em triste confronto, num dos mais importantes clássicos do futebol italiano? Sabemos que o futebol profissional é um meio competitivo em que o stress é enorme e desgaste também, quer no banco, quer no campo, mas não foi sempre assim? Quando os episódios se passam entre portas, tornam-se bem mais fáceis de gerir. É verdade que as redes sociais vieram também alimentar os conflitos, mas os artistas devem ter a capacidade e a destreza de exigir mais de si mesmos.

Rui Águas, in a Bola 

SLB x TON. "Pénalti mal assinalado ao Benfica"

                           

BENFICA x Tondela | RESCALDO 1/4 Taça da Liga (3-0)

                           

BENFICA-REVISTA IMPRENSA 30 Outubro GLORIOSO ALCANÇA O OBJECTIVO MAS NAO...

                           

EM FRENTE NA EUROPA

 

 O Benfica conseguiu afastar as espanholas do CD Heidelberg Las Palmas ao vencer no golden set (10-15) e garantiu a vaga na 3.ª ronda de qualificação da CEV Women Champions League.
A equipa feminina de voleibol do Benfica garantiu, nesta quarta-feira, 29 de outubro, o acesso à 3.ª ronda da CEV Women Champions League diante das espanholas do CD Heidelberg Las Palmas, na Gran Canaria, através do golden set (10-15). As eslovenas do Banka Branik Maribor são as próximas adversárias das águias.
Em vantagem na 2.ª ronda de qualificação, após triunfo na 1.ª mão (3-1), no Pavilhão n.º 2 da Luz, Henrique Furtado garantiu, na antevisão da 2.ª mão, que as águias não queriam desperdiçar a oportunidade de fazer história na Europa. E foi isso que aconteceu num encontro que teve a duração de 92 minutos.
Após três sets (3-0) que caíram para a formação da casa (25-18, 25-19 e 25-17), a eliminatória foi decidida num golden set, e aí o Benfica entrou determinado em seguir em frente, vencendo com uma vantagem de 5 pontos (10-15).
 
DECLARAÇÕES
Henrique Furtado (treinador do Benfica): "Foi uma partida muito difícil. Uma partida na qual estivemos abaixo do nível que gostaríamos, mas, ao mesmo tempo, lutámos muito e nunca desistimos. A principal mudança no golden set foi em relação ao nível de ataque e no equilíbrio do nosso serviço. Nós temos um grupo de guerreiras. Elas estão a esforçar-se muito, e foi importantíssimo ter adquirido essa vantagem [3-1] no primeiro jogo e a possibilidade de disputar o golden set. A Champions League é a melhor competição do mundo e, para avançar, o sacrifício é sempre muito grande. [Próximo jogo com o Vitória SC] Não existe tempo para muito descanso, e as jogadoras têm dado o seu máximo. Tentaremos, como sempre, fazer o melhor possível e lutar para sair com a vitória na próxima partida."

ORGANIZADO O BENFICA ESTÁ. MAS SÓ MUITO DE VEZ EM QUANDO JOGA À BOLA



O Benfica está na final four da Allianz Cup, mas a vitória por 3-0 sobre o Tondela com que lá chega esteve longe de encantar.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, José Mourinho dissera que nesse dia as águias só trabalharam organização ofensiva. Organizados, realmente, estiveram, nestes quartos de final da Taça da Liga. E a vitória foi mais que justificada, considerando que a equipa de Ivo Vieira, mesmo não tendo ido à Luz com bloco muito baixo, ou só preocupada em defender, não criou um lance de golo. Mas faltou bom futebol, e num jogo perante um adversário mais forte, o pouco que o Benfica cria raramente dará para marcar e, consequentemente, vencer.
Mas talvez a organização seja o primeiro passo. A forma como as águias souberam reagir à perda de bola, matando à nascença a maior parte dos contra-ataques do adversário – com Barrenechea, nesse capítulo, em papel de destaque –, é uma mudança refrescante em relação ao que se viu nos últimos tempos na Luz.




Faz sentido que Mourinho comece por aí. Mas é bom que não demore a dar o passo seguinte, o de pôr a equipa a jogar à bola.
Sim, o Benfica teve momentos muito bons. O golo anulado pelo VAR por fora de jogo de um centímetro, por exemplo, a abrir a segunda parte, é uma bela jogada coletiva, com Barreiro a servir Lukebakio e o belga a dar de calcanhar para a finalização de primeira de Sudakov.
O 2-0, de Lukebakio, também – não só as fintas de Ríos na área, mas a forma como o colombiano ganhou espaço para arrancar, em combinação com Pavlidis e Barreiro.
Mas foi quase tudo. Sim, há um bom passe de Aursnes a desmacar Ivanovic aos 30’, com remate cruzado do croata para boa defesa de Cañizares. E há o terceiro golo, recuperação de João Rêgo em zona avançada, cruzamento imediato de Barreiro e finalização perfeita de Pavlidis.




Mas são momentos de qualidade individual, mais do que futebol coletivo. E poucos mais houve.
Aliás, para um Benfica que mudou apenas cinco jogadores no onze, e os que lançou de novo têm sido utilizados com regularidade, não eram corpos estranhos (mesmo assumindo a importância de Pavlidis ou Ríos na equipa), chegar ao fim do jogo com apenas 11 remates contra os suplentes do Tondela (só Medina tinha jogado de início contra o Sporting, para a Liga, no domingo, e saiu lesionado ao intervalo…) é pouco, muito pouco.
Penálti caído do céu
E convém não esquecer a forma como a história do jogo sorriu ao Benfica: com um penálti caído do céu, aos 41’, por mão de Afonso Rodrigues.
A análise da correção da decisão do árbitro deixo para Pedro Henriques, comentador de A BOLA. Mas não gosto de um futebol onde faça sentido aquilo ser penálti. O extremo do Tondela é atropelado por Barreiro; tem o braço aberto, porque está a equilibrar-se no domínio da bola, mas o médio do Benfica está a menos de meio metro dele quando toca a bola na direção da mão de Afonso Rodrigues. O árbitro, na justificação da decisão, referiu que o braço não estava em posição natural; o que não é natural, para mim, é que os árbitros tenham agora de ser especialistas em mecânica do movimento para perceber o que é natural ou não…





Otamendi converteu, trazendo até alguma recompensa justa às águias, que sem terem feito muito já tinham estado perto do golo por Lukebakio e Ivanovic.
Aquele golo brilhante anulado por um centímetro logo a abrir a segunda parte (48’) deu esperança aos mais de 50 mil adeptos que foram à Luz de que o jogo pudesse melhorar de qualidade nos derradeiros 45 minutos. Infelizmente, não foi o caso. Tirando um remate cruzado, um pouco ao lado, de Ivanovic, aos 59’, só na reta final a partida animou, já com Pavlidis, Ríos e Prestianni em campo e com o Tondela a tentar arriscar (na mesma sem criar perigo) um pouco na procura do empate.
Foi isso que deu espaço para o ataque rápido do 2-0, foi isso que ajudou à recuperação em zona ofensiva para o 3-0. Um resultado demasiado gordo para quem tem organização mas pouco futebol.
Hugo Vasconcelos, in a Bola
NOTAS DOS JOGADORES DO BENFICA
exibição do Benfica só escapou ao cinzento a meio da segunda parte, com a entrada do avançado grego. Não foi jogo para grandes exibições individuais, ainda que o Tondela pouco tenha ameaçado no ataque
Melhor em campo: Vangelis Pavlidis, 7
O resultado marcava 1-0 aos 64 minutos quando Pavlidis teve ordem para substituir Franjo Ivanovic e entrar em campo. Além do resultado incerto, o Benfica também parecia ter perdido um pouco o controlo da partida, com o Tondela a aproximar-se mais da sua área. Não foi imediato, porém a equipa de José Mourinho ganhou com o passar do tempo uma referência mais próxima — em termos territoriais e de ligação — do que o croata, capaz de segurar a bola e combinar, alimentando cada vez mais transições. Aos 83', participa ativamente na jogada do 2-0, na qual contribuem ainda Barreiro, Rios e Lukebakio, e no quinto minuto de compensação marcou, de primeira, o terceiro da sua equipa, agora a passe do luxemburguês. No tempo em que esteve em campo fez quase tudo bem.
SAMUEL SOARES (5) — Noite calma. Controlou a profundidade e só fez uma defesa, a fechar.
AURSNES (6) — Dos primeiros a animar o ataque. Lançou Sudakov (4'), que não finalizou, e Ivanovic (30'), com o croata a obrigar Cañizares à primeira boa defesa, e apareceu ele mesmo na frente, como quando não segurou passe letal de Lukebakio, já na área (21'), e não aproveitou a bola longa de Otamendi para cruzar bem para Ivanovic (32'). Sempre em jogo.

ANTÓNIO SILVA (5) — Estava atrasado na jogada mais perigosa do Tondela na primeira parte, num raro erro de Aursnes, que não segurou a bola de frente para a própria baliza. Valeu-lhe a lentidão de Yefrei Rodríguez e a recuperação do resto da equipa. De resto, noite descansada.
OTAMENDI (6) — Disse a Mourinho que queria jogar e carimbou o 250.º encontro pelas águias com o 1-0, de penálti, num pontapé cheio de confiança e manha suficiente para enganar Cañizares. Sempre perigoso nas bolas paradas ofensivas. Lá atrás, tranquilo qb.
DAHL (4) — Nova exibição cinzenta do sueco. Cumpre no seu papel na organização defensiva, porém, mais à frente, é incapaz de desequilibrar. Deixou muitas vezes Schjelderup demasiado só, a lidar com dois ou três rivais pela frente, o que obrigava o norueguês a reciclar muitas vezes a posse.
ENZO (6) — Dominador na maior parte das ações, percebe-se a importância que tem não só como referência defensiva, mas também como elemento determinante para o desdobramento da equipa para o ataque. O passe sai-lhe sempre redondo do pé direito, mas precisa de trabalhar o pior, o esquerdo, e também o excesso de confiança.
BARREIRO (6) — Ofereceu-se à construção e sempre que não o pressionaram ligou-se com os colegas como na jogada do golo anulado por 1 centímetro (!) aos 48' ou mesmo no 2-0, todavia, quando mais apertava à sua volta mais hesitava e a equipa não progredia. Sem bola, voltou a fazer movimentos de rotura para a área, a fim de surpreender, contudo esteve bem vigiado. Ainda assistiu Pavlidis.
LUKEBAKIO (6) — A equipa reconhece-lhe destreza no 1x1 e chama-o muitas vezes a esses momentos, ainda que nem sempre com o espaço necessário para que tenha maior sucesso. Duas boas jogadas no primeiro tempo: aos 13', ultrapassou o rival direto e não conseguiu encaixar o passe com a diagonal de Schjelderup e, seis minutos depois, fintou Vita e rematou contra o corpo de Canizares. Desapareceu até marcar o 2-0, numa simples tapinha.
SUDAKOV (6) — Parece crescer em confiança a nível do passe de rotura. Grande desmarcação de Aursnes aos 23, muito bem a servir Ivanovic perto do intervalo e a libertar Schjelderup antes da hora de jogo. Injusta a anulação do golo que marcou, pela beleza da finalização com o pé esquerdo.
SCHJELDERUP (5) — Demasiado só para poder ter impacto no ataque posicional, ainda que tenha tomado algumas más decisões quando apareceu a conduzir transições. A sua melhor iniciativa surgiu aos 59', quando serviu Ivanovic para o tiro.
IVANOVIC (5) — É avançado de explosão no remate, porém teve guarda-redes atento pela frente aos 30' e, aos 59, atirou ligeiramente ao lado. Pouco alimentado, ainda assim trabalhou.
PRESTIANNI (5) — Mexe sempre com o jogo, pela velocidade que acrescenta, mas precipita-se na tomada de decisão.
RÍOS (6) — Entrou muito bem no encontro. Já depois de carregar a bola em alguns ataque, virou do avesso Afonso Silva antes de oferecer o golo a Lukebakio e ainda obrigou Cañizares a bela intervenção.
JOÃO REGO (-) — Cinco minutos em campo.
TOMÁS ARAÚJO (-) — Entrou para para ser lateral e dar um pouco de descanso a Aursnes.
Luís Mateus, in a Bola

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

CHAPA 4 NOS ANDRADES

 


Vitória no clássico e voo para a liderança

O Benfica bateu o FC Porto, por 4-2, no jogo da 3.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional e isolou-se no topo da classificação, sendo a única equipa que ainda não perdeu pontos.
Clássico vermelho e branco! O Benfica recebeu e bateu o FC Porto, por 4-2, no jogo da 3.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional. Com este desfecho, as águias são líderes da prova.
Foi numa autêntica fortaleza vermelha e branca (1557 espectadores nas bancadas) que o Benfica recebeu o FC Porto no Pavilhão Fidelidade, nesta quarta-feira, 29 de outubro. Com o 3.º triunfo em outros tantos jogos da competição na mira, a concentração, intensidade e paciência foram identificadas por Edu Castro como fatores-chave para ultrapassar o rival.
Para o clássico – que teve a CIN como Match Day Sponsor –, o treinador escalou um cinco inicial composto por Conti Acevedo, Zé Miranda, Roberto Di Benedetto, Nil Roca e João Rodrigues.
Depois de muito insistir, e pela frente encontrar um Xavi Malián sempre pronto a dizer "presente", o Benfica chegou ao golo aos 9', através de um penálti convertido por Zé Miranda. Inaugurado o marcador, o jogo entrou numa toada mais equilibrada e aos 13' e aos 14' foi Conti Acevedo a mostrar serviço na baliza encarnada, ao defender os remates de Hélder Nunes e Gonçalo Alves.
Na resposta, o Benfica ampliou a vantagem (15'). Pela direita do ataque, Zé Miranda rematou forte, mas o esférico ainda encontrou Gonçalo Pinto, que, à boca da baliza, tocou para o 2-0.
Os comandados por Edu Castro continuaram a carregar e, nos minutos 17 e 18, Zé Miranda voltou a ameaçar, mas o guardião azul e branco negou. Numa 1.ª parte que dominou por completo, o conjunto benfiquista fixou o 3-0 com que se chegou ao intervalo aos 20': pela direita do ataque encarnado, Viti rematou forte e indefensável, fazendo abanar novamente as redes azuis e brancas.
Durante o descanso, os atletas encarnados João Antunes, Martim Nunes e Vasco Moreira foram homenageados pela conquista do Campeonato Europeu Sub-17 em representação da Seleção Nacional do escalão.
No reatar, aos 30', o FC Porto reduziu para 3-1 com um golo assinado por Hélder Nunes. Três minutos volvidos, o Benfica atingiu a 10.ª falta cometida e os visitantes beneficiaram da execução de um livre direto. No frente a frente, Conti Acevedo negou a Hélder Nunes.
O jogo entrou numa toada mais física, emocional e, aos 35', uma falta de Xavi Malián sobre Roberto Di Benedetto concedeu ao Benfica a execução de uma grande penalidade. Zé Miranda atirou ao lado e, na recarga, também errou o alvo.
Sempre à procura de mais, o Benfica esteve perto de dilatar aos 40', mas Nil Roca atirou ao lado.
Em grande plano na baliza encarnada, Conti Acevedo voltou a negar ao FC Porto o golo de livre direto, desta feita executado por Gonçalo Alves (43'). O mesmo não sucedeu aos 45' e, numa grande penalidade, o avançado bateu o guardião das águias e encostou a 3-2.
Num clássico em que, impulsionado pelo apoio dos adeptos, impôs o seu jogo, o Benfica fechou as contas do marcador com chave de ouro: com a baliza contrária desprotegida, Nil Roca rematou da área encarnada e fez o 4-2 final!
Com este resultado, os encarnados são líderes e a única equipa com registo 100 por cento vitorioso na prova.
Segue-se o duelo da 4.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional, agendado para as 19h00 de sábado, 1 de novembro, na casa da AD Sanjoanense.




DECLARAÇÕES
Edu Castro (treinador do Benfica): "Tudo correu na perfeição no 1.º tempo. Na 2.ª parte, dependia muito de quem marcasse o primeiro golo. O jogo estava aberto, e eles aproveitaram a oportunidade. Subiram mais as linhas, e nós tentámos jogar um pouco com a ansiedade que eles poderiam trazer de jogos anteriores. Tiveram de arriscar mais no 2.º tempo e, defrontando equipas deste nível, é impossível não enfrentar dificuldades em algum momento das partidas. No terceiro jogo, sofremos o nosso primeiro golo no Campeonato, e aconteceu na 2.ª parte. Essa foi uma situação nova com que tivemos de lidar. Porém, estávamos bem na defesa e, no final do jogo, pensei que terminaria 3-2, como costuma acontecer nestas partidas. Mas, mais uma vez, os jogadores, tal como na final [da Elite Cup] contra o Sporting, decidiram que 4-2 era mais bonito, e foi mesmo. Temos de ser capazes de repetir o início da época passada, que foi espetacular. Estamos no bom caminho, focados em ser muito competitivos. Precisamos de nos lembrar que estamos na melhor liga do mundo e que temos de corresponder às expectativas dos nossos adeptos. Somos mais fortes com eles. Queremos dar-lhes alegrias, não só nos jogos, mas também conquistando títulos."

APOSTAS: O RISCO DE CORRUPÇÃO DO DESPORTO



No sábado decorreram as eleições no Benfica que resultaram numa 2.ª volta: Rui Costa teve 42,13% e Noronha Lopes 30,26%. Pode parecer serem favas contadas para o atual presidente, mas não esqueçamos que, em 1986, Freitas do Amaral ganhou a 1.ª volta das Presidenciais com cerca de 46%, bem acima dos 25% de Mário Soares. Na 2.ª volta, contra todas as apostas, Soares ganhou com 50,7%, superando os 48,4% de Freitas. História, simbolismo ou futuras possíveis coincidências à parte, em quem aposta, o caro leitor, para ganhar a presidência do Benfica? A verdade é que antes do dia das eleições, quem quis pôde apostar no resultado. E agora, na 2.ª volta, pode fazê-lo de novo.
A possibilidade de apostar em eventos desportivos, cujo resultado é influenciável pelos próprios protagonistas — jogadores e árbitros —, é, no mínimo, controversa. Hoje, a própria Liga portuguesa é patrocinada por uma casa de apostas. Um sinal dos tempos. Mas nem sempre foi assim.
Durante anos, as apostas desportivas foram ilegais em Portugal. A internet veio mudar tudo: tornou-se impossível travar o fenómeno num mundo onde há sempre um país em que é legal apostar — e onde se aposta até nos mercados onde isso é formalmente proibido.
Os números ajudam a perceber a dimensão do negócio. Estima-se que, na Liga dos Campeões, o volume de apostas em 2022/23 tenha rondado os 225 milhões de euros. Em Portugal, calcula-se que, por jogo, se apostem cerca de 899 mil euros na Liga e 282 mil na Liga 2. São valores enormes — e sempre que há muito dinheiro envolvido, há quem tente manipulá-lo. Por exemplo, nos EUA, na semana passada, mais de 30 pessoas, incluindo um treinador e um jogador da NBA, foram presas pelo FBI na sequência de investigação ao jogo ilegal.
É por isso que se torna essencial definir regras claras para impedir qualquer tentativa de influência sobre os resultados. A lei portuguesa é inequívoca. O artigo 20.º da Lei n.º 14/2024, conhecida como Lei da Integridade do Desporto, estabelece que «quem atuar no sentido de influenciar as incidências ou os resultados de um jogo, evento ou competição desportiva, com o propósito de obter uma vantagem em aposta desportiva, é punido com pena de prisão até cinco anos».
E vai mais longe: o artigo 21.º proíbe expressamente jogadores e árbitros de apostarem em competições nas quais participem ou estejam envolvidos, punindo a infração com pena de prisão até três anos. As normas da Federação Portuguesa de Futebol são igualmente claras e reforçam estas restrições.
O caso Jogo Duplo, que investigou práticas de match fixing em Portugal, terminou com cinco arguidos condenados a penas de cinco e seis anos de prisão. Um sinal de que as autoridades estão vigilantes — e de que a integridade do jogo é levada a sério.
Porque o futebol, e o desporto em geral, vivem da imprevisibilidade. Da emoção de não sabermos o que vai acontecer. Se o público começar a duvidar de que cada equipa está a dar o seu melhor, o espetáculo morrerá. Apostar é legítimo. Corromper o jogo não.
O Direito ao Golo esta semana é dos adeptos do Benfica. 85 mil foram votar em liberdade. 85 mil mostraram elevação. Liberdade e elevação são duas palavras que poderiam descrever Francisco Pinto Balsemão. A minha pequena homenagem ao grande homem que foi.

João Caiado Guerreiro, in a Bola