A minha vontade sempre foi voltar, nunca surgiu a oportunidade — não por questões de valores, de transferência ou de salários, nada a ver com isso. Sempre foi por questões de vontade do outro lado que não se realizou.
Afinal, João Félix joga neste momento no Al Nassr e não no Benfica por falta de vontade do clube da Luz, ficámos ontem a saber, em declarações do internacional português à Sport TV.
Eu, por exemplo, no verão vou de férias para o Algarve e não para Aruba porque me falta vontade para passar meio dia dentro de um avião — e só por isso.
Pior: não foi só este ano que o Benfica não teve vontade de contratar Félix. Há três anos, diz ele, que está mortinho por vir para a Luz.
Infelizmente, a pouca vontade dos encarnados nunca chegou para convencer o Atlético de Madrid, primeiro, e depois o Chelsea (que teve uma vontade equivalente a 52 milhões de euros para contratá-lo em definitivo e depressa se arrependeu) a libertá-lo, pagando grande parte do salário... E por isso lá teve João Félix de fazer o sacrifício de ir para o Chelsea, primeiro, depois para o Barcelona, a seguir para o Milan.
E este ano, quando finalmente parecia estar encaminhado um regresso à Luz, do nada lá apareceu junto do Chelsea o Al Nassr, com mais 5 milhões de vontades que o Benfica, e com mais 8 milhões de vontades para o jogador do que iria receber na Luz. Félix, contrariado, lá aceitou ir para Riade.
Enfim, como se costuma dizer, não há vontade, não há palhaço... Ou não será bem assim que se diz?
Hugo Vasconcelos, in a Bola

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