Qualquer resultado que não a vitória no dérbi será um mau resultado, dada a diferença de seis pontos para o líder FC Porto, que visita Tondela, e de três para os leões.
O Benfica vem de três vitórias (Atlético, Ajax e Nacional) para três competições (Taça de Portugal, UEFA Champions League e Liga) e não pode falhar a quarta, no sempre apetecível dérbi.
No sábado, fiquei com a convicção de que o Benfica está de volta, pelo que não tenho dúvidas de que Mourinho vai jogar à Benfica frente ao Sporting.
Até por jogarem na Luz, os encarnados estão obrigados a ganhar. Qualquer resultado que não a vitória será um mau resultado, dada a diferença de seis pontos para o líder FC Porto, que visita Tondela, e de três para os leões.
Empurrada pela força dos adeptos, não acredito noutro cenário que não uma equipa a jogar desde o primeiro minuto com os olhos na baliza de Rui Silva. O mesmo será dizer que não equaciono uma estratégia resultadista, como a apresentada diante do FC Porto, no Dragão. Então, Mourinho assumiu-a e deixou bem vincado que o importante era não perder, pelo que não escondeu a satisfação com o empate. Estávamos a 5 de outubro, com o treinador há apenas 15 dias na Luz e a disputar o quarto jogo no banco.
Entretanto, passaram dois meses e sete jogos, além dos três mencionados no início deste texto. Quatro vitórias, duas derrotas (ambas para a UEFA Champions League, com Newcastle e Leverkusen) e um empate, o tal da polémica com o Casa Pia. Pouco, certamente, para os exigentes adeptos encarnados. Pouco, provavelmente, para José Mourinho, que durante este período não deixou de vincar as limitações do plantel. Ora devido a lesões, ora devido aos desequilíbrios de uma construção assinada por… Bruno Lage.
Percebo Mourinho. Não é fácil para qualquer treinador herdar uma equipa com a época em andamento, muito menos a ter de esperar quatro meses até o mercado reabrir e, pelo caminho, perdendo o jogador mais desequilibrador, Lukebakio. Mas, como ele gritou na Madeira…, é o treinador do Benfica e isso obriga-o a jogar para ganhar, pelo que, mesmo que continue a prescindir de início de Prestianni ou Schjelderup e mantenha a aposta em Leandro Barreiro como número 10, tem de assumir riscos e jogar ao ataque, à Benfica.
Do outro lado estará o renovado Sporting a jogar, não duvido, também ao ataque. Rui Borges mudou a equipa, fê-la esquecer as rotinas enraizadas por Ruben Amorim e tornou-a muito mais criativa em ataque posicional e mais competente diante de adversários mais modestos e a jogar em bloco baixo.
Apesar dos 10 pontos em cinco jogos na UEFA Champions League, falta ainda ao treinador dos leões impor-se nos grandes jogos internos, depois das derrotas com Benfica (Supertaça) e FC Porto e do empate com o SC Braga, os dois últimos encontros para o campeonato. Todos os cinco pontos que perdeu…
Acreditando que Benfica e Sporting vão jogar ao ataque, ficarei desiludido se esta sexta-feira não assistirmos a um dérbi para recordar por muito tempo.
Hugo do Carmo, in a Bola

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