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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

VERDADE DESPORTIVA

Bola na baliza

Verdade desportiva

O futebol nacional está doente, e urge cuidados intensivos, do Minho ao Algarve, com passagem por Lisboa.

sxc
No mundo atual do futebol nacional, a verdade e a mentira andam de mãos dadas no maior espetáculo decadente de que há (minha) memória. Os interesses de quem investe, o clientelismo, a subversão e a subserviência, o subavaliamento de passes de jogadores, a falta de ética e a manifesta carência de autoridade e de categoria na arbitragem tomaram há muito o lugar da verdade desportiva e da competência diretiva.
O futebol chega ao caos e assemelha-se ao que de pior se encontra no País e na Europa, onde quem manda é igualmente quem investe, quem tem dinheiro e quem nos "corredores" tem as "unhas" para tocar a guitarra. No meio disto tudo, onde está a verdade...? A meu ver, a verdade não pode nem deve estar na seca e tenebrosa nuvem deixada no ar por um dirigente do Benfica, sem provas do que disse por enquanto, nem tão pouco nas alianças inóspitas de um Clube do Norte às "Mafias da Noite" e ao processo "Noite Branca", onde muitos destes "capangas" são os "audazes" guarda "frentes" de um Presidente com muito para investigar, mas com muito pouca vontade de o fazer por quem de direito, que é o poder da Magistratura do Norte.
Enquanto a caravana passa, o poder político continua num silencio mortífero e desesperadamente alheio como se o futebol fosse um mundo à parte, onde as "fronteiras" estão bem delineadas e onde entrar nesse mesmo mundo é sinónimo de passar a entrar num regime diretivo onde a subserviência é nota dominante.
O futebol nacional está doente, e urge cuidados intensivos, do Minho ao Algarve, com passagem por Lisboa. Bem diziam os saudosos Alfredo Farinha e Aurélio Márcio, homens do desporto nacional e que muito me ensinaram, ao dizerem que as SAD iriam ser um início para a morte do futebol e dos seus clubes.
Exige-se a verdade, seja ela e doa ela a quem doer, pois só assim o futebol poderá voltar a respirar e dar um volte face à sua mais que visível debilidade "física".
Domingo a domingo, já não é com tanta convicção que acendo o rádio para ouvir o relato, tão pouco já saberei o que fazer para "ensinar" e "meter" esse "bichinho" domingueiro aos meus filhos (5 e 14 anos), como antes o meu avô tão bem o soube fazer. O futebol não é isto... o futebol é muito mais do que isto... o futebol está triste, está mudo e nublado, está carente e debilitado, está feio e mentiroso.
Pior que tudo, não auguro bons tempos nem bons ventos, pois não vislumbro quem possa de facto assumir as rédeas de um desporto que a este nível apenas serve uma parte de quem "vive" deste mesmo desporto, que são os programas televisivos e os jornais que de 2.ª a 6.ª nos "detonam" as audiências, que são grandes porque prolifera a opinião e a polémica. Porque, como dizia o outro: -"É disto que o povo gosta"...

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