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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CONFIRMAR O JAMOR NA LUZ


Estádio António Coimbra da Mota bem composto para receber a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. O Sport Lisboa e Benfica foi mais forte e venceu o Estoril por 1-2. A segunda mão está agendada para 5 de abril, no Estádio da Luz.
Jogo muito animado na Amoreira, com ambas as equipas a tentarem alvejar a baliza contrária. Postura corajosa do Estoril com pressão alto no meio-campo Benfiquista, que sentiu dificuldades na primeira zona de construção.
A saída pelos corredores foi a solução para levar perigo à área canarinha. Primeira grande oportunidade no pé direito de Rafa aos cinco minutos. Na área, o camisola 27 não conseguiu inaugurar o marcador.
Respondeu o Estoril ao minuto 11. Matheus Oliveira testou a atenção de Júlio César; na reposição de bola, Matheus Índio, assustou o guardião brasileiro. O jogo continuou muito disputado a meio-campo e sem flagrantes oportunidades de golo. A exceção chegou ao minuto 35. Zivkovic centrou com peso e medida para Mitroglou que fez o primeiro. Este é o sexto jogo consecutivo do grego a marcar.
A equipa da casa não se ficou e empatou pouco depois. Eliseu tocou a bola com a mão na grande área, Jorge Ferreira assinalou grande penalidade que Kléber não perdoou. O empate chegava aos 40’.
A seguir, contrariedade para o Benfica. Filipe Augusto obrigado a abandonar o desafio devido a lesão. Pizzi entrou para o seu lugar. Ao intervalo, 1-1. No reatamento, o avançado Kléber esteve muito perto de bater Júlio César e bisar no jogo.
Minutos depois, aos 56’, foi Rafa a ter clamorosa oportunidade de recolocar as águias em vantagem. Nélson Semedo descobriu o avançado na área que rematou de pronto, mas Luís Ribeiro negou-lhe os intentos. O 1-2 voltou a estar perto aos 74 minutos. Cervi cruzou e Mitroglou, de primeira, quase bisou.

Não foi ali, foi aos 89’. Calcanhar de Eliseu a descobrir Cervi que assistiu Mitroglou para o 1-2. No minuto seguinte, Zivkovic na pequena área quase matava a eliminatória. Com este triunfo, o Benfica está na frente da eliminatória e mais perto de garantir a presença no Estádio do Jamor.
O Sport Lisboa e Benfica alinhou com Júlio César; Nélson Semedo, Lindelöf, Jardel, Eliseu; Samaris, Filipe Augusto (Pizzi, 43’), Zivkovic, Carrillo (Raúl Jiménez, 78’); Rafa (Cervi, 67’) e Mitroglou.

«MONUMENTO DE COSME DAMIÃO É UMA INSPIRAÇÃO PARA O TETRA»


“HONRA A NOSSA MEMÓRIA COMO INSTITUIÇÃO”

Leia, na íntegra, o discurso de Luís Filipe Vieira na inauguração do monumento de homenagem a Cosme Damião.
“Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina,
Senhor Vereador do Desporto, Jorge Máximo e demais Autarcas Municipais,
Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, António Cardoso, e demais Autarcas das Freguesias,
Membros dos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica,
Familiares de Cosme Damião,
Benfiquistas,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Nascemos do Povo, e é o Povo que também nos reconhece.
É ele que alimenta a nossa História de glórias e nos suporta com o seu apoio.
Foi ele que esteve na origem do Sport Lisboa e Benfica.
113 anos depois, nada melhor do que nos reunirmos para homenagear uma figura maior do Clube, Cosme Damião.
O monumento que hoje inauguramos é um ato de memória e de reconhecimento da importância de Cosme Damião como fundador do Benfica.
É um impulso popular, como tantas outras manifestações do Povo em que o Benfica é protagonista.
É uma obra que resulta do voto dos Lisboetas no Orçamento Participativo.
Curiosamente, da autoria de Bugalho Ferros, um artista que é sobrinho de Joaquim Ferreira Bogalho, o Presidente do Benfica que concretizou a construção do antigo Estádio da Luz, em 1954.
Em dia de aniversário agradeço ao Senhor Presidente da Câmara Municipal e aos Autarcas a concretização desta homenagem a Cosme Damião.
Saúdo os Familiares de Cosme Damião, símbolo maior de humildade, de determinação e de benfiquismo.
Saúdo as glórias do Clube que fizeram questão de estar aqui connosco – também elas responsáveis deste sonho que se concretizou.
Como Cosme Damião deve sentir-se orgulhoso do enorme e grande Clube que fundou.
Esta rotunda fica agora mais bonita e com maior dignidade.
Sendo o Benfica uma marca global, o território em que estamos é hoje um ponto turístico de referência de visita para os portugueses e os estrangeiros.
Já tínhamos o Estádio, a Estátua do Eusébio e o Museu, passamos agora a ter este Monumento de Homenagem a Cosme Damião.
Agradeço ao Povo de Lisboa o sentido da votação.
Em dia de aniversário, em nome do Clube, agradeço esta iniciativa que honra a nossa memória como instituição.
É sem dúvida uma boa inspiração para o trabalho diário que realizamos, para a conquista do tetra e para as vitórias que queremos concretizar.
Com a mesma determinação e humildade que tinha Cosme Damião, continuamos a trabalhar para ter resultados.
Memória, presente e futuro, a aliança que dá resultados.
É esta a mística de todos os dias do Benfica.  
Obrigado!”
Luís Filipe Vieira
Presidente do SL Benfica

OS TRÉS GRANDES, A EUROPA E O FUTURO


"O longo 'sprint' anunciado entre águias e dragões começa a tomar forma. Mas as contas para 2018/19 serão mais dramáticas.

O FC Porto, que já vai em sete vitórias seguidas na I Liga, e o Benfica, que soma quatro e mantém a liderança, estão a prometer um final de temporada emocionante, um sprint longo a fazer lembrar o mano-a-mano entre águias e leões da temporada passada. Ainda faltam onze jornadas para o fim do campeonato, o Benfica tem de se deslocar a Alvalade e o FC Porto à Luz, há uma série de clubes da gama média-alta que mostram ter trunfos importantes para jogar e por tudo isso os riscos que corre quem quiser fazer futurologia são tremendos. Pelo meio haverá compromissos europeus, os encarnados vão a Dortmund com uma vantagem tangencial que não chega para obterem rótulo de favoritos e os azuis-e-brancos apresentam-se em Turim de olhos postos num milagre improvável, e do resultado dessas eliminatórias dependerá também a saúde física e mental das equipas, com reflexos no que falta jogar de I Liga.
Esta é, e os números apontam dramaticamente nesse sentido, a última época em que o nosso segundo classificado terá acesso directo à Liga dos Campeões e o terceiro uma hipótese através do play-off. Na temporada seguinte, Benfica, FC Porto e Sporting, crónicos candidatos às três primeiras posições, vão ter de abdicar do conforto relativo que resultava das duas vagas mais uma atribuídas a Portugal, para encetarem uma luta ainda mais feroz pela sobrevivência, num contexto em que só o campeão acederá à Champions, estando ao segundo reservada uma ida, não ao play-off, mas à terceira pré-eliminatória. Ou seja, entramos num cenário em que um dos três grandes perderá, de todo, o acesso aos milhões e a hipótese de ter os seus jogadores na maior montra do futebol europeu, e um dos outros terá de lutar em duas eliminatórias por uma vaga na fase de grupos. É a pensar neste novo mundo, menos atraente, que se  avizinha, que Benfica, Sporting e FC Porto devem programar-se a médio prazo, conscientes que há uma grande probabilidade de um deles ser inexoravelmente deixado para trás.
PS - Entramos na derradeira semana das eleições do Sporting e a sensação que fica é a de que o caldo vai entornar-se significativamente. Com consequências que transcenderão o próxima sábado e encontrarão sequência na barra dos tribunais...

ÁS
Zlatan Ibrahimovic
Ontem, foi decisivo no triunfo do Manchester United na final da Taça da Liga. Ao longo da temporada já soma 26 golos, o que só por si revela o acerto da sua contratação. Mas é a forma como joga, em domínio completo do espaço e do tempo, que mais impressiona, um jogador de futebol extraordinário, para a eternidade.
(...)

DUQUE
Srivaddhanaprabha
Foi o senhor Vichal Srivaddhanaprabha, tailandês, 58 anos, que tomou a decisão de despedir Claudio Ranieri do Leicester. Não terá sido a mais fácil escolha da vida deste magnata que tem fortuna avaliada em três mil milhões de euros. Mas foi a que lhe valeu o carimbo de maior ingrato da história do futebol.

Uma campana que animou depois do debate
«(o treinador) está tratado e vai ser anunciado durante a próxima semana. Vamos ver o timing ideal...»
Madeira Rodrigues, candidato à presidência do Sporting
Madeira Rodrigues tinha baixos níveis de notoriedade quando se lançou na corrida à presidência do Sporting e só muito recentemente mostrou o que valia, colocando em xeque Bruno de Carvalho no confronto directo. Ainda lhe resta um trunfo - o nome do seu treinador - mas tudo indica que, salvo algum imponderável de última hora, será demasiado tarde...

O senhor de Wembley
José Mourinho venceu ontem, pela quarta vez, a Taça da Liga Inglesa, igualando nessa competição os números dos míticos Alex Ferguson e Brian Clough. Foi o sétimo triunfo do 'special one' em Wembley, onde já levantou ainda, além das quatro Taças referidas, uma Taça de Inglaterra e duas Supertaças inglesas. Portugal tem excelentes treinadores, muitos deles a dar cartas pelo mundo, mas o navio-almirante da armada lusa continua a dar pelo nome de José Mourinho, que depois de atravessar tempestades vive hoje tempos de bonança...

Escócia não há mal que dure sempre...
A Escócia e o País de Gales são rivais no râguebi desde 1883. No último sábado, no 122.º embate entre estas duas potências, a vitória sorriu aos escoceses (e logo por conclusivos 29-13), que não batiam os galeses há dez anos e assim mostraram que estão na corrida pelo Torneio das Seis Nações de 2017."

José Manuel Delgado, in a bola

PRIMEIRAS PÁGINAS


JONAS CHEGA AOS 100 JOGOS PELO BENFICA


Avançado regressa à titularidade no jogo com o Estoril para a Taça de Portugal.
O jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal terá um sabor especial para Jonas. De acordo com o jornal A Bola, se for utilizado frente ao Estoril, esta terça-feira, o avançado vai fazer o jogo 100 com a camisola do Benfica.
Este é um registo alcançado em três temporadas – estreou-se a 5 de outubro de 2014 num Benfica-Arouca - que só não chegou mais cedo devido à lesão no pé direito que o afastou dos relvados na primeira metade desta temporada.

O jogador brasileiro, de 32 anos, chegou ao Benfica em setembro de 2014, depois de ter rescindido contrato com o Valência. Em três temporadas ao serviço dos ‘encarnados’, o avançado fez o gosto ao pé em 76 ocasiões, sendo o terceiro jogador estrangeiro com mais golos em termos absolutos, atrás do paraguaio Oscar Cardozo, com 172 golos em 293 partidas, e do sueco Mats Magnusson, com 87 concretizações em 165 jogos.
Jonas espreita o regresso à titularidade na Amoreira depois de ter ficado afastado do jogo com o Dortmund, para a Liga dos Campeões, e da visita ao SC Braga, para o campeonato, devido a uma cervidorsalogia. Acabou por ser lançado na segunda parte do Benfica-Chaves para o lugar de Salvio.
De referir que o centésimo jogo pelos ‘encarnados’ chega no dia em que encerra o mercado de transferências na China, com o Beijing Guoan a mostrar interesse no goleador brasileiro. A SAD, contudo, recusou deixar sair o brasileiro, que tem contrato com o Benfica até 2018. Agora, tudo indica que a renovação está para breve.

A IRA DE NUNO


CONTAS DE SUMIR


"Venho hoje propor que façamos um pequeno exercício de denúncia, de desmantelamento, de desconstrução – enfim, de sadia e atrevida iconoclastia.
Todos sabemos como ganhou o Benfica ao Borússia na terça-feira passada no estádio da Luz – lugar dado ao milagre!
Ganhou, é um facto, mas ninguém acha que seja efectiva e definitiva essa vitória. Diria mesmo que poucos, muito poucos, para o caso de que haja alguém, acreditam que, no final da disputa – que é isso que interessa – a vitória caia para o lado dos aquilinos (e inquilinos!) da Luz.
Sim, trata-se de um resultado, além de tangencial, rigorosamente parcial: estamos a meio de uma partida de, pelo menos, 180 minutos.
Mas há mais: o problema da vitória épica, quase miraculosa, do Benfica é que ela surgiu tão desalinhada com o teor da relação competitiva entre as duas equipas no terreno de jogo que, para sermos sinceros temos que reconhecer que ela se caracteriza pela surpresa, pela excepção, não colhendo no ânimo dos benfiquistas visíveis e sensíveis sinais de auspício e esperança num sucesso final.
Mas o que é admirável é que toda esta bruma crepuscular acontece em compasso e perfeita sintonia com o que foi tecido e criado nos luzidios gabinetes dos responsáveis: eles são exímios na nubelosa arte do menos – mesmo quando apontam para o mais é com o menos que dão toda a impressão de se contentarem.
De facto, tecem hinos de louvor por uma mais que residual hipótese de a equipa poder atingir os quartos-de-final da Champions League, mas já abundam descaradamente em ditirâmbico discurso (de argentário festejo) por se ter chegado aos oitavos: implicitamente celebram a excepcionalidade épica da vitória tangencial sobre o Borússia como o limite extremo do possível e o real limiar do impossível.
Convenhamos: o seu mais é sempre um menos oficial – porque, mesmo atingindo imprevistamente os quartos, isso será sempre um menos, pois ninguém por aí recordará esse cinzento feito, apenas registado no baú das curiosidades arqueológicas e na folha excel das estatísticas da UEFA.
Ora, esta mentalidade conformista e minimalista empresta total segurança a uma óbvia previsão: assim, o Benfica não voltará a ser campeão europeu – enquanto o máximo dos seus actuais responsáveis continuar a ser o mínimo dos outros grandes da Europa. E, neste flatulento regurgitar da mediocridade, o Benfica continuará neste estado de um auto-comprazimento, mergulhado na letargia de um engodo, insidiosamente neurótico, de uma grandeza passada e vagamente romântica. Parece até que já se sentem amplamente compensados com o duvidoso gozo de poder espreitar pelo buraco da fechadura a tradicional festança do senhor vizinho.
Reconheçamo-lo: é complexo de congénita e pegajosa pequenez medir a grandeza dos próprios feitos não pelas vitórias, mas pelas derrotas alegada e artificiosamente honrosas: perder por poucos com os grandes – eis a bitola anémica da nossa idílica e fugidia grandeza!
Mas voltemos ao jogo Benfica – Borússia, que vai ter agora uma segunda parte Borússia – Benfica: resultado épico, sem dúvida – mas previsto.
Rui Vitória não fez segredo da receita para o aguardado feito: resistir estoicamente ao assédio do colosso germânico (resistir: a presunção de que se é mais fraco), não sofrer golos e, numa transição rápida ou num lance de bola parada, tentar marcar. Perfeito! Na arte de criar o menos: sempre no fio da navalha, no limiar do precipício.
Ora, como, por vício cultural, estamos mais calhados para acolher o menos do que o mais (“quando a esmola é grande santo desconfia!”), a mente humana é mais diligente e literal em satisfazer as nossas expectativas mínimas – já as máximas é bem mais preguiçosa e relapsa. Porquê? Exactamente por isso: estamos mais treinados nas outras, nas baixas.
E quais as expectativas para o segundo jogo?
Eis a receita do Vitória (mas dificilmente da vitória): aguentar o zero a zero e, na sorte de uma bola parada ou de um eventual contra-ataque, procurar surpreender.
Qual a realidade implicitamente procurada? O ZERO!
Mas só há vitórias com golos – eis o que deve concitar o foco intencional de uma equipa que almeja o sucesso. Defender sim, claro, mas essa defesa só enquanto elemento catalisador da ofensiva vitoriosa. Sem titubeios: as equipas defensivas chegam às finais, as equipas ofensivas ganham-nas!
De facto, acalentar o menos e esperar o mais constitui insanável contradição, doloroso equívoco; A maldição de Bella Gutmann só tem força porque lha continuam a dar os responsáveis através de uma atitude tímida e minimalista.
Enquanto persistir a retórica frívola de uma grandeza doméstica e acanhada as portas da glória europeia manter-se-ão fechadas.
Foi, aliás, essa atitude contracta (e contrita) e acomodada a uma grandeza minúscula do jardim ibérico que o próprio Gutmann quebrou com seu ousado gesto de acreditar sem cálculo: sem contas de sumir! E sem medo do poderio do Barça ou do Real – os vizinhos que agora tanto medo metem! 
Porque onde mora a conta e o cálculo não cabe o sonho – e só o sonho realiza o impossível!"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A COMÉDIA DE PORTUGAL, NUNCA ACABEM...

                       

Lagartos  mantenham este papagaio no poleiro e continuem a pagar-lhe um salário milionário  (ou é Ricciardi?) que a gente agradece. A marionete de Ricciardi tem que continuar. Não queremos que o Pátio das Cantigas deixe de continuar a fazer rir Portugal...
Vá lá carneirada não deixem cair este peão de um dos homens que há bem pouco tempo mandava em Portugal, o banqueiro sombra  (BES) que passou entre os pingos de chuva,que aparece num vídeo já apagado do Youtube onde diz que a carneira só devia servir para pagar quotas...
Nunca acabem... 

"JOGO DURO... MAS VAMOS PARA GANHAR"

                                  
O brasileiro Hermes é a grande novidade nos convocados do Benfica para o jogo desta terça-feira frente ao Estoril. O lateral esquerdo que chegou em janeiro à Luz faz parte lista, depois de ter sido chamado para o jogo com o Moreirense, da Taça da Liga. O brasileiro de 22 anos acabou por não entrar na ficha de jogo.
De fora da lista ficaram Pedro Pereira e André Horta, por opção técnica, e ainda Fejsa e Lisandro López, poupados por estarem a voltar de lesões. Grimaldo continua a recuperar.

Convocados do Benfica:
Guarda-redes: Ederson e Júlio César
Defesas: Luisão, Jardel, André Almeida, Nélson Semedo, Lindelöf, Eliseu e Hermes
Médios: Carrillo, Samaris, Pizzi, Cervi, Rafa, Salvio, Filipe Augusto e Zivkovic
Avançados: Jonas, Mitroglou e Raúl Jiménez

REGISTO DE MITROGLOU É DOS MELHORES DA EUROPA


Avançado grego faturou nos últimos cinco encontros. Registo superior a Lewandowski do Bayern Munique.
Kostas Mitroglou está em grande forma no Benfica e segue com sete golos em cinco jogos. O grego tem sido decisivo e atravessa a melhor fase desde que chegou a Portugal vindo do Fulham, da Liga Inglesa. Com efeito, as boas exibições do internacional pela Grécia colocam-no num lugar cimeiro da Euopa ao nível de outros goleadores de topo. Nas principais ligas europeias não há ninguém com uma série melhor do que o avançado dos 'encarnados'.
A melhores séries atuais são de três jogos consecutivos a faturar. Lewandowski (Bayern Munique), Pedro (Chelsea), Steve Mounié (Montpellier) e Ahmad Benali (Pescara) conseguiram bater os guardiões em três ocasiões seguidas.

O registo de Mitroglou era apenas suplantado por Edin Dzeko (Roma) que seguiu com oito jogos seguidos a marcar. No entanto, o ponta de lança bósnio quebrou a série ao ficar de fora do encontro da Roma com o Villarreal para a Liga Europa.
Apesar de estar a atravessar o melhor momento desde que chegou a Portugal, Mitroglou continua a procurar a melhor forma da sua carreira. O melhor registo do grego surgiu quando ainda jogava na liga dos seu país. Pelo Atromitos, Mitroglou esteve oito jogos seguidos a faturar.
Esta temporada, o avançado é o melhor marcador do Benfica e tem sido decisivo nas partidas recentes da equipa de Rui Vitória. Frente a Arouca, Borussia Dortmund, SC Braga e Chaves, o clube da Luz acabou por alcançar triunfos com base nos golos do grego. Na segunda temporada de 'águia ao peito', Mitroglou soma 22 golos em 33 encontros.

PRIMEIRAS PÁGINAS


A PRIMEIRA VEZ


BARBA & CABELO


BARBA & CABELO


domingo, 26 de fevereiro de 2017

DOURO, LUZ E LEICESTER


"Na passada sexta-feira, num Estádio da Luz uma vez mais muito bem composto, assistimos a um bom jogo de futebol.

1. (...)

2. Na passada sexta feira, num Estádio da Luz uma vez mais muito bem composto - mais de cinquenta e três mil! -, assistimos a um bom jogo de futebol. Ricardo Soares mostrou-nos um Chaves bem organizado e com um meio campo que combinou agressividade com talento. Rui Vitória, mantendo a base do onze que vencera o Sporting de Braga - com excepção do lesionado Fejsa - viu, uma vez mais, Mitrolgou ser determinante. Nélson Semedo motivante e Luisão liderante. E Rafa, jogo a jogo, vai mostrando o seu imenso talento e suas intrínsecas qualidades. Agora o Benfica começa um ciclo relevante fora da Luz, Estoril, Feirense e Dortmund são os seus próximos adversários. Sabendo, sempre, que cada jogo é uma final. Em Dortmund é mesmo uma final. No que concerne à presença na Liga dos Campeões. No Estoril é o arranque de outra final, já que o Benfica tem todas as condições para ser um dos finalistas da presente edição da Taça de Portugal. E frente ao Feirense o Benfica tem de manter a liderança da nossa Liga. E sabendo que há, em permanência, vozes que no fundo e ao fundo não reconhecem o valor das vitórias, a convicção do balneário, a força dos adeptos. E 
estas vozes, fazendo coro, descobrem, em cada dia, novas não verdades e acrescentando conceito como o de pessoas de bem, como se fossem virgens imaculadas ou como não houvesse memória - boa memória - no panorama desportivo português, incluindo no audiovisual. Mas o que fica, da noite de sexta feira, é um jogo disputado, competitivo, renhido, atractivo.
Ou seja, o que motiva milhares, numa fria noite de sexta feira, e no arranque de umas mini férias, a ir a um jogo de futebol de 'primeira'! Mesmo de primeira. Com magia e erros. E sabendo nós que o carro do ano é o Peugeot 3008! Tão só. E bem!

3Claudio Ranieri conheceu, em Leicester, o que é a euforia. E o que é ser considerado bestial. E viver e sentir um conto de fadas. Foi campeão. Foi o melhor treinador do Mundo. Levou, em 133 anos de história, asa faixas de campeão a um clube e a uma cidade que passaram a ser conhecidos em todo o Mundo. Mas, como escreveu, «sonho está morto». Em Leicester vive-se e agonia do campeão. Com ele sabemos, uma vez mais, que o futebol tudo devora. Da loucura da festa, com a voz intensa e profunda de Andrea Bocelli, à dor da saída foram, tão só, nove meses. Foi, acredito firmememte, uma aventura maravilhosa. Que Leicester sempre recordará. Já que, como escreveu, «foi uma prazer e uma honra ser campeão convosco»! Agora é o próximo jogo. Sem Ranieri. Frente ao Liverpool amanhã à noite. Cujo treinador Klopp, com a sua audácia e liberdade, falou de coisas estranhas nos últimos meses, como «o Brexit, Trump, Ranieri»! Muito certeiro este alemão... a falar de um italiano... em Inglaterra... e de um clube cujos donos são asiáticos! Que novo Mundo este!!!

4Benfica e Futebol Clube do Porto estão nos quartos de final da Youth League, uma das mais recentes e prometedoras competições da UEFA. Que é uma verdadeira exposição para os jovens talentos da formação das grandes marcas do futebol europeu. Renato Sanches, acreditem, também foi referenciado, na época passada, em dois ou três jogos desta jovem Liga, como num jogo fantástico que presenciei na periferia bem árabe de Istambul! Esta época, para além dos dois clubes portugueses, dos oito finalistas três são espanhóis - Barcelona, Real e Atlético de Madrid -, um russo - CSKA -, um austríaco - Red Bull Salzburgo - e um holandês, o Ajax. Como nos recorda, com a sagacidade de profundo conhecedor o Armando Carneiro, estão de fora desta atractiva competição os clubes ingleses, alemães, italianos e franceses. E o Benfica é o clube com mais jogos disputados nesta competição, trinta e quatro. O Seixal, e a sua Academia, a mostrar a sua relevância e a sua força. E a indicar o caminho do futuro. Onde a formação é determinante e motivante. Como escreve Pierre de Ronsard, «o verdadeiro tesouro do homem é a verde mocidade. Os anos que nos restam são apenas invernos»!"

Fernando Seara, in a bola

CARTOON


SOBERBO JOGO TERMINA EM EMPATE


O Pavilhão Municipal de Barcelos recebeu esta tarde de domingo a 16.ª jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Frente a frente o Campeão da Europa, Bicampeão Nacional e líder da geral, frente a um 5.º classificado que se agiganta sempre que joga contra as águias… para mais no seu reduto.
Ora, na antevisão à partida, quer Guillem Trabal, quer Pedro Nunes, tinham perspetivado um grande espetáculo, alertando ainda para o ambiente quente no Pavilhão.
E não se enganaram! Enorme – repita-se! – enorme desafio de Hóquei em Patins, num jogo que teve de tudo. Muitos golos – e que golos! – reviravoltas e incerteza no marcador até ao fim, jogadores a apresentaram-se em altíssimo nível, quer tática quer tecnicamente,… e ainda expulsões, ânimos exaltados e muita, muita polémica! Aliás, a um espectáculo – soberbo - deste género, só faltou mesmo uma equipa de arbitragem à altura!
                 
Contas feitas, e num pavilhão completamente lotado em apoio às duas equipas, empate a seis golos. Valter Neves, Diogo Rafael (3), Adroher e Nicolia assinaram os tentos do SL Benfica; Alvarinho (3), João Guimarães (2) e Luís Querido marcaram os golos dos anfitriões.
Com este resultado, o Glorioso mantém a liderança da classificação geral, com 14 vitórias, um empate e uma derrota.
Pedro Nunes fez alinhar de início Guillem Trabal, Valter Neves, Diogo Rafael, Carlos Nicolia e João Rodrigues.
Na próxima jornada – 17.ª – o SL Benfica defronta a AJ Viana, numa partida agendada para as 15h00 de sábado, com Pavilhão Fidelidade.

ATITUDE E COMPORTAMENTO TÁTICO DÃO VITÓRIA AOS “BÊS”


O SL Benfica B viajou esta manhã de domingo até ao estádio do Mar onde, perante a formação do Leixões, disputou a 29.ª jornada da Ledman LigaPro.
Primeira metade dividida, intensa, marcada pelo golo anulado aos anfitriões (28’), e pela expulsão de Aurélio Buta, aos 38’, depois de um lance disputado com Porcellis. O árbitro, João Bento, mostrou o vermelho direto ao benfiquista.
Com o Benfica B em desvantagem numérica, o Leixões subiu no terreno e, até ao intervalo, André Ferreira, em três ocasiões teve de mostrar serviço.
Hélder Cristóvão reorganizou as tropas e a receita resultou! Reatar e golo do Benfica! Heriberto, num excelente lance individual pela direita remata cruzado e bate Assis. Estava feito o 0-1.
Aos 59’, belíssima jogada do coletivo encarnado! Saída rápida da zona de pressão, com Diogo Gonçalves, na esquerda, e encarar Assis e a rematar para o 0-2 em Matosinhos.
O Leixões ainda reduziu, aos 72’, na sequência de um canto, o jogo animou, mas a vitória não fugiu às águias que assim somam 47 pontos ocupam a 3.ª posição da geral.
O SL Benfica B torna a entrar em campo já na próxima sexta-feira, com a receção ao SC Olhanense. Esta partida, referente à 30.ª jornada da Ledman LigaPro, está agendada para as 18h00, no Caixa Futebol Campus (Seixal).
O SL Benfica B alinhou de início com André Ferreira, Buta, Rúben DIas, Ferro, Yuri Ribeiro, F. Luís, R. Escoval (Pedro Amaral, 46’), Pepê, D. Gonçalves(Jota), Heri e Zé Gomes (Gedson, 57’).
Suplentes não utilizados: Zlobin, Romário Jota, J. Felix e Luquinhas.
No final do desafio, em declarações proferidas na flash interview André Ferreira destacou a união do grupo.
“Jogámos num campo difícil, frente a uma boa equipa, a adversidade da expulsão do Buta complicou mas na II Liga o jogo só acaba no final. Ao intervalo tivemos uma boa palestra, interpretámos bem e fizemos a diferença. Vitória justa e bem conseguida. O segredo? A união e a atitude da equipa”, disse o guarda-redes.
Hélder Cristóvão mostrou-se muito satisfeito com a postura dos seus jogadores e enalteceu os três pontos conquistados, sempre na ótica do processo do coletivo.
“O segredo esteve na organização. Não vínhamos para jogar assim, mas tivemos de nos adaptar. Reforçamos o meio-campo e preparámos a equipa para a superioridade numérica nas transições. Num jogo difícil, frente a uma equipa muito bem trabalhada, os meus jogadores souberam sofrer e foram audazes e unidos… é só assim se consegue chegar longe. Foi tremendo o que fizemos aqui hoje. Quero enaltecer a atitude e o comportamento táctico da minha equipa. Estamos a crescer muito dentro do processo”, elogiou o técnico.

PRIMEIRAS PÁGINAS


LEONOR E AS DESVANTAGENS DE JOGAR EM CASA


Reconhecendo quanto a todos aborrece o debitar de opiniões sobre a vida dos nossos clubes por parte de gente adversária do mundo do audiovisual e com acesso à imprensa escrita, longe de mim mora a ideia de proferir o que quer que seja de considerações pessoais sobre o confronto eleitoral em curso no Sporting e sobre os perfis dos candidatos a concurso do outro lado da rua. Houve, no entanto,  na noite desta quinta-feira um pormenor de caráter exclusivamente logístico sobre o qual será permitida a estranhos uma fugaz e nada abusiva reflexão. Tratou-se da escolha do palco para a transmissão do único debate da campanha e que, ao contrário de todas as previsões, se veio a revelar de modo uma escolha funesta para a legítima ânsia de unanimidade do presidente em exercício e, sobretudo, para o alimento do seu ego exuberante. O facto do debate ter acontecido na Sporting TV o que, à partida, sugeriria grossa vantagem para o poder instituído - a vantagem indiscutível de jogar em casa - e, principalmente, sugeriria uma grossíssima ingenuidade do seu concorrente - a ingenuidade de se colocar à mercê da oratória e dos meios técnicos do regime - transformou-se em duas horas e quase meia de torrencial desmerecimento da figura do presidente em exercício sob a égide oficial e sob o logótipo do canal do clube. Manietado pelo arremedo de uma pose de Estado que julgou bastante para um triunfo em toda a linha, porventura surpreendido pela ousadia do concorrente e pela notável imparcialidade do moderador - que foi muito mais um jornalista em serviço do que um funcionário ao serviço -, muito se deve ter arrependido o presidente em exercício de não ter preferido à sua Sporting TV, o estúdio neutro de uma SIC, de uma TVI, de uma RTP onde se sentiria totalmente liberto dos constrangimentos do protocolo que a si próprio impôs sem ter de passar pelo incómodo de se ver publicamente desconsiderado na sua própria casa. O presidente em exercício, tudo o indica, continuará a "brincar" com as câmaras da Sporting TV por mais quatro anos mas tão cedo não se vai esquecer do que teve que suportar em nome da louvável democracia, interna, essa malvada.
Entretanto, o Benfica venceu ontem o Desportivo de Chaves que é a equipa-sensação da temporada ao ponto de ter afastado o Porto e o Sporting da Taça de Portugal. Ontem, jogando muito bem, não conseguiu afastar o Benfica do seu sonho. Mas deu uma trabalheira.

Leonor Pinhão, in record

SINAIS DA BOLA


"1, 2, 3, 4, 5
Mitroglou (quem mais?) marcou dois golos e voltou a ser decisivo. Quinto jogo consecutivo a marcar - Nacional, Arouca(2), Dortmund, SC Braga e Chaves(2). O avançado grego é, neste momento, o abono de família benfiquista. Soma 22 golos em todas as provas.

Ui
O jogo a correr mal a Rafa e Pedro Tiba ainda lhe fez uma maldade (41'). O avançado avançou como um foguete para o médio e ficou com os olhos trocados quando Tiba passou a bola por trás das costas. O flaviense ainda foi finalizar o contra-ataque que lançou.

Quantos mais melhor
Cerca de dois mil flavienses estiveram na bancada a apoiar o Chaves. Caso raro de tanto apoio de um adversário das águias na Luz. O Chaves não visitava o palco dos encarnados para o campeonato desde 14 de Maio de 1999. Passaram quase 18 anos.

Inspira, expira
Benfiquistas com coração nas mãos nos últimos minutos. Pedro Tiba quase marcou aos 82' e o árbitro anulou golo a Massala por fora-de-jogo aos 83'. Depois de dois jogos a vencer por 1-0, Mitrolgou descansou o público ao marcar o 3-1 a dois minutos do fim.

Pé quente
Aprendeu a falar castelhano no Olympiakos e, no final do primeiro ano, já sabia português. Samaris, em declarações à BTV, falou em português corretíssimo e já conhece as expressões do futebolês. «Mitro está com o pé quente», assinalava."

Nuno Paralvas, in a bola

BARBA & CABELO


CARTOON


INDIGNAÇÃO


"Apesar do triunfo alcançado em Braga, e da manutenção da liderança do Campeonato, confesso que, no domingo à noite, senti uma enorme preocupação.
Independentemente dos resultados, o que se passou nos estádios em que se lutava pelo título não pode ser branqueado. O Benfica ganhou, mas o golo de Mitroglou não apaga mais uma arbitragem desastrosa, e muito penalizadora para o nosso Clube – algo que, sobretudo de há uns meses para cá, se transformou num hábito.
Dois penáltis por marcar e um golo mal anulado, entre outros erros menores, são matéria mais do que suficiente para estabelecer um padrão: o campo estava inclinado, como esteve nos jogos com o Boavista, com o Moreirense e com o V.Setúbal. Paralelamente, o FC Porto, em vésperas de compromisso europeu, viu a sua equipa simpaticamente guiada até a uma confortável vitória, por uma arbitragem digna dos anos noventa. Como disse o treinador do Tondela, o que ali se viu foi surreal, e é assustador para quem esperava um Campeonato decidido apenas dentro das quatro linhas. 
Assusta mas, infelizmente, não surpreende. Quando, no início de Janeiro, os árbitros foram objecto de uma inusitada campanha de intimidação a duas vozes, temi desde logo os efeitos. Eles não se fizeram esperar. Aí os temos. Nas nomeações, e consequentemente nos jogos.
Este Campeonato é muito importante para nós, mas ainda mais importante para o nosso adversário directo. Os últimos quarenta anos ensinaram-nos muito. Alguns dos protagonistas mantêm-se e a falta de pudor também. As pressões metem medo e fazem mossa. Esperar algo diferente é como acreditar no Pai Natal."

Luís Fialho, in O Benfica

COACÇÃO


"A iniciativa do Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD de solicitar, na semana passada, uma reunião com a Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol merece ser saudada por três motivos.
Em primeiro lugar, a transparência. A preocupação de o presidente Luís Filipe Vieira e seus pares tomarem o futebol português mais atractivo do ponto de vista desportivo e, sobretudo, mais integro a nível da transparência das suas competições é a melhor prova da importância que o Glorioso confere à credibilidade da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Por muito que custe a reconhecer a algumas mentes mais perversas, a verdade é que nas últimas semanas se têm verificado situações de coacção e condicionamento sobre a arbitragem.
As ameaças feitas do árbitro Artur Soares Dias, em pleno Centro de Treinos da Maia, no dia 5 de Janeiro deste ano, por membros da claque do FC Porto e o pertardo disparado pelos mesmos adeptos para o guarda-redes Moreira, no Estoril-FC Porto, foram dois episódios gravíssimos. Todos esperamos que as entidades competentes investiguem acusem e punam os infractores. É intolerável que um árbitro, seja o primeiro ou último classificado, se sinta condicionado em campo a pensar que algo de mal lhe poderá acontecer ou aos seus familiares se tomar uma decisão que prejudique o clube dos adeptos ameaçadores.
Basta analisar os jogos do Tricampeão com Boavista, V. Setúbal, Nacional, Arouca e SC Braga para detectar erros clamorosos que nos causaram a perda irreparável de três pontos, uma expulsão injusta, três expulsões perdoadas aos nossos adversários, um golo mal invalidado e cinco penálties por assinalar a nosso favor.
Basta analisar os jogos do FC Porto com Paços de Ferreira, Rio Ave, V. Guimarães e Tondela para perceber que o nosso adversário devia ter menos cinco pontos.
Só não vê quem não quer."

Pedro Guerra, in O Benfica

sábado, 25 de fevereiro de 2017

MITROGLOU COM O LÍDER ÀS COSTAS


Tem sido assim ao logo das últimas semanas: um Benfica muito dependente de Mitroglou - e também de Ederson, que ontem voltou a ser obrigado a trabalho redobrado - para resolver os problemas que, embora líder, não consegue disfarçar. Claro que não é só demérito dos encarnados, o Chaves provou na Luz aquilo que já tinha mostrado em jornadas anteriores: é uma excelente equipa, muito bem orientada por Ricardo Soares, treinador que conseguiu pegar no grande trabalho desenvolvido por Jorge Simão e, apesar das baixas provocadas pelo mercado de inverno, manter uma equipa competitiva - talvez até mais competitiva do que na primeira fase da época. Ainda assim, o conjunto de Rui Vitória, repetimos, voltou a não conseguir esconder algumas dificuldades que vem revelando de há uns tempos a esta parte, em especial quando chega a hora de controlar o adversário. A ausência de Fejsa no meio-campo na partida de ontem (e noutras...) é, claro, um argumento a ter em conta, mas não explica tudo: a águia devia ter matado o adversário bem mais cedo, evitando os calafrios por que acabou por passar até Mitroglou, já em cima do final, bisar e fazer suspirar de alívio as bancadas da Luz. Óbvio que o essencial foi conseguido: o Benfica ganhou e colocou desta vez toda a pressão no FC Porto, que depois da desgastante noite europeia na quarta-feira tem amanhã teste muito duro no Estádio do Bessa, onde entra ciente de que um deslize pode complicar (embora nunca hipotecar) a equipa na luta pelo título. Para os adeptos benfiquistas ficará, talvez, a ideia mais otimista: mesmo não jogando de forma brilhante a equipa tem-se mantido na frente. E como não há mal que sempre dure, isso será sempre um bom sinal.

Ricardo Quaresma, in a bola

O DEBATE


JUSTO MAS SEMPRE INCERTO


Início forte das águias
1 Tal como espectável, o moralizado e bem sucedido Desportivo de Chaves criou imensas dificuldades ao pressionado Benfica. Jogo a iniciar-se com forte presença do Benfica, a pressionar imenso a equipa de Chaves, com grande dinâmica do lado direito, através de Nélson Semedo, a castigar o lado esquerdo contrário convidando toda a equipa a acompanhar a sua dança frenética. Apesar deste forte cartão de visitas dos anfitriões, a estratégia dos personalizados visitantes passava por estancar o habitual e madrugador assédio contrário, espreitando criteriosamente as costas da defesa encarnada, tirando assim proveito das deambulações constantes dos seus competentes avançados para atingir a baliza de Ederson.
Semedo superlativo
2 Ao longo deste período e após entrada forte do Benfica, sempre que se soltava e conseguia estender-se no campo, o Chaves mostrava argumentos e os melhores momentos acabaram por ser dos visitantes com Fábio a desfrutar de trés oportunidades para visar com êxito a baliza das águias. O habitual 4x4x2 do Chaves, dispondo de dois jogadores nos corredores laterais mas que buscam constantemente o espaço interior (Perdigão e Fábio) e um experiente médio travestido de avançado (Braga), conferem aos momentos ofensivos da equipa grande dinâmica e mobilidade, revelando ainda a equipa de Ricardo Soares grande capacidade para garantir equilíbrio defensivo em todos os momentos do jogo. Mas, como no aproveitar é que está a virtude, o golo do Benfica pelo impagável grego alterou o figurino do jogo - mais um momento superlativo de Semedo -, trazendo tranquilidade ao Benfica e tirando o Chaves do jogo por largos momentos. Mas depois do golo - somámos mais 12/15 minutos em que o Benfica assumiu o jogo, organizando o seu jogo de forma mais pensada e posicional - tudo voltou ao equilíbrio e a toada de parada e resposta com alta intensidade e transições consecutivas voltou a dominar a partida. Neste contexto próprio de ténis de mesa, o fantástico golo de Bressan traz a verdade ao jogo (grande qualidade organizacional dos transmontanos) e obriga Rui Vitória a intervenção assertiva ao intervalo, trazendo Rafa para outros espaços (troca com Zivkovic) e amarrando Samaris à posição 6.

Ousadia criou espaços
3 A segunda parte iniciou com valor individual dos intervenientes a ditar leis. Samaris aproveitou uma vez mais a magnífica propensão ofensiva do seu lateral e Semedo a oferecer o golo a Rafa. O Benfica voltou a controlar o jogo, revelando maior capacidade para reduzir os espaços para as saídas de Tiba e companheiros, principalmente pelo melhor posicionamento de Samaris, mais altruísta na sua missão principal de 6, homem de coberturas, guardando as costas ao dinamizador de todo o jogo ofensivo encarnado, Pizzi. Mais Benfica na segunda parte, mas com o Chaves a mostrar-se sempre vivo, atrevido e incómodo no seu jogo. O treinador flaviense partiu em busca do resultado, promoveu alterações que trouxeram robustez ao processo ofensivo, convidando os seus homens ao assalto final à baliza de Ederson. Válida e digna de elogios a reação dos homens do Norte trazendo suspense à composta arena da Luz. Tanta ousadia deixou espaços e permitiu ao implacável Mitroglou aproveitar a inocência do central contrário na abordagem ao lance rápido e fez o terceiro golo que selou definitivamente a partida. Bom jogo e resultado justo mas sempre incerto em função de uma boa réplica da equipa que viajou  de Trás-os-Montes carregada de justificadas e legítimas ambições.

Daúto Faquirá, in a bola

Obs: Ó Daúto O Benfica pressionado? Se o Benfica é líder e está pressionado como estará o segundo?
Composta arena da Luz? 53.180 espectadores a uma sexta feira às 21h00 é uma casa composta?
Sem comentários pá....

PODEROSO BENFICA


"Chegámos hoje à trimilésima octocentésima edição do semanário oficial do Sport Lisboa e Benfica.
Não se trata de um número de ordem normal na vida de um jornal desportivo.
Agora, à medida que os tempos se mudam, os meios transformam-se: as expectativas e as ofertas vão-se tornando cada vez mais efémeras, enquanto os públicos se volatilizam ao ritmo de novas solicitações e disponibilidades do mercado. E se  enquanto na sociedade dos cidadãos tudo depende, mais e mais depressa, da circunstância e do resultado, os efeitos do tempo na esfera desportiva são ainda mais severos: com verdade verdadeira e realisticamente provada, quantos jornais de clube já chegaram, efectivamente, ininterruptamente, à sua edição n.º 3800?
Em Portugal, nenhum! E, de que aqui haja conhecimento expresso, na Europa e no mundo, nenhum outro, também.
Temos como historicamente provado que, ao tempo do seu lançamento no inicio dos anos quarenta do século passada, o jornal O Benfica constituiria um dos primeiros dínamos próprios, não especificamente competitivos, a dar corpo real à lapidar consigna do Clube - E pluribus unum - Ser um, único, entre todos.
O nosso jornal foi criado há mais de sete décadas para gerar coesão informativa ao esparso universo dos adeptos Benfiquistas. Nasceu no momento próprio para acentuar as relações da instituição com os seus simpatizantes, mas também para estabelecer novas conexões entre os próprios adeptos do Benfica.
Através dos precisos registos das competições em que o Sport Lisboa e Benfica participava, O Benfica pontuava pari passu a crescente grandeza do Clube; e, mediante o noticiário informativo relacionado com as actividades conviviais e culturais do tempo, criadas no quotidiano comum daquelas centenas de atletas que progressivamente vinham acolher-se sob as asas da Águia, o semanário já estimulava o associativismo que mais tarde sedimentaria a coesão do único e poderoso Benfica português e internacional.
Hoje os tempos são outros, os atletas e as modalidades estão diferentes, os leitores e o jornal modificaram-se, como se alteram, e muito, os seus contextos. Mas, na essência, a ideia de Benfica permanece em todos os textos e todas as fotos em todas as páginas do jornal O Benfica: dar notícia e defender um Benfica vencedor que continue a ser sempre o primeiro e único, entre todos os outros."

José Nuno Martins, in O Benfica