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sábado, 30 de novembro de 2019

RECHEIO GOURMET NA 11.ª VITÓRIA


FUTEBOL
Depois da desilusão na Champions, Benfica voltou a sorrir ao golear o Marítimo na Luz.
O Benfica goleou, este sábado, o Marítimo no estádio da Luz, em partida a contar para a 12.ª jornada da I Liga. Pizzi e Carlos Vinícius marcaram os golos da equipa de Bruno Lage.
Se a semana foi de desilusão da Champions, depois do despontante empate frente ao Leipzig, o Benfica queria regressar aos sorrisos no estádio da Luz, no jogo 50 de Bruno Lage no banco.
À partida, o adversário parecia apelativo para recuperar a confiança dos homens orientados pelo técnico setubalense no regresso aos jogos domésticos. O Benfica goleou nas últimas seis receções ao Marítimo, com triunfos por três ou mais golos.
Para o encontro da 12.ª jornada, Bruno Lage repetiu o onze utilizado na Alemanha, com Taarabt e Gabriel no miolo, Cervi e Chiquinho e Vinícius.
Antes do encontro, enquanto o estádio se ia pintando de vermelho, Bruno Lage contemplava o relvado e sentia o pulso do estádio. Do outro lado, estava José Gomes, técnico que regressa a Portugal, depois de uma experiência em Inglaterra.
Ao contrário do que é praxe na Luz, não foi o Benfica que entrou 'mandão', foram os insulares que começaram por assumir a circulação com personalidade e segurança, sem medo do erro e confortáveis no jogo.
O início foi, como se costuma dizer, mexido. Chiquinho teve nos pés, logo aos 3´, a primeira oportunidade da partida, mas perdeu o duelo com o Amir que lhe saiu aos pés.
A resposta foi de equipa desinibida, a jogar o jogo pelo jogo e sem medo das consequências. Daizen, tentou a sorte numa finalização após cruzamento atrasado, com Vlachodimos a aplicar-se. De seguida, foi o médio Vukovic a ensaiar tentativa, com a bola a desviar e a quase trair o guardião encarnado.

Mas a Luz é uma ferida aberta para a equipa insular. A primeira 'estaca' surgiu logo ao minuto 8´. Trabalho de Vinícius, à pivot, rodou sobre um adversário e depois endossou em Pizzi que finalizou da melhor forma.
Se o Marítimo colocava um futebol coletivo e positivo em campo, o Benfica fazia a diferença através das individualidades e da eficácia. O golo chegou novamente ao minuto 17´.
Taarabt recebeu à entrada da área e, de primeira, com enorme classe lançou Pizzi que ofereceu favor a Vinícius para o segundo golo na Luz.
O Benfica estava a dar ares de gigante europeu, 'a matar' sempre que tinha oportunidade para isso. À meia hora, voltou a não perdoar. Pizzi cruzou da direita, Amir tenta interceptar, mas numa má abordagem deixou a bola direitinha para o bis de Carlos Vinícius (31´).
Só dava Benfica e o quarto golo esteve perto de sair ao minuto 35´. Falhou Carlos Vinícius de pé esquerdo, o que parecia óbvio depois de nova solicitação do senhor do costume.
Com 3-0 no marcador, o Marítimo ainda assim não baixava as linhas, dando o corpo às balas sem medo que o resultado ainda fosse mais penalizador. Em cima do intervalo, chegou o quarto do Benfica, por Carlos Vinícius, mas o lance acabou anulado por fora de jogo.
O intervalo chegava, e um dilema certamente passou pela cabeça de José Gomes. Recuar a equipa na segunda parte para conter a equipa do Benfica, ou continuar com a coragem apresentada até aí, com um jogo em posse. No início do segundo tempo, Bruno Lage refrescou na lateral, com a entrada de Tomás Tavares para o lugar de André Gomes.
A ambição encarnada não se tinha esfumado à porta do balneário. A equipa perseguia números mais gordos e Chiquinho teve hipótese para dilatar no limite da área, mas o pontapé saiu fraco, fácil para Amir.
Aos 55´, o mesmo Amir não segurou um segundo tiro de Chiquinho, na recarga Vinícius atirou para a goleada (4-0).
A frieza dos números mostrava aos 60 minutos uma eficácia tremenda do Benfica, algo que os encarnados trouxeram do jogo na Alemanha. Em sete remates enquadrados, os encarnados apontaram quatro golos.
Com Vinícius a ter cumprido a missão, Bruno Lage apostava em RDT, de forma a permitir ao espanhol encontrar também o trilho dos golos. Com a expulsão de Gabriel (ao ver o segundo golo), e com o Benfica a jogar com 10, complicava em teoria essa missão.
Aos 85´, De Tomás, com um tiro de pé esquerdo tentou a sorte com um míssil, mas a tarefa de marcar o primeiro na Liga não continuava fácil. Ferro e Jota ainda assustaram Amir, mas o resultado estava fixado.
Com este triunfo, o Benfica soma o 11.º triunfo no campeonato e colocou-se provisoriamente com uma vantagem de cinco pontos sobre o FC Porto.

GOLEADA EM VALADARES


CLOÉ E NYCOLE DEFINIRAM O RITMO DA GOLEADA
FUTEBOL FEMININO
O Benfica venceu o Valadares-Gaia na 9.ª jornada do Campeonato Nacional.
A equipa de futebol feminino do Benfica, comandada por Luís Andrade, goleou nesta tarde de sábado o conjunto do Valadares-Gaia por 0-6, no Complexo Desportivo Valadares, em jogo relativo à 9.ª jornada da Liga BPI.
O desafio começou animado, as águias mostraram rapidamente ao que iam e começaram a tomar conta do meio campo defensivo das nortenhas.
O primeiro golo das águias surgiu aos 8' por intermédio de Nycole (0-1). Uma jogada coletiva de qualidade por parte das encarnadas. Nycole desmarcou Cloé, a canadiana não desistiu do lance e centrou para o interior da grande área. Evy Pereira cabeceou para Darlene e a capitã das águias trabalhou bem junto da linha final, fintou a sua oponente direta e assistiu Nycole, que só teve de encostar para o tento inaugural.
O Clube da Luz continuava a pressionar e aos 21' foi a vez de Andreia Faria tentar a sua sorte, contudo, o seu disparo de fora da área acabou por sair uns ligeiros centímetros acima da barra.
No minuto seguinte (22') voltou a gritar-se golo em Valadares. Darlene viu bem a desmarcação da colega de equipa e fez um passe a rasgar para Nycole. A jogadora das águias não foi egoísta, colocou em Cloé, que, rapidíssima, rematou para o segundo golo do jogo.
A partida começou a ficar mais lenta, as comandadas de Luís Andrade iam gerindo as operações ao longo do relvado e só houve novo lance de algum frisson à entrada do minuto 40. Nycole, de fora da área, desferiu um potente remate que só não deu golo porque a guardiã do Valadares conseguiu dar uma palmada no esférico e salvou para pontapé de canto.
Aos 42' o Benfica esteve muito perto do 0-3! Na marcação de um livre direto, Yasmim atirou à barra da baliza. A bola sobrou para Evy Pereira, mas a dianteira do Benfica não conseguiu fazer o golo na recarga. Ao intervalo: 0-2.
A segunda parte começou com a primeira alteração na equipa encarnada. Luís Andrade colocou Geyse no lugar de Evy Pereira, isto porque a jogadora das águias sofreu um toque ainda durante os primeiros 45 minutos.
Aos 52' chegou o terceiro golo benfiquista! Raquel Infante fez um passe longo para o interior da área, mas o corte da jogadora do Valadares foi incompleto. O esférico foi ter aos pés de Cloé, que rececionou e à meia-volta rematou para o fundo da baliza à guarda de Carolina Vilão (0-3).
Carlota Cristo, ex-jogadora do Benfica, era uma das poucas atletas que tentavam remar contra a maré. Depois de um pontapé de canto, a camisola 77 efetuou um pontapé de bicicleta e a bola levava selo de golo. Dida estava atenta e defendeu com classe!
Ao minuto 63 Luís Andrade decidiu refrescar o meio-campo encarnado. Patrícia Llanos entrou para o lugar de Andreia Faria.
A sociedade formada por Cloé e Nycole funcionava às mil maravilhas e resultou em novo golo aos 64' (0-4). A canadiana subiu pelo flanco esquerdo, deixou as oponentes para trás e cruzou para o interior da área. Nycole, no sítio certo, rematou para o lado esquerdo e fez o bis na partida.
Aos 73' Lúcia Alves e Ana Seiça também entraram na partida, tendo substituído Cloé Lacasse e Raquel Infante, respetivamente. O jogo estava a um ritmo lento, contudo, Darlene aproveitou uma distração da defesa-central do Valadares aos 75', ganhou a bola, passou pela guarda-redes e fez o quinto das águias (0-5).
O Clube da Luz foi gerindo a seu bel-prazer, sempre na metade ofensiva do campo, e o 0-6 acabou por surgir naturalmente pelo pé direito de Pauleta, aos 90'+1'. Um golo a fazer lembrar o tento que deu a vitória na Supertaça. Resultado final: 0-6.
Com esta vitória as águias mantêm um percurso invicto na Liga BPI, tendo conseguido nove vitórias em outros tantos jogos. São 27 pontos conquistados, que espelham o 1.º lugar na tabela classificativa.
Na próxima jornada (10.ª), que se irá disputar no dia 7 de dezembro, às 15h00, o Benfica recebe o Clube Atlético Ouriense no Estádio da Tapadinha. Para além desta ronda também já há data oficial para a 11.ª jornada e para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.
Na 11.ª ronda da Liga BPI, que está aprazada para 15 de dezembro, às 18h00, as águias defrontam o SC Braga. Relativamente à prova-rainha do futebol português, o Benfica desloca-se ao terreno do Fiães no dia 21 de dezembro, às 14h30.
Valadares-Benfica, 0-6
FICHA
Local Complexo Desportivo Valadares
Onze do Benfica Dida, Daiane, Sílvia Rebelo, Raquel Infante, Yasmim, Pauleta, Andreia Faria, Darlene, Cloé Lacasse, Evy Pereira e Nycole
Suplentes Dani Neuhaus, Paty Llanos, Ana Seiça, Ana Vitória, Catarina Amado, Geyse e Lúcia Alves
Ao intervalo 0-2
Marcadoras dos golos Nycole (8' e 64'), Cloé (22' e 52'), Darlene (75') e Pauleta (90'+1')

PELA MARGEM MÍNIMA


BIS DE GONÇALO PINTO NA PROA DA VITÓRIA
HÓQUEI EM PATINS
O Benfica bateu o HC Turquel (3-2) na 8.ª jornada do Campeonato Nacional de hóquei em patins.
A equipa de hóquei em patins do Benfica venceu, por 3-2, o HC Turquel na 8.ª jornada do Campeonato Nacional, realizada este sábado no Pavilhão do FC Alverca.
O HC Turquel, a jogar em condição de visitante, entrou melhor no jogo ao marcar primeiro, aos 9’ (0-1). No entanto, o Benfica rapidamente reagiu e estabeleceu a superioridade com golos de Diogo Rafael (12’) e Gonçalo Pinto (20’, 21’).

Antes do intervalo, os adversários reduziram a desvantagem e as equipas foram para o balneário com um 3-2 favorável ao Benfica.
Na segunda parte não houve golos nem para o Benfica nem para o HC Turquel, resultando assim na vitória das águias por 3-2.
Benfica-HC Turquel, 3-2
FICHA
Pavilhão Pavilhão FC Alverca
Formação do Benfica Pedro Henriques, Válter Neves, Carlos Nicolía, Edu Lamas e Lucas Ordóñez
Suplentes Francisco Fernandes, Diogo Rafael, Jordi Adroher, Marcos Barros, Gonçalo Pinto e Miguel Vieira
Ao intervalo 3-2
Marcadores do Benfica Diogo Rafael (12'), Gonçalo Pinto (20', 21')

VITÓRIA NA ANTECÂMARA DA CHAMPIONS!


VOLEIBOL
Na próxima jornada, o Benfica encontra o Famalicense Atlético Clube. Antes disso, há estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões.
O Benfica venceu, neste sábado, o Vitória de Guimarães (1-3) na 11.ª jornada do Campeonato Nacional de voleibol, prova onde é a única equipa invicta.
Quase diretamente da Croácia – depois do histórico apuramento para a fase de grupos da Champions League – os Campeões Nacionais deram início, no Pavilhão Unidade Vimaranense, a um ciclo de cinco jogos consecutivos fora de casa (para o Campeonato Nacional).
Saiu na frente o Vitória de Guimarães que se deparou, no decorrer do 1.º parcial, com muitas dificuldades no serviço e na organização do bloco. Do outro lado, um Benfica muito forte no ataque, a ganhar vantagem por números claros (17-25 no 1.º set).
Apesar do preenchido calendário que tem enfrentado, a formação liderada por Marcel Matz mostrou estar bem oleada, com Japa a fechar o 2.º set – mais dividido e com menos disparidade no resultado – em 21-25 (0-2).
Japa
Entraram melhor os vimaranenses no 3.º parcial, o mais equilibrado do jogo, onde a liderança do marcador se foi dividindo e a incerteza permaneceu até ao final. Depois de estar a perder por 21-24, o Vitória de Guimarães acabou por levar a melhor (28-26 no 3.º set).
O Benfica superiorizou-se no 4.º set, levou a melhor e, com 18-25, fechou o jogo em 1-3, aumentando o número de triunfos numa época em que ainda não perdeu: 10 vitórias no Campeonato Nacional, 6 na qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões e 1 na Supertaça.
Na próxima jornada, o Benfica desloca-se, no sábado (7 de dezembro, às 18h00), até ao Pavilhão Municipal de Vila Nova de Famalicão para encontrar o Famalicense Atlético Clube.
Antes disso, há estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões. O Benfica integra a Pool D – juntamente com os polacos do Projekt Warszawa, os franceses do Tours VB e os italianos do Sir Colussi Sicoma Perugia – e é precisamente este último o primeiro adversário. A partida está agendada para as 20h30 (hora de Itália) da próxima quarta-feira, 4 de dezembro.
V. Guimarães-Benfica, 1-3
FICHA
Local Pavilhão Unidade Vimaranense
Formação do Benfica Raphael Oliveira, Peter Wohlfi, Hugo Gaspar, Marc Honoré, Tiago Violas, Japa e Ivo Casas (L)
1.º set 17-25
2.º set 21-25
3.º set 28-26
4.º set 18-25
Benfica-Castêlo da Maia
Marcel Matz (treinador do Benfica): “Estava tranquilo até um certo ponto... não gosto de falar sobre arbitragem, eu acho que ninguém erra por querer, mas o final foi mau. O 3.º set foi mau. Por curiosidade, vou rever os lances, porque eu acho que a nossa equipa não teve culpa. Três pontos a mais e seguimos em frente que temos ainda muitos jogos em 2019.”
[Champions]: “Temos agora adversários muitos fortes, com investimentos mais altos, que jogam ligas mais fortes, mas nós temos consciência do nosso potencial e vamos tentar equilibrar os jogos, jogar de igual para igual.”
[Gestão do calendário]: “Não gosto muito, mas é abrir mão de treinos. Temos de parar de treinar um pouco, jogar só. O que eu mais gosto é de dar treino, desafiar os jogadores, mas com esta rotina que temos tido é praticamente impossível.”

ANDEBOL CILINDRA ISMAI


"FUGA NA FRENTE", O FILME QUE SE VIU NA 2.ª PARTE
ANDEBOL
O Benfica avançou para uma vitória sólida sobre o Maia ISMAI na 14.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de andebol.
Avassalador na segunda parte da receção ao Maia ISMAI, o Benfica triunfou por 35-22 na 14.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de andebol.
A equipa benfiquista, comandada pelo treinador Carlos Resende, foi marcando os ritmos na primeira parte e fazendo a diferença em momentos-chave, dilatando, de forma progressiva, a vantagem no marcador, que ao intervalo acusava cinco golos a separar os conjuntos: 18-13 no Pavilhão n.º 2 da Luz.
Benfica, Benfica e mais Benfica na segunda metade do desafio, com a superioridade na quadra a ter reflexo direto e objetivo no marcador, que se foi desnivelando a favor das águias até ao 35-22 final.
Benfica-Maia ISMAI, 35-22
FICHA
Local Pavilhão n.º 2 da Luz
Formação do Benfica Gustavo Capdeville, Romé Hebo, Pedro Seabra, João Pais, Davide Carvalho, Toft Hansen, Bélone Moreira
Suplentes Miguel Espinha, Paulo Moreno, Ricardo Pesqueira, Nyokas, Carlos Molina, Carlos Martins, Fábio Vidrago, Petar Djordjic, Francisco Pereira
Ao intervalo 18-13
Golos do Benfica Romé Hebo (4), Pedro Seabra (2), João Pais (1), Toft Hansen (2) Nyokas (1), Bélone Moreira (5), Paulo Moreno (4), Ricardo Pesqueira (1), Fábio Vidrago (3), Petar Djordjic (9), Francisco Pereira (3)

ADEPTOS DE ALTA COMPETIÇÃO


"Da Alemanha vem a sensação que é possível embalar para uma época com exibições e conquistas

Benfica nunca tinha conseguido sequer um empate na Liga dos Campeões em território alemão, mas empatar assim não soube bem.
Empatar na Alemanha depois de fazer um jogo competente e estar a vencer por dois golos aos 89 minutos deixa um travo amargo. Da Alemanha vem a sensação que é possível embalar para uma época com exibições e conquistas.
O Benfica montou uma estratégia e cumpriu com rigor durante aos de 80 minutos. Aquele lance de RDT podia ter dado o golo do ano e uma nova perspectiva europeia ao Benfica, mas assim não foi e não se justificam lamentos.
Tem razão Bruno Lage quando diz que não foi este o jogo que nos deixo fora da Liga dos Campeões, mas é também verdade que este poderia ter sido o jogo que nos colocava de novo nessa rota.
No Benfica os adeptos são de alta competição e não têm tempo para amarguras. Em Vizela mesmo quando a exibição não era boa e o resultado era adverso, eram os adeptos que levavam a equipa ao colo e por isso estamos com encontro marcado com o Braga rumo ao Jamor. Na Alemanha, primeiro na Youth Leagie e depois no Red Bull Arena, nunca faltou apoio dos adeptos benfiquistas.
Adeptos de alta competição nunca se deixam abater por resultados ou sorte madrasta. Adeptos de alto competição acreditam na equipa e vão ajudá-la nos objectivos. Objectivos que está aí com Marítimo amanhã e Covilhã na terça-feira.
O Campeonato Nacional é o principal foco, mas os demais não são secundários. O rescaldo das noites europeias trás sempre perigos associados e a exibição conseguida na Alemanha tem que ser tónico forte para consolidar a liderança. Frente a um adversário que vem com novo técnico e motivado.
Palavra obrigatória para os jovens benfiquistas que no frio alemão conseguiram o primeiro lugar no grupo e o apuramento para os oitavos de final. Assisti ao jogo e há ali muito talento. Morato, por exemplo, mostra uma maturidade muito acima do seu escalão.
Por fim referência à classificação do voleibol do Benfica para a fase de grupos da Liga dos Campeões, facto ímpar da nossa história e a classificação europeia do basquetebol encarnado com a vitória em Bratislava."

Sílvio Cervan, in A Bola

UMA FRAUDE


"Em criança, o Benfica chegava-me pela rádio. Ouvia futebol e hóquei em patins - que era então a segunda modalidade no país, e merecia transmissões directas até mesmo do Torneio de Abertura.
Desenvolvi, por isso, uma paixão muito especial pelo hóquei. Paixão essa que, anos mais tarde, alguns sujeitos tudo têm feito para aniquilar. Jogos e títulos totalmente adulterados parecem coisa banal para a FPP e seu Conselho de Arbitragem. Caso contrário já não veríamos nas pistas árbitros ostensivamente parciais, que de forma reiterada vão guiando jogos a seu bel-prazer, e oferecendo vitórias ao clube que não escondem proteger: o FC Porto.
Nos últimos 20 anos, os portistas conquistaram 35 competições nacionais enquanto os restantes clubes ganharam, no total, apenas 29.
Além-fronteiras, no mesmo período, o FC Porto não ganhou nada, enquanto as outras equipas portuguesas ergueram 15 troféus. Só isto já permitiria tirar algumas conclusões. Percebe-se porquê.
Aquilo que se vê semanalmente é algo que me enjoa, mais do que como benfiquista, enquanto desportista e amante da modalidade.
Com a mudança das regras, o hóquei tornou-se terreno ainda mais fértil para a arbitrariedade. Qualquer jogo pode ser decidido pelo juiz a qualquer instante, e basta uma interpretação enviesada de faltas e simulações para atribuir a vitória a quem bem entendem. E entendem sempre para o mesmo lado.
O presidente da FPP já foi vítima, enquanto treinador do Benfica, deste estado de coisas. Muito se estranha que agora, no lugar que ocupa, nada esteja a ser feito para ajudar o hóquei a sair das catacumbas onde o enfiaram."

Luís Fialho, in O Benfica

OPA II


"Na semana passada enquadrei a OPA à SAD na promessa de 'devolução do Benfica aos benfiquistas'. Hoje, sem desprimor de outras questões que me parecem igualmente relevantes, abordarei a vertente do investimento financeiro.
Muito se tem falado sobre o custo desta operação - cerca de 32M€ - caso se revele inteiramente realizada. Erradamente, há quem refira que este montante poderia ser aplicado no reforço do plantel, mas não será a SAD a depender esse montante, será a SGPS, que em nada contribui para o orçamento da equipa de futebol.
Outros defendem que o dinheiro seria mais bem aplicado num aumento de capital da SAD, mas esse, se fosse, por exemplo, de 50M€ (para manter a quota do SLB - 63,65%), seria relativamente insignificante pois equivaleria a menos de um terço das receitas operacionais sem atletas e a cerca de 20% das receitas operacionais incluindo atletas da época passada. E está por provar se haveria investidores para os restantes 18M€ - há quase vinte anos, a procura ficou muito abaixo do expectável e foi necessário que três ou quatro sócios investissem largas somas para 'salvar' a operação. Mas há que considerar o lado do investimento financeiro. Nas últimas seis épocas, o SLB apresentou sempre lucro, e o resultado líquido acumulado neste período chegou aos 111M€. O impacto da SAD nestes lucros ascendeu a 80M€ (seis anos consecutivos a dar lucro, total de 136M€). Se, em vez dos 63,65%, o SLB detivesse 91% do capital da SAD, estimo que o impacto teria sido cerca de 113M€, ou seja, mais 33M€ em seis anos. E, com uma percentagem de capital tão elevada, será de considerar a possibilidade de a SAD optar pelo que, compreensivelmente, nunca fez até hoje, a distribuição de dividendos."

João Tomas, in O Benfica

77 ANOS CUMPRIDOS


"Do que está cumprido até aqui, podem restar as memórias inertes mas preservadas, dos grandes momentos de vitória, como dos sinais de infortúnio: essa é a essência do Jornalismo - não falhar no registo e na descrição pura do que aconteceu; não ignorar os protagonistas que se diferenciam dos restantes; dar notícia do que sucedeu, a quem não esteve lá ou a quem venha depois.
Os leitores veem os jornalistas como testemunhas e reconhecem que os jornais são pontes que em cada Presente estabelecem a ligação entre o Passado e o Futuro. Ou não. Tudo depende do cumprimento de códigos escritos que o tempo apurou quanto à conduta dos próprios jornalistas e do comprometimento que cada um deles assume, por si e no seio de cada Redacção, com os princípios e modelos de mediatização da Informação, conformes ao ambiente profissional em que operem.
No Jornal O Benfica, durante os setenta e sete anos que ontem se completaram e logo desde o primeiro dia em que, sob a ilustre pena do Director fundador José de Magalhães Godinho, o 'Semanário Oficial do Sport Lisboa e Benfica' viu a luz, em 28 de Novembro de 1942, escolhemos dedicar-nos à mesma rigorosa matriz de serviço informativo e jornalístico guiada pelos desígnios primordiais ratificados no Estatuto editorial que publicámos em 11 de Novembro de 2016 (edição #3785).
Aqui nos mantemos, assim, no mesmo caminho e com a mesma determinação. Ou seja, 'de acordo com os princípios da Constituição da República Portuguesa', os jornalistas do nosso Jornal 'procuram agir no respeito pela pessoa humana e pelos valores éticos do Desporto, mediante o constante exercício da liberdade de expressão e sempre de acordo com a Lei de Imprensa e com o Estatuto do Jornalistas', sendo certo que o 'Jornal O Benfica se dedica fundamentalmente à publicação de conteúdos desportivos eminentemente consagrados à vida interna do Clube (...), considerando todas as temáticas dedicadas ao universo dos Sócios, adeptos e simpatizantes' do nosso querido Benfica.
Por isso, setenta e sete anos cumpridos, nos sentimos orgulhosos com o que recebemos de volta, da parte dos nossos leitores: eles fazem-nos sentir que escolhemos bem esta via do rigor com que aqui são reportados e publicados os registos das performances, marca, testemunhos, imagens e gráficos relativos a todas as modalidades.
Considerado interna e exteriormente um ícone indispensável na vida do Grande Clube, o nosso Jornal há de permanecer muitos novos setenta e sete anos como referência da livre expressão, no qual todos defendemos os mesmos princípios da verdade desportiva, sabendo analisar a diversidade dos contextos sociodesportivos nos planos nacional e internacional.
É mediante o permanente compromisso com estes fundamentos essenciais que o Jornal o Benfica sempre servirá e continuará a defender a grandeza ímpar do Sport Lisboa e Benfica."

José Nuno Martins, in O Benfica

PRIMEIRAS PÁGINAS


AGENDA DESPORTIVA - BTV - 29 NOVEMBRO 2019

                                           

UMA SEMANA DO MELHOR - BTV - 29 NOVEMBRO 2019

                                           

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

"O BENFICA ESTÁ MUITO APETECÍVEL"


FUTEBOL
O Presidente falou à nação benfiquista, abordou temas do momento e aproveitou para esclarecer algumas questões que se têm colocado a respeito da OPA.
Antes da Assembleia Geral de Acionistas, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica falou sobre o tema do dia (a renovação de contrato de Rúben Dias até 2024), o treinador Bruno Lage e ainda a recente Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Rúben Dias Renovaçao de contrato
Qual o significado da renovação de contrato de Rúben Dias até 2024?
O Rúben faz parte da estratégia do Clube. É um jovem que já tem 13 anos de Benfica, e já tinha referido noutra entrevista que ele tem todas as condições para ser o futuro capitão, é um grande líder e, face a toda a trajetória no Benfica Campus, é lógico que o Benfica faça todo o esforço para reter o talento. O Rúben é um dos grandes talentos, e chegámos a acordo para que ele nos próximos cinco anos continue a vestir de vermelho. Ele está muito feliz por dar continuidade à sua carreira no Sport Lisboa e Benfica, que é a casa dele. Eu estou muito feliz com esta renovação, porque esta é uma das peças do Benfica de futuro.
Muito se tem falado sobre o contrato do treinador Bruno Lage. Qual é a palavra do Presidente sobre este assunto?
O Bruno Lage sabe perfeitamente aquilo que acordámos. Ele está sereno e sabe perfeitamente que aquilo que acorda comigo, ou que qualquer atleta acorde comigo, é respeitado.
Luis Filipe Vieira
Aproveito para lhe perguntar sobre a questão da oferta publica de aquisição (OPA) de ações da SAD. Qual é o objetivo desta OPA?
Não escondi a ninguém que estou cá para defender a 100% os interesses do Benfica. Acho que a posição que se tomou para se defender esta política, ou seja, que o Benfica viesse a adquirir cerca de 28% do capital que existe, tem a ver com uma estratégia clara a pensar no futuro. O Clube tem de reforçar o seu capital acionista, faz parte desta estratégia de quando disse que queria devolver o Benfica aos Benfiquistas. Aqui não há nenhum negócio escondido, e com o tempo as pessoas irão perceber isso. O Benfica está a fazer o melhor negócio de sempre porque eu sei o que vale a SAD do Benfica. Um exemplo disso é o Lyon, um clube que nós defrontámos recentemente. Vinte por cento do clube foi vendido por 100 milhões de euros e agora as pessoas têm de tirar as ilações que quiserem sobre isso. Se a OPA se concretizar, o Benfica passa a tomar as decisões por si próprio no futuro. Já estou cá há 18/19 anos. As decisões que tomei foram decisões profundas. A visão que tive para o Benfica é bem evidente e está à vista aquilo que se construiu ao longo destes anos, tanto em termos patrimoniais como ao nível desportivo. O Benfica criou infraestruturas como nunca teve, tem uma situação económica como nunca teve e desportivamente também está bem, caminhando a passos largos para aquilo que foi o seu passado desportivo.
Luis Filipe Vieira
Na explicação parece que fica uma resposta a quem tem dado a entender que existe algum benefício pessoal do próprio Presidente do Benfica…
Eu fui uma das pessoas que ajudaram o Benfica quando mais precisou. Coloquei cerca de quatro milhões no Benfica e aquilo que eu vier um dia a receber é aquilo que é meu. É o meu dinheiro, da minha família e dos meus filhos. Eu sempre disse que vinha para resolver os problemas do Clube e creio que, até agora, a maioria dos Benfiquistas está muito feliz pelo trabalho que tem sido efetuado até aqui, tanto por mim, como as minhas direções e também por todos os profissionais do Benfica. Basta olhar para o lado para ver como os outros estão e como nós estamos. A obra está cá, ninguém o pode contestar. O Clube está como nunca esteve.
Indo ao encontro dessa ideia que referiu da pujança do Benfica, justifica-se este timing relativamente à OPA? Porquê este momento?
Financeiramente estamos bem para isso, e não posso dizer muito mais. O Benfica está muito apetecível e tem de se salvaguardar, portanto, é o momento ideal.

CONTRATO RENOVADO, MAIS UMA NOVELA DOS MÉRDIA TERMINADA...


RÚBEN DIAS RENOVA CONTRATO ATÉ 2024
FUTEBOL
Defesa-central do Sport Lisboa e Benfica blindado por uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.


Rúben Dias está seguro no Sport Lisboa e Benfica até 2024. O acordo para a renovação do contrato foi fechado e formalizado nesta sexta-feira, ficando o defesa-central blindado por uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.
"Ao longo deste tempo sempre estive tranquilo, tal como o Clube. Hoje em dia muito se fala, mas pouco é verdade. A minha cabeça esteve sempre onde tinha de estar. Com o tempo, e fazendo muito sentido para mim e para o Clube, chegámos a este acordo", revelou Rúben Dias, em declarações à BTV, pouco depois de rubricar o novo vínculo.

Rúben Dias Renovaçao de contrato

"Na minha cabeça passa apenas uma coisa: ganhar, trazer títulos para esta casa. Acredito que isto tenha sido o principal motivo desta renovação. Estou muito feliz", enfatizou o central formado no Benfica Campus, que já envergou o Manto Sagrado em mais de uma centena de jogos pela equipa principal.

"Neste momento a responsabilidade aumenta para um patamar onde nunca tinha estado. Todo o tempo de formação no Clube foi uma preparação para chegar aqui. Agora é pôr em prática tudo aquilo que fui desenvolvendo ao longo dos anos, mostrar quem eu sou e fazer tudo, como sempre fiz, por esta casa", sublinhou o internacional português.

Rúben Dias Renovaçao de contrato
Às 18h00 deste sábado, o Benfica regressa à competição na Liga NOS, recebendo o Marítimo (12.ª jornada) no Estádio da Luz. "Este jogo é importantíssimo para nós. Queremos marcar presença de novo e virar a página com foco total no Campeonato", vincou Rúben Dias.

"FAZER UM GRANDE JOGO NESTE REGRESSO A CASA"


FUTEBOL
O treinador do Benfica completa 50 partidas ao comando da equipa neste sábado na receção ao Marítimo.
Bruno Lage quer "oferecer uma boa exibição aos adeptos" no regresso a casa e à Liga NOS, marcado para este sábado (18h00), altura em que o Benfica recebe, no Estádio da Luz, o Marítimo na 12.ª jornada da competição.
"Que amanhã [sábado] seja mais um dia de Benfica e de Casas do Benfica, com os adeptos a apoiarem a nossa equipa do princípio ao fim", disse o treinador das águias, que lideram o Campeonato, na conferência de Imprensa de antevisão no Benfica Campus.
No regresso à Liga NOS, que Benfica podemos esperar, tendo em conta que vem de um jogo muito intenso na Alemanha? O regresso tem um sabor especial, primeiro por ser o seu 50.º jogo à frente da equipa, e depois porque nas bancadas vão estar todas as Casas do Benfica?
É um registo interessante, mas fica apenas para mim. O mais importante é – e em função daquilo que é o dia, do adepto e das Casas do Benfica – fazermos um grande jogo no regresso à nossa casa. É essa a nossa grande ambição. Vamos enfrentar um adversário difícil, competente, que trocou de treinador, o que poderá trazer, eventualmente, uma motivação extra ao jogo. Temos de estar no nosso melhor para vencer o jogo e oferecer uma boa exibição aos nossos adeptos. Aproveito a oportunidade para agradecer-lhes todo o apoio, em particular neste último jogo. Que amanhã [sábado] seja mais um dia de Benfica e de Casas do Benfica, com os adeptos a apoiarem a nossa equipa do princípio ao fim.
Bruno Lage
Ainda no rescaldo da Champions, crê que os adeptos compreenderam o seu discurso no final da partida ou acha que estão mais preocupados com o facto de o Benfica não passar há três anos da fase de grupos da Liga dos Campeões?
Desde o início da época era a nossa intenção, tenho dito isso desde o princípio. Independentemente dos resultados alcançados na Liga dos Campeões, era nossa ambição construir uma equipa para chegar o mais longe possível e, numa primeira etapa, passar a fase de grupos. Era o nosso objetivo. Agora, aquilo que digo aos adeptos é que a todo o momento tento colocar o melhor onze para cada jogo e todos os dias trabalhamos de forma séria e honesta para que aquele Benfica que se viu no último jogo [Leipzig] seja uma constante em termos nacionais e internacionais. Esta tem de ser a nossa mensagem.

Bruno Lage
Arrepende-se de alguma decisão técnica tomada nos jogos da Liga dos Campeões?
Não é a questão de me arrepender, ou não. A Liga dos Campeões não começou agora, eventualmente podemos hoje podemos olhar para trás e ver por que motivo A, B ou C jogou ou não jogou, mas cada momento é diferente. Hoje, passados mais de dois meses sobre o início da competição, existem jogadores que estão em melhor forma do que outros. Na quarta-feira, na Alemanha, jogámos com Gabriel numa posição diferente; no primeiro jogo com o Leipzig nem Gabriel nem Florentino estavam disponíveis. O melhor onze é sempre aquele que tentamos colocar a cada momento. Em Leipzig, fizemos algumas alterações, a equipa apresentou uma dinâmica interessante. Quando as coisas não resultam, a nossa intenção é fazer sempre com que resultem. Se os treinadores mais experientes, com mais jogos, têm aprendizagens ao longo da sua carreira, eu, acreditem, pela minha forma de estar e de trabalhar, a cada jogo que observo da minha equipa estou a aprender; a cada jogo que observo dos adversários estou a aprender.
Bruno Lage
Em função do que é o adversário [neste caso o Marítimo], primeiro temos de olhar para o registo do seu treinador [José Gomes], em termos nacionais e internacionais. Temos o conhecimento do que fez recentemente no Rio Ave, o que fez no Reading. É um treinador que em Portugal tem jogado em 4x4x2 e 4x3x3, e que em Inglaterra experimentou várias vezes uma linha de cinco defesas. O mais importante é entendermos a dinâmica coletiva, olhar para as características dos jogadores do adversário, tentar perceber o que pode acontecer e estarmos preparados, e isso fazemo-lo muito bem.
Poderemos ver mais vezes nesta época o Gabriel na posição que ocupou na Alemanha? Quais os prós e contras de o ter na posição 6, até porque jogando mais atrás pode perder-se a pressão alta em que ele é exímio?...
São as tais coisas que temos de considerar. A nossa intenção no jogo [Leipzig] era ter bola e tentar atrair sempre a pressão dos dois médios contrários para procurar o espaço atrás das costas. Fizemos isso, principalmente na primeira parte. Na segunda tínhamos de procurar levar o jogo de um lado ao outro e ter mais bola no meio-campo ofensivo… O Gabriel ali dá-nos maior poder de circulação, juntando depois os outros dois médios como foi o caso do Chiquinho e do Taarabt. Já o vimos naquela posição mais vezes, principalmente numa situação em que queremos procurar o resultado. O jogador tem as suas competências. Numa posição oferece determinadas competências, noutra oferece outras, mas com certeza que podemos vê-lo a jogar nessa posição mais vezes.
Bruno Lage
O historial recente do Benfica com o Marítimo é muito positivo... Em que medida é que o saldo pode influenciar o resultado deste jogo?
Essas são as análises que não faço, nem para o bem nem para o mal. Da mesma maneira que quando preparo um jogo da Liga dos Campeões não olho para os resultados dos anos anteriores, também não vou olhar para o facto de o Benfica ter vencido o Marítimo nos últimos jogos em casa. Cada jogo tem a sua história e os momentos são diferentes ao longo da época. Temos de olhar para nós, e em função do que nos tem acontecido. Depois de uma boa entrada no Campeonato, tivemos um mês, mês e meio em que não fomos tão consistentes. Vamos à procura disso. Perdemos alguns jogadores, vieram outros. São dinâmicas e contributos diferentes. Temos de procurar que a dinâmica de todos seja a dinâmica da equipa, para que procure a consistência que teve na época passada e também nos primeiros dois meses desta temporada.

"PÁSSARO" FUGIU...


"O melhor Benfica não teve azar... ai o poder atlético! Jorge Jesus fazedor de campeões (friso o que mais lhe admiro). 'Estrelinha' pagou agora tanto que lhe devia...

Melhor Benfica deste 1.º terço da época esteve pertinho do muito difícil: vencer em casa do forte Leipzig, líder do grupo e 2.º na liga alemã. O melhor Benfica, com ganas, rigor táctico, estratégia. Teve o pássaro nas mãos: vantagem de 2-0 a escassos minutos do final! E deixou-o fugir! Não falem em azar; sim no mérito germânico, em poderosa cavalgada - mudando o seu modelo de ataque para consecutivos cruzamentos sobre a grande área -, e na habitual inferioridade benfiquista quando é preciso apelar a... poder atlético. Estatura, peso, músculo no choque - desde logo, e muito, o meio-campo, nas refregas por posse de bola, sem a qual quase sistematicamente se anda... para trás; e tanta constante alta pressão sobre a retaguarda estava mesmo a ver-se que iria dar naquilo: penálti indiscutível (outro, na 1.ª parte, cometido por Grimaldo, passara em claro) e rasgão no centro defensivo no cabeceamento para empate.
O melhor Benfica desta época, tendo roçado crucial triunfo, foi insuficiente.

Jorge Jesus. Que é grande treinador já todos sabíamos. Várias vezes lhe critiquei, e com firme dureza, despautérios de egocentrismo. Sempre separando essa nefasta característica dos rasgados elogios à extraordinária qualidade técnica/táctica. O que acaba de fazer no Flamengo, em fulgurante mão cheia de meses! - antes de conquistar a Champions sul-americana (!!!), virou atraso de 8 pontos, à sua chegada, em avanço de 13 (!) sobre o Palmeiras que, com Scolari, era campeão; Scolari teve de sair, face à brutal ultrapassagem... -, plenamente confirmou, no dificílimo ambiente do Brasil para um treinador estrangeiro, o que há muito vejo em Jorge Jesus: fazedor de campeões!
Agora, no Flamengo, histórico gigante, mas quase esquecido do seu último título, reergueu Rio de Janeiro, futebolisticamente há muito a pão e água, e deixou a léguas as habitualmente poderosas equipas de Porto Alegre - vide Grémio do rezingão Renato Gaucho, que levou uma sova de 5-0 numa meia-final! -, tal como todos os grandes rivais paulistas; do Palmeiras ao Corinthians, passando pelo Santos. Monumental banho! Épico, face ao ponto de partida! Sim, fazedor de campeões. Assim foi no Benfica, que somava anos de jejum e com ele venceu logo na 1.ª época (o mais esfusiante futebol que Portugal viu em largos anos); dos fracassos, até mais 2 títulos consecutivos, falarei a seguir. E assim quase foi no Sporting por ele vigorosamente ressuscitado para ambicioso futebol de ataque (na 1.ª temporada, vice-campeão, num renhidíssimo duelo que obrigou o Benfica de Rui Vitória a recorde de pontos!; depois, enorme turbulência sportinguista ter-se-á tornado insuperável...).
Friso o que mais admito em JJ e define um treinador: a sua capacidade para transformar jogadores medianos em excelentes. Exemplos não faltam. De Di Maria, bailarino para a bancada, fez craque a sério. A Fábio Coentrão salvou carreira: não passaria de pseudoartista como avançado (andava de empréstimo em empréstimo...) virou-o em forte defesa esquerdo (rumo ao Real Madrid!). Matic chegou à Luz como n.º 8; pela mão de JJ, a quem várias vezes agradeceu, tornou-se estupendo n.º 6 (e, de seguida, o preferido de... José Mourinho). Para mim, ainda mais espectacular: Enzo Perez, de banalíssimo extremo-direito para muito bom... médio central! (titular na Selecção argentina e, claro, no River Plate - tão bem se percebe porquê, na véspera da grande final, Enzo adjectivou JJ como monstro da táctica e, antes de começar o jogo, para ele correu num comovido abraço que disse tudo. E com que treinador teve Bas Dost o seu apogeu?... E Gabigol, puro fiasco no Milan e, em 6 meses, no Benfica?...

Minuto 90+2. Para conquistar o troféu que todo o futebol sul-americano mais deseja (Flamengo levava 38 anos sem o vislumbrar!...), Jorge Jesus teve a estrelinha que lhe virara costas no célebre final de época em que, de rajada, perdeu título nacional e Liga Europa... em ambos os casos ao minuto 90+2. No Dragão, naquele pontapé que Kelvin, vindo do banco, nunca arrancara - e a sua carreira por aí se ficou (escassos minutos antes, JJ falhara ao pôr em campo Roderick, réu no início do lance decisivo?; em tais circunstâncias, visando segurar título tão à vista, sensata decisão para qualquer treinador). De imediato: final com o Chelsea (excelente exibição de ataque, num Benfica de raiva), 1-2 quando cabeçada de Ivanovic, num canto, prosseguiu fatídica sina do minuto 90+2... E eis que, em Lima, aos 89 e... 90+2, a tal estrelinha pagou a JJ o muitíssimo que lhe devia!"

Santos Neves, in A Bola

UM PLANO QUASE PERFEITO


"A estratégia foi muito bem interpretada e os golos alemães surgiram em decisões individuais

Muito inteligente
1. O Benfica, na minha opinião, foi perfeito na forma como conseguiu anular e condicionar os alemães, com toda a equipa muito comprometida, jogando com um bloco mais baixo e de trás para a frente, com Vinícius sempre como primeira referência em termos ofensivos. Um jogo muito inteligente, com o onze de Bruno Lage a demonstrar sempre preocuparão em estar equilibrado, até ao período em que surge o penálti e depois o segundo golo do Leipzig, que acaba por ser algo ingrato para aquilo que o Benfica fez, malgrado, num determinado período da segunda parte ter defendido com muitos jogadores na zona da entrada da área. Mas, no computo geral, o Benfica esteve muito bem na forma como abordou o jogo, com os jogadores a interpretarem quase na perfeição o plano elaborado por Bruno Lage para esta partida.

Primeiro bloco de cinco
2. O Leipzig apresentou-se no seu habitual esquema de 3x5x2, com o qual o Benfica não está muito habituado a lidar, uma vez que, em termos nacionais, são poucas as equipas que jogam neste sistema táctico. Porém, a estratégia de Bruno Lage de colocar uma primeira linha de bloco com cinco jogadores - Cervi, Chiquinho, Gabriel, Taarabt e Pizzi - conseguiu cortar as acções do Leipzig. A estratégia foi muito bem interpretada e os golos alemães acabam por surgir em tomadas de decisão individuais, com Rúben Dias a estar os dois lances - primeiro no penálti, num deslize que decorre de movimentos de arrastamento por parte dos avançados contrários, e depois pela falta de cobertura da zona onde normalmente entra um médio após cruzamento.

Lage e as substituições
3. Os alemães, por norma, são muito intensos, mas sentiram muitas dificuldades em desmontar o Benfica. Agora, depois do jogo ter terminado com este resultado (2-2), é fácil dizer que Bruno Lage poderia ter mexido na equipa mais cedo e ter colocado em campo, por exemplo, Florentino no meio-campo, mas nenhum treinador vai fazer substituições no pressuposto de que pode sofrer dois golos nos últimos minutos.

Destaques individuais
4. Em termos de destaques individuais palavras para Vlachodimos, Pizzi e Carlos Vinícius. O guarda-redes fez diversas intervenções de qualidade a negar golos alemães, enquanto o internacional português, além do golo, esteve sempre esclarecido e saiu com critério para o ataque. Quanto ao brasileiro, teve trabalho específico para ser ele a referência de saída para o ataque e ainda anotou um golo. Em suma, um plano que se não foi perfeito porque o jogo terminou, injustamente, empatado."

Domingos Paciência, in A Bola

VENCEM DÉRBI E MANTÊM-SE INVICTAS!


HÓQUEI EM PATINS FEMININO
O Benfica é agora a única equipa sem derrotas no Campeonato.
O Benfica ultrapassou, nesta quinta-feira, no Pavilhão João Rocha, o Sporting (1-3) no dérbi da 8.ª jornada do Campeonato Nacional de hóquei em patins feminino, e é agora a única equipa invicta na competição.
No duelo entre as únicas duas equipas, até à data, invictas na competição, saíram as encarnadas na frente quando, aos 11’ – e numa altura em que somavam 4 faltas cometidas, contra 0 da formação da casa –, Marta Piquero inaugurou o marcador (0-1). Uma vantagem mínima que permaneceu até ao intervalo.

A abrir o segundo tempo (28'), grande penalidade assinalada a favor do Sporting. Na conversão do castigo máximo, Rute Lopes não desperdiçou e atirou para o empate (1-1).
Reação rápida do Benfica com dois golos de rajada: primeiro foi Maca Ramos (32’) e depois Marta Piquero (33’) a assinar um bis, após assistência de Marlene Sousa (1-3).
Esta vitória permite ao Benfica igualar a Académica de Coimbra no topo da tabela classificativa, com os mesmos 21 pontos, sendo que tem mais golos marcados, menos sofridos e ainda menos um jogo.
Na próxima jornada, a 9.ª, a formação encarnada recebe o CA Campo de Ourique, num desafio agendado para as 21h30 deste sábado, 30 de novembro.
Sporting-Benfica, 1-3
FICHA
Local Pavilhão João Rocha
Cinco do Benfica Maria Vieira, Marlene Sousa, Inês Vieira, Marta Piquero e Maca Ramos
Suplentes Sofia Contreiras, Letícia, Andreia Leal, Maria Silva e Margarida Brandão
Intervalo 0-1
Golos Marta Piquero (11' e 33'), Maca Ramos (32')
Marcha do marcador 0-1; 1-1; 1-2; 1-3

AQUECIMENTO - BTV - 28 NOVEMBRO 2019

                                           

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O MAL ESTAVA FEITO


"Em condições normais, o Benfica empatar o jogo em casa de uma das melhores equipas alemãs da actualidade seria um resultado muito positivo. Até porque, em jogos da Taça/Liga dos Campeões, somava 11 derrotas noutros tantos encontros. O mal foi feito antes – nos jogos em casa com os alemães, em São Petersburgo e em Lyon. Como se previa está a ser um grupo muito equilibrado, com todas as equipas a perderem muitos pontos – e o problema para o Benfica foi que perdeu demasiados, somando uma série de exibições muito abaixo do exigido a este nível. Acabou-se a Champions, ficou a lição.
Bruno Lage é o réu que está, há muito tempo, em julgamento pela má campanha do Benfica na Champions e teria sido de novo o saco de pancada em caso de derrota na Alemanha – lançar Taarabt no lugar de Florentino teria sido o rastilho que bastava. É verdade que teve opções bastante questionáveis – como deixar André Almeida, Pizzi ou Rafa no banco em vários jogos – mas o plantel dos encarnados (muito provavelmente o melhor em Portugal) está ainda bastante longe da ambição europeia anunciada por vários responsáveis do Benfica, ainda para mais quando não pode contar com o futebolista mais desequilibrador (Rafa) e o melhor marcador (Seferovic)."

UMA PROMETEDORA FRASE DE ENGATE


"Aos 9 anos, John teve poliomielite. Curou-se a nadar. Continuou a nadar pela vida fora. Ganhou cinco medalhas de ouro olímpicas.

Quando surgiu num pequenino papel cinematográfico em Glorifying the American Girl, um filme de 1929 que servia de promoção às ‘follies’ de Ziegfiel, János era apenas um rapaz reduzido a uma folha de parra que lhe tapava as partes pudendas. Algo que me faz recordar a festa dos Óscares de 1974. A meio do discurso de agradecimento de Elizabeth Taylor, Robert Opel, um fotógrafo que possuía uma galeria de arte mas não desenvolvia a totalidade das sinapses, entrou bruscamente no palco todo nu fazendo o V com os dois dedos da mão direita. David Niven, apresentador nesse ano, sempre tão cavalheirescamente britânico, terá tido vontade de lhe fazer outro tipo de gesto com outros dedos, mas limitou-se a uma frase de requintado humor. «Obrigado por nos ter mostrado as suas insuficiências».
János estava mais do que habituado a mostrar, pelos menos, as suas suficiências, no caso de Niven se referir ao conjunto de órgãos que a parra de Adonis tapava. Não andou a vida toda nu, mas ganhou-a a andar seminu, isso é tão certo como ter nascido numa terra com um nome de provocar cãibras na língua: Szabadfalva, no velho Império Austro-Húngaro, perto de Timisoara. Actualmente chamam-lhe Freidorf, que é mais conveniente, e faz parte da Roménia. O apelido paterno Weissmüller revelava a família germânica do pai, Peter, um suábio que decidiu emigrar para Windber, uma localidade da Pensilvânia, e trabalhar com o cunhado Johann Ott nas minas de carvão. Herr Weissmüller lá saberia das suas prioridades, foçar com uma picareta na dureza do antracite não parece glamoroso, mas enfim, quem não teve por onde escolher foi János que, na altura, era mamífero com apenas sete meses de existência exterior.
Aos nove anos, foi atacado pela poliomielite e esteve à beira de se tornar num deficiente para o resto da vida não se desse o caso de possuir uma força de vontade assinalável para alguém tão jovem. Peter decidiu abandonar o minério para se dedicar à cerveja, e acho que fez muitíssimo bem. Empregou-se na Elston and Fullerton Brewery, em Chicago. O filho mais velho inscreveu-se no YMCA (Young Men’s Christian Association) tornando-se num nadador competitivo e teimoso.
Parece que Peter passou mais tempo de vida sem roupa do que o filho, tantos são os descendentes que lhe apontam, mas não é das infidelidades de Herr Weissmüller que aqui venho falar, e sim do último papel que terá assinado, a autorização para que János, cada vez mais tratado por John, de apenas 19 anos, viajasse para Paris e participasse nos Jogos Olímpicos de 1924. Nessa altura já tinha batido o recorde do havaiano Duke Kahanamoku nos 100 metros livres com a marca de 58,6 segundos. Era um moço trabalhador que servia como salva-vidas no Lago Michigan. Na final de Paris voltou a bater Kahanamoku e regressou a casa carregado de ouro: 100 e 400 livres e estafeta de 4 por 200, somando também uma de bronze no polo. Quatro anos mais tarde, em Amesterdão, mais ouro: nos 100 metros livres e nos 4 por 200.
Depois da parra de Adonis, John envergou orgulhosamente a tanga de Tarzan. De tal forma encaixou no boneco que o próprio Edgar Rice Burroughs, inventor da personagem, gostou dele. Os produtores da MGM quiseram mudar-lhe o nome: Weissmüller era pouco apaixonante para figurar nos cartazes. John terá ficado com vontade de lhe fazer um gesto com os dedos, mas limitou-se a perguntar-lhes se o nome de um campeão olímpico soava mal. Resolveram o assunto com uma foto dele a nadar por baixo do nome. 
János acumulou mulheres que se deixavam fascinar pela sua aura de Homem-Macaco. Dedicou-se ao golfe e estava por Cuba a jogá-lo quando foi apanhado por um bando de guerrilheiros em 1958. Viu-se atrapalhado mas desenrascou-se com pilhéria soltando o grito com que apavorava hipopótamos. Os cubanos gostaram: «¡Es Tarzán! ¡Es Tarzán de la Jungla!». Deixaram-no em paz e foram fazer a revolução.
A minha tia Manuela Sampaio e Paiva conheceu John muito depois de ele ter deixado de ser Tarzan e, até, de se ter vestido de caqui para fazer de Jungle Jim. Meados dos anos 70. Envelhecera com estilo. Ficara a saber que sofria de sérios problemas cardíacos desde criança. Vinha a Portugal negociar vinhos do Porto com os Ribeiro da Silva e tornara-se tão popular que não era fácil levá-lo a restaurantes. Toda a gente deveria estar à espera do momento em que soltaria o que Burroughs definiu: «The man, raising his face to the heavens, voiced a horrid cry – the victory cry of the bull ape!». Ou de que se agarrasse aos reposteiros e fizesse deles lianas em busca de alguma mulher bonita na sala à qual pudesse perguntar: «Me Tarzan, you Jane?». O que, convenhamos, é uma simples mas verdadeiramente prometedora frase de engate. Se não fizesse corar Maureen O’Hara deixaria Cheeta feliz."