"O FC Porto, por uma questão de sobrevivência, tem de ganhar este campeonato nacional. Nos próximos dias iremos analisar o seu relatório e contas e, por conseguinte, tudo o que está em jogo.
Actualmente, não têm liquidez financeira para oferecer aos árbitros roupões personalizados, prostitutas e viagens ao Brasil, como tal, passaram a prometer contratos a jogadores seus adversários, a investir o que não têm em “prémios motivacionais” para jogadores - criteriosamente escolhidos – adversários do SL Benfica e a encomendar aos Super Dragões, claque legalizada do FC Porto e da selecção nacional portuguesa, visitas ao Centro de treinos da Maia e a restaurantes de familiares dos árbitros.
Como todo este manancial de práticas pouco recomendáveis não tem sido suficiente, optaram por ir directamente a casa de um árbitro, nomeadamente Vasco Santos, o VAR do jogo de ontem no estádio do Dragão, para o agredir e, com isso, enviar uma mensagem a todos os outros árbitros para o que resta da época.
O desespero leva a medidas desesperadas, como os 400 mil euros oferecidos ao Gil Vicente para retirar pontos ao SL Benfica ou a panóplia de malas que anda a circular entre clubes e agentes desportivos, mas isto já não é desespero, é pânico.
A ocorrência que aqui divulgamos foi sinalizada pelas forças das autoridades, porém, todos sabemos quem é a verdadeira autoridade no Norte do país, onde os crimes de determinados sabujos passam incólumes e a impunidade grassa.
Nestes acontecimentos recentes existem dois grupos de responsáveis: os instigadores e os executores.
Os instigadores tomaram assento num espaço habituado à prática criminosa – O Porto Canal – local onde foram difundidos agressivos ataques à honorabilidade dos árbitros Soares Dias e Vasco Santos.
Não se ficaram pela discordância acérrima, pela indignação.
Intencionalmente, através de um meio de comunicação social, provocaram e incitaram à prática de crimes contra os referidos árbitros e contra a arbitragem em geral. Este comportamento cobarde, deplorável, tem nome e está escrito no artigo 297.º do Código Penal. Trata-se da instigação pública a um crime, que é punível com pena de prisão até 3 anos.
Umas horas mais tarde, entraram em cena os executores.
A comunicação social tarda em noticiar os factos que em círculos restritos já são conhecidos.
A confirmar-se que um grupo de delinquentes liderado por um macaco emboscou o árbitro Vasco Santos junto à residência deste, para o insultar e ameaçar, obrigando ao reforço de segurança através da polícia de Fanzeres, que autuou a ocorrência, estamos perante mais um ataque terrorista a agentes desportivos.
O delito que se passou foi expressão de mais um ato da associação criminosa que condiciona o futebol português e que, incrivelmente, permanece impune.
Como já haviam feito no passado e agora no presente, estes criminosos ameaçaram, perseguiram e insultaram árbitros de forma reiterada. Estes crimes para serem investigados dependem de queixa dos ofendidos (artigos 153.º, 154.º-B e 181.º do Código Penal). A queixa, essa, sabemos já ter sido apresentada, no entanto compreende-se a reserva dos visados em apresentarem-se como ofendidos, impulsionando a perseguição dos infractores.
Sentem-se desprotegidos pelos cúmplices que são a FPF, a Liga, o MAI, o Secretário de Estado do Desporto e Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência do Desporto.
Todos estes órgãos teimam em ignorar que em Portugal uma claque se exibe em bairros sociais do Porto, com armas e mensagens de ódio e xenofobia, ameaçando a paz e tranquilidade públicas.
E, pontualmente, passam das palavras aos actos.
Encontra-se na fase de julgamento o ataque da Juve Leo à academia de Alcochete. Não existem razões objectivas para diferenciar ambas as situações. Por muito menos, foram presos preventivamente umas dezenas de adeptos do Sporting que foram ainda sancionados com medidas de coação que inibem a presença em recintos desportivos. Quem tem medo de invocar a Lei n.º 52/2003, de 22 de Agosto, a “Lei de Combate ao Terrorismo”, para suster os crimes praticados em redor do futebol, nomeadamente os praticados por alguns elementos da claque que apoia o Porto?
A FPF, Liga e APAF têm o dever moral e institucional de agirem. O Polvo das Antas desafia estas entidades a trabalharem para um futebol livre de violência e ameaças, dando todas as condições para os árbitros trabalharem em segurança. Além da ocorrência estar registada na base de dados das autoridades portuguesas, sabemos que a Comunicação Social já está a par do acontecimento. É fundamental que aqueles que detêm o poder de decisão no futebol português deixem de ser hipócritas e recorram, de uma vez por todas, à mão pesada. A bem do desporto."
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