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sábado, 2 de abril de 2022

MAIS UMA MISERÁVEL EXIBIÇÃO DO APITO E DO VAR

 


Houve golos, recuperação, forcing final, mas não chegou

No regresso dos jogos da Liga Bwin, o Benfica foi ao reduto do SC Braga perder, por 3-2, na 28.ª ronda da prova.
O SL Benfica saiu derrotado, na noite desta sexta-feira, 1 de abril, do Estádio Municipal de Braga, por 3-2, frente ao SC Braga, na partida que marcou o arranque da 28.ª jornada da Liga Bwin. Darwin e João Mário apontaram os tentos das águias na partida que marcou o regresso da competição após pausa para as seleções. Segue-se o Liverpool para os quartos de final da Champions.
De um lado, uma equipa montada em 3x4x3, o SC Braga, sistema tático mais utilizado por Carlos Carvalhal em 2021/22; do outro, um Benfica em 4x4x2, tática que tem sido privilegiada por Nélson Veríssimo desde que pegou na formação, sendo que não raras vezes se viu Gonçalo Ramos recuar para vir buscar jogo, transformando o sistema em 4x2x3x1.
Minutos iniciais no Estádio Municipal de Braga com uma partida muito equilibrada e amarrada, com as linhas muito próximas, o que inviabilizava jogo entre linhas, mas deixava espaço para explorar a profundidade. Sem bola, curiosamente, ambas as equipas apostaram em estender-se no campo, fazendo pressão alta que dificultava a primeira linha de construção adversária.
Mesmo sem oportunidades de parte a parte, via-se um Benfica com mais posse de bola e a invadir o meio-campo contrário com bola em ataque organizado, fazendo uso da largura, com os laterais projetados e os alas bem abertos, em contraponto com um SC Braga com elevada densidade no corredor central a defender; os minhotos saíam mais em transição, acelerando o jogo, sempre que podiam, através dos três corredores.
Primeiro frisson na Pedreira aconteceu aos 12' e para as águias. Rafa fugiu a Al Musrati pelo corredor central, lançou Yaremchuk na direita e o ucraniano rematou cheio de intenção para defesa de Matheus. Este lance teve o condão de desamarrar um pouco o desafio. Havia mais espaço nas quatro linhas e, aos 20', Iuri Medeiros apareceu solto à entrada da área, mas o tiro do 45 saiu muito por cima. No minuto seguinte – 21' –, num pontapé de canto, Vertonghen ainda introduziu o esférico na baliza minhota, mas o VAR deu indicação de mão do defesa-central belga na bola e o árbitro, Luís Godinho, anulou.
Bons minutos em Braga, com os dois conjuntos a acercarem-se com maior assertividade junto das balizas. Aos 24', os bracarenses recuperaram a bola em zona adiantada, desdobraram o ataque rápido, executaram um cruzamento na direita e Ricardo Horta, de primeira, na área, disparou a centímetros da baliza benfiquista. Da ameaça ao golo distaram quatro minutos… Luís Godinho assinalou falta (muito duvidosa, no mínimo) de Vertonghen sobre Ricardo Horta muito perto da entrada da grande área. Iuri Medeiros bateu o livre direto de forma forte e colocada e fez o 1-0 no marcador (28').
Em desvantagem, os comandados por Nélson Veríssimo subiram as linhas de pressão, tiveram ainda mais bola (terminaram a primeira parte com cerca de 60%), mas o SC Braga fechou-se bem e aguentou o 1-0 até ao intervalo.
O Benfica veio dos balneários disposto a inverter o resultado menos positivo e Nélson Veríssimo mexeu nas pedras. Fez entrar Darwin e João Mário para os lugares de Everton e Gonçalo Ramos, respetivamente. A equipa respondeu à mensagem passada pelo treinador e nos primeiros minutos da etapa complementar viu-se um Benfica a mandar no jogo, com as linhas de pressão subidas e sem deixar o SC Braga sair com bola controlada. Os comandados por Carlos Carvalhal pareciam emaranhados na teia encarnada, mas o 2-0 acabou por surgiu num erro dos da Luz. Perda de bola na saída para o ataque, Al Musrati recuperou, deixou em Ricardo Horta, que trabalhou e assistiu o irmão, André Horta, que contornou Odysseas e atirou para a baliza deserta (59').
Faltavam ainda 30 minutos para a partida terminar, o Benfica sabia que podia ir atrás do resultado e, aos 65', entraram Seferovic, Paulo Bernardo e Diogo Gonçalves para os lugares de Yaremchuk, Meïte e Vertonghen, respetivamente. Cartada final para evitar o desaire, mesmo com o conjunto a ficar algo partido. Foi, aliás, numa dessas transições com espaço, aos 66', que Vitinha escapou a Weigl e rematou para defesa por instinto de Odysseas.
Os arsenalistas pareciam confortáveis, mas as águias tiveram capacidade de fazer mossa, e logo em duas ocasiões de rajada. Aos 71', André Horta cortou o esférico com a mão na área, o VAR, Hugo Miguel, deu indicação a Luís Godinho e o juiz da partida foi ver ao ecrã. Grande penalidade assinalada e Darwin, na marca dos 11 metros, a reduzir para 2-1 (74') e a faturar o 21.º golo na Liga Bwin. Bola ao centro e balde de água fria para os minhotos. Num lance totalmente construído por homens saídos do banco de suplentes, João Mário fez o 2-2, aos 77'. Cruzamento de Seferovic, Darwin amorteceu de cabeça e o camisola 20 encostou para os festejos.
Quando se pensava que eram os da Luz, motivados pelo empate alcançado, que iam carregar, eis que o SC Braga chegou ao 3-2. Pontapé de canto, insistência de Al Musrati com um cruzamento bem medido, que Vitinha, oportuno, desviou para o golo (79'). O Benfica sentiu o tento sofrido, mas rapidamente assentou o seu futebol, voltou a ser dono da bola, fixou Darwin e Seferovic na frente e carregou nos minutos finais para trazer pontos da Pedreira, tanto pelas alas como pelo corredor central. Os minhotos fecharam-se, não deram espaços, porém, aos 90'+2', Seferovic trabalhou bem na área, livrou-se de opositores e rematou muito perto do poste.
Apesar do forcing final, o 3-2 manteve-se inalterado no Estádio Municipal de Braga. O Benfica contabiliza 61 pontos na Liga Bwin e vira agora agulhas para a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, com o Liverpool, terça-feira, 5 de abril, às 20h00, no Estádio da Luz.

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