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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

MAIS UMA SUPERTAÇA CONQUISTADA!

 


Benfica venceu a Fonte do Bastardo por 3-0, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso.

Categórica! Eis a palavra para descrever a mais recente vitória da equipa masculina de voleibol do Benfica, que nesta quinta-feira, 5 de outubro, conquistou a Supertaça 2023, ao bater a Fonte do Bastardo, por 3-0, em Santo Tirso.
Em delírio, jogadores e adeptos cantaram a uma só voz: "E o Benfica ganhou... outra vez!" E este "outra vez" tem ainda maior dimensão se tivermos em conta que esta é 8.ª Supertaça conquistada pelo Clube neste começo de época!
Após as Supertaças de futebol (masculino e feminino), futsal (masculino e feminino), hóquei em patins (masculino), basquetebol (masculino) e andebol (feminino), chegou o momento de discutir e erguer a de voleibol (masculino). A estes troféus nacionais somam-se uma Elite Cup (hóquei em patins masculino) e uma Taça Vítor Hugo (basquetebol feminino). São 10 troféus em 10 finais! Um verdadeiro início de época à Benfica!
Regressado ao palco onde na época passada havia perdido a Supertaça para esta mesma Fonte do Bastardo, o Benfica entrou determinado em reconquistar o troféu, desde o primeiro instante em que pisou a quadra do Pavilhão Municipal de Santo Tirso.
Os encarnados entraram para o aquecimento com as bancadas ainda um pouco despedidas, devido à final da Supertaça feminina de voleibol, que havia terminado poucos momentos antes.
Contudo, à medida que os adeptos foram preenchendo os seus lugares, os jogadores orientados por Marcel Matz aumentaram, paulatinamente, a intensidade dos exercícios.
Com o aproximar do início do desafio, os sempre fervorosos Benfiquistas foram aquecendo as gargantas para um duelo que se previa – e confirmou-se – intenso e emotivo.
Nos rostos dos jogadores via-se responsabilidade, entusiasmo e confiança, tudo sentimentos inerentes à importância do momento. Roda entre todos, grito de guerra, cada um no seu lugar. Havia (mais) uma Supertaça para ganhar!
Foi ao som do "Glorioso SLB" que a partida principiou. Como se previa, e como tinha sido toada dos jogos da final do play-off do último Campeonato Nacional, o encontro começou muito equilibrado, com as equipas a dividirem os pontos (4-4).
Após esse período, o Benfica começou a ganhar uma ligeira vantagem, mas foi preciso esperar até ao 12.º ponto para ter um intervalo superior a dois pontos pela primeira vez no set (12-9).
Cada serviço era acompanhado de palmas. O de Pablo Natan resultou em novo ponto para o Benfica, e em nova vantagem de três pontos (15-12). O mesmo Pablo Natan que, pouco depois, iria oferecer a maior vantagem encarnada no set: quatro pontos (16-12).
Embaladas pela distância pontual, as águias jogaram um voleibol bonito e eficaz, e só travaram quando Peter Wohlfahrtstätter fez o ponto que fechou o set, para gáudio dos adeptos e, claro está, de toda a equipa e staff (25-17).
Ao contrário do que havia acontecido no 1.º set, foi o Benfica a marcar os dois primeiros pontos, mas, ao inverso do que tinha feito a Fonte do Bastardo anteriormente, os encarnados acrescentaram um à conta, colocando-se a vencer por (3-0).
Com um sempre motivador "Allez, Benfica, allez" como música de fundo, os encarnados foram andando sempre na frente do marcador, raramente deixando que os açorianos se aproximassem mais do que dois pontos.
Ainda assim, a capacidade de resiliência da Fonte do Bastardo, aliada à sua enorme qualidade, não permitia relaxar nem por um segundo. Em sintonia com a equipa, os adeptos também não deixaram o apoio esmorecer, sempre cantando e incentivando os tetracampeões nacionais. Felipe Banderó, ao fazer o 15.º ponto para o Benfica, carimbou cinco pontos de vantagem, a maior diferença encarnada no set até então (15-10).
Depois de um período em que a formação vinda da ilha Terceira conseguiu equilibrar as contas e ficar a apenas dois pontos (18-16), começou-se a cantar o "Ser Benfiquista"... e o Benfica disparou, marcou sete dos 12 pontos conquistados pelas equipas, carimbando, assim, a vitória no 2.º set (25-21). A Supertaça estava a um parcial de distância.
Novamente com uma entrada forte, os encarnados apanharam-se na frente, e sentiu-se de imediato que dificilmente iriam perder o set. A forma como Marcel Matz festejou o 5.º ponto é bem elucidativa da importância de cedo conseguir uma boa almofada, neste caso de quatro pontos (5-1).
Os adeptos amavam o que viam na quadra, tanto como amam o Benfica, dando voz e ritmo à letra que já se tornou hit, onde quer que qualquer equipa que vista o Manto Sagrado vá jogar: "Eu Amo o Benfica!"
Não em clima de festa, porque a valia do adversário assim não permitia, o 3.º set foi jogado e vivido de forma mais descontraída do que os dois primeiros, tal a superioridade que a formação de Marcel Matz evidenciava.
Uma comunhão total entre jogadores e adeptos, a equipa jogava ao ritmo que os Benfiquistas cantavam e aplaudiam. Uma demonstração de que o apoio do público é sempre a melhor gasolina para qualquer equipa.
Quando as águias chegaram ao 15.º ponto – novamente por Felipe Banderó – a Fonte do Bastardo apenas contabilizava sete, o que deixava a 11.ª Supertaça à vista.
Estava quase! A força com que Lucas França disparou para o 20.º ponto espelhava bem a vontade que a equipa tinha de, o mais rapidamente possível, fechar o set e o jogo.
A um ponto da celebração do sucesso, faltava saber quem assinaria o remate para a glória. Contudo, acabou por ser uma bola atirada para fora por um jogador açoriano, para o 25-14 no 3.º set, que concluiu a final. Aí, a única devolução que houve foi a da Supertaça masculina de voleibol ao Museu Benfica – Cosme Damião.
Homenageados os vencidos com a medalha de prata, e após a equipa encarnada cumprimentar os adeptos que ocupavam a primeira fila da bancada afeta ao Benfica, com Ivo Casas à frente, era então chegada a hora de entregar o ouro aos vencedores.
Numa das imagens mais vistas nos últimos anos na modalidade, o capitão Hugo Gaspar recebeu o troféu, foi para junto dos seus companheiros, ajoelhou-se e... taça ao ar. É nossa!
A Supertaça de voleibol masculino 2023 vai com a equipa orientada por Marcel Matz para Lisboa, e com o Benfica para o mundo.
DECLARAÇÕES
Marcel Matz (treinador do Benfica): "O sentimento é de dever cumprido. Foi ótimo para os jogadores, que trabalharam muito forte nestes dois meses. Pedi-lhes para colocarem na quadra aquilo que fazem dia a dia e eles conseguiram fazer isso, mesmo com a tensão e as variáveis de um jogo que envolve a conquista de um troféu. Fico feliz por mais este título. Estamos no início da temporada e é sempre bom começar a ganhar. Parabéns aos jogadores, ao grupo e a todos os nossos adeptos, cujo apoio é fundamental para esta equipa. Agora é pensar no Campeonato."
Hugo Gaspar (capitão): "Estou muito orgulhoso desta equipa. São anos e anos de domínio de um grupo estável criado nos últimos anos, que tem mantido um nível fantástico. Neste cenário, é fácil levarmos a água ao nosso moinho. No ano passado fomos surpreendidos pela Fonte do Bastardo, a quem deixo uma palavra de apreço pela aposta que faz na modalidade. Vínhamos com este objetivo de desforra e estivemos fantásticos. As Supertaças conquistadas em várias modalidades são fruto das grandes equipas e do grande apoio e condições que temos. Parabéns à Direção, porque está tudo montado para alcançarmos bons resultados."
Peter Wohlfahrstätter (central): "Estou muito feliz! Conquistámos a Supertaça, que era um dos objetivos para esta temporada. Queremos ganhar tudo e este era o primeiro passo para isso. O pavilhão estava muito cheio e é assim que gostamos de jogar."
Ivo Casas (líbero): "Fomos superiores durante todo o jogo e nunca nos sentimos pressionados ou em dificuldades. Foi uma grande exibição da nossa parte e um pouco abaixo da Fonte do Bastardo, mas ainda bem que assim foi. É sempre melhor ganhar e entrar com o pé direito. No ano passado não conseguimos conquistar este troféu, mas lográmos a desforra e isso é uma motivação para a época que se avizinha, que será longa e difícil."
Japa (zona 4): "É sempre bom levantar uma taça. O pavilhão estava cheio de Benfiquistas e não esperávamos que estivesse tão composto. É ótimo poder comemorar com os adeptos. A meio do 3.º set, o Ivo [Casas] comentou que eles não paravam de cantar e isso é muito importante para nós. Agora, é melhorar. Estamos novamente na Champions League e queremos superar todas as expectativas. Depois, queremos chegar muito bem à reta final do Campeonato e da Taça."
Tiago Violas (distribuidor): "Queríamos muito esta taça, após a derrota no ano passado. Estamos muito felizes por conquistar o primeiro objetivo da temporada e vamos com confiança acrescida para os próximos desafios. Hoje [domingo] vamos desfrutar e, depois, é começar a pensar no próximo jogo."
Pablo Natan (central): "Ainda sinto a mão quente! Após perder a Supertaça da última época, queríamos muito reconquistar este troféu. Individualmente, quero colaborar muito com a equipa e os adeptos podem esperar ainda mais de mim."
Benfica-Fonte do Bastardo
3-0
Pavilhão Municipal de Santo Tirso
Formação inicial do Benfica
Tiago Violas, Felipe Banderó, Pablo Natan, Japa, Lucas França, Peter Wohlfahrtstätter e Ivo Casas (L)
Suplentes
Rapha, Bernardo Westermann, Hugo Gaspar, Eduardo Brito, Nuno Marques, Diogo Fernandes e Bernardo Silva (L)
Formação inicial da Fonte do Bastardo
Federico Gómez, Marcão, Matthew Passalent, Eliezer Dutra, Caíque Silva, Francisco Pombeiro e Luciano Massimino (L)
Suplentes
Alejandro Lahoz, Carlos Prieto, Jackson Gilbert, José González, Julián López e Diogo Pacheco (L)
1.º set 2.º set 3.º set
25-17 25-21 25-14

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