sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CUIDADO


Se pensarmos que empatámos com o Boavista, fica um azedume do último fim de semana. Se pensarmos que fechámos a primeira volta com quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto e seis sobre o SC Braga, fica a sensação de que os objetivos podem estar a caminho. A única certeza que poderemos ter é a da dificuldade do que falta, como se viu pela arbitragem de sábado. Fez bem o Benfica em não entrar no coro de choramingas, pois essencial é esperar pela nota, e tirar o incompetente do quadro de arbitragem, e seguir em frente a jogar mais e melhor.
Contra o Leixões cumpriu-se os quartos-de-final da Taça, repleto de curiosidades, mas sem grandes surpresas. Sporting, Académica e Leixões levaram muitos adeptos nas suas deslocações, mas não levaram competência para seguir em frente, rumo ao Jamor. São clubes em que o passado foi melhor que o presente, vivem dificuldades, mas merecedores de saudade e respeito.
Sobre a crise leonina não me alongo muito, mas reitero o que sempre escrevi: Jorge Jesus é muito bom treinador e, para mim, o menos culpado pelo que se passa. Corro o risco de ser o único benfiquista a pensar assim, mas não mudo, Leonardo Jardim era muito bom, Marco Silva era óptimo e também foram os culpados de culpas que nunca tiveram.
Centremo-nos no Benfica,, tema com suficiente dimensão para nos alimentar a alma, e olhemos para uma Taça da Liga com ratoeiras. Primeiro, porque a condição de favorito não marca golos, depois porque cria obrigações e espectativas. Com todos os vencedores da prova em competição a quererem repetir o feito, somamos um ambicioso Moreirense. Tem de ser um Benfica muito focado, com a escolha dos melhores para cada momento, aquele que irá ao Algarve. Queremos somar o segundo título da época no Algarve, mas antes terá de ser o Tondela o alvo de todas as preocupações. Esgotámos com o Boavista o plafond de esbanjamento. Agora é ganhar, ganhar, ganhar...

Sílvio Cervan, in a bola

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