sábado, 31 de março de 2018

A OITAVA COM UMA MARAVILHA


FUTEBOL
O Benfica superou o V. Guimarães por 2-0 na 28.ª ronda da Liga NOS e já vai em oito vitórias seguidas, a melhor série absoluta desta edição da prova.
O Benfica teve de arregaçar as mangas para contornar o V. Guimarães na 28.ª jornada da Liga NOS. Triunfo por 2-0 no Estádio da Luz, com dois golos assinados por Jonas, um em cada período do encontro.
A equipa de Rui Vitória ascendeu assim à liderança (o FC Porto visita o Belenenses na segunda-feira) e alcançou a oitava vitória seguida, a maior sequência absoluta neste campeonato.
Bem arrumado taticamente, o V. Guimarães foi um obstáculo duro na primeira parte. O Benfica encontrou dificuldades de penetração na quase sempre bem preenchida zona defensiva dos vimaranenses, que, com linhas muito próximas nas imediações da sua área, barrou caminhos, congestionou espaços e impediu a equipa benfiquista de explorar a profundidade, sobretudo pelos flancos.
Aos 23’, numa fase em que o V. Guimarães lançou alguns contragolpes e ataques rápidos, mormente pelo corredor esquerdo, Raphinha chegou a tocar a bola para as redes encarnadas, mas o passe para o atacante vimaranense fora feito por Jubal em posição irregular. Infração detetada e livre corretamente assinalado.
Acelerando a circulação de bola na última fase antes de se esgotarem os primeiros 45 minutos, o Benfica também conseguiu acercar-se mais vezes da baliza defendida por Miguel Silva. Numa dessas investidas, conquistou um canto à direita. Na cobrança, Pizzi levantou o esférico para o coração da área e a bola acabou por ser desviada pelo braço esquerdo (no ar) de João Aurélio. Depois de consultar o videoárbitro e de o próprio ver as imagens do lance, Carlos Xistra não teve dúvidas e apontou para a marca dos 11 metros. Na execução do penálti, Jonas foi competente e enganou Miguel Silva: bola para a esquerda, guarda-redes adversário para a direita. 1-0 para o Benfica aos 45’.

A segunda parte do encontro começou com duas ameaças de Grimaldo, em lances em que o Benfica procurou a profundidade com passes para as costas da linha defensiva visitante. No primeiro desses lances Miguel Silva largou os postes e antecipou-se ao lateral espanhol; no segundo, o camisola 3 das águias enquadrou-se e visou a baliza, mas o guarda-redes vimaranense negou o 2-0 ao Tetracampeão.
Por volta da hora de jogo, o Benfica tinha o comando da partida, mas sentia que lhe faltava um golo. Rui Vitória decidiu então mexer nas suas peças, trocando Cervi por Raúl (69’). O objetivo era alongar a equipa nos últimos metros, aproveitando as características do avançado mexicano.
Os encarnados vincaram a supremacia no terreno de jogo e esburacaram em busca de mais um golo, que surgiria ao minuto 78. E que belo golo foi! Zivkovic assumiu a condução por zonas interiores nos últimos metros e entregou a Raúl na esquerda da área. Já perto da linha de fundo, o camisola 9 cruzou… de letra, com o pé direito, aparecendo Jonas a saltar na pequena área e a cabecear para o fundo das redes. Com uma pequena maravilha (de envolvimento coletivo e recorte técnico) o Benfica lacrava o oitavo triunfo consecutivo na Liga NOS, sendo esta também a melhor sequência absoluta de vitórias de qualquer equipa nesta edição da prova.
Jonas, com os dois golos apontados, chegou às 33 finalizações certeiras nesta Liga NOS e bateu o seu recorde no Benfica (32). Com este número, tornou-se também no jogador mais produtivo dos últimos 28 anos, com os mesmos 33 golos rubricados por Mats Magnusson em 1989/90.

DERROTA INGRATA AO CAIR DO PANO…


FUTEBOL
O Benfica B disputou, este sábado, nos Açores a 31.ª jornada da II Liga. Perante o Santa Clara, esteve a perder por 2-0, empatou, contudo, já no período de compensação, os açorianos conseguiram marcar e selar a vitória: 3-2.
O Benfica B disputou, este sábado, nos Açores a 31.ª jornada da II Liga. Perante o candidato à subida de Divisão, o Santa Clara, esteve a perder por 2-0, reagiu e empatou o duelo, contudo, já no período de compensação, os açorianos conseguiram marcar novamente e selar assim a vitória: 3-2.
Duas partes distintas no Estádio de São Miguel! Primeiros 45 minutos com o Santa Clara mais eficaz e a conseguir marcar em duas ocasiões. 11', um contra-ataque finalizado por Fernando a inaugurar o marcador; aos 37’, o 2-0, com João Pedro a cabecear com sucesso para o fundo das redes de Zlobin.
Segunda parte com Hélder Cristóvão a mexer no xadrez e o Benfica B, com uma excelente reação, a conseguir o empate. Aos 54’, Gedson reduziu e, aos 71’, Mesaque Dju a atirar para o 2-2.

Já no período de compensação dado pelo árbitro, aos 90’+4, Paulo Clemente sentenciou num 3-2 final… resultado ingrato!

Com este resultado, o Benfica B mantém a 11.ª posição da geral, com 41 pontos e, na próxima jornada, a 32.ª, desloca-se ao terreno do Penafiel.

TRIUNFO EM MATOSINHOS COM BIS DE JOÃO FÉLIX


FUTEBOL
O Benfica marcou um golo em cada parte na visita ao Leixões (0-2), na 5.ª jornada da fase de apuramento de campeão do Nacional de Juniores, e lidera a competição.
A equipa de Juniores do Benfica venceu o Leixões, em Matosinhos, por 0-2, na 5.ª jornada da fase de apuramento de campeão, e continua sólido na liderança do Campeonato Nacional.
Depois de várias tentativas de para chegar ao golo, que incluíram um remate à barra da baliza adversária ainda antes de se atingir o décimo minuto de jogo, o conjunto benfiquista colocou-se em vantagem aos 37'. Na execução de um pontapé de penálti, João Félix foi superior e assinou o 0-1, resultado com que se atingiu o intervalo.
O segundo tempo principiou praticamente com o reforço da vantagem do Benfica: aos 54', servido por Nuno Santos, João Félix tornou a acertar nas redes, elevando para 0-2.

Perto do último quarto de hora da partida, Nuno Santos teve a possibilidade de rubricar o 0-3, mas falhou um penálti.

Com este triunfo, o quarto em cinco rondas, o Benfica lidera com 13 pontos

INICIADOS ENTRAM COM GOLEADA NA FASE DE APURAMENTO DE CAMPEÃO


FUTEBOL
O Benfica venceu o Ac. Santarém por 5-1.
A equipa de Iniciados do Benfica entrou de forma vigorosa na 3.ª fase do Campeonato Nacional, de apuramento de campeão, batendo a Ac. Santarém por 5-1, no Caixa Futebol Campus.
António Silva, aos 12', lançou a equipa benfiquista para o triunfo; Bruno Santos (32') e João Tomé (39') dilataram a diferença, que seria ainda mais ampla em consequência de dois remates certeiros de Pio (51' e 70').

BENFICA ESTÁ NAS MEIAS-FINAIS DO PLAY-OFF DO TÍTULO NACIONAL


Depois de uma qualificação inédita, a equipa feminina de Basquetebol tornou a fazer história: eliminou as atuais campeãs nacionais – a GDESSA - e está nas meias-finais da competição.
Escreveu-se História! A equipa de Basquetebol feminino do SL Benfica qualificou-se, este sábado, para as meias-finais do play-off do Campeonato Nacional. Depois de uma qualificação inédita para esta fase, as encarnadas – em apenas dois jogos – eliminaram as atuais detentoras do título.
Tem sido uma caminhada a pulso e sempre a crescer. Em 2013/14 dá-se a subida ao escalão principal (Liga feminina) após a equipa se sagrar campeã da 1.ª Divisão ao vencer o Académico FC (73-55). Ora, nas últimas três temporadas as águias quedaram-se sempre nos quartos de final do play-off e em 2017/2018 acontece a qualificação histórica para a fase final da Liga feminina.

E hoje, mais um momento inédito da nossa equipa! Depois de no jogo 1 – disputado no Pavilhão Fidelidade – o Benfica ter vencido as atuais campeãs em título (68-48) – a GDESSA – este sábado, no jogo 2 dos “quartos”, nova vitória, desta feita por 60-61 (17-15, 15-16, 10-19 e 18-11).
Numa eliminatória à melhor de três, nem foi preciso ir à negra… mas foi preciso suar e deixar tudo em campo! Depois de dois períodos muito equilibrados, no Barreiro o intervalo chegou com as anfitriãs a vencerem pela margem mínima: 32-31.
Ora, reentrada fortíssima das águias a conseguirem um parcial de 10-19 e a fecharem o 3.º período na frente: 42-50. Seguiram-se dez minutos impróprios para cardíacos com as duas equipas a darem tudo! No final, o Benfica foi mais eficaz, mereceu-o porque trabalhou muito para isso, e conseguiu vencer por 60-61… um ponto de diferença, um ponto que chegou para colocar as encarnadas nas meias-finais da luta pelo título nacional.
Alinharam de início: Catarina Neves, Joana Ramos, Ladondra Johnson, Dejza James e Filipa Bernardeco. Destaque para as duas melhores pontuadoras da equipa, ambas com 16 pontos – Catarina Neves e a norte-americana Ladondra Johnson.

SÁBADO À BENFICA ABRE COM GOLEADA NO PAVILHÃO!


FUTSAL
Equipa de Futsal do Benfica recebeu e venceu o SC Braga por expressivos 7-0.
Tarde de sábado no Complexo Desportivo da Luz a iniciar-se da melhor maneira, com o Futsal encarnado a vencer a formação do SC Braga por expressivos 7-0. Numa partida referente à 22.ª jornada da Liga Sport Zone, os golos - para todos os gostos e feitios - contam a história de 40’ de sentido único.
Joel Rocha perspetivara uma partida complicada e pedira inspiração e transpiração à equipa… e assim foi, num Pavilhão Fidelidadeao rubro com 1800 adeptos nas bancadas.

Frente ao 3.º classificado, o Benfica não deu hipóteses e transformou o inicialmente difícil em fácil, começando cedo a construir uma vitória robusta e plena de personalidade e ambição.

André Coelho, Afonso Jesus, Bruno Coelho, Tiago Brito e Rafael Henmi assinaram a mão cheia de golos com que terminou a 1.ª parte (5-0). No reatar, mais do mesmo, isto apesar da partida ter baixado de intensidade. Raúl e Fábio Cecílio sentenciaram o jogo num expressivo e vincado 7-0 final.

Com este resultado, o Benfica soma mais três pontos, atingindo os 58, e mantém o 2.º lugar da classificação, atrás do líder Sporting. Com os sete golos apontados, as águias são o melhor ataque em prova, com 118 golos e apenas 33 sofridos.
Formação Inicial: Cristiano, Fábio Cecílio, Bruno Coelho, Robinho e Deives.
A equipa encarnada torna a entrar em quadra no sábado, dia 7 de abril, com uma deslocação ao Pavilhão Municipal de Vila do Conde. O Rio Ave vs SL Benfica, referente à 23.ª jornada da Fase Regular da prova, está marcado para as 18h00.

SÓ O NOSSO JOGO NOS DEVE PREOCUPAR


"Rivalidade é salutar e sadia, uma graça ou picardia são até fundamentais para dar sal e pimenta, mas esta indigência é de mais

Nem em Semana Santa se conseguiu algum tempero no léxico utilizado pelos dirigentes do futebol nacional.
Confesso que as expressões utilizadas, o modo, o estilo e o conteúdo são bem mais tristes e lesivas do nosso futebol, que perder por 3-0 num jogo treino contra um bom adversário. A Argentina levou seis de uma Espanha desfalcada e irá à Rússia com uma intocável vontade de vencer.
A rivalidade é salutar e sadia, uma graça ou picardia até são fundamentais para dar o sal e pimenta sempre necessários, mas esta indigência é demais, ignora-se o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, ou o Presidente da República e os seus avisos, porque, no fundo, só se fala para os presidentes das suas claques.
Este fim de semana volta a Liga e a luta pelos pontos. O Benfica tem um adversário que foi muitas vezes de má memória, mesmo que nos lembre o jogo do último título, no ano transacto. Os 5-0 deram-nos o 36, uma vitória amanhã mostra-nos o caminho do 37.
Temos que estar focados na luz e no nosso jogo, só isso nos deve preocupar. Belém e Braga são contas de outros rosários. Sábado de aleluia, tem que ser isso mesmo, sábado de fé na ressureição da esperança, rumo ao penta. Desejamos um estádio cheio, ambiente que ajude a equipa, num jogo onde ganhar é decisivo. Mais de 60 mil é uma resposta à Benfica.
Os órgãos de comunicação social dão como possível a recuperação de Rúben Dias, e isso será uma óptima notícia. Vão ser precisos todos os melhores para vencer o Vitória de Guimarães, saído de umas eleições disputadas e sempre com a pressão de vencer.
Procurar o que queremos do jogo, e não ficar à espera que o jogo nos dê o que queremos, é a atitude à Benfica para evitar desaires.
Rui Vitória conhece como ninguém o que irá encontrar do outro lado. Neste Benfica só há margem para vencer.
Nota de merecido destaque na última semana desportiva para a prestação de João Sousa no Masters 1000 de Miami. De regresso aos bons resultados e excelentes exibições que fazem prognosticar uma segunda metade de temporada com uma ascensão no ranking ATP.
Uma Boa Páscoa para todos os leitores de A Bola."

Sílvio Cervan, in A Bola

JOGO LIMPO - BENFICA TV HD - 30 MARÇO 2018

                                           

PRIMEIRAS PÁGINAS


O ESTÁDIO É, DE NOVO, SÓ DOS BENFIQUISTAS!


"Pelo que tenho ouvido de muitos Sócios e de tantos outros adeptos e simpatizantes do Benfica, ao discursar na cidade da Praia da Vitória, na linda ilha açoriano da Terceira no passado fim de semana, o presidente Luís Filipe Vieira terá, porventura, feito uma das suas mais impressivas declarações dos últimos tempos: '-... o Benfica irá libertar todas as garantias (financeiras) que existiam dentro dessa instituição (bancária), inclusive o Estádio da Luz, que passará a ser do Grupo Benfica, sem nenhuma hipoteca'. Escassos quinze anos depois daquela (mesma) quarta semana do mês de Março de 2003, em que nos reuníamos para o derradeiro jogo da Velha Catedral (vencendo por 1-0 o Santa Clara, dos Açores), os Benfiquistas veem, já muito perto, o feliz dia em que agora voltará a ser plenamente seu o novo Estádio. Na nossa história, o antigo Estádio do Sport Lisboa e Benfica constituiu, primeiro, um remoto desígnio demoradamente sonhado; e, depois, o objectivo longamente executado e construído em família, à medida do poderoso desenvolvimento sustentado de que o Clube se foi alimentando progressivamente, com crescentes ambições sempre tomadas realidade. O novo Estádio representaria, logo após a viragem do século, toda uma outra saga, cumprida de um só fôlego, desenhado e logo consubstanciado por dois homens obstinados e incomuns - Mário Dias, o sábio construtor, incansável, e Luís Filipe Vieira, o corajoso empreendedor, arguto e visionário. Se, evidentemente, o Benfica é hoje muito mais do que o seu estádio, visto que começa no coração e se mantém no espírito de cada um de nós - milhões de mulheres e homens geograficamente tão dispersos em toda a parte e por todo o mundo, mas em conjunção indestrutível, a corporizar uma mesma ideia-forte - este conceito do que é, para nós e para Portugal, o Estádio da Luz, o Estádio do Benfica, representa fisicamente muito mais do que qualquer outro equipamento ou instalação patrimonial e constitui o símbolo maior da própria indestrutível união e do amor-próprio dos Benfiquistas. Assim, ao confirmar-nos que, por fim, o nosso Estádio volta a ser, de novo, a nossa Casa comum, só dos Benfiquistas, agora sem intermediários, nem parceiros, sem riscos e sem dúvidas nem dívidas, o presidente Vieira cumpre, mais uma vez, muito, muitíssimo, do que é o próprio Benfiquismo!"

José Nuno Martins, in O Benfica

ONDE LHES DÓI


"Como diria Sérgio Godinho, amanhã é o primeiro dia do resto do campeonato.
Agora é sempre em frente, semana a semana, sem pausas estapafúrdias para jogos amigáveis das selecções. Um mês e meio, sete jornadas, sete jogos para vencer e para nos levar ao sonhado 'Penta'. Em condições normais, após quatro títulos consecutivos, a relevância do quinto seria relativa - até porque, em desporto, ninguém pode ganhar sempre.
Os ataques que nos têm movido, as constantes provocações de que temos sido alvo, e o mal que nos têm tentado fazer ao longo da temporada, alteraram, porém, essas circunstâncias, e, pelos piores motivos, transformaram este num dos mais importantes campeonatos dos últimos anos.
Tal como diz o nosso Presidente, os sucessos do Benfica não são contra ninguém. Mas também é verdade que onde melhor sabemos responder àqueles que nos querem mal é dentro do campo, com golos, com vitórias e com títulos. É precisamente essa a resposta que mais lhes dói, e também a que mais temem. Há que dá-la nos relvados, e demonstrar a toda a gente que não nos conseguem abater com facilidade. Se pensarem desunir-nos, irão verificar que o tiro lhes saiu pela culatra. Estamos unidos, fortes e decididos a triunfar uma vez mais. Decididos  levar o nosso querido clube a mais um título nacional.
Vamos ganhar ao V. Guimarães, e depois ao V. Setúbal, ao FC Porto, ao Estoril, ao Tondela, ao Sporting e ao Moreirense. É tudo o que precisamos.
Não é pouco. Não é fácil. Mas com a força da nossa união a empurrar a equipa, iremos certamente consegui-lo.
O 'Penta' está lá ao fundo, a chamar por nós. Avancemos!"

Luís Fialho, in O Benfica

sexta-feira, 30 de março de 2018

ATÉ QUANDO?


"Há muitos anos que uns quantos, poucos, têm chamado a atenção para a estrutura desequilibrada da maior competição desportiva nacional e consequências daí resultantes. Na verdade, a principal Liga de futebol sofre de um desequilíbrio tão a acentuado do ponto de vista económico-financeiro que torna impossível um equilíbrio desportivo real. Continuamos a não querer perceber que sem o aumento de receitas das equipas médias e pequenas não se consegue promover o desenvolvimento da competição. Em Portugal, as receitas dos direitos televisivos entre clubes grandes e médios é 15 vezes menor para os médios. Para os mais pequenos a diferença é ainda maior. Na Europa desenvolvida ninguém tem este desequilíbrio, no máximo 4,7 (Chipre) e no mínimo 1,2 (Áustria). Mantendo-nos orgulhosamente sós e sem centralizarmos os direitos televisivos.
Relacionando este quadro de receitas televisivas, as mais importantes para a maioria dos clubes, com as receitas proporcionadas com transferências de jogadores e as provenientes directamente dos adeptos, ainda mais aumenta o fosso entre os concorrentes. Se pelo lado dos maiores é possível resolver algumas situações pela perspectiva da despesa, isso torna-se impossível no caso dos mais pequenos. Estes só o conseguem pelo lado da receita. Receitá que está limitada por não existir uma negociação colectiva num negócio que se devia gerir como cartel e nunca como monopólio. Sem um entendimento nesta matéria, não é possível melhorar a qualidade da competição e do jogo; não temos condições estruturais para que isso aconteça. Há equipas que jogam a sua sobrevivência nesta altura da época, e que fazem dessa luta a sobrevivência do próprio clube. Estamos num círculo vicioso, tanto mais grave quando mais grave se torna o clima de violência verbal existente. Sem aumento de receitas para os que têm menos nunca se conseguirá melhorar a nossa Liga. A causa não é única, mas é a decisiva!"

José Couceiro, in A Bola

O BOTÃO DA AUTODESTRUIÇÃO


"George Best foi um dos melhores jogadores de futebol de sempre, Norte-irlandês de nascimento, era tão fanático pelo futebol que nem a chuva impiedosa de Belfast o impediam de passar dias inteiros na rua com os amigos e, não satisfeito, a dormir com a bola. Com 15 anos, foi descoberto por um olheiro do Manchester United e não demorou muito a chegar à primeira equipa - dois anos depois, já lá estava. Tudo nele era atracção. Desde a fisionomia até aos cabelos compridos, passando pela forma enleada como passava pelos adversários, deixando-os desesperados pela impotência de o travar. Na loucura dos anos 60, foi considerado o quinto Beatle. Esteve nove anos na primeira equipa dos red devils, ganhou campeonatos de Inglaterra e uma Taça dos Campeões Europeus, em 1968, frente ao Benfica.
Nove anos podem ser muito ou pouco tempo, dependendo sempre da perspectiva. Mas foi ao suficiente para se criar uma lenda imortal. Depois de Manchester, foi sempre a descer, mas ainda com tempo para ganhar fama nos Estados Unidos. No entanto, o talento não foi o suficiente para lhe alimentar o ego e também o regou com muito álcool, imenso álcool. Pouco antes de morrer, deu uma entrevista deliciosa a Rogério Azevedo, em A Bola. «Em 1969 deixei as mulheres e o álcool. Foram os piores 20 minutos da minha vida», disse. Pouco depois, em Novembro de 2005, aos 59 anos, não resistiu a uma falência orgânica múltipla consequência de anos de alcoolismo.
Num excelente documentário produzido pela ESPN, reproduzido pela A Bola TV, um jornalista descreveu-o de forma singular: «Best nasceu com os botões de talento e o da autodestruição. Decidiu passar mais tempo com o da autodestruição ligado». Quando esta frase surgiu no ecrã, fiz uma analogia quase directa com o futebol nacional. Talento temos a rodos. Quando é que deixam de premir o botão da autodestruição?"

Hugo Forte, in A Bola

BENFICA DERROTADO EM GUIMARÃES


Vitória local triunfou por 87-77.
Uma semana depois de ter vencido no clássico com o FC Porto, o Benfica somou a primeira derrota na segunda fase do campeonato nacional de basquetebol, ao perder por 87-77 na visita ao reduto do V. Guimarães.
Miguel Cardoso, com 21 pontos e 5 assistências, foi o elemento em evidência nos minhotos, que ainda contaram com boas atuações de Roderick Nealy (15 pontos e 9 ressaltos) e Devaugnthah Williams (14 pontos e 5 ressaltos). Do lado das águias, João Soares foi o jogador mais esclarecido, com 22 pontos e 8 ressaltos, registos insuficientes para impedir o desaire encarnado no Minho.
Com este resultado, o Benfica é apanhado pela Oliveirense no topo da tabela, ambas as equipas com 46 pontos. O V. Guimarães, por seu turno, sobe a quarto, agora com 39.
                       

“IMPOR AS NOSSAS DINÂMICAS E FORMA DE JOGAR”

                                           
FUTEBOL
O treinador do Benfica, em conferência de Imprensa, deu a receita para levar de vencida o V. Guimarães.
O treinador do Benfica, Rui Vitória, anteviu, em conferência de Imprensa, o jogo com o V. Guimarães da 28.ª jornada da Liga NOS agendado para as 18h15 de sábado, no Estádio da Luz. Não se mostrou assustado com a pausa no Campeonato devido aos jogos das seleções, pois há sempre pontos positivos a extrair.
“Sou otimista. Este tipo de paragens são benéficas, porque se não ganhamos umas coisa, ganhamos outras. Tivemos uns jogadores mais jovens a trabalhar connosco, permitiu acelerar processos par alguns jogadores, acertámos aspetos do nosso jogo, estivemos com as nossas famílias… Recomeça a competição, estamos prontos para ela. Queremos, com o estádio cheio com um bom adversário, ganhar o jogo”, disse.
Salvio está de regresso às convocatórias e Rúben Dias também já está totalmente recuperado.
“Os dois jogadores vão estar convocados. O Salvio, um regresso; o Rúben nunca saiu das convocatórias”, revelou.
José Peseiro, treinador dos vimaranenses, considerou que o Benfica está na melhor fase da temporada. Rui Vitória concordou em parte e explicou a razão para tal acontecer.
“Concordo com o Peseiro quando fala dos 11 jogadores, porque estes são bons jogos para se jogar. Jogar na Luz não é fácil. Em relação ao momento… existe há algumas semanas essa questão. Temos vindo a trabalhar da mesma forma, jogadores com determinação enorme. O que salta à vista é o trabalho dos jogadores que não têm jogado tanto. Os jogadores que não têm jogado estão a dificultar a tarefa de quem tem jogado mais. Isso é que faz com que haja um bom momento. Amanhã é outro jogo e é assim que pensamos esta caminhada”, considerou.
O treinador dos minhotos falou em organização defensiva como ponto fulcral para trazer um resultado da Luz. O técnico dos encarnados não acredita num V. Guimarães demasiado defensivo no jogo.
“Não depreendo isso. Reconheço que vamos defrontar uma equipa… conheço o perfil do V. Guimarães e conheço as equipas do José Peseiro. É uma equipa que vem discutir o jogo, vai ter preocupações defensivas, mas vai ter de atacar, porque tem bons jogadores no ataque. Vai ser uma equipa com personalidade. Resta-nos perceber as virtudes do V. Guimarães, saber como contornar esses obstáculos e impor as nossas dinâmicas e a nossa forma de jogar de uma forma convicta. É o que espero. Fazer uma ressalva em relação ao V. Guimarães: uma campanha eleitoral com mais de 7 mil pessoas a votar é de um associativismo e de uma ligação de uma cidade a um clube que me apraz registar”, elogiou.
Na antecâmara do jogo com o V. Guimarães recordou-se o facto de José Peseiro ter sido o último treinador adversário a derrotar o Benfica na Luz para a Liga NOS.
“Não ligo nada a essas questões. Isso não nos vai dar vitórias ou derrotas. Isso não influência o jogo. A história, os recordes… Este jogo terá a sua história, uma vida própria e não há paralelismos. Teremos de ter racionalidade e intensidade”, sublinhou.
Sobre a notícia de uma possível reunião dos capitães de equipa dos emblemas que integram a Liga NOS para discutir os problemas do futebol português, Rui Vitória pouco disse, mas deixou um alerta: “Não me quero pronunciar muito sobre isso. A realidade do nosso futebol, nesta época, tem sido difícil em que o futebol tem passado para segundo plano, ou terceiro ou quarto. As pessoas com responsabilidade têm de colocar a mão na consciência, a modalidade tem de ser defendida. Os jogadores e treinadores têm-se respeitado dentro de campo. As pessoas que se sentem à mesa e reflitam sobre o que se passa. Há menos audiências, menos vendas nos jornais, as rádios acompanham menos jogos. Ninguém pensa nisso? Não quero focos nessa matéria até ao fim do campeonato.”
Caso ganhe o jogo, o Benfica passará a noite na liderança da classificação, mas Rui Vitória desvalorizou esse facto.
“É irrelevante, porque jogamos para nós, para o nosso desempenho. Não contamos com os resultados dos outros, porque não controlamos nada dos outros jogos. Com o V. Guimarães há uma nova final e vamos atrás dela para vencer”, frisou.
No jogo da primeira volta, no Estádio Dom Afonso Henriques, iniciou-se o 4x3x3 que tem sido preconizado pelo Benfica na Liga e isso foi recordado na conferência de Imprensa.
“Alterámos nesse jogo a nossa forma de nos dispormos em campo. A realidade é que, até contra algumas opiniões, temos dado conta do recado com rendimentos a subir, dinâmicas a melhorar, organização ofensiva e defensiva a melhorar. Com uma vantagem muito grande que é passar de uns sistemas táticos para outros, porque os jogadores têm qualidade, estão disponíveis para a competição e percebem uns e outros sistemas. Isso ajuda. A realidade é que estabilizámos esta forma de jogar a partir daí, os jogadores têm essa forma de jogar esclarecida e os adversários também conhecem, mas não quer dizer que se controle. Temos vindo a utilizar. Vamos ver até final”, disse.
Questionado sobre o facto de, ao longo da carreira, as equipas orientadas por Rui Vitória começarem menos bem e acabarem as épocas em boa forma, o treinador das águias explicou: “Não diria que é exatamente assim, mas tem alguma dose de razão. Quando organizamos a época pensamos numa série de aspetos. Não tenho nenhuma intenção de fazer um pico de rendimento. Há uma tentativa de estabilização de rendimento, mas o futebol é fértil em vários aspetos: as férias, o período de férias, quando começa a época, as seleções. E, por vezes, não é fácil conciliar tudo. Tenho refletido sobre o nosso trabalho ao longo deste tempo, mas não perco muito tempo. Aconteceu? Agora vamos à procura de melhorar, porque o importante é boa classificação, ganhar e somar pontos.”
A presença de Eduardo Salvio, após lesão, é a principal novidade entre os convocados do Benfica para a partida frente ao Vitória de Guimarães.
O central Rúben Dias também recuperou da respetiva lesão e está em condições de ajudar os encarnados frente aos vimaranenses.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Svilar e Bruno Varela;
Defesas: Grimaldo, Luisão, Jardel, André Almeida e Rúben Dias;
Médios: Fejsa, Samaris, Zivkovic, Salvio, Pizzi, Cervi, Rafa, Diogo Gonçalves e João Carvalho;
Avançados: Raúl Jiménez, Jonas e Seferovic.


BOLETIM CLÍNICO
FUTEBOL
Rui Vitória, treinador do Benfica, não pode contar com um jogador por motivos físicos para o jogo com o V. Guimarães, da 28.ª jornada da Liga NOS.
BOLETIM CLÍNICO
Krovinovic: status pós cirurgia a rotura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.

1 SEMANA DO MELHOR - BENFICA TV - 30 MARÇO 2018

                                           

SEGUNDA PARTE DESINSPIRADA DITA DERROTA NA DÉRBI LISBOETA


ANDEBOL
SL Benfica e Sporting CP disputaram, esta sexta-feira, a 2.ª jornada da Fase Final do Campeonato Nacional de Andebol. Vitória para os leões, por 24-29.
Sport Lisboa e Benfica e Sporting CP mediram forças esta sexta-feira, à passagem da 2.ª jornada da Fase Final do Campeonato Nacional de Andebol. Depois de uma primeira parte pautada pelo equilíbrio, uma segunda metade desinspirada por parte das águias permitiu aos leões saírem da Pavilhão n.º 2 da Luz com a vitória (24-29).
Com um Pavilhão n.º 2 ao rubro, o Benfica entrou bem no jogo e esteve em vantagem até muito perto dos 20 minutos, momento em que os leões passaram para a frente (6-7). Primeira parte equilibrada, com muita luta e intensidade, com os leões a chegarem ao intervalo com uma vantagem de somente dois golos (10-12).
Tudo em aberto e mais meia hora de emoções… Reentrada fortíssima do Sporting, a cavar um fosso de 7 golos. O Benfica reagiu, reduziu, contudo, algumas falhas na Hora H, alguma falta de inspiração e sorte, e um guarda-redes leonino com uma grande exibição, não permitiram às águias a obtenção dos seus intentos.
intentos.
Derrota, por 24-29, com o Sporting a isolar-se na classificação, não obstante, esta foi apenas a segunda ronda e há ainda muito Campeonato pela frente! Tudo em aberto!
Marcadores: Bélone Moreira (7), Alexandre Cavalcanti (4), Tiago Ferro (2), Paulo Moreno (3), Pedro Seabra (3), João Pais (1), André Alves (2), João da Silva (1) e Ales Silva (1).
Na próxima jornada, a 3.ª desta Fase Final, o Sport Lisboa e Benfica defronta a formação do Avanca. Esta partida está marcada para as 21h00 de quarta-feira, dia 11 de abril, no Pavilhão Adelino Costa (Aveiro).

RECITAL DE HÓQUEI EM PATINS TERMINA COM GOLEADA DAS ANTIGAS!


HÓQUEI EM PATINS
A equipa feminina do Benfica venceu a formação da Vila Boa do Bispo por 20-0. É, até ao momento, a maior goleada da temporada.
Sport Lisboa e Benfica e Vila Boa do Bispo mediram forças, esta sexta-feira, à passagem da 5.ª jornada da Fase Final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Um verdadeiro recital das encarnadas terminou com uma goleada por 20-0… à antiga!
Foi um jogo praticamente sem História, um jogo em que os golos – para todos os gostos e feitios – foram o mote! Vinte golos sem resposta marcaram as comandadas de Paulo Almeida, numa goleada que é, até ao momento, a maior da temporada.
Ao intervalo o Benfica já vencia por taxativos 8-0, números dilatados para as duas dezenas finais. Marlene (9), Rita Lopes (5), Maca (4) e Raquel Abreu (2) assinaram os golos encarnados.

O Benfica alinhou de início com Sandra Coelho, Marlene Sousa, Inês Vieira, Rita Lopes e Rute Lopes.
Com este resultado o Benfica soma 12 pontos e continua invicto na liderança da prova. As águias tornam a entrar em quadra no sábado, dia 7 de abril, com uma receção à formação da AD Sanjoanense. Esta partida é referente à 3.ª jornada da prova (em atraso) e tem início às 18h00, no Pavilhão Fidelidade.

PRIMEIRAS PÁGINAS


quinta-feira, 29 de março de 2018

AQUECIMENTO BENFICA TV HD :: 29 MARÇO 2018

                                           

BENFICA EM 2.º LUGAR NA TAÇA EUROPEIA DE FUTSAL FEMININO


FUTSAL
No ano de estreia na prova, as encarnadas só caíram na final perante as espanholas do Atlético Madrid. Derrota, por 5-2, mas lutaram até ao fim e honraram a camisola numa caminhada a todos os níveis prestigiante.
A equipa de Futsal Feminino do Sport Lisboa e Benfica terminou, esta quinta-feira, a sua participação na Taça Europeia. Numa prova prestigiante – com o apoio da FIFA - o Benfica só caiu na final (derrota por 5-2), perante as espanholas do Atlético de Madrid, ficou no 2.º lugar… e logo no ano de estreia.
Reunidas na Holanda as campeãs nacionais dos seis países da Europa com maior força na modalidade, durante os últimos dias houve Futsal Feminino a sério com jogos de elevada qualidade tática e técnica, para todos os gostos e feitios!

O Benfica, Campeão Luso, ficou na Poule A e eliminou as holandesas do Drachtster Boys e as italianas do Ollimpus-Roma, garantindo, com toda a justiça, um lugar na grande final da prova. Do outro lado, as espanholas do Atlético Madrid – detentoras do troféu – e que deixaram para trás, na Poule B, as russas do MosPolytech (Rus) e as ucranianas do WFC- `IMS`.

Grande duelo ibérico em perspetiva e as expetativas não foram defraudadas!
À semelhança da partida de ontem, as encarnadas não entraram bem no jogo e, perante a experiente e profissional formação espanhola, acabaram por averbar quatro golos sem resposta. Um 4-0 pesado, resultado que vingou até aos 32 minutos…

Ora, se houve quem deitasse logo aí a toalha ao chão, não foi o caso das nossas meninas! Com oito minutos para jogar, numa exibição de raça – e já com as pernas a pesar dos três jogos consecutivos em três dias perante o descanso de ontem das adversárias – o Benfica carregou com tudo em busca da reviravolta.
Aos 32’, Nina rematou para o primeiro do Benfica e, aos 36’, repetiu a dose, colocando o marcador em 4-2! Empurradas pelos fantásticos adeptos Benfiquistas nas bancadas que se ouviram de princípio ao fim, e já a jogar em 5x4 num tudo por tudo final, as águias lutaram e deixaram tudo em quadra… Contudo, aproveitando a baliza deserta, aos 38’, Delgado rematou para o 5-2, um golo que – aí sim! – matou as aspirações encarnadas!
O Benfica termina no 2.º lugar, no ano de estreia da equipa na Taça Europeia, rubricando uma caminhada a todos os níveis prestigiante e dignificante. Honraram a camisola!
As atenções centram-se agora nas provas nacionais! Depois da conquista da Supertaça e da Taça de Honra, segue-se a luta pelo Campeonato Nacional e Taça de Portugal.

TRÉS ACUSAÇÕES E UMA CONCLUSÃO


"Quando Bruno de Carvalho chama trolha a António Salvador, julgo que a sua ideia não é a de considerar o presidente do SC Braga alguém que tem o mérito de alisar as imperfeições dos outros. Porém, sem que muito provavelmente o presidente do Sporting disso, sequer, suspeite, trolha, ou seja, a mais vulgarmente conhecida como colher de pedreiro, é um símbolo maçónico respeitado, precisamente porque tapa irregularidades de um muro ou de uma parede, torna-se lisa, apaga-lhe as zonas rugosas, prepara-a para pintura que a torna mais bonita para o mundo.
Admito, também, que ao juntar, no que pensaria ser um impropério, o termo labrego, Bruno de Carvalho não terá pensado no substantivo que define um outro utensílio de grande utilidade e que, segundo o arcaico mas ainda válido dicionário da língua portuguesa da Porto Editora, significa um género de arado que abre bem os sulcos e limpa a terra das raízes.
Ambas as suposições de que pode estar ausente uma ideia de bondade, gentileza ou elogio por parte do leonino presidente, é a que advém do facto de ter somado, às anteriores, a acusação de aldrabão, que não dá lugar a dúvidas, porque escolher entre trapalhão, impostor, trapaceiro ou mentiroso venha o diabo e escolha.
Assim sendo, é certo que o que Bruno de Carvalho quis mesmo chamar a António Salvador, seu homólogo e seu colega, enquanto também presidente de um clube de futebol, foi o que de mais pejorativo esses termos encerram. O que deixa o autor das brutais referências em sério risco de se tornar um incivilizável, ou seja, «alguém que não é susceptível de civilização»."

Vítor Serpa, in A Bola

ANÁLISE ATUALIDADE SL BENFICA - BENFICA TV HD - 29 MARÇO 2018

                                           

PORTUGAL UMA VERGONHA


"Uma vergonha de jogo que teve uma segunda parte a arrastar-se e que acabasse o mais rápido possível. Um jogo para esquecer que põe em causa a moral de Portugal e de Ronaldo que vinha embalado de uma série de jogos sempre a marcar.
Fernando Santos já fez muito pela selecção portuguesa, mas não pode começar a inventar. Quem é campeão europeu tem responsabilidades acrescidas. Fernando Santos sempre foi melhor gestor de jogadores e de egos, do que treinador propriamente dito. Os seus critérios na feitura da selecção contra a Holanda foi desconexo. Não se pode jogar sem um trinco de raiz.
Portugal já não é uma equipa qualquer, tem que ter o realismo de se apresentar com profissionalismo e prestigiar o seu nome.
Foi um jogo que se tornou um suplício para quem foi campeão europeu e, é só, o 3.º do ranking Mundial! Achei este jogo uma vergonha, uma humilhação, uma desgraça, um enxovalho e um embaraço.
A expulsão de João Cancelo ficando Portugal com 10, tirou qualquer veleidade de recuperar do 0-3. A falta de João Cancelo no meio-campo mostra desorientação e ausência de traquejo para estas andanças. Jogar no Inter de Milão não é porta de entrada para esta selecção.
O ânimo da selecção foi destruído. A vitória nos minutos finais contra o Egipto levantou a moral, porque o jogo em si, mostrou Portugal com muitas debilidades.
Pepe faz muita falta para ordenar a nossa defesa. Este jogo de preparação é um aviso sério que as coisas têm que mudar para Portugal não chegar à Rússia e ser esmagado.
A primeira parte foi uma humilhação em jogo jogado que não me recordo de ver Portugal tão pequenino, e nós portugueses passarmos por isto.
João Mário e Adrien têm jogado pouco e não estão com ritmo de jogo. Manuel Fernandes esteve ausente do jogo. Será importante para a integração da nossa selecção em Moscovo, mas tem que mostrar a sua utilidade, de outro modo, não se justifica.
Ronaldo merece uma equipa melhor e à sua imagem. Portugal tem que fazer uma gestão de continuidade e deixar-se de experiências sem sentido. Contra o Egipto foi o que se viu e só o santo Ronaldo nos livrou de perder.
Fernando Santos tem que deixar de inventar e apostar na equipa de sempre. As mudanças drásticas não são boas conselheiras. Em relação ao jogo, uma referência às bancadas com enormes clareiras, à invasão de campo de vários adeptos para tirar uns selfies e dar uns abraços a Ronaldo.
Jogou-se na Suíça para os nossos queridos emigrantes, mas parece que não resultou de todo.
Um dia, para esquecer e esperemos que as coisas mudem para melhor. Fernando Santos é engenheiro não é inventor, um engenheiro tem que ser pragmático e eficiente
Abdiquemos de experiências e honremos e prestigiemos a nossa selecção com os melhores jogadores. Espero que não passemos de campeões europeus a simples figurantes no Mundial. A Portugal exige-se atitude, concentração e postura. O que se viu foi invenção, amadorismo, desalento, falta de garra e intensidade."

ANTES DA RÚSSIA, PORTUGAL


"Os maiores clubes continuam a acumular dívida com o silêncio ensurdecedor das autoridades financeiras, como a CMVM.

Inter Selecções
Uns dias de pausa no futebol de clubes, preenchidos por muitos jogos amigáveisde selecções que vão ou que gostariam de ir ao Mundial de Putin. Uma oportunidade para mais uma mão-cheia de neófitos internacionais que, de outro modo, nunca lá chegariam apesar da inflação urbi et orbi de seleccionados. E também um momento para fingir pequenas mazelas que impeçam o desgaste de alguns jogadores em jogos a feijão, certamente em implícita coordenação entre os seus clubes e as suas selecções...
Tenho para mim que estes jogos são dispensáveis. Formam-se onzes que nunca serão os titulares nos jogos a doer. Fazem-se experiências que talvez fosse melhor realizar no recato dos treinos. Nestas duas partidas suíças viram-se resultados de tanta fartura experimental. Contra  Egipto (desfalcado do p), ainda tivemos Ronaldo e Quaresma para disfarçar a pobreza do jogo. Contra a Holanda, vieram ao de cima os problemas com a nossa defesa maioritariamente pré-reformada e a notória ausência de um ponta-de-lança matador que, notoriamente, nunca serão André Silva ou Paciência.
Quanto ao contributo do Benfica, registo aqui a presença de 36 atletas formados no Seixal e distribuídos por todas as selecções que actuaram durante estes últimos dias (sub-17, sub-19, sub-20, sub-21 e selecção A). É um impressivo sinal do investimento sustentado e progressivo da política de formação do clube e uma garantia de futuro promissor nos vários escalões futebolísticos. No entanto, quanto à selecção principal apenas o jovem Rúben Dias foi escolhido, sendo, neste vasto lote de seleccionados, algo estranha a não inclusão de Pizzi e André Almeida.

O nosso futebol em pinceladas
Em boa hora, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a consultora EY (Ernest & Young) estabeleceram uma parceria estratégica com vista à elaboração de um anuário sobre a sustentabilidade do Futebol Profissional em Portugal.
A semana passada foram conhecidos os dados relativos à época desportiva 2016/17. Um documento bem ilustrativo e que nos possibilita um enquadramento bastante adequado sobre o panorama do futebol português. Se a este estudo acrescentarmos a comparabilidade com o restante futebol europeu que nos foi revelado num exaustivo documento da UEFA em Janeiro passado, temos um magnífico suporte para analisar e reflectir.
Evidentemente que só a sua leitura mais aprofundada nos dá uma integral fotografia, pelo que, aqui e agora, me limito a chamar a atenção para alguns aspectos.
O nosso futebol profissional (Liga e Liga 2) contribuiu com 456 milhões de euros para o Produto Interno Bruto, ou seja, 0,25% da riqueza nacional, por via de infra-estruturas, emprego e impostos directos. Este valor significa um notável acréscimo de 44% relativamente à época anterior. Claro está que seria largamente superior se a ele adicionássemos os impactos indirectos, em sectores como o turismo, os transportes, a comunicação e as apostas desportivas. Em qualquer caso, é apreciável o seu quinhão para a felicidade nacional bruta a preços de mercado e o facto de ser um actividade em que exportamos, com qualidade, vitórias, jogadores e técnicos.
As SAD geraram 680 milhões de euros em volume de negócios, o que significou um aumento de 31% face à época anterior, em fatia importante devido ao substancial aumento dos direitos de transmissão e à presença do SLB nos quartos-de-final da Champions. A disparidade entre os dois campeonatos é enorme: a Liga foi responsável por 97% do, o que evidencia o fosso que a separa da Liga 2 (3%), malgrado a intensa competitividade desta última.
Quanto a algumas dessas receitas, o quadro é ilustrativo e fala por si:

Receitas (em milhões de euros)
Liga: 157 (Direitos dos Atletas); 120 (Direitos Televisivos); 72 (Participação em Competições); 67 (Actividade Comercial); Total = 416
Liga 2: 6,7 (Direitos dos Atletas); 4 (Direitos Televisivos); 1,3 (Actividade Comercial); 1,1 (Estado e outros); Total = 13,1
Direitos dos Atletas: 163,7; Direitos Televisivos: 124; Participação em Competições: 72; Actividade Comercial: 68,3; Estado e Outros: 1,1; Total = 429,1

Olhando para a assistência aos jogos, a média na Liga foi de 11726 espectadores, o que traduz uma ocupação de 48% da lotação global dos estádios. Evidentemente que esta média não revela o brutal desequilíbrio entre os grandes, a que se juntam num plano seguinte o Vitória de Guimarães e o Sp. de Braga, face a todos os outros clubes. Registe-se a posição do Benfica que, segundo o relatório da UEFA, atinge o 9.º lugar europeu com uma média de 55952 espectadores, à frente de clubes como o Manchester City, Liverpool, PSG, Atlético de Madrid e todos os clubes italianos.
Já na Liga 2, a média de espectadores por jogo apenas chegou a um valor reduzido de 1081 pessoas, ou seja, 20% da utilização dos estádios.
Benfica, FC Porto e Sporting concentraram 76% da globalidade das receitas totais e 79% das despesas globais. Esta assimetria tem-se acentuado em todos os vectores. Aqui apenas destacaria a enorme diferença entre os seus direitos televisivos que são 14,9 vezes maiores dos que os que são detidos pelos clubes a meio da tabela, conforme nos indicou o relatório da UEFA a que atrás aludi e que pode ser explicado no gráfico em anexo.

Receitas de TV dos grandes clubes 'vs.' clubes médios
Áustria: 1,3x
Inglaterra:1,3x
Suécia: 1,8x
Suíça: 1,9x
Roménia: 1,9x
Polónia: 1,9x
Bélgica: 2,1x
Alemanha: 2,3x
Rússia: 2,3x
Noruega: 2,3x
França: 2,4x
Escócia: 2,5x
Dinamarca: 2,7x
Turquia: 2,8x
Itália: 3,3x
Holanda: 3,7x
Grécia: 3,8x
Espanha: 4,x
Chipre: 4,7x
Portugal: 14,9x
- Em Portugal os principais clubes ganham quase 15 vezes mais que os outros emblemas.

A dívida total das SAD (empréstimos obrigacionistas obtidos) chegou a 1203 milhões de euros (cerca de 0,7% do PIB), mais 14% do que na época anterior. O custo com os juros atingiu 43 milhões de euros, dos quais 96% dizem respeito aos 3 maiores clubes.
A despesa total aumentou 6% e atingiu 585 milhões de euros, muito influenciada pelo pagamento de salários mais elevados a atletas, treinadores e funcionários dos clubes, com os três grandes e serem responsáveis por 79%.
A rubrica de gastos com pessoal subiu 12%, o dobro do aumento da totalidade da despesa. O salário médio mensal que resulta da divisão do valor anual por 12 meses na Liga foi de 16460 euros, valor com um elevadíssimo desvio-padrão em razão da sua concentração nos principais clubes. Já o salário médio mensal dos treinadores foi de 8366 euros e o dos funcionários de 3104 euros, também bem acima da média nacional.
O rácio de solvabilidade teve uma evolução positiva, passando de -2% para 31%, tendo 15 das 18 sociedades apresentado resultados líquidos positivos durante o período, num total agregado de €58 M.
Apesar desta boa notícia, que bom seria que não fosse meramente conjuntural, os maiores clubes continuarem a acumular dívida e passivo ou a antecipar proveitos futuros (algumas vezes, bem para além do mandato eleitoral), com o silêncio ensurdecedor das autoridades financeiras, como a CMVM. Houvesserating e, por certo, ver-se-iam gregos (até mais do que portugueses) na escala das letrinhas que, implacavelmente, as agências de notação lhes assinalariam.
Em suma, assuntos para reflectir profundamente num tempo em que o poder nos clubes ainda se alimenta de quimeras, emoção e do chutar para a frente as dificuldades. E quem se atreve a exprimir um assomo de maior racionalidade e sã contenção arrisca-se a ser proscrito pela sofreguidão da impaciência do resultado do jogo seguinte.

Contraluz
- Aposta: Os jogadores dispensados da Selecção por lesão estarão aptos no fim de semana. Formidáveis recuperações por milagrosa receita!
- Feito: Gibraltar
Desde que, artificialmente, foi admitido na FIFA em 2016, o rochedo britânico alcançou a sua primeira vitória. Venceu por 1-0 a báltica Letónia! Água mole em rochedo duro, tanto dá até que ganha.
- Disparate: A ideologia do género...
... prossegue na sua onda patética de confundir a essência da igualdade de oportunidade com a mesquinhez de anular tradições ou formalismos dos quais não vinha nenhum mal ao mundo. As grid girls da Fórmula 1 foram banidas. As jovens que estavam no pódio das etapas do Tour de França acabaram. Não sei se na nossa Volta irá acontecer o mesmo... É o insuportável politicamente correcto! Que mais se irá jogar?
- Homenagem: A Germano...
... grande jogador do Atlético e do Benfica, onde se sagrou bicampeão europeu e que vi muitas vezes jogar com a sua classe e serenidade. Foi justo e comovente e reencontro na Tapadinha de glórias e memórias de um futebol que se jogava apenas com bola e sem palavreados dispensáveis."

Bagão Félix, in A Bola

O FILHO DA MULHER QUE ARDIA


"Dadá Maravilha parava no ar como um helicóptero ou um beija-flor. Foi uma das figuras mais extraordinárias do futebol

Houve dois aviões muito famosos em Lisboa, por sinal ambos sem voar. Uma destas idiossincrasias próprias deste país magnífico em episódios caricatos. Um deles era o avião do Mobutu, seráfico, imponente como um príncipe da ferrugem, fuselagem branca e verde amarelecendo ao longo de década e meia na sua mobilidade imperial, exibindo o orgulho pátrio: Republique du Zaïre. O outro, bar de alterne, à beira da estrada, na fronteira com os Olivais da nossa adolescência e servindo etéreos serviços femininos (talvez por isso disséssemos que pertencia à Companhia Olivalense de Navegação Aérea), testemunha de um caso macabro de uma bomba explodindo debaixo do lugar do condutor que, não por acaso, era o proprietário da aeronave sem horizontes.
Falei de aviões para ir aos helicópteros e não me recordo de nenhum helicóptero que tenha ficado para a história da capital. Mas recordo-me de um helicóptero que marcou a história do futebol. Chamava-se Dario José dos Santos. Por extenso Dadá Maravilha, o Peito d’Aço. Ele dizia de si próprio: «Só há três coisas que param no ar – o helicóptero, o beija-flor e Dadá quando está na grande-área para fazer golo de cabeça».
Que a infância de Dadá foi uma novela mexicana, isso é algo registado nos anais da história. Tinha cinco anos e viu a mãe suicidar-se. Procurou imitá-la uns anos depois, cortando os pulsos. Safou-se. Viveu num orfanato e dedicou-se a assaltos de rua. Gostava de roubar meninas. «A primeira vez que tive uma bola foi com o dinheiro que roubei de duas mocinhas. Mudou a minha vida».
Foi um jogador estranho em todos os aspectos. Grande, desengonçado, sem habilidade, trapalhão. E, no entanto, marcava golos em catadupa. Diz a lenda que só com a cabeça fez 499. Saltava lá na grande-área inimiga e esperava, sentado no ar, de perna cruzada, talvez bebendo um chopinho e comendo uma linguicinha com palito e tudo, pela bola obediente que empurrava para a baliza. Em seguida, ensaiava uma das suas frases sempre bombásticas: «Não existe golo feio; feio é não fazer golo». As frases fizeram tanto parte da vida de Dadá como os seus golos: «Tecnicamente eu era horrível. Não iria dar nas vistas só pelos meus golos porque eram todos fáceis. Então comecei a dizer frases. Elas me ajudaram a ser o que fui».
Dadá Maravilha foi um ponta-de-lança Robin Hood: juntou a rapidez ganha a fugir da polícia ao jeito de subir às árvores para entrar pelas janelas nos seus assaltos urbanos. Como nunca conseguiu aplicar um pontapé de bicliceta perfeito e irretocável, daquela beleza plástica com que Pelé os desenhava, inventou o velotrol. No Brasil, velotrol é um triciclo. E soltava mais uma frase: «Para mim, na área, é queixo no peito e queixo no ombro». E ficava lá, no ar, asinhas transparentes de beija-flor aqui, hélice de helicóptero ali, parado no espaço como um Mercúrio negro.
Dadá era provocador.
Não perdia a oportunidade para desafiar os adversários, picava o ponto da rivalidade, mexia com o jogo antes do jogo. Fazia apostas com os avançados contrários e dava nomes aos golos que iria marcar. Tinha os seus próprios momentos publicitários: «Com Dadá em campo não há placar em branco». E gostava de sair correndo em zigue-zague com o central atrás, tentando morder-lhe os calcanhares. «Foi assim que comecei a carreira de jogador. Um dia saí com um comparsa para roubar uma mercearia. Roubámos e saímos correndo em zigue-zague. O dono, que era português, pegou na caçadeira e atingiu o meu companheiro no pescoço. Morreu na hora. Consegui fugir. E decidi não roubar mais».
A vida de Dadá merecia um livro e Lúcio Flávio Machado fez-nos o favor de o escrever. Logo no primeiro parágrafo conta a dor que nunca saiu do peito d’aço do Beija-Flor: «Dona Metropolitana, que sofria alucinações, estava na cozinha preparando o almoço; Dario brincava ao lado dela. De repente, num gesto impensado e inesperado, ela jogou querosene por todo o corpo, ateou fogo e saiu correndo pela rua como tocha humana. Vendo aquela cena, na tentativa de acudir a mãe, o menino correu tentando abraçá-la. E num último ato, lúcido e fraternal, ela se desenvencilhou do filho, jogando-o numa vala à céu aberto. E foi de lá, dentro de um esgoto, que ele viu a mãe morrer totalmente queimada».
E repetiu sempre, a cada golo, a cada jogo, a cada festa que se seguia ao momento em que empurrava a bola para cada um dos mais de novecentos golos que marcou na carreira: «Sou alegre mas não sou feliz».
Parece que a rapariga que estava sentada no lugar do morto ao lado de José Gonçalves, o dono de O Avião, não sofreu uma arranhadura apesar da violência da explosão. Talvez fosse como Dadá – parou no ar porque Deus a levava ao colo."