segunda-feira, 29 de abril de 2024

PENÁLTI...

 


MODUS OPERANDI!!!

 


"No Porto sabem bem como se obtiveram muitas vitórias. 88 polícias! O Benfica devia ter requerido proteção policial aos árbitros nos últimos 40 anos!"

VOCÊS NUNCA SERÃO O BENFICA... O RESTANTE ESTÁDIO CHAMOU POR VOÇÊS! PALHAÇOS!!

 

DEMOCRACIA!!



 As eleições do FCPorto deram uma vitória esmagadora ao candidato Luís André.

Villas-Boas: 80.3%
Pinto da Costa: 19.5%
Nuno Lobo: 0,2%
Nas redes sociais viram-se vivas de alguns benfiquistas (os "puros" benfiquistas que só eles sabem o que é o Benfica) pela forma democrática como correu o processo eleitoral.
Dizem eles, que foi uma lição de Democracia e os encarnados deviam aprender como se faz. São os mesmos adeptos e sócios que ontem decidiram atirar tochas para dentro do campo, em sinal de protesto para com o Presidente escolhido com 84% dos votos.
Não admira muito... Lembrar a todos como decorreu a campanha eleitoral do FCPorto. Desde a AG, e os seus desacatos, até à campanha deplorável e cheia de ataques pessoais entre os candidatos, com muita "roupa suja lavada" e um sentimento de medo e insegurança que os sócios portistas viveram antes de votar, fruto de jogadas de bastidor preparadas pela guarda pretoriana de Pinto da Costa.
Quem não se lembra dos videos que circulavam com membros dos Super Dragões a fazer ameaças de morte ao Luís André!?
Quando esse sócios alegam que as eleições deviam ser 1 sócio = 1 voto, esquecem-se, que até nessa votação perderam a contagem, nas últimas 2 eleições democráticas do Sport Lisboa e Benfica.
É isto a que eles querem chamar de Democracia!?
É esta Democracia que eles querem para o Benfica!?
Não! Obrigado!

domingo, 28 de abril de 2024

CAIU!! E COM ESTRONDO!! PENÁLTI PRÓ PORTO!! 😉

 

A UMA VITÓRIA DO PENTA

 


Garra e coração aproximam as águias do penta

O Benfica venceu o Sporting, por 3-1, no jogo 3 da final do play-off do Campeonato Nacional e ficou a um triunfo de sagrar-se campeão pela quinta vez consecutiva.
O Benfica recebeu e venceu o Sporting, por 3-1 neste domingo, 28 de abril, no jogo 3 da final do play-off do Campeonato Nacional. Vencendo na próxima quarta-feira, 1 de maio, no Pavilhão João Rocha, as águias sagram-se pentacampeãs.
Como tem sido hábito nesta decisão, a partida iniciou-se sob uma toada de grande equilíbrio e foi a equipa do Benfica a primeira a conseguir uma vantagem significativa, com Felipe Banderó, muito ativo e eficaz na zona 2, a empurrar a equipa rumo a um 20-17.
No entanto, as águias não conseguiram manter o ritmo alto, permitiram a reação do Sporting e o 1.º set acabou decidido nas vantagens. O Benfica ainda evitou um primeiro match-point recorrendo a um video check (toque na vareta de um jogador leonino), mas foi, também, através do auxílio da tecnologia (falta na linha de Pablo Natan) que os verdes e brancos fecharam o 1.º set com um 29-31.
No 2.º set, o Benfica entrou muito agressivo no ataque, esteve sempre na frente do marcador e voltou a construir uma vantagem de 20-17. Contudo, desta feira, a equipa de Marcel Matz manteve os níveis de concentração e contou com o empurrão do público, que, mesmo num ponto perdido (21-19) ovacionou de pé a equipa após um longo e emocionante rally. A decisão do 2.º set voltou a ter o "dedo" da tecnologia: o video check detetou uma falta na linha do Sporting e transformou um 23-22 num 24-21 que lançou as águias para o triunfo, por 25-21.
Com o Pavilhão n.º 2 da Luz em ebulição, o Benfica mostrou ainda mais confiança e rapidamente chegou ao 11-7, no 3.º set. Em vantagem, a equipa anfitriã soube gerir as emoções e continuou assertiva em todos os momentos do jogo. Com Japa a grande nível nos ataques da zona 6, as águias embalaram para uma vitória, por 25-20.
Galvanizado pela reviravolta, o Glorioso voltou com tudo para o 4.º set e mostrou maior frescura física que o adversário, fator que fez toda a diferença na eficácia de serviço e na discussão dos pontos. Com uma vantagem consolidada desde muito cedo, o Benfica dominou o 4.º set de fio a pavio e venceu, por 25-17, para fechar o triunfo por 3-1. Uma belíssima exibição que mereceu uma ovação do Presidente Rui Costa, que assistiu ao dérbi no Pavilhão n.º 2 da Luz.
Com uma vantagem de 2-1 na final do play-off do Campeonato Nacional, o Benfica tem novo encontro marcado com o Sporting às 17h00 da próxima quarta-feira, 1 de maio, no Pavilhão João Rocha. Vencendo o jogo 4, a equipa comandada por Marcel Matz sagra-se pentacampeã nacional.
DECLARAÇÕES
Marcel Matz (treinador do Benfica): "Representa que estamos uma vitória mais perto do penta. É uma vitória indiscutível, em casa, jogando bem, com o apoio do público. Os jogadores sentiram a derrota [no jogo 2], voltaram com a cara muito fechada e trabalharam muito. Não podia não lhes dizer que tinha a certeza de que íamos jogar bem e tínhamos chances de fazer um 3-0. A postura deles na sexta, no sábado e hoje de manhã foi incrível. Isso mostra a nossa força. Agora temos um jogo fora, vamos tentar ganhar, mas se não conseguirmos ganhar lá, temos mais um aqui com o apoio dos nossos adeptos. Quando jogamos aqui o ambiente é sensacional para nós, quando jogamos lá, é bom para eles. Temos de aproveitar e ser fortes dentro da quadra, ter uma boa interação entre a bancada e a quadra. Feliz de quem pode decidir os jogos em casa."
Felipe Banderó (oposto do Benfica): "Foi um jogo muito difícil para nós. Principalmente para mim, consegui dar o meu melhor e ser positivo para a equipa. A equipa está de parabéns, fez uma exibição de gala. Estou muito feliz por ter ajudado. Esta vitória é mais um degrau, temos muita coisa para fazer ainda, temos mais um jogo na quarta-feira. Não temos muto tempo para trabalhar, então é fazer ajustes, e pensar no próximo jogo. Os adeptos do Benfica são maravilhosos, são o 7.º jogador em campo. Apoiam-nos nos momentos de dificuldades e nos bons momentos estão connosco. Muito obrigado pelo apoio."
Benfica-Sporting
3-1
Pavilhão n.º 2 da Luz
Formação inicial do Benfica
Tiago Violas, Pearson Eshenko, Pablo Natan, Felipe Banderó, Lucas França, Japa e Ivo Casas (L)
Suplentes
Rapha, Bernardo Silva, Peter Wohlfährtstatter, Hugo Gaspar, Luís Rodrigues, Nuno Marques e Eduardo Brito (L)
Formação inicial do Sporting
Tiago Barth, Martin Licek, Wagner Silva, Armando Escalante, Jan Galabov, Lucas Vanberkel e Gonçalo Sousa (L)
Suplentes
Tiago Pereira, Kevin Kobrine, Vinícius Silveira, Kelton Tavares, Imanol Tombion, José Angulo e Gil Pereira (L)
1.º set 2.º set 3.º set 4.º set
29-31 25-21 25-20 25-17

SEGUNDA PARTE DE LUXO MERECIA MUITO MAIS

 


O Benfica B empatou a uma bola frente ao Tondela, em jogo da 31.ª jornada da Liga 2. As águias foram muito superiores, principalmente nos últimos 45 minutos, mas não conseguiram chegar aos três pontos.

O Benfica B enfrentou o Tondela no Estádio João Cardoso, neste domingo, 28 de abril, em duelo da 31.ª jornada da Liga 2. As duas equipas empataram a uma bola.
O jogo começou praticamente com o tento do Tondela, por intermédio de Dos Anjos, que desviou de forma certeira um cruzamento vindo da direita (1-0, aos 2').
Com os tondelenses na dianteira, a partida abriu-se, com o Benfica B a correr atrás da desvantagem. Ainda assim, as oportunidades de golo foram quase nulas, sem que nenhuma das equipas tivesse conseguido criar verdadeiro perigo.
Até que aos 31' houve uma clara chance para o Tondela fazer o 2-0. Grande penalidade a favor da equipa da casa, por falta de André Gomes sobre Luan Farias, mas Dos Anjos na cobrança do castigo máximo atirou a bola ao lado. Respiravam de alívio as águias.
O momento que poderia ter sido chave para o Tondela, acabou por se revelar um tónico emocional para os encarnados. Pouco depois, Prestianni rematou com muito perigo, mas a bola saiu por cima.
Assim, o resultado ao intervalo era favorável à equipa da casa (1-0).
Ora, se o Tondela havia entrado a marcar no segundo minuto de jogo, o Benfica B entrou a marcar na primeiro minuto da segunda parte. Lance muito bem trabalhado por parte dos jovens orientados por Nélson Veríssimo, com Rafael Rodrigues a lançar João Rego no lado esquerdo do ataque encarnado, este a meter no interior da área, onde apareceu Diogo Spencer a rematar sem qualquer hipótese de defesa (1-1, aos 46').
Dos 60' aos 70', o Benfica B esteve perto de consumar a cambalhota no marcador por cinco vezes (!). Na primeira, na sequência de um pontapé de canto, João Rego apareceu sozinho ao segundo poste, rematou, mas a bola foi bloqueada por um defensor contrário (62').
Depois, Cauê roubou a bola ao guarda-redes do Tondela, deu para Prestianni que rematou com selo de golo, mas viu um jogador tondelense a cortar mesmo em cima da linha de baliza (63').
No minuto seguinte, novamente o jovem argentino a surgir em boa posição, mas a rematar por cima (64').
Aos 66', foi a vez de Rafael Rodrigues aparecer lançado no lado esquerdo, e a colocar para o desvio de João Rego, que ainda tocou na bola, mas sem a conseguir encaminhar para o fundo das redes.
Dois minutos depois, João Rego trabalhou bem no lado esquerdo, colocou no interior da área, onde apareceu Pedro Santos, que recebeu e atirou a rasar o poste (68').
Com tantas oportunidades construídas, era difícil de acreditar que o empate continuava – teimoso – no marcador, e vinha ao de cima o pensamento da velha máxima do futebol: quem não marca, arrisca-se a sofrer.
Mas, neste encontro, isso não parecia muito possível, pois o controlo do jogo era total por parte do Benfica B. Mesmo sem criar mais nenhuma situação clara de golo, as águias continuaram com mais bola e instaladas no meio-campo contrário.
Porém, o Tondela tornou-se mais compacto e defendeu o ponto com unhas e dentes, acabando o resultado por não se voltar a alterar, terminando num empate a uma bola.
Nota para o facto de João Rego ter sido eleito o Homem do Jogo.
DECLARAÇÕES
Nélson Veríssimo (treinador do Benfica B): "Faltou entrar melhor. Entrámos e, a frio, sofremos o primeiro golo. Acusámos um bocadinho o facto de termos sofrido o golo muito cedo, mas fomos crescendo enquanto equipa. O Tondela acabou por não ter muitas oportunidades, à exceção do penálti, que acabou por falhar. Ao intervalo foi dar alguma tranquilidade à equipa, para corrigir um ou outro posicionamento. O desafio estava em fazer o 1-1, nos primeiros 10/15 minutos. Entrámos muito bem, e depois fizemos uma segunda parte fantástica. Obviamente que estamos tristes por não termos conquistado os três pontos, criámos oportunidades suficientes para vencer o jogo, mas estou muito orgulhoso pela resposta que demos."
João Rego (Avançado do Benfica B e Homem do Jogo): "É sempre bom ser reconhecido pelo nosso trabalho em campo. Fizemos um grande jogo, merecíamos sair com os três pontos, tivemos várias oportunidades, mas, infelizmente, não as conseguimos concretizar."
Diogo Prioste (Médio do Benfica B): "Entrámos muito bem na segunda parte. Esta é a nossa identidade, esta é a nossa equipa, isto é o Benfica."
Na próxima jornada (a 32.ª), as águas recebem o Paços de Ferreira, em partida agendada para domingo, 5 de maio, às 18h00, no Benfica Campus.
Tondela-Benfica B
1-1
Estádio João Cardoso
Onze do Benfica B
André Gomes, Diogo Spencer, Gustavo Marques, Adrian Bajrami, Rafael Rodrigues, Nuno Félix (Rafael Luís, 78'), Diogo Prioste, João Rego (Gustavo Varela, 87'), Prestianni (Hugo Félix, 78'), Gerson Sousa (Pedro Santos, 48') e Cauê (João Tomé, 87')
Suplentes
Pedro Souza, João Tomé (87'), Lacroix, Jevsenak, Rafael Luís (78'), Hugo Félix (78'), Henrique Pereira, Pedro Santos (48') e Gustavo Varela (87')
Onze do Tondela
Léo, Tiago Almeida (Bebeto, 81'), Aba, Luís Rocha, Ricardo Alves, Hélder Tavares (Cícero, 73'), Yaya (Ceitil, 73'), Costinha, Rui Gomes (Xavier, 63'), Luan Farias (Pedro Maranhão, 81') e Dos Anjos
Suplentes
Ricardo, Bebeto (81'), Ceitil (73'), Xavier (63'), Roberto, Cuba, Pedro Maranhão (81'), Lucas Mezenga e Cícero (73')
Ao intervalo 1-0
Golos
Benfica B: Diogo Spencer (46'); Tondela: Dos Anjos (2')
Boletim clínico do Benfica B
Filipe Cruz (status pós-ligamentoplastia do cruzado anterior do joelho esquerdo); Joshua Wynder (status pós-tratamento cirúrgico de pubalgia); Francisco Domingues (status pós-artroscopia do joelho esquerdo); Francisco Domingues (status pós-artroscopia do joelho esquerdo); Gilson Benchimol (síndrome pubálgico); José Marques (lesão muscular na coxa direita)

FEZ-SE JUSTIÇA



 Benfica 3 Braga 1

FEZ-SE JUSTIÇA E EVITOU-SE
MUITA CONFUSÃO
ANTES DO JOGO
> Depois da bela vitória em Salzburgo, saí de Braga ingenuamente convencido de que tínhamos encontrado a receita um para nova época de sucesso: primeira parte com exibição de grande nível e segunda com enorme capacidade de sacrifício para segurar a vitória. Foi sol de pouca dura, como se sabe.
> O que vai fazer Schmidt hoje? Vai manter Carreras, Kökcü, Tiago Gouveia e Arthur Cabral no onze? Vai dar mais tempo a Rollheiser? E Marcos Leonardo? Seja com Schmidt ou com outro, a obrigação é preparar o futuro.
> 18h00 é a hora!
DURANTE O JOGO
> 9 min Excelente ambiente no estádio e Arthur a meter uma bola na barra. Porra que anda com uma pontaria nos ferros...
> 20 min Este 61, reforço de janeiro, é craque: pressiona alto, rouba bolas, corta-lhes linhas, ganha duelos e joga simples. Bela descoberta.
> 28 min Conhecem aquela velha máxima do futebol que diz que quem não marca sofre? Aí está: 1-0 para o Braga. Otamendi e Trubin mal na fotografia? Não tenho repetição...
> 33 min Monumental coro de assobios para o festival de tochas no relvado. Mas as tochas continuam, jogo após jogo. Hoje demais. Não se percebe para que é que isto serve ou a quem é que serve.
> 40 min Ambiente estragado. Entretanto, o Trubin vai defendendo. E na frente tudo na mesma. O Rafa por onde anda? Está de partida, Salva-se o Neres a agitar o jogo.
> 46 min Sobem os mesmos.
> 52 min Cresce a impaciência. Carreras entra... para o lugar de Bah!?!
> 59 min Di María hoje também não dá uma para a caixa. Centros péssimos. O Braga, que já só defende, agradece.
> 65 min O coletivo não funciona e as tentativas individuais sucedem-se. E o Braga, que já só defende, agradece. Os adeptos, meia dúzia deles, ouvem-se na Luz. E eu consigo ouvir os chutos dos nossos na bola.
> 70 min Kökcü e Marcos Leonardo. 20 min para ajudarem a dar a volta a isto.
> 71 min E o Marcos já marcou! Primeiro toque na bola, belo remate com pé esquerdo em rotação.
> 55.727 na Luz. Palavras para quê?
> 83 min Tive esperanças no João Pinheiro como árbitro mas não evoluiu nada.
> 84 min Grande transição, grande golo!!! Di María, toma lá Neres, empurra de cabeça. Lindoooo.
> 90+4 min O pé esquerdo do Marcos outra vez a fazer estragos! 3-1.
> Ponto final no jogo. Vitória justíssima. Siga.

VITÓRIA CONTRA AS TOCHAS

 


Schmidt acertou em cheio nas entradas de Kokçu e de Marcos Leonardo: Benfiquistas passaram do desespero à esperança.

DEPOIS de uma primeira parte que representou na perfeição o pior que o Benfica de Schmidt teve nesta época, uma segunda parte de eleição que mostrou o modo como o futebol pode e deve ser entendido, porque, nele, nada é definitivo, nada é indiscutível, nada é inalterável. E, assim, com um intervalo de diferença, mais um treinador passou de besta a bestial. Porque foi o líder de uma movimento revoltoso que teve sucesso e porque acertou em cheio nas mudanças que fez, com a entrada de Kokçu e de Marcos Leonardo. O primeiro Trouxe à equipa a densidade e a energia motora que o meio campo, apenas com a locomotiva a vapor puxada por Florentino e João Mário, não conseguia; o segundo, porque foi decisivo no resultado, marcando dois golos nos vinte minutos (mais os descontos) que esteve em campo.
A verdade é que depois de uma primeira parte de desespero, os benfiquistas voltaram a viver momentos de festa e de esperança. Não que algum deles pense na mais que improvável hipótese de chegar ao título, mas porque, enfim, viu a sua equipa regressar a um período de futebol ativo, com intensidade e golos e logo num jogo em que teve de virar o resultado tendo pela frente um adversário forte e experiente, como é o SC Braga, e ainda porque terá sentido algum alívio por saber que, aconteça o que acontecer até ao final da época, o Benfica garantiu, desde já, o tal segundo lugar que, de forma direta ou com curvas, poderá abrir as portas da Champions.
O MARASMO...
A primeira parte do Benfica não fazia prever nada de bom. Houve um período de maior critério, até cerca dos 25 minutos, durante o qual a equipa teve mais posse e criou situações de perigo, essencialmente, pela combinação na ala esquerda entre Aursnes e Neres e, na direita, através de cruzamentos a régua e esquadro tirados do pé esquerdo de Di María.
Porém, quando o Braga chegou ao golo, num remate aparentemente defensável de Ricardo Horta, o Benfica deixou vir ao de cima todos os seus fantasmas e entrou num marasmo próprio de quem não sabia como sair daquele tenebroso quarto escuro.
Acenderam-se, nas bancadas, as labaredas da indignação e as perspetivas, pelas circunstâncias conhecidas na relação adeptos-treinador eram as piores.
...E OS VENTOS DE MUDANÇA
Sem alterações táticas ou de jogadores, o Benfica começou a dar sinais de mudança após o intervalo. A diferença esteve essencialmente na velocidade de execução, o que determinou mais pressão sobre o adversário. Algo que se tornaria mais impressivo, porque o Braga decidiu apostar na magreza da vantagem e recuou muito para a frente da sua grande área, fechando linhas, sim, mas dando todo o espaço e tempo para o Benfica atacar como entendesse.
A verdade é que pouco proveito tirou o Benfica desse movimento de recuo do adversário. Sem espaço para jogar, Rafa tornou-se ainda mais irrelevante e, no eixo do meio campo, João Mário e Florentino não eram os homens indicados para sugerir um futebol com outra intensidade. Por isso, foi decisiva a mudança ordenada por Schmidt, aos 70 minutos, quando trocou Rafa e Cabral por Kockçu e Marcos Leonardo. Um trouxe peso, o outro leveza nos lugares certos. Claro que os deuses deram uma ajudazinha. Da primeira vez que tocou na bola, o brasileiro fez golo e a partir daí a equipa teve mais razões para cavalgar os ventos da esperança, que já sopravam forte.

sábado, 27 de abril de 2024

SUB-19 FESTEJAM CONQUISTA DO TÍTULO NACIONAL

 


A equipa do Benfica confirmou o sucesso na Liga Feminina com uma vitória por 1-7 frente ao Sporting

A equipa feminina Sub-19 de futebol do Benfica sagrou-se campeã nacional nesta tarde de sábado, 27 de abril.
No Estádio Universitário (Campo n.º 5), as jovens águias, orientadas por Bárbara Reis, defrontaram o Sporting, fora de casa, em jogo referente à 6.ª e última jornada da fase de apuramento de campeão.
Imparável, o coletivo benfiquista bateu o rival verde e branco por 1-7 e celebrou o sucesso na Liga Feminina Sub-19.
Este desfecho ditou o 3.º título do Benfica neste escalão: o Glorioso já tinha vencido a competição em 2018/19 (futebol de 9) e em 2021/22.
Numa retrospetiva sobre a temporada, na 1.ª fase as encarnadas marcaram 65 golos (melhor ataque), concluindo no 2.º posto, com 33 pontos, após 11 triunfos em 14 jornadas.




Com lugar garantido entre os quatro emblemas participantes na luta pelo título (Benfica, Torreense, Braga e Sporting), as encarnadas totalizaram 14 pontos, faturaram 19 vezes (melhor ataque, mais uma vez) e consentiram apenas três tentos (defesa menos batida) nas seis rondas disputadas na fase de apuramento de campeão.

O SUCESSOR DE SCHMIDT JÁ SBERÁ AO QUE VEM

 


"Rui Costa não tem de perceber de futebol para tomar as melhores decisões, o que não tem acontecido ao longo desta temporada, desde logo ao deixar Schmidt a ‘arder’ sozinho

Há uma ideia a que volto de tempos a tempos. Por mais assistências assinadas, golos marcados, jogos realizados, campeonatos em que tenha estado ou internacionalizações somadas, enfim, por melhor que tenha sido, um ex-jogador não será automaticamente um bom treinador ou sequer um razoável futuro dirigente. É para mim o paradigma e até que me apresentem um novo, indisputável, continuarei a acreditar neste.
Não é que não se assista, de vez em quando, ao nascimento de grandes técnicos a partir de verdadeiros craques, porém essa não é uma relação de causa-efeito. Diria que se um determinado futebolista já mostra essa apetência em campo, com uma inata capacidade de leitura e, ao mesmo tempo, uma curiosidade que depois terá de saciar com vários porquês junto dos seus treinadores e nos cursos existentes para o efeito, estará muito mais próximo de consegui-lo. Para os restantes, é como fazer jogging e achar que se está preparado para jogar futebol com os amigos. São músculos diferentes, constantes alterações da frequência cardíaca, por isso esqueçam se estiverem a pensar nisso.
Outra premissa importante é que não há ninguém omnisciente, alguém que preencha todos os requisitos. Isso é válido para todos no futebol, seja um jogador, um treinador ou um dirigente e, para fora deste, na nossa vida profissional. Todos somos compostos por várias camadas, com o registo de competências e lacunas, e felizmente percebemos a certa altura da nossa existência enquanto humanidade que funcionamos melhor em equipa. Mesmo que a última decisão seja de um líder.
Vejamos o caso do Benfica, de Rui Costa e Roger Schmidt. O alemão somou no último fim de semana mais três pontos, agora com uma exibição sólida num terreno que não tem sido fácil para ninguém, e foi premiado com nova onda de insatisfação e mais objetos atirados na sua direção - algo que da primeira vez já tinha sido vergonhoso o suficiente para que se pudesse sequer pensar numa segunda. O presidente das águias só reagiu ao início da noite do dia seguinte na televisão do clube e nem por uma única vez proferiu o nome do técnico. O que disse ou o tom usado teve zero impacto comunicacional. E emocional. Foi claramente insuficiente. Rui Costa voltou a não estar lá para Schmidt, da mesma forma que o seu antecessor não esteve para os técnicos anteriores.
Um clube funcionará sempre melhor quanto mais competente a sua organização for nas várias áreas, desde a liderança ao scouting, passando pela academia de formação e pelos nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, tratadores de relva, técnicos de equipamentos, contabilistas, advogados e por aí fora. Esse, por exemplo, foi o paradigma que Ralf Rangnick, atual selecionador austríaco, hoje falado para o Bayern, trouxe para a Red Bull e que está certamente na origem do sucesso que a empresa tem tido no desporto. É, por isso, que quando se trata do futebol ou de qualquer outra modalidade, o sucesso será sempre mais facilmente atingível quando a visão e as práticas tiverem um objetivo comum.
A ideia mata o provincianismo instalado. Uma direção não deve ser um grupo de amigos, mas sim formada por profissionais competentes nas suas áreas e com valências complementares. Tal como uma equipa técnica não pode reunir apenas velhos conhecidos, todos têm de acrescentar algo.
Quando se aborda a questão do mercado de transferências, para mim essencial na avaliação de Schmidt nesta segunda temporada, há duas ideias que não podem entrar em conflito: a política do clube e a ideia de jogo. Se um emblema tem de contratar para maturar e vender, irá naturalmente à procura de talento rentável, que pode não ser aquele mais enquadrável no modelo. Se não o for, fica desde logo com menor potencial de rentabilização. Enzo Fernández funcionou porque tinha as características certas para o que o técnico pretendia. Ou seja, mais do que comprar por comprar, o Benfica terá sempre de ser mais seletivo para encontrar o melhor dos dois mundos.
Depois, um clube não pode ficar à deriva quando um alvo falha. Não se passa de Kerkez para Renan Lodi e se tropeça em Jurásek, para a seguir se adaptar Morato, emprestar o checo e ir buscar Carreras, quando, por fim, acaba aí a jogar Aursnes. Onde entra aqui o scouting, a estrutura do futebol e o próprio presidente?
Ao contrário do que os adeptos pensam e do que o próprio entende sobre o que estes devem pensar de si, Rui Costa não tem de perceber de futebol. Tem, sim, de tomar as decisões certas. Rodear-se de uma equipa que o ajude a fazê-lo, a fim de que dê sempre os tiros mais acertados. Se o treinador falhou, cabe-lhe perceber porquê. Se as contratações não resultaram também. Se há uma onda de ruído a crescer à volta da equipa meses depois da festa no Marquês necessita combatê-la, para que esta tenha a tranquilidade necessária para jogar na sua plenitude. Se não sabe o que dizer, deve procurar aconselhar-se. Hoje, a comunicação é tudo. Ou quase.
O que tem acontecido à volta de Schmidt esta época é intolerável, sejam ou não as críticas justas. E só atingiu este ponto porque nada tem sido feito. O incêndio continua ativo e não há quem pegue no extintor. E isso, para mim, é falta de liderança.
Rui Costa deixou que a sua grande aposta fosse ardendo sem ter ninguém óbvio para o substituir. E basta olhar para os nomes até aqui sussurrados para percebê-lo. Qualquer decisão que agora tomar, daqui a quatro jogos, como parece querer fazer, será sempre má. Tão má, que o mal menor será o alemão, em carne viva, continuar. Porque a multidão só se calará, talvez, com uma impensável nova renovação.
É que há algo que todos se parecem estar a esquecer na Luz. Roger Schmidt não só é um nome conhecido - basta olhar para o que pensam dele lá fora -, como quem vier para lhe suceder já naturalmente saberá também com o que pode contar por parte desta direção de Rui Costa."

LIMITES....

 


""Compreendo a critica contra nós, mas há limites. Quando se começa a atirar coisas e a cuspir nos jogadores... Esperamos o mínimo de respeito. Os valores no Mundo estão a baixar. Respeito, verdade, honestidade são coisas básicas na vida que temos de esperar de todos. Não estamos a ganhar o suficiente esta época mas os jogadores estão a fazer tudo. Estamos a dar o nosso melhor. Aceitamos a crítica mas não ao nível que vimos na Segunda-feira."
Roger Schmidt"

sexta-feira, 26 de abril de 2024

O BENFICA E O ESTADO A QUE SE CHEGOU



 "O que Roger Schmidt está a viver já outros treinadores viveram na Luz


A Liga corre o risco de não ter treinadores campeões na próxima época. Sérgio Conceição porque Villas-Boas pode vir a vencer as eleições no FC Porto, Rúben Amorim porque ainda não é sábado e pelo menos até lá, reforço o pelo menos, todas as dúvidas se mantêm e Roger Schmidt porque está a passar no Benfica aquilo que os treinadores campeões nos últimos 33 anos passaram, como se pode ler em A BOLA.
É verdade que os casos de Toni e Trapattoni são diferentes do atual técnico dos encarnados; a saída de Jorge Jesus (a primeira, ou seja, após ser campeão) também, mas aquilo que vive Schmidt é muito semelhante ao que viveram Rui Vitória e Bruno Lage.
Quando se olha para trás, e começando em Jesus, há dois momentos marcantes. O treinador amadorense experimentou aquilo que, numa escala menos intensa, se a memória não me falha, os sucessores vitoriosos também viveram. Quando o Benfica chegou às decisões e perdeu-as todas, o universo encarnado criticou e protestou perante o homem que lhe viria a dar os campeonatos seguintes.
Esse é um momento marcante da gestão desportiva da altura: a decisão de manter Jesus.
É verdade que houve um anúncio antes da final da Liga Europa perdida para o Chelsea, do golo de Kelvin ou dos eventos da Taça de Portugal que, no fundo, levaram à discussão sobre a continuidade. Vieira foi firme, aguentou a pressão e cumpriu com o que tinha dito antes: Jesus, recorde-se, terminava contrato aí.
Na gestão de Luís Filipe Vieira, responsável pelos campeonatos de Jesus, Vitória e Lage há outra altura significativa. Quando hesitou com o ribatejano.
Vieira assumiu publicamente que voltou atrás na decisão, para depois, já com a contestação em alto tom, rescindir com Rui Vitória e empoderar Lage. Dois momentos, duas decisões.
Lage e Vitória já têm mais em comum: ambos sofreram forte contestação e, ao fim e ao cabo, foi isso que levou à saída - o setubalense, se se recordam, chegou a ter a casa vandalizada, assim como alguns jogadores.
Parece maquiavélico dizer que se foi deixando acontecer para que as coisas chegassem ao estado a que se chegou nessas alturas, mas a recorrência com que sucedeu situação semelhante aos últimos três treinadores campeões pelo Benfica tem de merecer reflexão interna... e estratégia.
Porque me parece que fica à vista que há um padrão e, aí, é preciso entender muito bem quem contribuiu para ele porque, visto com a distância do tempo, não me parece que seja impossível que a contestação dos adeptos fique dentro dos limites ou seja apenas responsabilidade destes.
Desde que alinhado com toda a direção e estrutura - alguns têm própria agenda - poderá ter de haver alguma arte de spin doctor para o fazer. Porque como muito bem sabem esses, as perceções são, por vezes, bem mais importantes que as realidades..."