sábado, 31 de julho de 2021

ROMAN YAREMCHUK, NASCIDO PARA MATAR



 


"A Portugal, contra a Alemanha, Holanda, Sérvia, na Liga Belga ou no Europeu. Yaremchuk marca a todos de todas as maneiras.
Invulgarmente ágil no momento de finalizar para quem tem 191, no ar, de pé esquerdo ou direito, em momento de finalização o ponta de lança da seleção da Ucrânia é absolutamente temível.
A potência do seu remate com ambos os pés, a destreza do seu cabeceamento, a velocidade com que sai dos movimentos de ruptura que lhe permitem ser mais do que um homem de área, mas também um avançado capaz de jogar em 40 metros, fazem aguçar o apetite para a chegada à Liga BWIN de um jogador que vem experimentando uma ascensão sensacional nas últimas temporadas.
Dêem-lhe bola pelo ar ou pelo chão, e esperem pelo resultado."

YAREMCHUK

 


Esta novela foi rápida... Roman Yaremchuk é jogador do Benfica!
Recordo-me de estar a ver um dos jogos da Ucrânia no último Europeu, e dizer aos meus companheiros que 'este (Roman) encaixava bem no Benfica... e enchíamos a Luz com Ucranianos'!!! Foi uma daquelas larachas meio a brincar, meio a sério... mas acabou 'estranhamente' por se concretizar!
Avançado poderoso, forte, alto, rápido, bom tecnicamente, chuta com os dois pés e sabe jogar de cabeça... sabe jogar de costas para a baliza... Pessoalmente, acho que lhe falta alguma ratice de área, mas com a habitual carga ofensiva do Benfica no Tugão, tem todas as condições para ser um dos melhores marcadores...

 

TELMA E OS LUÍSES

 


"Quando entrei para a escola primária, em 2000, o Nuno Delgado tinha acabado de se tornar no primeiro português a vencer uma medalha olímpica de judo e eu tinha acabado de me tornar no primeiro aluno a fraturar a tíbia no ano lectivo. Delgado foi à minha escola para que os miúdos tivessem a oportunidade de o vitoriar e eu, porque tinha de estar imobilizado e não tinha capacidades para ir para o recreio, fiquei atrás dele sentado num banco, de muletas, enquanto o atleta exibia a medalha de bronze conquistada em Sydney.
O triunfo do judoca fez com que muitos miúdos da minha escola começassem a interessar-se pela arte marcial, que a escola oferecia como actividade extracurricular. Eu próprio me inscrevi nas aulas, mas nunca tive jeitinho nenhum, apesar do professor ser nada mais nada menos do que o antigo seleccionador nacional e treinador de Telma Monteiro, Rui Rosa. Fui a um único "torneio", organizado numa outra escola, em que perdi na primeira ronda contra um adversário que, recorda acintosamente o meu pai, tinha metade do meu tamanho. Foi, para mim, o fim da utilização de kimonos e de cintos que não sirvam para sustentar calças.
Poucos anos mais tarde, fui convencido a ter aulas de natação. O ensino em casa (ou na praia) dessa competência essencial à sobrevivência num país com mil quilómetros de costa não estava a resultar em mais do que numa boa imitação de um golden retriever a chapinhar, pelo que não barafustei no momento da inscrição. Ainda hoje, recordo com nenhuma saudade o cheiro a cloro, a humidade permanente, o chiar dos chinelos, os gritos dos instrutores, os espirros ao sair do pavilhão. O professor de natação chamava-me Luís, o que, uma vez que eu prefiro que me tratem por Manuel, desinteressava-me ainda da atividade. Assim que obtive os conhecimentos suficientes para poder evitar ser uma pessoa que tem de dizer, numa qualquer festa de piscina, "não sei nadar", fiz birra até que me deixassem sair.
A partir daí, não tive aulas de mais nenhum desporto. Como muitos portugueses, a minha formação desportiva passou sobretudo por jogar à bola no recreio, ir às aulas de educação física, onde se jogava sobretudo à bola, e ir para a sala de jogos jogar matraquilhos (sala essa que tinha sempre os três jornais desportivos, que falavam, imagine-se, de jogos de futebol).
Nesse sentido, a minha cultura desportiva é muito fraca e não me sinto legitimado a tecer considerações derrotistas sobre prestações de atletas olímpicos. Suspeito que muitos dos que criticam Telma Monteiro pela eliminação precoce nos Jogos também fazem parte desta cultura desportivamente monotemática, irritam-se quando as televisões transmitem notícias do hóquei em vez de um debate de uma hora sobre um rumor de uma transferência e terão sido também luíses na sua infância, sem qualquer interesse por aquilo que se passa em complexos desportivos, excluindo o edifício do bar.
Vinte anos depois de Sydney, ainda nos falta muito que não seja indispensável ganhar medalhas para se conseguir convencer um miúdo da primária a inscrever-se nas aulas de judo. Mesmo que seja para perder com um puto de metade do tamanho dele."

A DÚVIDA DO BENEFÍCIO

 


"Leio que os adeptos da Roma estão felizes perante o primeiro impacto de Mourinho e entendo-os, porque há um espírito de grupo que o carisma do português pode reforçar, somado à intenção de estabelecer “cultura de vitória”, historicamente coisa estranha no clube. Um jornal até escreveu que o expoente da alegria dos tifossi giallorossi foi o lance da confusão no Algarve entre Pepe e Mkytharian, visto como sintoma de uma grande união no plantel. Sem desvalorizar os laços emocionais, não acredito que garantam sucesso se o modo como se joga não for o primeiro alicerce. O que vi da Roma diante do F.C. Porto – demasiadas unidades para defender, linhas recuadas, exagero no recurso ao jogo direto para Dzeko – não foi nada entusiasmante, pelo contrário. Claro que Mourinho precisa de mais tempo para melhorar o processo, sobretudo o ofensivo e se for essa a sua intenção, e de reforços que façam verdadeiramente a diferença, mas vale a pena lembrar, sob pena de se repetirem desilusões anteriores, que o benefício da dúvida tem prazo de validade e que a crença coletiva ajuda a colocar um grupo na rota certa mas também se esvai depressa se os primeiros resultados fizerem com que os homens desconfiem do caminho escolhido.
No futebol português há tradicionalmente uma grande dificuldade em falar da qualidade, seja de jogo ou jogadores, como se ideias e atletas fossem apenas diferentes e não, necessariamente, uns melhores que outros, como em todas as atividades e funções. Nestes dias de mercado aberto, com transferências dissecadas em longas horas televisivas, o que mais há é teoria sobre “características” ou “ perfis” que “encaixam” melhor ou pior. O problema é que não há só perfis, há mesmo uns jogadores melhores que os outros, que dão mais às equipas e as fazem diferentes. O Real Madrid bem pode procurar alguém de perfil diverso, que encontrar melhor que Benzema ou Modric é tarefa hercúlea até para o mais tarimbado scout. O problema de Jorginho com Lampard no Chelsea também era bem mais que de perfil ou adequação a uma ideia, era não perceber que colocava demasiadas vezes o melhor a suplente. E como diz um amigo meu do futebol, experiente e sabedor, um treinador já é muito bom se conseguir sempre colocar os melhores em campo. Sérgio Conceição bem pode procurar laterias sempre rápidos, incansáveis maratonistas de corredor, mas quando aparece este João Mário, com a qualidade que acrescenta desde já, duas conclusões devem tirar-se: que o treinador fisgou bem a alternativa que estava em casa mas também que nunca Manafá ou Nanu terão qualidade idêntica, por úteis que sejam. Com o mesmo nome de batismo surge o homem que, de repente, todos anunciam como novo profeta do meio campo do Benfica. Curiosamente quando quase todos reclamavam antes outras “características” de futebolista para o setor, com mais músculo e andamento (ou intensidade), que é precisamente João Mário está mais longe de garantir. Já qualidade sim, acrescenta sempre, seja onde for, e só o tempo deixará perceber a falta que fará ao campeão Sporting. Vejo nele uma capacidade de dar critério e de acrescentar a pausa de racionalidade ao jogo corrido dos leões que Matheus Nunes não tem (nem Tabata, por maioria de razões) e que Ugarte também não garante, pelo menos no imediato. Para Rúben Amorim, aparentemente, não fará tanta falta assim e o treinador leonino tem um duplo argumento a seu favor: o ter ganho, e ganho com mérito, logo no primeiro ano e quando poucos esperavam e de poucas vezes ter falhado nas escolhas dos jogadores e na adequação ao seu modelo. Obviamente, o benefício da dúvida é todo dele. Eu mantenho, todavia, a dúvida do benefício. Não me parece que o Sporting vá ser melhor sem o craque que agora é rival.
Sérgio Conceição bem pode procurar laterias sempre rápidos, incansáveis maratonistas de corredor, mas quando aparece este João Mário, com a qualidade que acrescenta desde já, duas conclusões devem tirar-se: que o treinador fisgou bem a alternativa que estava em casa mas também que nunca Manafá ou Nanu terão qualidade idêntica, por úteis que sejam. Com o mesmo nome de batismo surge o homem que, de repente, todos anunciam como novo profeta do meio campo do Benfica. Curiosamente quando quase todos reclamavam antes outras “características” de futebolista para o setor, com mais músculo e andamento (ou intensidade), que é precisamente João Mário está mais longe de garantir. Já qualidade sim, acrescenta sempre, seja onde for, e só o tempo deixará perceber a falta que fará ao campeão Sporting. Vejo nele uma capacidade de dar critério e de acrescentar a pausa de racionalidade ao jogo corrido dos leões que Matheus Nunes não tem (nem Tabata, por maioria de razões) e que Ugarte também não garante, pelo menos no imediato. Para Rúben Amorim, aparentemente, não fará tanta falta assim e o treinador leonino tem um duplo argumento a seu favor: o ter ganho, e ganho com mérito, logo no primeiro ano e quando poucos esperavam e de poucas vezes ter falhado nas escolhas dos jogadores e na adequação ao seu modelo. Obviamente, o benefício da dúvida é todo dele. Eu mantenho, todavia, a dúvida do benefício. Não me parece que o Sporting vá ser melhor sem o craqueque agora é rival."

NÚM3ROS D4 S3M4N4



 "2

Telma Monteiro foi eliminado dos Jogos Olímpicos ao 2.º combate. Não estamos habituados à ausência da Telma nas fases derradeiras das provas, e, por isso, surpreendeu-nos e desiludiu-nos. Mérito para a extraordinária judoca, cuja carreira ímpar, recheada de sucesso, é justamente admirada e elogiada. Regressará mais forte!

4
... de Agosto será o dia do pontapé de saída, para o Benfica, das competições oficiais na presente temporada e logo com um embate em Moscovo a contar para as eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Ao longo da pré-época a equipa foi dando sinais de que estará pronta para o desafio, parecendo-me que apresenta já índices de organização defensiva assinaláveis, uma das pechas em parte da época transacta;

8
Está de parabéns o Museu Benfica - Cosme Damião pelo 8.º aniversário no passado dia 26. Nunca é de mais relembrar a qualidade excepcional do nosso museu, recorrentemente premiado.

98
Pizzi voltou a marcar um golo, desta feita ao Marselha, e ficou apenas a um de Magnusson (27.º) e Jorge Tavares (28.º) no ranking dos goleadores, benfiquistas em todos os jogos. É o 33.º com mais jogos (361);

204
Rafa passou a ser o 90.º com mais jogos, incluindo particulares, pela equipa de honra do Benfica. Superou Jonas e está a 1 de César Brito;

1887
Investidores no empréstimo obrigacionista emitido pela Benfica SAD, cuja conclusão ficou marcada pelo sucesso, com o montante pedido a ser plenamente satisfeito. Mesmo no actual contexto, quer económico (do país), quer institucional (do clube), quer institucional (do clube), a Benfica, SAD voltou a merecer a confiança plena do mercado, algo que FC Porto e Sporting não conseguiram em tempos recentes. Vale mesmo a pena cumprir sempre as obrigações assumidas!"

João Tomaz, in O Benfica

A BOLHA F#DEU UM EXCLUSIVO AO RASCORD


 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

COMPETÊNCIAS!!!

 


"6/03 - TAD anula cartão amarelo a jogador do Sporting;
29/07 - TAD: "não tem competência para decidir sobre a resolução de questões emergentes da aplicação das normas técnicas e disciplinares diretamente respeitantes à prática da própria competição desportiva"

E é isto de quem prometeu juízes.
O "todos temos de ajudar o Sporting Clube de Portugal", continua a ditar lei em Portugal."

TRANSIÇÃO DEFENSIVA - SL BENFICA VS MARSELHA

 



"O momento da perda é seguramente aquele que obrigará a maior esforço físico ao longo de todo um jogo. Seja para reagir de forma rápida – sendo por isso obrigatório, mudar o chip (começa no cérebro) e a velocidade de deslocamento para tentar defender o lance antes do adversário assumir posicionamentos ofensivos – É mais fácil recuperar a posse enquanto opositores ainda estão juntos (porque estavam a defender), seja para assegurar uma recuperação defensiva eficaz. O propósito da recuperação é trazer ajuda para os elementos que ficaram atrás da linha da bola e que enfrentam a dificuldade de defender um espaço largo com poucos jogadores.
No Benfica vs Marseille, uma perda de Weigl por pressão – Quando é por pressão, o jogador fica eliminado! obrigou a esforço redobrado de toda a equipa. Também por estarem decorridos apenas 10 minutos, a resposta foi muito positiva."

ANÁLISE À PRÉ-ÉPOCA DE RUI VITÓRIA | SL BENFICA

 


"Rui Vitória prometera voltar à ação aos microfones do Canal 11, já depois de ser protagonista de um ‘Sagrado Balneário’ e de cumprir as vezes de outros enquanto comentador no ‘Futebol Total’.
Depois da aventura nas Arábias e do ano sabático, a Europa reabriu portas para o Professor: da Rússia veio chamativo interesse do Spartak Moscovo, segundo classificado da última edição da Premier League local.
A 14 de Junho era apresentado perante 42 jornalistas, um recorde em termos de apresentações de treinador na Rússia. À semelhança do SL Benfica, o clube do povo – ou Narodnaya komanda – a devida alcunha na língua dominante para lá dos Cárpatos.
Um desafio à medida do técnico português, primeiramente um gestor de homens antes de um competente tacticista, alguém apropriado para lidar com a pressão de grandes multidões e gerir recorrentes carrosséis emocionais, como tão bem soube fazer na Luz. Pelo menos enquanto o deixaram.
Numa pré-época que não começou bem, com a primeira vitória a surgir apenas ao terceiro jogo, os destaques centram-se na aposta continuada no 4-2-3-1, já imagem de marca das suas ideias. Fruto do início precoce de temporada – o Spartak já se estreou na Liga, no passado dia 25 -, os treinos começaram muito mais cedo do que é habitual no Sul da Europa, onde os campeonatos não têm a pausa invernal.
Ainda antes de entrar julho, já Rui Vitória seguia com um plantel de 24 jogadores para a Áustria, num estágio onde foi possível atestar capacidades contra três equipas: Neftci, habitual campeão do Azerbaijão; NK Bravo, quinto classificado da Liga Eslovena anterior e Sibenik, sexto classificado da última Liga Croata.
Sem poder ainda contar com sete importante elementos do plantel principal por força dos compromissos de seleções (Dzhikiya, Zobnin e Sobolev integraram a comitiva russa, Alex Král a checa, Quincy Promes foi selecionado para os Países Baixos, Jordan Lársson foi escolhido pelos suecos e Ezequiel Ponce permanece ainda com os olímpicos argentinos), foram entregues importantes minutos a elementos mais novos da equipa, que assimilaram conceitos e deram provas de real valia futebolística.
Entre os mais destacados estão Gaponov, central de 23 anos que aproveitou a ausência do capitão Dzhikyia para acumular minutos (seis jogos a titular), ou Umyarov, o trinco nascido em 2000 que parte na “pole position” para a titularidade na parelha de meio-campo.
No regresso à pátria mãe, o rendimento do conjunto aumentou significativamente, sendo as goleadas em catadupa sinal claro das boas dinâmicas imprimidas pela equipa técnica: no Torneio de Moscovo, três jogos, 14 golos marcados e um sofrido.
Quatro bolas sem resposta a Sochi e Rubin Kazan, cinco ao Khimki – tudo opositores na Premier League, que deixavam antever inicio prometedor, numa primeira jornada que seria jogada frente aos segundos mencionados: que acabou em derrota pela margem mínima (0-1), injusta para a maioria das avaliações.
Há muito futebol neste Spartak de Rui Vitória, uma equipa que aposta muito da sua época no duplo confronto frente ao SL Benfica de Jorge Jesus, numa competição na qual não atinge a fase de grupos desde… 2017-18.

FK Spartak Moscovo 1-2 Neftchi (29 de junho) – Derrota inesperada num jogo de muitas mexidas, como é habitual nesta fase.
O primeiro onze de Rui Vitória ao leme do FK Spartak Moscovo: Maksimenko; Eschenko, Gigot, Kutepov e Ayrton; Timofeev e Hendrix; Glushenkov, Ignatov e Mirzov; Melkadze.

FK Spartak Moscovo 2-2 NK Bravo (2 de julho) – Frente aos eslovenos, Moses e Bakaev emendaram prontamente a desvantagem trazida do intervalo e o segundo golo adversário surge já numa fase de descompressão (84’).
O onze titular: Rebrov; Rasskazov, Gigot, Gaponov e Ayrton; Umyarov e Hendrix; Moses, Bakaev e Mirzov; Melkadze.

FK Spartak Moscovo 4-2 Sibenik (5 de julho) – A despedida do estágio austríaco marcou-se por uma vitória confortável frente aos croatas. A reter o golaço de Ignatov, jovem de 21 anos que já havia finalizado frente ao Neftchi. Além dele marcaram Victor Moses, Hendrix e Glushenkov.
O onze: Selikhov; Rasskazov, Gigot, Gaponov, Ayrton; Umyarov e Hendrix; Moses, Bakaev e Mirzov; Melkadze.

FK Spartak Moscovo 4-0 Sochi (11 de julho) – Foi à lei da bomba que Bakaev, Sobolev e Moses construíram a goleada. O 2-0 registado ao intervalo, autoria do primeiro e de Mirzov, consolidou o natural domínio moscovita.
Os eleitos para iniciar a partida: Maksimenko; Rassakazov, Gigot, Gaponov e Ayrton; Umyarov e Hendrix; Bakaev, Ignatov e Mirzov; Melkadze.

FK Spartak Moscovo 4-0 Rubin Kazan (14 de julho) – Sobolev a justificar estatuto no seio do conjunto e a explicar o porquê dos 4,5M€ pagos ao Krylia Sovetov – o ponta-de-lança russo, presente no Euro 2020 e principal alternativa a Dzyuba, será uma das principais ameaças à baliza encarnada. O onze: Selikhov; Rasskazov, Gigot, Gaponov e Ayrton; Umyarov, Hendrix; Moses, Bakaev e Mirzov; Melkadze.

FK Spartak Moscovo 5-1 Khimki (18 de julho) – Num onze já muito próximo daquele que iria estrear a equipa na Premier League, na derrota em casa do Rubin (1-0), a goleada gerou-se pelos tentos de Gigot, Sobolev, Larsson, Kutepov e Melkadze.
Foram a jogo os regressados dos compromissos internacionais, numa tentativa de aprimorar os últimos detalhes da preparação: Maksimenko; Rasskazov, Gigot, Dzhikiya e Ayrton; Umyarov e Zobnin; Moses, Larsson e Quincy Promes; Sobolev.

Será este, em princípio, o onze mais forte às ordens de Rui Vitória e algo muito próximo a isto que esperará o SL Benfica na Otkritie Arena no próximo dia três de agosto. Moses, com quatro golos, e Sobolev, com três, foram os homens em maior destaque na pré-temporada russa.
Gigot, central francês, foi o titularíssimo, iniciando todos os encontros, assim como o lateral esquerdo brasileiro Ayrton; Umyarov e Hendrix, com cinco jogos, aproveitaram as ausências de Alex Král e Zobnin; Bakaev, Mirzov e Melkadze foram acumulando minutos enquanto os prováveis titulares Jordan Larsson, Quincy e Sobolev ganhavam ritmo.
Antes do reencontro com o seu SL Benfica, Rui Vitória terá oportunidade de somar os primeiros pontos na Liga num confronto frente ao Krylia Sovetov, hoje (30 de julho), em Samara."

SL BENFICA | OS 3 COMANDADOS DE RUI VITÓRIA A TER EM CONTA

 


"O SL Benfica conheceu o adversário que vai enfrentar na terceira pré-eliminatória de acesso à UEFA Champions League, no passado dia 19 de julho (data do sorteio realizado em Nyon – Suíça).
O Futbolniy Klub Spartak Moskva, mais conhecido como Spartak Moscovo, é o “alvo a abater”. A equipa orientada pelo conhecido treinador Rui Vitória vai receber as águias no dia quatro de agosto para jogar a primeira mão do duelo.
Apesar de este ser o primeiro jogo oficial do SL Benfica na temporada de 2021/22, os russos já iniciaram o campeonato no passado dia 24 do presente mês. A equipa orientada por Rui Vitória entrou com o pé esquerdo, uma vez que foi derrotada no terreno do FC Rubin Kazan, por 1-0.
No entanto, apesar da derrota, o Spartak Moscovo é uma equipa com muita qualidade, tendo ficado em segundo lugar na Liga Russa, na temporada passada. Posto isto, decidi eleger o top 3 de jogadores que o SL Benfica deve ter em atenção.

1. Aleksandr Sobolev – Se ter um “artilheiro” de serviço é bom, ter dois é ainda melhor. O ponta de lança russo é uma das figuras de destaque do Spartak de Moscovo. Foi o quarto melhor marcador da Liga Russa, na última época, tendo marcado 14 golos em 22 jogos.
Apesar de no EURO 2020, realizado este ano, apenas ter jogado 34 minutos ao serviço da seleção Russa, no que diz respeito à pré-época, o internacional já se destacou: foi o melhor marcador e o melhor jogador do torneio de preparação.
Sobolev faturou nos três jogos, ou goleadas, por assim dizer, frente ao PFC Sochi, FC Rubin Kazan e BC Khimki. Se vai continuar de pé quente ou não, é uma incógnita, mas face a estas prestações é, sem dúvida, um jogador ao qual se deve ter especial atenção.

2. Jordan Larsson – Como se costuma dizer “quem sai aos seus não degenera” e este é, provavelmente, um bom exemplo disso. Jordan Larsson é filho de Henrik Larsson, uma das maiores figuras de sempre do futebol sueco e da modalidade no geral. Jordan está a cumprir a terceira época ao serviço do Spartak de Moscovo e não passou despercebido na temporada transata.
O avançado, de 24 anos, que também pode atuar como extremo direito ou médio ofensivo (posição que ocupou no primeiro jogo do campeonato de 2021/22), foi o melhor marcador da equipa em 2020/21, com 15 golos em 29 jogos, ocupando o terceiro lugar no ranking de melhores marcadores da Liga Russa.
No torneio da pré-época, já mostrou serviço: marcou frente ao PFC Sochi e ao BC Khimki. Este é um jogador de relevância, que pode trazer muitas dores de cabeça aos encarnados.

3. Victor Moses – O médio nigeriano é um dos principais jogadores que Rui Vitória tem à disposição. O jogador esteve emprestado ao clube russo pelo Chelsea FC desde 2020, mas esta época foi contratado em definitivo. Na época de 2020/21, vestiu a camisola do Spartak Moscovo 19 vezes, tendo marcado quatro golos e feito outras quatro assistências."

RASCORD JÁ COLOCOU 150 JOGADORES NO BENFICA, RECORD MUNDIAL...


quinta-feira, 29 de julho de 2021

RUI COSTA ENTREVISTA TVI | COMPLETO

                                                   

A DOPAGEM COMO COMPORTAMENTO DESVIANTE

 


"“Escrever sobre doping é correr o risco de pisar terrenos lamacentos, nos quais os pés se afundam a cada passo” e “é mergulhar num mar de questões que ficam, muitas delas, sem resposta”, advertem Melo e Azevedo (2004, pp. 11 e 137). A dopagem (doping, em inglês) é um fenómeno social de grande escala. O dicionário on-line da Cambridge refere que é “o ato de dar a uma pessoa ou animal medicamentos para que tenham um melhor ou pior desempenho numa competição”. Prejudicial para a saúde e infração à regra, é considerada um “mal” do século XXI. Atualmente, a dopagem tem um significado bastante mais abrangente do que há alguns anos.
Como prática “desviante”, diria Becker (1995), a questão da dopagem coloca às ciências sociais dificuldades acrescidas. Basta, para isso, recensear a fraqueza dos métodos habituais mobilizados pelo sociólogo para apreender as práticas sociais (entrevistas, inquérito por questionário, observação direta e participante). No caso do atleta, a apreensão da dopagem passa, essencialmente, pelo corpo (produto injetado, absorvido, consumido, etc.). O corpo passa a ser o “testemunho”.
As estatísticas sobre a dopagem apresentam forças e fraquezas, simultaneamente, pois funcionam pela totalização ou pela redução da realidade. Se aceitarmos que possa haver “interesse no desinteresse”, como sublinhava Bourdieu (1997, p. 148), para se analisar a dopagem convém partir dos interesses e das posições dos diferentes atores sociais. O contexto da dopagem nos atletas desenvolve-se no contexto de uma sociedade dopada, acostumada ao consumo generalizado de medicamentos, suplementos alimentares, vitaminas e outras substâncias, estimulando a performance quotidiana. E é preciso não esquecer que a competição desportiva, exprime a possibilidade de uma harmonia entre o corpo e o espírito, entre o jogo e o rigor moral, entre a competição e a solidariedade, entre a cultura e o povo. O desporto de alto rendimento é apenas uma faceta; a mais mediática. Inserida no comportamento desviante, a dopagem solicita uma reflexão ética. O termo “desviante” possui um sentido mais abrangente do que o de delinquência. São qualificados de “desviantes” os comportamentos que transgridem as normas aceites por um determinado grupo social ou por uma determinada instituição. Esta categoria inclui os atos sancionados pelo sistema jurídico-policial. É preciso ter sempre em atenção à questão: quem dita as regras? Sabemos que as normas sociais são influenciadas pelas divisões de classe e de poder.
Segundo Durkheim (1984 [1893]) e Giddens (2004), o desvio é necessário para a sociedade. Ele tem uma função adaptativa, isto é, é uma força inovadora, que impulsiona a mudança através de novas ideias e desafios na sociedade, e promove a manutenção de limites entre comportamentos “maus” e “bons” na sociedade.
Muitos textos apoiam-se sobre o pressuposto que é preciso erradicar a dopagem. Para isso, muitos projetos oscilam entre a educação e a repressão. A repressão assenta como ação amplamente representada, dado que a dopagem constitui uma infração, um ato delituoso, mas também uma falta de ética desportiva. Assim, os dopados são explicita e sistematicamente considerados como os batoteiros e que sanções exemplares devem ser tomadas.
A dopagem é apresentada como uma prática capaz de destruir o desporto, o que permite explicar a razão de se afirmar nos textos que os atletas arriscam a sua vida, recorrendo aos produtos proibidos. A mensagem implícita do “desporto puro”, o das “origens”, trufado de valores paradisíacos e idealizados do olimpismo, não pode contemplar tais práticas. A dopagem não é uma ação puramente pessoal. Existem fatores sociais externos que exercem uma influência fundamental no comportamento dos atletas. Por outro lado, a atitude dopante traduz-se numa relação liberal relativamente ao corpo. O recurso aos produtos dopantes pode ser considerado como um uso social de drogas. Neste caso, em particular, o indivíduo não procura escapar à realidade do mundo social, mas, sim, integrar-se numa sociedade considerada concorrencial, constituída de provas a ultrapassar."

AS OLÍMPICAS VIRGENS

 


"Luís Filipe Vieira (LFV), o presidente do Sport Lisboa e Benfica (Benfica) foi detido no dia 7 de julho. De acordo com o comunicado emitido pelo DCIAP, em causa estão a suspeita de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.
E, perante a estupefação do País os deuses do nacional olimpismo não perderam tempo em lançar a sua ira sobre LFV que, tal qual treinador de futebol, de um dia para o outro, numa espécie de bacanal romano em honra de Baco deus do vinho, passou de bestial a besta e arredado de todos os cargos que exercia no Clube e na SAD.
Em mais de cinquenta anos ligado profissionalmente ao mundo do desporto português nunca vi despachar um homem com tanta eficiência, tanta eficácia e tanta falta de ética. Foi obra que, certamente, ficará na história do desporto nacional.
O que aconteceu foi de tal maneira vergonhoso que, ao cabo de pouco mais de duas semanas, já é possível identificar as principais motivações que animaram aqueles que, sem qualquer vergonha na cara, se encarregaram de se antecipar aos Tribunais e crucificar LFV na praça pública. Uns optaram pelo mal da amnésia hipócrita, outros pelo mal da vingança selvagem.
Os atingidos pela amnésia hipócrita, estão entre aqueles que, independentemente da nacionalidade, da cor da pele, da conta bancária, da exposição mediática, da religião, do sexo e tendências ou do partido político em que no momento militavam, frequentavam reverencialmente o camarote presidencial do Estádio da Luz. Estes hipócritas e mal-agradecidos, de um momento para o outro, deixaram de conhecer o presidente do Benfica. E até houve quem teve o descaramento de dizer que conhecia muito bem o ambiente vip que se vivia no camarote presidencial do Estádio da Luz mas só lá tinha ido uma vez. E, também foi degradante, ver nas televisões alguns comentadores ao serviço do regime, tal qual Judas, negarem conhecer o presidente do Benfica não uma, nem duas, nem três, mas as vezes que foram necessárias. E triste foi, ainda, constatar que, quando uns pândegos da bola, quiseram fazer uma manifestação em apoio a LFV, compareceram às portas do Estádio da Luz, não aqueles que os portugueses se habituaram, através da comunicação social, a ver no camarote presidencial do Estádio da Luz a “lamberem” o presidente do clube mas, uma dúzia de gatos pingados que ainda não percebeu que, devido a muitos anos de políticas públicas absolutamente miseráveis, no estado em que o futebol se encontra, só serve para lhes explorar a doença clubística de que padecem.
E, os atingidos pela vingança selvagem apressaram-se a ir às catacumbas mais profundas e mórbidas das suas memórias para, como já lhes é habitual, trazer para o desporto os mais baixos sentimentos da condição humana. Para eles, chegara o tempo de ajustar contas. E, numa reles covardia, apontaram as baterias do veneno que lhes ia na alma para aquele que secretamente odiavam. E, sobre alguém que não se podia defender e, menos ainda, contra-atacar, despejaram rajadas de ódio, de raiva e de desprezo, como se o homem, antes de ser julgado e condenado, fosse o responsável pela degradação ético-moral em que o desporto nacional se encontra.
Entretanto, tanto uns como outros, na maior das hipocrisias e disfarçados de novas virgens, num país assoberbado pela corrupção da ética desportiva, resolveram começar a produzir altos discursos e prosas moralistas porque, dizem eles, independentemente daquilo que a justiça possa vir a apurar, as suspeitas que envolvem LFV não são positivas para o desporto. E afirmam-no, sem qualquer vergonha, como se eles não fossem também suspeitos de muitas das misérias de um desporto que, nos tempos que correm, tresanda a vigarices.
Há muito que, nos mais diversos países do mundo, o Movimento Olímpico moderno tem sido um terreno privilegiado, para a prática de crimes de toda a ordem como há muito foi denunciado pelo dirigente do Comité Olímpico Internacional (COI) de seu nome Marck Hodler (1918-2006) quando, em finais dos anos noventa, afirmou que “de cinco a sete por cento dos membros do COI eram compráveis”. E acusou as votações para a atribuição dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), Sydney (2000), Nagano (1998) e Salt Lake City (2002) terem sido compradas, e como Barak Obama teve a oportunidade de constatar em 2009, as candidaturas continuaram a processar-se debaixo de um véu de corrupção.
As grandes organizações do mundo do desporto respeitam cada vez menos uma cultura democrática de transparência que deve prevalecer em qualquer instituição que, por delegação pública, administra dinheiros públicos. Organizações como a FIFA e o COI são Estados dentro do próprio Estado. Contra tudo e todos, o Campeonato do Mundo de Futebol (2022) da FIFA será realizado no Catar debaixo de enormes suspeitas de corrupção. Tal como os Jogos Olímpicos de Tóquio (2020) cujos organizadores distribuíram milhões de dólares em presentes a fim de Tóquio receber o apoio dos membros do COI (Record, 2020-04-01). Ora, a bem ver, em termos comparativos, as acusações que recaem sobre Luís Filipe Vieira, não sendo de admitir, não passam de traquinices de menino de coro pelo que, causa um profundo asco, ver por aí umas certas novas virgens a pregarem moralidade.
Por isso, há que colocar um ponto final sobre os olímpicos discursos covardes, hipócritas, oportunistas e moralmente corruptos e, calmamente, esperar que a justiça funcione com a celeridade necessária para que a própria justiça possa ser consumada com justiça."

AS LANÇAS APONTADAS - BTV - 28 JULHO 2021

                                                   

AMBIÇÃO RENOVADA


"Vencer todas as provas nacionais e melhorar o desempenho na Europa é o enorme desafio que se coloca à nossa equipa feminina de futebol para a nova temporada.
Só um Benfica mais capaz do que os adversários, certamente competentes e muito motivados, e permanentemente focado na missão de vencer conseguirá atingir este desiderato, mas é assente no brilhantismo patenteado na época passada, bem como na mentalidade ganhadora evidenciada desde o início deste projeto, que se justificam as elevadas expetativas de todos os benfiquistas.
Assim, na sequência de um ano triunfante para o Benfica, um dos grandes trunfos será mesmo a estabilidade conseguida na transição para 2021/22.
A equipa técnica mantém-se e o núcleo do plantel campeão continua a representar o Clube. Foram várias as renovações de contrato com atletas anunciadas no defeso, entre as quais: Cloé Lacasse, Sílvia Rebelo, Catarina Amado, Lúcia Alves, Matilde Fidalgo, Carolina Vilão, Ana Seiça, Amélia Silva, Pauleta e Ana Vitória.
Juntam-se ao plantel os reforços Maria Negrão, uma jovem de apenas 17 anos, oriunda do Famalicão, que se trata de uma das esperanças nacionais, já chamada à Seleção, mas ainda sem se ter estreado pela equipa das Quinas, e Valéria, internacional brasileira, ex-Madrid CFF da liga espanhola.
Registam-se ainda os regressos de cinco jovens que estiveram emprestadas ao Damaiense: Adriana Rocha, Carolina Correia, Daniela Santos, Madalina Tatar e Lara Pintassilgo. Bem como de Carlota Cristo, que esteve cedida no Valadares.
Continua assim o plantel a ser caraterizado por uma mescla de experiência e juventude, com uma média de idades relativamente baixa e muitas jovens formadas ou com percurso no Benfica, e sobretudo enorme vontade de muitas conquistas.
Após duas semanas de treino intensas, prosseguem os trabalhos de preparação para a nova temporada, a partir de hoje, no Luso, num estágio que terá a duração de seis dias. Seguir-se-á a KAIF Cup, na Áustria, de 5 a 8 agosto. Este é um prestigiado torneio internacional, onde também estarão Real Madrid, Turbine Potsdam, Sparta de Praga, Celtic Glasgow e Áustria Viena.
O planeamento da pré-época foi pensado de acordo com o alto nível de exigência da temporada e a sempre elevada ambição inerente a um clube como o Benfica. E, logo no início, há objetivos a cumprir.
Assim, em 18 de agosto, em Sarajevo, começa o apuramento para a Liga dos Campeões em formato minitorneio, frente ao Kyriat Gat. Vencendo, haverá final frente ao vencedor do SFK 2000 Sarajevo e o Union Luxemburgo. Apenas o finalista vitorioso seguirá em frente.
E, no calendário nacional, está já definida a Supertaça de Portugal. Não tendo existido Taça de Portugal referente à última época, a Federação Portuguesa de Futebol definiu que o adversário do campeão Benfica será o segundo classificado da Liga BPI; será um dérbi, portanto, com o Sporting, a 28 de agosto, no Estádio do Restelo.
Por certo que não será tarefa fácil concretizar todos os objetivos a que a equipa se propõe, mas estamos certos de que tudo fará por atingi-los e que nunca deixará de contar com o forte apoio dos Benfiquistas. Boa sorte!

P.S.: O Sport Lisboa e Benfica expressa o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Bento Leitão, médico que esteve ligado ao Futebol Profissional durante mais de uma década, contribuindo, com profissionalismo e dedicação inexcedíveis, para os sucessos alcançados. Nestes últimos anos exercia funções transversais na área clínica do Clube. Neste momento de grande tristeza pela perda de um dos nossos, o Sport Lisboa e Benfica, em nome de toda a Família Benfiquista, endereça sentidas condolências aos familiares e amigos de Bento Leitão."

Benfica News, in SL Benfica 

JORNAL O BENFICA - BTV - 29 JULHO 2021

                                                   

O PESO DA TELMA

 


"O que nos pesa realmente não é o peso que temos, mas o peso que somos - e pesamos o peso das palavras que se nos vão integrando. Quando dizemos de alguém que é um tipo de peso, estamos a avaliá-lo muito para lá do número de quilos que constam do seu cartão de identidade - que, apesar dos seus 57 quilos, é grande a influência que exerce sobre os demais. Como é o caso da judoca de Almada, a Telma Monteiro, que soçobrou como uma árvore arrancada por um daqueles tufões que costumam assolar o Japão. E por que arreou assim tão rendidamente a nossa amada atleta?
Por isso mesmo: peso a mais! Ela já tinha trabalho bastante a lidar com os seus 57 quilos regulamentares. E, como se não bastasse ter que aguentar com outro tanto da adversária, abateu-se sobre os seus ombros o descomunal peso das insensatas e desmesuradas expectativas de dez milhões que lhe exigiam a vitória, mesmo tendo em conta a histórica abulia da menina de Almada em palcos olímpicos.
O peso das expectativas afoga e paralisa - como acontecera com Fernando Mamede, nos jogos olímpicos de Los Angeles, em 1984: sabendo que, àquela hora, três da madrugada, o país espantava o sono com gritos e cerveja, na certeza antecipada da categórica vitória do recordista mundial do 10.000 metros, o elegante fundista de Beja, sob o olhar ansioso do Prof. Moniz Pereira, afundava-se clamorosamente, desaparecendo, a meio da prova, da pista, ante o olhar atónito dos seus compatriotas. Tremuras e vómitos: eis no que deu a euforia esperançosa dos portugueses - e o pobre do Mamede não aguentou tão grande peso e arreou.
Este insuportável peso das expectativas é-o na exacta medida em que o/a atleta se aceita permeável ao que dele/dela a sociedade cobra e reclama. É nessa incorporação patológica dos anseios vindos de fora, que se desenvolve o drama dentro.
A propósito, Aldous Huxley: escreveu que “ a experiência não é aquilo que nos acontece mas o que fazemos com aquilo que nos acontece “. Quando, no palreio dos serões televisivos, se diz que fulano ou sicrano não sabe lidar com a pressão é desta fragilidade ôntica do atleta que estamos a falar. É que não é apenas o peso psicológico das expectativas depositadas na performance do nosso atleta, mas é essa sua condição de “nosso” que faz dele uma aposta social infalível - e não há modo mais seguro de insucesso do que o medo de falhar e, assim, desapontarmos tantos (todos) que confiaram em nós: ao peso psicológico das naturais expectativas há que juntar o elemento épico da dimensão simbólica da representação.
E, nesse plano, todos temos bem presente a tragédia grega em 2004, no estádio da Luz, como os franceses recordarão a tragédia à portuguesa, em 2016, no estádio de France.
Ceder ao peso das expectativas é ceder à centrifugicidade ôntica do tempo: é deixar-se capturar pelo engodo fátuo do amanhã, em vez de instalar-se na densidade ontológica do agora: a única instância onde tudo acontece: “ Quem de vós pode crescer um só centímetro à custa de se preocupar com isso? (...) não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá as suas preocupações. Basta a cada dia a própria dificuldade “ (Mt 6,27,34).
A magia do sucesso radica no culto sereno de uma doce presença - aí a âncora a que vale a pena agarrarmo-nos.
E tu, Telma, não permitas que o peso excessivo das nossas expectativas te atirem ao tapete.
Por favor, continua a confiar em ti mesma!"

JORNALEIROS FOGEM DA VERGONHA DOS ANDRADES E O TAD IGNORA PIAZON, SE FOSSE PALHINHA...


 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

LEONOR PINHÃO - BTV - 27 JULHO 2021

                                                   

105 x 68 - BTV - 27 JULHO 2021

                                                   

EZEQUIEL GARAY | OS 3 MELHORES MOMENTOS DO ARGENTINO NA LUZ

 

"Há poucos dias, o central argentino Ezequiel Garay anunciou que colocou um ponto final na sua carreira de futebolista. O antigo internacional argentino jogou três temporadas no SL Benfica, tempo suficiente para que muitos adeptos o considerassem como um dos melhores defesas-centrais da história do clube. 
 Ao todo, foram 136 jogos e 12 golos que Ezequiel Garay fez de águia ao peito, pelo que irei, então, recordar três dos melhores momentos que o argentino viveu ao serviço do clube da Luz.

1. Golo ao FC Porto – Uma semana após a morte de Eusébio, o SL Benfica teria um Clássico contra o então tricampeão nacional. Em caso de vitória encarnada, estes chegariam à liderança da Primeira Liga.
Numa clara demonstração de raça, querer e ambição, as águias superiorizaram-se em toda a linha ao rival azul e branco, com Garay a marcar o 2-0 na cobrança de um pontapé de canto, aproveitando da melhor forma a saída em falso de Helton.

2. Golo à Juventus FC – Com o SL Benfica acabado de conquistar o seu 33º título de campeão nacional, a equipa de Jorge Jesus teria ainda mais uma missão hercúlea pela frente, ao defrontar a Juventus FC nas meias-finais da Liga Europa.
Na primeira mão,
realizada no Estádio da Luz, seria o central argentino a fazer vibrar as bancadas logo no início do jogo. Após canto cobrado por Sulejmani, Garay cabeceou colocado, não dando hipóteses de defesa a Gianluigi Buffon.

3. Bis ao FC Paços de Ferreira – Em jogo a contar para a quarta jornada da Primeira Liga 2013/14, o SL Benfica já somava uma derrota e um empate, não podendo perder mais terreno para os adversários diretos, na receção ao clube da Mata Real.
Depois de Enzo Pérez ter inaugurado o marcador aos quatro minutos, o central argentino fez o 2-0 num lance de bola parada muito bem trabalhado. Já na segunda parte, pouco depois da equipa pacense reduzir, Garay viria a bisar na partida selando, o três a um final."

A PIADA DO DIA É DO NOJO. LOULETANO ATROPELADO DIZEM ELES


 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

COM A AZIA ATÉ SE VÃO BABAR

 Emissão de obrigações: SAD arrecada 35 milhões de euros


"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD atingiu o objetivo proposto ao alcançar os 35 milhões de euros com a emissão obrigacionista 2021-2024.

Segundo a informação divulgada pela Euronext Lisboa e publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta segunda-feira, 1887 investidores adquiriram as obrigações da SAD do Benfica, registando-se uma procura total de 35,179 milhões de euros.
A Oferta Pública de Subscrição, que tinha um valor nominal de cinco euros por obrigação, garantia uma taxa de juro bruta de 4%. A maturidade desta operação ocorre dentro de três anos, a 28 de julho de 2024."