domingo, 31 de março de 2019

OS FANTOCHES DO FUTEBOL PORTUGUÊS


"No palco do futebol português os fantoches ganharam espaço e ganharam vida. Até já são levados a sério, como se fossem humanos...

Os fantoches, por definição, são bonecos articulados por fios. Também são conhecidos por marionetas. Figuras históricas de divertimento público. Protagonistas ancestrais dos palcos de teatros mais populares.
Os fantoches não são para levar a sério. São representantes de uma arte cénica figurativa e que representam um certo lado pitoresco, como se fossem uma caricatura da realidade, um desenho excessivo das pequenas e grandes misérias da própria vida.
No palco do futebol português, os fantoches ganharam espaço e ganharam vida própria. O seu espectáculo começou por ser, apenas, um espectáculo de fantoches e de marionetas articuladas por mãos habilidosas, mas o povo inculto e pouco demorado nos pensamentos deixou-se cativar por aquele lado alarve e estúpido dos bonecos e não tardou a que as televisões vissem, ali, um projecto de agitação do seu clube de audiência mortas.
Hoje, podemos encontrar os fantoches do futebol português um pouco por todo o lado e a questão mais intrigante é a de que nem todos são imediatamente reconhecíveis à vista desarmada. Podem estar no nosso lado, no restaurante ou no supermercado, no parque de diversões ou na paragem do autocarro, vestidos como pessoas, agindo como pessoas, andando como pessoas, rindo e falando como pessoas e nós não nos apercebemos de que não são mesmo pessoas, mas apenas fantoches, bonecos que por um estranho desejo de autonomia, se desenfiaram dos fios e de quem os manipula, se despiram de figurantes e quiserem experimentar como seria a vida humana.
Não há perigo especial nessa vontade inócua e ingénua. Não aguentam muito tempo a realidade da vida e depressa eles próprios se atam, se novo, aos fios que os controlam e aos seus superiores que os comandam.
Há, no entanto, uma inquietação legítima: os fantoches começam a ser muitos e têm uma particular sedução pelas câmaras televisivas, pelos microfones da rádio, pelos títulos gordos dos jornais e, muito especialmente, pelo uso das redes sociais. É aliás neste universo egocêntrico da comunicação impessoal e não raras vezes absurda que os fantoches se sentem como peixe na água. Aquilo foi feito para eles, mesmo que possa ser usado por pessoas, mesmo que tenha o seu espaço pensante e crítico, a rede social é a cama onde qualquer fantoche gosta de estar, porque se sente mais próximo daqueles que o atormentam com movimentos que não querem ter, como acções que não querem assumir, com representações que fazem por serem obrigados.
Todos nós temos épocas do ano em que nos exigem mais na nossa vida profissional. No caso dos fantoches do futebol, o final de cada época é uma tormenta que só não é desumana porque os fantoches não são verdadeiros humanos, mas apenas caricaturas dos humanos.
Sem horário de trabalho, sem sindicatos que os protejam, sem poder de reivindicação, sem salários, sem dignidade profissional, sem reconhecimento público, os fantoches trabalham, incansavelmente, todos os dias, a todas as horas no interesse dos donos do teatro da bola, que não prescindem da enorme vantagem de não aparecerem por detrás dos cenários e manobrarem os fios das mais alarves fantochadas.
Surgiu, entretanto, um perigo inesperado para o futebol português. É que algum povinho desaprendeu de saber que o fantoche é apenas e só um fantoche. Alguns começam a acreditar que são gente a sério, com uma vida para viver. E, de repente, a fantochada, que devia ser só um ingénuo entretenimento, começou a ser levada como se fosse coisa séria, em que vale a pena pensar."

Vítor Serpa, in A Bola

BENFICA ESTÁ NA FINAL DO PLAY-OFF!


VOLEIBOL
Numa eliminatória à melhor de cinco, vai haver dérbi para encontrar o Campeão Nacional 2018/19.
Categórico! A formação de voleibol do Benfica voltou a medir forças com a Fonte do Bastardo no Pavilhão n.º 2 da Luz e a história repetiu-se! No Jogo 3 das meias-finais do Campeonato Nacional, triunfo taxativo por 3-0 no jogo... 3-0 na eliminatória e um lugar garantido na final da competição!
Foi já com o primeiro finalista da grande final encontrado que SL Benfica e Fonte do Bastardo entraram em quadra no Pavilhão n.º 2. Depois das vitórias nos Açores (0-3) e na Luz (3-1), às águias bastava um novo triunfo para carimbar presença na derradeira eliminatória, já os açorianos tinham de dar o tudo por tudo para reduzir desvantagens e acreditar numa possível reviravolta nos desafios seguintes…

Dois duelos até ao momento, dois grandes desafios de voleibol, pautados por um equilíbrio q.b., no entanto, com os encarnados a conseguirem sempre serem superiores e marcarem a diferença.
Posto isto, mais um grande duelo em perspetiva para a tarde deste domingo… e as expectativas não foram goradas! Entrada em jogo muito serena das águias, plenas de confiança. Logo de início, vantagem de três pontos, vantagem essa dilatada com naturalidade para um expressivo 12-5. João Coelho pediu de imediato time out para reorganizar as tropas, mas este Benfica não tremeu. Não obstante a reação açoriana, a encurtar distâncias, os encarnados, com um bloco fortíssimo e um serviço agressivo, partiram para o 1-0 no jogo, após um 25-16 no 1.º set.
Segundo set com o Benfica a colocar em quadra muita, muita qualidade! Os pontos foram-se acumulando, perante uma Fonte do Bastardo sem argumentos – não obstante a vontade! – para contrariar a classe e talento da formação comandada por Marcel Matz. 9-1, 11-3, 15-6, 22-11… Triunfo por 25-12, com os encarnados a dilatarem a vantagem no jogo: 2-0.
Ao contrário dos dois sets anteriores, a Fonte do Bastardo entrou com tudo no 3.º set, esteve na frente e equilibrou até aos dez pontos. A partir daqui, enorme Benfica em quadra, decidido e convicto em resolver. Consequência? 25-15 no set, 3-0 no jogo e na eliminatória!
Formação inicial do Benfica: Rapha, Zelão, Peter, André Lopes, Tiago Violas, Theo Lopes e Ivo Casas.
Na grande final do play-off do Campeonato Nacional de voleibol vai haver dérbi! O SL Benfica, depois de eliminar a Fonte do Bastardo (3-0), vai então encontrar o Sporting CP que, por seu turno, deixou para trás, também por taxativos 3-0 na eliminatória, o SC Espinho.
Tal como as meias-finais, a final decide-se à melhor de cinco, ou seja, a primeira equipa que atingir as três vitórias sagra-se Campeã Nacional, sendo que, em caso de negra, o Benfica – por ter terminado a Fase Regular na liderança – beneficiará sempre do fator casa.

GRANDES PENALIDADES DECIDEM TAÇA DE PORTUGAL


FUTSAL
A equipa de futsal do Benfica esteve várias vezes na frente do marcador, mas não conseguiu trazer o troféu para as vitrinas do Museu Benfica - Cosme Damião.
A final da Taça de Portugal de futsal foi decidida no desempate através das grandes penalidades. Benfica e Sporting proporcionaram um grande espetáculo no Pavilhão Multiusos de Gondomar, com o resultado a ficar 5-5 após prolongamento, mas nas decisões os leões foram mais eficazes (3-2) e conquistaram a prova-rainha.
Bancadas preenchidas para receber a final masculina da Taça de Portugal de futsal. Na quadra, um jogo muito apetecível com Benfica e Sporting frente a frente. Os adeptos correspondiam nas bancadas e as águias no terreno de jogo.
No primeiro minuto, Henmi testou a atenção de Guitta; no lance seguinte, as redes abanaram…
[GOLO: 0-1] Tolrà recuperou o esférico a Pedro Cary, galgou metros e rematou sem hipóteses para o guarda-redes do Sporting (2’).
Jogo rijinho no Multiusos de Gondomar, com cada bola a ser disputada como se fosse a última e com os jogadores a recorrerem a algumas faltas. Ao fim e ao cabo, tratava-se de um dérbi e de uma final.
Na quadra, o Benfica parecia estar melhor, com maior posse de bola e sempre mais perto da área leonina. Porém, num ataque rápido, aos 8’, Cavinato obrigou Roncaglio a aplicar-se.
[GOLO: 0-2] Nova perda de bola do Sporting, Robinho viu espaço, subiu no terreno com a bola dominada e, de pé esquerdo, desferiu um tiro indefensável para Guitta (9’).
Bola ao centro e Guitta tentou surpreender o colega de baliza, Roncaglio, mas o benfiquista não o permitiu. Pouco depois, Fernandinho atirou por cima.
[GOLO: 1-2] Aos 11’, o Sporting reduziu através de Dieguinho. O brasileiro, com um remate à entrada da área, bateu Roncaglio.
Aos 12’, a defesa do Benfica facilitou e Merlim atirou com estrondo ao poste. Verdes e brancos perto do 2-2. Ao susto, as águias responderam com mais um golo. Antes, Guitta ainda negou com uma defesa.
[GOLO: 1-3] Remate de André Coelho que Guitta não consegue segurar e, oportuno, Fernandinho aumenta a contagem para os da Luz.
O jogo encaminhava-se rapidamente para o intervalo, mas o Sporting ainda queria ter uma palavra a dizer…
[GOLO: 2-3] A dois minutos do fim, aos 18’, Cardinal, com um remate na passada, reduziu o resultado.
A segundos do intervalo, Leo, por duas vezes, esteve perto do golo. Primeiro, Roncaglio defendeu, depois o tiro bateu no poste. No final dos primeiros 20’, o Benfica vencia, por 2-3.
Empurrados pelo público que nunca deixou de apoiar, os encarnados entraram a todo o gás no segundo tempo. Dois remates a testar a atenção de Guitta e a mostrar que a equipa não ia descansar apesar da vantagem no marcador.
O Sporting respondeu por Deo aos 23’, mas Roncaglio opôs-se com uma estrondosa defesa. No seguimento do lance surgiu o empate.
[GOLO: 3-3] Pontapé de canto marcado por Deo, a bola bateu em Cavinato que ia a passar e entrou na baliza. Um tento que tem tanto de caricato como de não intencional.
Bola ao centro e o Benfica está perto de novo golo. Quem não marca, sofre…

[GOLO: 4-3] Merlim rematou, o esférico bateu nos dois postes da baliza do Benfica e, na recarga, o mesmo jogador consumou a reviravolta no marcador.
O Benfica respondeu bem aos golos sofridos e rapidamente foi atrás do prejuízo. Tiago Brito, em duas ocasiões, esteve perto do 4-4. Logo de seguida, Cavinato, com um potente remate, quase surpreendeu Roncaglio.
Aos 31’, Roncaglio perdeu a bola na saída de bola e Pany Varela só não fez o 5-3 porque Henmi cortou em cima da linha de golo.
[GOLO: 4-4] O guarda-redes do Benfica redimiu-se do erro com um golo. O brasileiro subiu e testou o seu remate com êxito.
A cinco minutos do apito final, Bruno Coelho descobriu André Coelho na área, mas o desvio do 4 saiu um tudo-nada ao lado. Aos 18’, Erick esteve perto de marcar para o Sporting; respondeu o Benfica logo a seguir por Fernandinho.
À passagem dos 39’, Fits ficou a centímetros de evitar o prolongamento. Recebeu o esférico, rodou e rematou com estrondo à barra da baliza de Guitta.
No final do tempo regulamentar, o dérbi manteve-se empatado (4-4) e seguiu-se o prolongamento.
O primeiro frisson no prolongamento apareceu por intermédio de Roncaglio, mas o remate do guarda-redes foi defendido pelo outro guardião, Guitta. Mais Benfica na quadra e Guitta a defender o tiro de Fábio Cecílio.
[GOLO: 4-5] Quando o Sporting tentava sair a jogar, Fábio Cecílio recuperou e o esférico sobrou para Fernandinho, que disparou de pé esquerdo para o fundo das redes.
Na segunda parte do prolongamento, Dieguinho tirou tinta ao poste com um remate. Mal, a equipa de arbitragem sinalizou canto e no seguimento do lance novo empate.
[GOLO: 5-5] Jogada de 5x4 do Sporting e Henmi, com um autogolo, traiu Roncaglio e empatou a contenda
Aos 49’, Cavinato viu o seu remate sair a centímetros da baliza das águias. Roncaglio parecia batido. O resultado seguiu em 5-5 até ao fim e a final da Taça de Portugal foi para o desempate através de grandes penalidades.
Grandes penalidades
BENFICA
Fernandinho marcou
Tolrà marcou
Robinho falhou
Sporting
Cardinal marcou
Dieguinho marcou
Merlim marcou
Cinco inicial do Benfica: Roncaglio, Tolrà, Rafael Henmi, Robinho e Fits.
Suplentes: Cristiano, André Coelho, Fábio Cecílio, Tiago Brito, Bruno Coelho, Miguel Ângelo e Fernandinho.
Encarnados viram agulhas para a Liga Sport Zone e no dia 7 de abril, às 20h00, recebem o Quinta dos Lombos, no Pavilhão Fidelidade.

FUTSAL FEMININO CONQUISTA TAÇA DE PORTUGAL


FUTSAL FEMININO
Águias foram superiores ao Novasemente e venceram a prova-rainha pela 4.ª vez consecutiva.
A equipa de futsal feminino do Benfica conquistou a Taça de Portugal, a 4.ª de forma consecutiva, após bater o Novasemente, por 2-0, na final realizada no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
O primeiro disparo saiu no minuto inaugural, mas Sara Wallace, guarda-redes do Novasemente, afastou. Aos 7’, o Benfica perdeu a bola na saída para o ataque e Ana Catarina evitou o primeiro do Novasemente.
Aos 9’, foi o Novasemente a falhar no momento da construção, mas o disparo de Fifó saiu ao lado. Aos 11’, Janice assistiu Sara Ferreira, mas o remate da 10 foi ao poste; no lance seguinte, de novo o disparo de Sara Ferreira a esbarrar nos ferros da baliza do Novasemente. Em poucos segundos, o Benfica a ficar muito perto do 1-0.
O Novasemente reagiu por Angélica, mas o potente remate desta foi travado por Ana Catarina. Aos 14’, Raquel a atirar com um estrondo à baliza de Sara Wallace. Terceiro remate ao poste por parte das águias. A mira das comandadas por Bruno Fernandes estava mais do que afinada e Raquel, aos 15’, voltou a acertar no ferro da baliza do Novasemente.
Perto do fim, aos 16’, saída rápida da turma nortenha, com Júnior a rematar para nova estirada de Ana Catarina. Aos 19’, Angélica, à boca da baliza, ficou a centímetros de desviar para 0-1 para o Novasemente.
Apesar de uma primeira parte muito interessante e de o Benfica ter acertado quatro dos seus remates nos postes, o 0-0 manteve-se até ao intervalo.
A segunda parte começou com poucas oportunidades de golo. A exceção foi o remate de Fifó aos 23’, que antecedeu o 1-0.

[GOLO: 1-0] Janice inaugurou o marcador ao desviar o esférico de Sara Wallace depois de um excelente trabalho na posição de pivô.
A perder, o Novasemente foi atrás do empate. Primeiro Pisko viu o remate intercetado, depois Sofia Ferreira viu Ana Catarina defender e na insistência a equipa de arbitragem assinalou grande penalidade por falta de Beatriz Sanheiro. Na hora da verdade, Sofia Ferreira permitiu a defesa de Bety (27’).
Os remates aos postes da baliza do Novasemente regressaram na etapa complementar. Janice, de primeira, a acertar na barra, aos 30’.
Para os últimos minutos, o Novasemente usou o 5x4 e Pisko esteve perto do golo, mas foram as águias a lá chegar.
[GOLO: 2-0] Aos 39’, Ana Catarina marcou um golaço de uma baliza a outra, aspeto que a guarda-redes costuma explorar.
Cinco inicial do Benfica: Ana Catarina, Inês Fernandes, Janice, Fifó e Sara Ferreira.
Esse tento terminou com as esperanças da Novasemente. No final, Benfica triunfou, por 2-0 e conquistou mais uma Taça de Portugal para o palmarés, a 4.ª consecutiva, isto no jogo 101 do treinador Bruno Fernandes no comando do futsal feminino encarnado.
Benfica-Novasemente
“Foi um excelente jogo de futsal”
Bruno Fernandes (treinador do Benfica): “O primeiro objetivo da época foi a Supertaça, o segundo é que foi a Taça de Portugal e agora vamo-nos dedicar ao Campeonato. Foi um excelente jogo de futsal, as pessoas que assistiram ao jogo viram a qualidade que existe no futsal feminino em Portugal e isso é o mais importante.”

BENFICA B VENCE ESTORIL


BENFICA B COM FOGO NO ATAQUE
FUTEBOL
Triunfo em casa do Estoril (candidato à subida) na 27.ª jornada da II Liga.
De visita ao Estádio António Coimbra da Mota, reduto onde mora o Estoril (candidato à subida de divisão), o Benfica B foi mais forte e eficaz na finalização e triunfou por 1-3 na 27.ª jornada da II Liga.
Com uma abordagem ao jogo muito positiva e afinada, a equipa B das águias criou tema na baliza do Estoril aos 5'. Numa segunda vaga após canto batido na esquerda, o lateral Frimpong armou o cruzamento e o central Kalaica, superior nas alturas no meio da área, cabeceou com pontaria, fazendo o 0-1.

Os recursos de Zlobin, que neste fim de semana atuou pelo Benfica B, foram rapidamente postos à prova pelos estorilistas, mas o guarda-redes mostrou competência, sustendo, antes de se atingir o minuto 10, um tiro de meia distância que ameaçava terminar em golo.
Numa saída rápida bem elaborada (iniciada por recuperação de Nuno Santos), as águias alcançaram o 0-2 por intermédio de Willock, que encostou na pequena área após uma assistência de Bernardo a partir da esquerda, depois de este ter sido desmarcado pelo avançado Pedro Henrique (23').
O Benfica B estava fogoso no ataque e elevou a contagem aos 26': Alex Pinto avançou na direita, cruzou e Pedro Henrique mergulhou para, de cabeça, rubricar o 0-3.
A perder por três bolas de diferença, o Estoril não se rendeu e esforçou-se para justificar e comprovar no relvado o estatuto de candidato à promoção à I Liga do futebol português. E a réplica dos canarinhos foi forte até ao fim da primeira parte, dando trabalho à organização defensiva do Benfica B e ao guarda-redes Zlobin. Porém, com bola, as águias também não concediam tréguas ao anfitrião. Resultado ao intervalo: 0-3.
Fernando Chalana Estoril-Benfica B
Sob o olhar da glória benfiquista Fernando Chalana, os encarnados reentraram com muita energia e dispuseram de duas chances para apontar o 0-4 nos instantes iniciais do segundo tempo, mas nem Pedro Henrique nem Bernardo tocaram para as malhas no momento-chave dos lances.
Pedro Henrique, solicitado pelo recém-entrado Zé Gomes (substituiu Willock aos 71'), tornou a bater o guardião estorilista quando se atingiu o minuto 72 da partida, mas o lance foi invalidado por posição de fora de jogo do avançado das águias.

O acerto e o bom jogo do Benfica B foram criando alguma descrença no Estoril, que, ainda assim, obrigava a defensiva dos encarnados a um permanente estado de concentração. Todavia, aos 86', os canarinhos reduziram: 1-3 por Yan. Estava feito o resultado final.
Onze inicial do Benfica B: Zlobin; Alex Pinto, Kalaica, Pedro Álvaro e Frimpong; Florentino, Benny e Nuno Santos; Willock (Zé Gomes aos 71'), Bernardo (David Tavares aos 77') e Pedro Henrique (Saponjic aos 82').
Suplentes: Fábio Duarte, Zec, Mendes, Vukotic, David Tavares, Saponjic e Zé Gomes.
Boletim clínico: Vitalii Lystcov (status pós-cirúrgico ligamentoplastia no joelho esquerdo); Daniel dos Anjos (status pós-cirúrgico ligamentoplastia no joelho direito).
"Fomos muito competentes"
Renato Paiva (treinador do Benfica B): "Era importante saber o que fazer com e sem bola, perante um adversário difícil. Marcar cedo deu-nos estabilidade. Eu disse aos jogadores que a pressão estava no outro balneário. Se entrássemos fortes, jogando, tendo bola, enervando o adversário e marcando primeiro, ia ser mais complicado para o Estoril. E foi assim. Aproveitámos desequilíbrios que sabíamos que iam acontecer, porque trabalhámos isso, o Estoril ia querer assumir mais o jogo e abrir espaços. Fomos muito competentes com bola e eficazes."
Pedro Henrique (avançado do Benfica B): "Sabíamos que ia ser um jogo difícil, o Estoril é uma boa equipa, mas conseguimos fazer um bom jogo e vencemos. Marquei o primeiro golo pelo Benfica B, teve um significado especial. Agradeço ao grupo, que fez um excelente jogo. Sem eles não teria marcado. Espero que seja o primeiro de muitos."

INACEITÁVEL!


A impunidade e a falta de decoro com que, jornada após jornada, o FC Porto continua a ser beneficiado pelas arbitragens tem de ter um limite! Ontem voltou-se a ultrapassar tudo o que é tolerável. É a verdade e a transparência das nossas competições que estão em causa, porque não há memória de uma época tão marcada por sucessivos erros, sempre – mas mesmo sempre! – em benefício da mesma equipa. É tempo de dizer basta. Ou será que ainda não chega?
Está a ser uma temporada negra para o futebol português, com sucessivos episódios a manchar as nossas competições. A célebre meia-final da Taça da Liga foi um desses casos, com decisões inacreditáveis que puseram a nu a falta de pudor que hoje existe.
Alguém tem dúvidas de qual seria a decisão da equipa de arbitragem caso o lance do primeiro penálti de que o FC Porto beneficiou em Braga tivesse ocorrido na sua própria grande área? Nunca – mas mesmo nunca! – seria penálti. É a história deste campeonato que o diz. E estão os factos para o provar.
Alguém tem dúvidas de qual seria a decisão se o lance que aconteceu dentro da grande área do FC Porto entre Corona e Wilson Eduardo tivesse ocorrido na outra grande área? Claro que o VAR não fingiria não ter visto. Claro que seria penálti!
Alguém percebe por que razão o treinador do Braga é expulso com aquela facilidade e porque continuamos a ver o outro treinador protestar sistematicamente sem que nada lhe aconteça?
Alguém tem dúvidas de qual seria a decisão do árbitro – e também do VAR – na falta clara de ontem na Luz sobre Samaris se fosse um jogador do FC Porto que estivesse em causa? Obviamente, penálti!
O VAR que ontem esteve no Estádio da Luz foi o mesmo que esteve no último jogo que o Benfica tinha feito em casa, contra o Belenenses. É preciso dizer mais?
Os factos provam que chegámos a um ponto em que já nem há a preocupação de disfarçar a diferença de critérios. Em que, jornada a jornada, se sucedem os erros que vão invariavelmente no sentido, repetimos, de beneficiar sempre a mesma equipa. Estamos perante um escândalo. Uma mentira! Um campeonato sujo que envergonha todos aqueles que não aceitam ser cúmplices desta fraude.
A lista dos erros mais flagrantes é enorme. Entre os casos mais graves, destacam-se: penálti sobre Rochinha no Bessa não assinalado; penálti sobre Nakajima no Dragão não assinalado; golo contra o Feirense em fora de jogo (bem anulado pelo árbitro e incrivelmente validado mais tarde pelo VAR); golo em fora de jogo com o Vitória de Guimarães; vermelho por mostrar a Felipe no Bonfim na fase inicial do jogo; penálti perdoado em Moreira de Cónegos por falta de Militão; penálti não assinalado, ontem, em Braga, por falta de Corona sobre Wilson Eduardo. Não estão aqui nem metade das decisões incompreensíveis que, neste campeonato, já valeram pontos ao FC Porto.
E são esses pontos conquistados que estão a permitir que o FC Porto se mantenha a lutar pelo título!
O erro é humano e admite-se até um certo ponto. A partir daí deixa de ser erro e passa a ser outra coisa.
Por que será que vemos um pequeno grupo em que surgem sempre os mesmos árbitros a tomar decisões diferentes sobre lances idênticos? E por que é que isso acontece sempre em benefício e prejuízo dos mesmos?
Talvez se encontre a justificação na impunidade com que se exibe e enaltece atos de invasão a centro de treinos de árbitros, mas também nas ameaças e na coação exercida sobre tudo e todos, com um óbvio objetivo: garantir uma inqualificável pressão e condicionamento sobre todos os agentes desportivos e equipas de arbitragem em particular!
Mais do que nunca, esta denúncia pública impõe-se. Porque já é impossível calar a revolta face a tudo o que se está a assistir semana após a semana. Existe o direito à indignação! Sentido de responsabilidade é isto: denunciar e apelar para que, de uma vez por todas, se cumpram as regras e se tratem todos por igual. Sem exceção.
Faltam 7 jornadas e, pelo menos a partir daqui, que apareçam a isenção, o rigor, o equilíbrio, a justiça e o respeito que têm faltado. Sobretudo o respeito pela verdade desportiva! Mais do que um título, o que está em causa é toda uma forma de estar na vida e no desporto.
PS: Perante a gravidade do que ontem se passou, excecionalmente temos uma News Benfica especial este domingo, para dar voz à revolta de todos os benfiquistas – e não apenas os benfiquistas – que não aceitam, de forma alguma, o regresso a um passado de triste memória para o futebol português.
News Benfica

ATAQUE AO TÍTULO COM PÉ DIREITO


FUTEBOL
Juvenis do Benfica iniciaram a decisiva fase de apuramento do campeão nacional com uma vitória sobre o Belenenses.
Organizada, dinâmica e de olhos postos na baliza do Belenenses, a equipa de Juvenis do Benfica iniciou a 3.ª e decisiva fase de apuramento do campeão nacional com uma vitória no Caixa Futebol Campus: 2-0.
Os ataques sucederam-se no primeiro tempo e, de bola corrida e parada, os golos aconteceram. Henrique Araújo marcou aos 12' (1-0), concluindo na área um cruzamento rasteiro de Filipe Cruz a partir do flanco direito, e o mesmo Filipe Cruz, impecável na execução de um livre direto em posição descaída para a esquerda, dilatou aos 40'+1' (2-0).

A toada não mudou muito na etapa complementar, embora o Belenenses tenha conseguido replicar e tapar espaços com maior eficácia. Ainda assim, os encarnados criaram oportunidades para fechar o encontro com um resultado mais expressivo.
Onze inicial do Benfica: Samuel, Filipe Cruz, Gabriel Araújo, Tomás Araújo, Rafael Rodrigues, Rafael Brito, Diogo Nascimento, Paulo Bernardo, Jeremy Sarmiento, Henrique Araújo e Gerson Sousa.

CLASSIFICAÇÃO 3.ª FASE – APURAMENTO DE CAMPEÃO
Posição Equipa      Jogos Pontos Golos
1.º SL Benfica            1        3        2-0
2.º FC Porto               1        3        5-3
3.º SC Braga              1        3        1-0
4.º Sporting CP          1        0        0-1
5.º V. Guimarães        1        0        3-5
6.º Belenenses           1        0        0-2

EMPATE NO CLÁSSICO DE INICIADOS


FUTEBOL
O Benfica somou um ponto em casa do FC Porto.
Clássico muito disputado no Olival, mas com marcador bloqueado do princípio ao fim: 0-0 foi o resultado do FC Porto-Benfica na 2.ª jornada da 3.ª fase de apuramento do campeão nacional de Iniciados.
Depois do triunfo sobre o Sporting na ronda anterior, a equipa benfiquista orientada por Filipe Coelho somou um ponto no terreno dos dragões, competidores diretos na luta pelo título.

Com este desfecho, o Benfica segue no comando da tabela classificativa com quatro pontos, a par do FC Porto.
Onze inicial do Benfica: André Gomes; João Rodrigues, Nuno Félix, Martim Filipe e Diogo Aqueu; Diogo Prioste, Ricardo Nóbrega e João Neves; Gonçalo Rocha, Hugo Félix e David Quenda.
CLASSIFICAÇÃO 3.ª FASE – APURAMENTO DE CAMPEÃO
Posição Equipa    Jogos Pontos Golos
1.º  SL Benfica         2        4        2-1
2.º  FC Porto            2        3        4-0
3.º Sporting CP        2        3        7-2
4.º V. Guimarães      2        3        2-5
5.º A. Académica     2        3        2-7

UM AZAR DO KRALJ


Valium? Não. Xanax? Isso é para meninos. Rohypnol? Não faz efeito. Desde que Um Azar do Kralj descobriu a Seferovitina não quer outra coisa
Vasco Mendonça só tem coisas bonitas a dizer sobre Seferovic, que deu a vitória ao Benfica, esta noite, frente ao Tondela (1-0), para a 27ª jornada da Liga, e também tem uma mensagem para o estreante Adel Taarabt: "Merece seguramente mais minutos nesta equipa, mas antes, meus amigos, merece uma bebedeira de caixão à cova"
Vlachodimos
90 minutos sem um único golpe de vista. Foi a primeira vez em alguns dias. É este o saldo que mais interessa quando falamos de Vlachodimos.
André Almeida
Mais um golo magnífico e uma assistência primorosa para Jonas, mas os poderes instituídos no futebol português não querem que André Almeidas seja o melhor lateral direito europeu. Será que estas pessoas dormem descansadas?
Rúben Dias
Não obstante um número considerável de ações em benefício da equipa, voltou a ter uma daquelas travadinhas em que passa para trás e desmarcar um adversário. Desta vez Gabriel apareceu para resolver, mas Rúben Dias tem que ter cuidado. Está a brincar com a nossa saúde e, em última análise, com a sua.
Ferro
Quem nunca tinha visto ferro a derreter pôde tirar as dúvidas esta noite.Tal como aquele restaurante bom para grupos que mantém um 4.2 no Zomato, a não repetir.
Grimaldo
Notável. Foram 90 minutos a executar repetidamente a mesma jogada. Um trabalho aturado, paciente, imune a quaisquer crises de fé, ou até insultos à sua família, como se viu na brilhante assistência para golo. Ainda a bola ia a meio e já eu lhe chamava nomes, mas é essa a magia do futebol. Acho eu, sei lá.
Samaris
Sofreu um penálti que valeria por meia dúzia em Braga, mas Carlos Xistra puxou dos galões dos seus dezanove anos de carreira para negar o que é evidente, o penálti, e confirmar também o que há muito é evidente: a sua incompetência. Esta catástrofe natural em forma de árbitro atirou a equipa para uma crise de ansiedade que obrigou Bruno Lage a sacrificar Samaris ao intervalo. O grego aproveitou a muita energia que lhe restava para ser um dos primeiros a chegar a Seferovic no festejo do golo. Por falar nisso, já renovaram com o homem?
Gabriel
Uma exibição que parece começar de forma adequada como esta frase mas chega ali a determinada altura e fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssllllllllllllllllllllllllllllllllllllllddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddd
Pizzi
Há uns anos vimos Uri Geller dobrar uma colher com o poder da mente em direto na televisão. Hoje vimos uma exibição de Pizzi provocar dor a todos os que assistiam ao jogo.
Rafa
Breve aparição do Rafa que não sabe o que é que anda a fazer neste planeta. Vai-te embora e não voltes.
João Félix
Começou o jogo com índices físicos ao nível de um adepto do Benfica depois de assistir ao Benfica-Tondela. Ao contrário do adepto, não terá tido nenhumas arritmias sucessivas.
Jonas
A dois dias de festejar o seu 35º aniversário, Jonas e o seu futebol perfumado continuam a mostrar-se.
Seferovic
Mais do que um futebolista, o nosso suíço favorito é um ansiolítico. Esqueçam os trocadilhos com esferovite, ignorem o nome civil do senhor. Valium? Não, obrigado. Xanax? Isso é para meninos. Rohypnol? Não faz efeito. Desde que descobri a Seferovitina não quero outra coisa.
Taarabt
Finalmente. Foram quase 4 anos a trabalhar ou a não trabalhar para este momento, dependendo da fase a que nos referirmos. Adel não desiludiu e cumpriu à risca as indicações de Bruno Lage: fazer só um nadinha melhor do que Pizzi. Se é verdade que a fasquia estava muito baixa, não é menos verdade que Taarabt agarrou a oportunidade com unhas e dentes, saindo com a bola e conseguindo progredir no terreno numa fase em que Rafa já se escondia dentro da camisola e Samaris roía as unhas no banco de suplentes. Merece seguramente mais minutos nesta equipa, mas antes, meus amigos, merece uma bebedeira de caixão à cova.
Jota
Entrou em campo numa fase do jogo em que a tática passava por ter todas as letras do alfabeto em campo. Nesse sentido pode dizer-se que fez a sua parte. Futebolisticamente falando, ainda não parece fazer aquilo que Bruno Lage pede nem mostra o futebol que alegadamente reside nos seus pés.
Um Azar do Kralj

PRIMEIRAS PÁGINAS


sábado, 30 de março de 2019

PINTO, CATÃO, PINTO, CATÃO, PINTO PINTO E CATÃO


ESFEROVITE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA


O Benfica sofreu a bom sofrer para levar de vencida o Tondela, na 27ª jornada da Liga: só aos 84 minutos apareceu a cabeça de Seferovic - carinhosamente tratado por "esferovite" pelos adeptos - a dar os três pontos.
Em 2017/18, quando ele chegou, já havia (o super) Jonas, que acabou a época com 37 golos, e já havia (o super substituto) Raúl Jiménez, que acabou a época com 8 golos. A baralhar as contas, havia também Gabriel Barbosa, mas o brasileiro só marcou um golo em cinco parcos jogos antes de ser despachado sem glória. E isto tudo enquanto o Benfica de Rui Vitória ia preferindo o 4-3-3 para atacar o penta, que acabou por fugir.
Ou seja, para Haris Seferovic, a primeira época de Benfica não foi propriamente memorável: quase sempre utilizado como substituto, acabou o ano com... 7 golos.
E, no início de 2018/19, tudo indicava que o "esferovite", como é tratado pelos adeptos do Benfica em jeito de graçola, abandonasse a Luz. Mas a verdade é que Jiménez saiu; Jonas esteve no vai-não vai; e Seferovic foi ficando.
Ficando... e melhorando a olhos vistos - especialmente a partir da entrada de Bruno Lage no banco e do regresso ao 4-4-2. Já contando com a cabeçada decisiva desta noite, são 20 os golos marcados esta época por Seferovic - 16 deles na Liga, o que faz do suíço o melhor marcador do campeonato.
Alguém o adivinharia, no início da época? Nem pensar.
Mas a verdade é que Bruno Lage bem pode agradecer ao seu marcador de serviço por ter desemperrado um jogo que estava muitíssimo complicado para o Benfica - e ninguém o adivinharia, depois de um início intenso dos da casa.
Com Jonas e João Félix no ataque (Félix recuperou da lesão que o afastou da seleção; Seferovic, também regressado de lesão, começou no banco), Lage colocou em campo exatamente o mesmo onze que venceu o Moreirense, com Odysseas, Almeida, Dias, Ferro e Grimaldo na defesa e Samaris, Gabriel, Pizzi e Rafa no meio-campo.

Logo a abrir, João Félix quase marcava, mas acertou ao lado; depois, André Almeida até marcou, mas o lance já estava invalidado por fora de jogo; e de seguida foi a vez de Samaris irromper pela área, e foi derrubado, mas o árbitro Carlos Xistra entendeu que não havia falta. A avalanche ofensiva continuou: depois de um grande passe de Gabriel, Rafa apareceu sozinho na cara de Cláudio Ramos, mas o guardião português evitou o golo.
Do outro lado do campo, o Tondela, sempre com um bloco muito baixo, procurava sair rapidamente para o contra ataque e assustar Odysseas com remates de fora da área - foram três, mas todos sem perigo.
Insatisfeito com o que viu na 1ª parte, Bruno Lage decidiu colocar em campo Seferovic logo ao intervalo, retirando Samaris - Pizzi passou para o corredor central e João Félix encostou-se mais à direita, com Seferovic e Jonas a ficarem mais à frente.
A presença do suíço permitiu ao Benfica atacar mais vezes a profundidade, mas a falta de Samaris - pelo posicionamento menos correto de Pizzi e Gabriel, e, depois, de Taarabt e Gabriel - também fez com que o Tondela saísse mais facilmente para as transições ofensivas rápidas. Logo no início da 2ª parte, num desses lances, Jhon Murillo até marcou, mas havia fora de jogo.
Do outro lado, lance semelhante: Jonas marcou, mas Almeida tinha tocado com a mão na bola, invalidando o lance.
O início frenético foi intranquilizando o Benfica: na verdade, o Tondela, que defendia sempre com os onze jogadores atrás da linha da bola, não permitindo ao Benfica jogo interior, começou a sair bem mais frequentemente para os ataques rápidos.
Entretanto, Bruno Lage lançou uma "arma secreta": Adel Taarabt, o marroquino que chegou à Luz em 2015/16 mas só esta noite se estreou pela equipa principal, depois de uma série de comportamentos reprováveis para um profissional de futebol.
A Luz apreciou a entrada de Taarabt (saída de Pizzi), mas o médio acabou por ser pouco mais do que inconsequente, ainda que claramente esforçado. Quem criava perigo era Jonas: um cabeceamento ao lado, após cruzamento de Félix; e um remate de longe que embateu numa grande defesa de Cláudio Ramos. Do outro lado do campo, houve também uma grande defesa de Odysseas a responder a um grande remate de Xavier.
Mas quem decidiu foi mesmo Seferovic: depois de um cruzamento largo de Grimaldo pela esquerda, o suíço apareceu ao segundo poste a cabecear para o 1-0...
... mas o resultado podia nem ter sido esse: minutos depois, já com o jogo a terminar, o Tondela quase empatava. Joãozinho cruzou e Patrick, na cara de Odysseas, desviou a bola por cima da baliza.
Valeu mesmo o "esferovite" ("em Portugal chamam-me "esferovite", mas não sei o que isso significa. A minha professora de português disse-me que quer dizer 'styrofoam' [esferovite, em inglês]", disse recentemente Seferovic) para manter a liderança da Liga, antes do dérbi de quarta-feira, em Alvalade, que decidirá se o Benfica será ou não finalista da Taça de Portugal.

NA FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL


FUTSAL
A equipa de futsal foi mais forte do que o Fundão na meia-final.
A equipa de futsal do Benfica está na final da Taça de Portugal após bater, neste sábado, o Fundão, no Pavilhão Multiusos de Gondomar, por 2-1. De realçar a importância do apoio dos adeptos no difícil triunfo dos comandados por Joel Rocha.
Na quadra, o jogo começou tático, com poucas oportunidades de golo, mas, ainda assim, o Benfica com sinal mais no encontro. Os dois ataques a sentirem dificuldades na construção e as defesas a superarem-se.
Nos minutos iniciais foi Costinha a mostrar-se entre os postes da baliza do Fundão, mas, com o decorrer dos minutos, Roncaglio também teve de se aplicar.
À medida que o jogo se aproximava do intervalo, o esférico andou mais perto das balizas, mas o golo teimava em não aparecer.
A primeira parte do Benfica-Fundão chegou ao fim com 0-0 no marcador.
A etapa complementar começou com uma extraordinária defesa de Roncaglio. Ao susto, os comandados por Joel Rocha responderam com maior domínio e pouco depois testaram a atenção de Costinha. Tal como na primeira parte, no início do segundo tempo os guarda-redes iam adiando o golo.
[GOLO: 1-0] Com tanta oportunidade, o tento inaugural tinha de surgir. Apareceu aos 28’! Henmi recuperou o esférico, lançou a transição rápida, o esférico chegou a Tiago Brito, que disparou um míssil do meio da rua.
O tento inaugural foi o culminar de um apoio incessante por parte dos Benfiquistas à formação liderada por Joel Rocha em Gondomar.
Bola ao meio e… novo golo encarnado. De facto, é caso para dizer que o cântaro tantas vezes vai à fonte que acaba por partir.

[GOLO: 2-0] Aos 30’, Chaguinha viu a desmarcação de Robinho e o internacional russo desferiu um remate cruzado de pé esquerdo, batendo Costinha.
A perder, o Fundão tentou reduzir distâncias. Gui, com um tiro de longe, obrigou Roncaglio a mostrar qualidades. O Benfica, por sua vez, na frente do marcador, mudou a sua disposição na quadra, jogava com maior tranquilidade e obrigava Costinha a trabalho redobrado.
Nos minutos finais, o Fundão apostou no 5x4 e, aos 37’, Roncaglio, com uma defesa por instinto, evitou o 2-1.
[GOLO: 2-1] A dois minutos do fim, Mário Freitas reduziu o marcador, com a equipa beirã a usar bem o 5x4.
Nos últimos segundos, Pauleta rematou ao poste da baliza benfiquista. O resultado ficou 2-1 para as águias, que marca encontro com o Sporting na final da Taça de Portugal.
Referir que o Benfica recebeu bastante apoio vindo das bancadas por parte dos adeptos, que foram o verdadeiro sexto jogador.
Cinco inicial do Benfica: Roncaglio, André Coelho, Fernandinho, Tiago Brito e Raúl Campos.
Suplentes: Cristiano, Chaguinha, Fábio Cecílio, Bruno Coelho, Rafael Henmi, Miguel Ângelo e Robinho.
Para o dérbi da final, os Benfiquistas estão convocados. Os ingressos são gratuitos.

Benfica-Fundão
“Contamos com o poder dos adeptos para conseguir o nosso objetivo”
Joel Rocha (treinador do Benfica): “Amanhã [domingo] vai ser o dia, com o pavilhão vermelho e branco, porque hoje [sábado], nos momentos de maior dificuldade, foi o pavilhão e a equipa que nos trouxeram a audácia e a sorte que os campeões precisam. Juntos, na quadra e na bancada, vamos conseguir. O Fundão tem mérito, é o 4.º classificado na Liga Sport Zone, é uma equipa organizada, competente e obrigou-nos a jogar nos limites. Independentemente do adversário com quem jogamos, o Benfica não olha nem de cima para baixo, nem de baixo para cima. É sempre olhos nos olhos. E amanhã [domingo] não vai fugir à regra. Contamos com o poder dos adeptos para conseguir o nosso objetivo.”


Roncaglio (jogador do Benfica): “O Fundão fez um grande jogo, mas a nossa equipa também. Jogámos com muita vontade, que é algo que nunca pode faltar no Benfica. Conseguimos sair com a vitória. Final com o Sporting? É um grande dérbi, um dos melhores do mundo. Não há favoritos, as duas equipas vão querer ganhar e são muito fortes. Vamos tentar sair com o título.”

DERROTA NAS AVES


FINAL INGLÓRIO E IMERECIDO
FUTEBOL
No terreno do Aves, a equipa Sub-23 do Benfica viu escapar a vantagem (0-2) e, no último segundo do desafio, depois de criar duas claras ocasiões de golo, acabou por perder na 6.ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga Revelação.
A equipa Sub-23 do Benfica esteve a vencer por 0-2 no terreno do Aves, mas, de forma imerecida, acabou por perder no último segundo do jogo da 6.ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga Revelação (3-2).
Com muita entrega perante um adversário difícil, os jogadores do Benfica procuraram impor o seu estilo de jogo. Aos 4', na sequência de desmarcação e passe atrasado de Tiago Gouveia na esquerda, Nuno Cunha rematou com perigo, fazendo a bola passar por cima da trave.
Tiago Gouveia voltou a destacar-se à passagem do minuto 16: fugiu pela asa esquerda, internou-se na área e depois pareceu ser derrubado por um adversário. O árbitro, porém, não considerou ter havido motivo para assinalar pontapé de penálti.
Por cima na partida, as águias adiantaram-se no marcador aos 25' num livre direto exemplarmente cobrado por Diogo Pinto. De pé direito, o médio benfiquista, à entrada da área, chutou com precisão para o fundo das redes (0-1).
Assistimos depois a uma reação forte do Aves, que a organização defensiva do Benfica fez por contrariar e rebater. Aos 32', Pedro Ganchas foi autor de um corte determinante na pequena área, impedindo que a bola chutada por Rodrigues seguisse para dentro da baliza, num lance em que o guarda-redes Kokubo já estava batido.
Os encarnados tornaram a chegar-se à frente e Miguel Nóbrega, de cabeça após canto cobrado na direita por Vinícius Ferreira, cabeceou para defesa apertada de Aflalo (43'). Logo a seguir, o Aves, em duas situações, exigiu o máximo de Tomás Tavares e de Kokubo. Ao intervalo: 0-1.
Espetacular foi a jogada que guiou o Benfica ao 0-2. Poderoso, Tiago Gouveia correspondeu a um passe longo de Nuno Cunha, correu, levou a melhor no duelo físico com Bura e depois, já dentro da área, descaído para a esquerda, usou o pé direito para rematar sem hipótese de defesa para o guardião Aflalo (50').

Num lance de bola parada (canto sobre o lado esquerdo), Jorge Daniel, numa recarga na pequena área após defesa de Kokubo a cabeceamento de Abdoulaye, tocou para o 1-2 aos 72'. O empate aconteceu aos 75' num pontapé de penálti a castigar falta de Kokubo sobre Abdoulaye. Este avançou para a marca dos onze metros e fez o 2-2.
Foi por muito pouco que os encarnados não saltaram novamente para a liderança do resultado aos 78'. Acabado de entrar na partida, Edi Semedo progrediu na direita e disparou com força, acertando na barra!
Aos 87', mais uma enorme ocasião de golo para o Benfica, com a bola a passar pelos pés de três jogadores entrados no jogo na segunda parte: Edi Semedo, na direita, cruzou rasteiro, Luís Lopes tocou no meio e Rodrigo Conceição, na zona do segundo poste, só não marcou porque o guardião Aflalo ainda se esticou e defendeu por instinto para canto.
No último segundo do jogo, o Aves aproveitou um momento de confusão na área criado após canto à direita e, por intermédio de Abdoulaye, fez o 3-2 final (90'+5'), um resultado imerecido para a equipa benfiquista.
Onze do Benfica: Kokubo; Tomás Tavares, Miguel Nóbrega, Pedro Ganchas e Matheus Leal (Tomás Domingos aos 76'); Diogo Capitão, Nuno Cunha e Diogo Pinto; Vinícius Ferreira (Edi Semedo aos 76'), Pedro Soares (Luís Lopes aos 65') e Tiago Gouveia (Rodrigo Conceição aos 85').
Suplentes: Diogo Garrido, Tomás Domingos, Bernardo Silva, João Vítor, Rodrigo Conceição, Edi Semedo, Luís Lopes e David Zec.

A UMA VITÓRIA DA FINAL DO PLAY-OFF!


VOLEIBOL
Triunfo sem contestação na Luz (3-1) coloca águias a vencer a eliminatória (2-0)… Domingo, às 18h30, todos ao Pavilhão n.º 2.
Depois de ter arrecadado a primeira vitória nos Açores, a formação do Benfica recebeu esta tarde, no Pavilhão n.º 2, a equipa da Fonte do Bastardo, numa partida relativa ao Jogo 2 das meias-finais do play-off do Campeonato Nacional de voleibol. E que jogão! Triunfo sem contestação de um enorme Benfica: 3-1 no jogo... 2-0 na eliminatória!
Espetáculo na Luz! Primeiro set de enorme emoção, com as duas equipas a dizerem presente e a mostrarem que querem muito marcar presença na grande final do play-off. Bancadas muito bem compostas, com mais uma vez a Família Benfiquista a responder ao apelo, e os jogadores, na quadra, a corresponderem.
Partida equilibrada, como era expectável, mas com ascendente da Fonte do Bastardo, que esteve mesmo a vencer por 18-24… Ora, o Benfica acreditou sempre, empatou aos 24 e forçou as vantagens. Aí, os açorianos foram mais eficazes e venceram por 24-26, colocando-se na frente do jogo (0-1).
Entrada em falso das águias no 2.º set, com a Fonte do Bastardo a colocar-se na dianteira! Aos poucos, o Benfica foi recuperando e conseguiu o empate aos seis pontos, assumindo a liderança no ponto posterior (7-6). Muita luta, muita raça em quadra, com a alternância do marcador a persistir até muito perto do final. Os encarnados puxaram dos galões, estiveram em vantagem, mas a Fonte do Bastardo aproximou-se e empatou aos 23… Emoção, intensidade, reação e, novamente nas vantagens, o Benfica foi superior: 31-29 e empate no jogo! Alucinante!
Que grande jogo de Voleibol! E depois de dois sets espetaculares… mais um! Tudo empatado no jogo e entrada determinada e muito convicta da formação comandada por Marcel Matz, a querer resolver o mais cedo possível. As águias carregaram e conseguiram uma vantagem de nove pontos (20-11)… e continuaram a carregar, dobrando o marcador (24-12) e fechando o 3.º set com um taxativo 25-12. Com este resultado, reviravolta, com o Benfica a colocar-se a vencer o jogo (2-1).
Ora, depois de dois sets pautados pelo equilíbrio, ambos decididos nas vantagens, o Benfica não deu qualquer género de hipótese no set seguinte, concretizando a cambalhota por números sem contestação… e o 4.º set foi tirado a papel químico! Que jogão do Benfica! A Fonte do Bastardo, sempre briosa e a acreditar, acabou por quebrar física e animicamente, com as águias a voarem para mais um triunfo pleno de muito qualidade, talento e classe, assente num coletivo de trabalho e à Benfica! Triunfo, por 25-14, no set e a consequente vitória no jogo, por 3-1.
Formação inicial do Benfica: Rapha, André Lopes, Peter, Theo Lopes, Honoré, Tiago Violas e Ivo Casas (L).
Contas feitas, com este resultado, e depois da vitória nos Açores, o SL Benfica dilata a vantagem na meia-final do play-off do Campeonato Nacional e está a apenas um triunfo – eliminatória à melhor de cinco – de carimbar presença na grande final da competição.
O Jogo 3 disputa-se no domingo, às 18h30, no Pavilhão n.º 2 da Luz. Em caso de triunfo, o Benfica fecha a eliminatória. Se tal não acontecer, a mesma segue para os Açores (Jogo 4).

OS ALERTAS DO BENFICA-TONDELA


"Contra o Tondela joga-se o primeiro desafio de um ciclo que pode ser histórico. Amanhã à noite o Benfica tem de vencer e convencer

Benfica - Tondela de sábado tem vários alertas que devem ser accionados. Primeiro a qualidade da equipa de Pepa, que não merece o lugar aflito que ocupa. Depois a necessidade de pontos do adversário, mas temos que acrescentar o histórico com uma derrota amarga no último ano. Por fim o facto de haver um jogo importante em Alvalade, na quarta-feira, não pode desviar um milímetro da nossa concentração para um ainda mais importante no sábado.
Jogamos com o Tondela o primeiro jogo de um ciclo que pode ser histórico. O Benfica de sábado à noite tem que vencer e convencer.
As notícias de uma casa perto de encher garantem o apoio de uma massa adepta incondicional. Mas gosto ainda mais quando é a equipa a levar os adeptos ao colo naquele casamento perfeito.
Esperamos pela notícia da total recuperação de Seferovic, e sobretudo pelo seu regresso em boa forma.
Na segunda mão da Taça temos que assegurar a presença no Jamor, esperando uma arbitragem correcta, facto que ainda não tivemos este ano frente ao adversário em questão. O resultado traiçoeiro do jogo da Luz não deixa margem para nada que não seja o melhor Benfica.
Ao contrário da generalidade das análises feita à dupla jornada da Selecção portuguesa, que apenas comentam em função dos resultados, penso que os dois empates da nossa Selecção mostraram que somos superiores quer à Sérvia (boa equipa), quer à Ucrânia (equipa limitada) e por isso estou agora mais convencido que iremos vencer o grupo e apurar Portugal para a defesa do título.
Numa semana onde jogou a selecção campeã da Europa, o espaço mediático estava tomado pelo mais andrajoso do futebol. Era deprimente o tema, os sujeitos e a sua abordagem. Descubra-se tudo e sobretudo os porquês. O espaço do lixo é infinitamente maior que o do jogo. O Benfica tem que perceber a razão e estar atento aos objectivos. Estando o Benfica em primeiro e a jogar bem, iremos ver de tudo fora do campo, para inverter esta posição.
O 37 não é por agora uma questão de justiça do futebol, já passou para uma questão de decência no futebol."

Sílvio Cervan, in A Bola

O CRIME QUASE PERFEITO


"“Através de um amigo lá de Gaia conseguimos aceder à correspondência do Benfica. Aquilo não diz grande coisa, mas se embrulharmos bem um ou dois mails até podemos gerar alguma polémica, e depois fazer o máximo de barulho. Vocês vão criar blogues para explorar o assunto, e infiltrarem-se em fóruns benfiquistas com dezenas de perfis falsos para causar ruído e desunião. Entretanto, arregimentamos um lote de jornalistas simpáticos, cirurgicamente colocados nos vários grupos de media, para dar eco ao que for sendo divulgado. Depois, com gente amiga, criaremos um conjunto de fake news que ajudem a construir a imagem que pretendemos: a de um Benfica corrupto.”
Terá sido mais ou menos isto que foi dito na célebre reunião secreta do Altis, entre as direcções de comunicação de Porto e Sporting.
O crime parecia perfeito, mas, como acontece nos filmes, falharam alguns detalhes. Primeiro, os benfiquistas não reagiram como eles esperavam e mantiveram-se unidos em torno do clube. Depois, o presidente do Sporting foi corrido. Por fim, o pirata foi descoberto e preso.
Quando lemos certas notícias, ou vemos algumas peças televisivas, verificamos que parte daquela estratégia ainda está de pé. E percebemos que a comunicação baixou a um nível nunca antes visto, entrando de cabeça na era da pós-verdade, em que os factos são o que um homem quiser.
Agora procura-se branquear o crime informático. Seja através de uma estação de televisão parceira do Der Spiegel (que comprou produtos do roubo), seja pela boca estridente de uma eurodeputada que fez carreira a gritar por quase tudo sem perceber de quase nada."

Luís Fialho, in O Benfica