segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

OS GÉNIOS DO TECLADO

 


As redes sociais são assustadoras, cada vez mais, indivíduos que nem um chuto numa bola deram em toda a sua curta vida ou se deram foi quando a miúda do grupo que sabia jogar à bola se lesionou, são agora opinion makers, entendidos em transferências, comissões, negociações, elaboração de plantel, gestão de esforço, substituições, esquemas táticos, treino, conferências de imprensa, pressão atmosférica e sei lá mais o quê, experts da bola que nem nos meus tempos de taberneiro conseguiam articular duas palavras sem ficarem sem resposta, mas que agora atrás dum teclado e sobre o anonimato viraram gurus!!

Ou pior “Grus” da vida já que estão sempre mal dispostos…
se o Benfica ganha ficam mal dispostos porque receiam que, vencendo a Liga e a Taça isso não faça com que o seu “Messias” seja o escolhido…tal é confiança destes indivíduos nas capacidades dos seus “messias” que anseiam por derrotas para que consigam derrotar quem lá está…
Se o Benfica perde é o forrobodó do “vêem, eu sempre disse isto e aquilo, ainda na sexta feira passada, depois do sorteio do Euromilhões acertei no números todos e inclusive na ordem com que os mesmos foram sorteados, sou um gajo incrível e estes bananas que estão à frente do clube não conseguem ver isso…
Um guru expertógolo é um génio incompreendido…desde os tempos em que no recreio ficava a ver os outros a jogar à bola escondido porque não era selecionado para jogar porque nem se fosse o dono da bola teria lugar onde quer que fosse…é isto…
Depois há os outros, que até a nossa braçadeira de capitão envergaram e que hoje destilam ódio por todos os poros, junto com outros que nem para suplentes do escalona prestavam quanto mais…outros entendidos em tudo e um par de botas, mas que além de cagarem postas de pescada na TV não se lhe reconhece mais nenhum feito além o de terem envergado o manto sagrado durante o nosso “Vietnam”..,o que acaba por dizer mais sobre eles que outra coisa qualquer, porque nem numa altura em que tudo era mau, eles conseguiram ser os menos maus…
Menciono toda esta malta porque fico estupefacto com a forma como defendem Rollheiser, que mal ou bem pura e simplesmente não se conseguiu impor no Benfica mesmo passando pela mão de dois treinadores campeões nacionais, que infelizmente pouco ou nada mostrou, mas que no entanto atacaram anos a fio aquele que foi um dos nossos melhores jogadores, que assobiavam e chingavam alegremente jogo após jogo até o atleta se fartar e não renovar tendo inclusive mostrado alguns sinais de desagrado com a forma como era tratado pelos próprios adeptos que foram miseravelmente formatados por estes “opinion makers”, mas esta forma de estar foi criada por um indivíduo, o “Messias” financiou e criou estes indivíduos sem escrúpulos que acham que é assim que algum dia chegarão aos círculos de influência do clube…
Triste sina a nossa!
Nunca vi fazerem defesa tão acérrima de André Almeida, Luisão, Grimaldo, Pizzi, Seferovic, João Mário etc etc como fazem de Rollheiser!!
Basicamente passou a valer tudo, se rendes é para seres atacado, já o vi fazerem este ano a Arturkoglu que do dia para a noite passou de “Harry Potter” para dispensável…já só falta a conversa do laço e entrega no avião de volta para a Turquia!
Atualmente é assim…Rafa Silva foi enxovalhado sempre que falhava…até criticaram o mesmo porque não festejava de acordo com os predicados da exigência!!
Eusébio a falta que fazes para meter esta gente toda na linha, apesar de que aos dias de hoje, nem mesmo tu no teu prime estarias a salvo desta gente!
Isto é de uma irracionalidade incompreensível, estamos na luta pelo título nacional, com todos a perder pontos e a jogar mal e o que é que se faz…assobiamos o nosso próprio guarda-redes…perdemos dois atletas por lesão e o que se faz? Atacasse a direção porque não se acautelou este cenário pelo menos na cabeça desta gente…mesmo depois do treinador ter dito quem seria a sua alternativa para a posição e sabendo que neste período só se podem inscrever 3 atletas na Champions…até nisso temos azar…dos três um já está de fora e deixamos um de fora por esse motivo!
Tão depressa exigem a formação a ocupar vagas como a seguir manda a formação às malvas que querem reforços atrás de reforços…que Bi-polaridade sem igual!
Uso o Rafa para ilustrar este texto…mas podia meter Gilberto ou outro que tal…os patinhos feios que atualmente os exigentes gostam de criar e alimentar as mentes dos mais jovens para que sejam atacados a torto e a direito…atualmente temos Trubin como expoente máximo e outros já tiveram na calha…mas é o novo Benfiquismo…temos que aprender a lidar com ele…que ganhe o Messias para eles perceberem que o futebol é ONZE contra ONZE e que no final nem sempre vence o melhor!

A Gola do Sabry, in Facebook

PARA QUANDO UMA VITÓRIA TRANQUILA?

 


"Benfica 3 - 2 Moreirense

Ganhar é sempre obrigatório; ganhar, depois do empate de ontem, é o mínimo que se exige na receção ao Moreirense.
Primeiro resolver o jogo, garantir os três pontos, depois, e só depois, pensar no duro embate de quarta-feira no Mónaco.

VAMOS AO JOGO
Com a bênção do nosso Bispo (na foto, grande Miguel)
03 mão na bola, não se passa nada? Alô VAR? Estás aí ou na casa de banho? Ao fim de não sei quantos minutos chama o árbitro. Mas está difícil... vá lá, penálti!
minutos depois PA-VLI-DIIIIIIIIS!
13 olhem lá: o César Peixoto tem esta equipa bem montada.
14 bem, e nós toma lá transição, canto e PA-VLI-DIIIIIIIIS!!! Dois-zero. 18 dois-um: este Benfica nunca nos deixa descansar, relaxar, usufruir sem sofrer. Lá terá que ser. 30 eles continuam a ter bola... e a ameaçar, com perigo, na nossa baliza
32 tantos à volta do Bah, que está deitado no relvado, será complicado? António lá para dentro.
33 agora é o Manu que se lesionou sozinho... hospital da Luz na Catedral? Quarta feira há jogo complicado... Florentino lá para dentro.
41 Otamendi de cabeça. Mais um, vão dois de bola parada, de canto, no caso. Três-um. 
45 visto da bancada, sem ser só o plano que acompanha a bola, dá gosto ver Aursnes a dar indicações à equipa a cada momento do jogo. O nosso futuro capitão. 45+4 duas defesas de recurso do Trubin a evitar o três-dois.
45+7 não jogámos para três-um, é preciso reconhecer, mas o que conta são as que entraram lá dentro.
55 não vejo a equipa do Benfica muito interessada em dar outra dinâmica ao jogo.
61 Aursnes numa baliza, Asué na outra, isto podia estar quatro-dois. Entretanto, o "tribunal" vai protestando.
65 segunda vez que o speedy Schjelderup chega à área deles, levanta a cabeça e não tem ninguém a quem assistir...
68 finalmente um motivo de interesse: vamos ver o Bruma e o Belotti. E o Bruno Lage vai esbracejando, gesticulando, correndo pela linha lateral para um lado e para o outro, dando chutos no ar. Equipa desligada, jogo aos repelões.
58.189 nas bancadas. Quantos estão a gostar do espetáculo da segunda parte?
84 já cá faltava mais uma oferta: três-dois. Onde é que eu já vi este filme? Final de aflitos mais uma vez.
90+4 ufa, acabou! Segunda parte inacreditável, valeram os três pontos."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

ISTO COM VAR É INACEITÁVEL!



BENFICA, UMA VITÓRIA, DUAS DERROTAS

 


Com 39 pontos ainda por disputar na I Liga, nada é irreversível. Mas entrámos na fase em que as águas se dividem e irá prevalecer quem conviver melhor com a pressão.

Para aqueles que gostam de olhar para o futebol como uma ciência exata – e logo aí se percebe que de futebol nada sabem – as lesões de Bah e Manu Silva, ambas gravíssimas, uma e outra ocorridas na mesma zona do relvado, com escassos minutos de intervalo, devem servir de motivo de reflexão. Por mais que os treinadores preparem os jogos à exaustão, por mais que estejam avisados para as caraterísticas dos adversários, por mais que conheçam ao pormenor o estado físico dos seus jogadores, nunca podem esquecer as variáveis infinitas e os imponderáveis imensos que estão associados à natureza do jogo. Sim, embora haja muita gente que não o perceba, o futebol é um jogo, que não se desenrola num ecrã de televisão comandado por um joystick de Playstation, mas num relvado de 105 por 67 metros, onde a bola que bate na trave e entra, ou bate na trave e sai, faz toda a diferença. Desde 1864, ano em que, reza a história, se jogou pela primeira vez, até aos dias de hoje, muitas frases refletem a importância da sorte e do azar nos desfechos das partidas: «dá muito trabalho ter sorte»; «a sorte procura-se»; «a sorte estava de costas»; «a sorte não quis nada connosco». E radica nesta circunstância altamente aleatória que envolve o jogo, a superstição que lhe está associada, e que se manifesta, entre jogadores e adeptos, das mais variadas formas. Haverá algum benfiquista, por exemplo, que não ache que aquela porção de relvado do estádio da Luz não estava, naqueles minutos, sob influência do mau olhado?
A verdade é o Benfica fez um grande esforço, no mercado de inverno, para reforçar o meio-campo com Manu (e parecia que tinha acertado na ‘mouche’) e vê-se agora na necessidade de regressar à casa de partida; e Bah era titular numa posição em que a falta de profundidade do plantel mais se faz sentir. Seria alguma destas circunstâncias aziagas previsíveis? Claro que não. Mas que ninguém duvide de que irão ter influência no que acontecerá até ao fim da época.
Aqui chegados, duas conclusões podem ser tiradas de tudo o que foi dito: o futebol não é uma ciência exata; e o Benfica teve azar na forma como perdeu dois titulares. E então? Será que cobrança sobre Bruno Lage e Rui Costa vai amainar em função destes contratempos? Haverá alguma compreensão, perante o que aconteceu, acompanhada de uma tolerância suplementar? Obviamente, não, e que fique muito claro que se esta situação se verificasse com outro clube, o caminho das coisas seria rigorosamente igual, porque o estado de alma que só se apazigua com sucessos, faz parte da natureza do adepto, e da paixão que acompanha o jogo.
Com 39 pontos ainda por disputar, nada é irreversível: o SC Braga e o FC Porto, a quatro pontos, podem apanhar o Benfica, o Benfica, a quatro pontos, pode apanhar o Sporting, sendo menos provável que arsenalistas e dragões cheguem ao topo. É nesta altura que normalmente as águas se separam, e se conhece a forma como as equipas lidam com a pressão, na certeza de que, com mais sorte ou mais azar, só um será campeão. E a sensação que dá é que ainda há quem não tenha percebido esta inevitabilidade...
José Manuel Delgado, in a Bola

domingo, 9 de fevereiro de 2025

BENFICA ESCLARECE LESÕES DE BAH E MANU SILVA



 Encarnados emitiram comunicado e a gravidade da situação indica que os jogadores terminaram a época.

O Benfica emitiu este domingo um comunicado a esclarecer a gravidade das lesões de Manu Silva e de Alexander Bah, sofridas no encontro com o Moreirense (3-2), relativo à 21.ª jornada da Liga.
O lateral-direito dinamarquês sofreu uma entorse no joelho esquerdo com rotura completa do ligamento cruzado anterior, na sequência de um lance registado aos 31 minutos do jogo com os cónegos, quando fazia marcação a Benny.
O mesmo cenário está reservado ao médio que reforçou os encarnados proveniente do Vitória de Guimarães, de acordo com o boletim clínico publicado no site do emblema da Luz.
Os dois jogadores serão submetidos a intervenção cirúrgica e não jogam mais esta época.
Agravam-se, pois, as preocupações para Bruno Lage, treinador do Benfica, que já não podia contar com Tiago Gouveia, Renato Sanches, Arthur Cabral e Di María, por motivos clínicos.

BENFICA TÃO PERTO E TÃO LONGE DO TÍTULO

 


Já só está a quatro pontos do Sporting, mas inspira pouca ou nenhuma confiança; fragilidades defensivas são confrangedoras.

O Benfica venceu o Moreirense e está a quatro pontos do líder Sporting. E no entanto, inspira pouca ou nenhuma confiança. Venceu, está matematicamente mais perto do título, mas a forma como sofreu, em casa, com um Moreirense que vai (com o deste sábado) em nove jogos oficiais sem vencer não deixa grandes perspetivas na corrida com os leões — que, admita-se, não vão muito melhor...
Bruno Lage está há mais de cinco meses na Luz. Os problemas que se veem hoje na equipa encarnada fazem lembrar os que Roger Schmidt não conseguiu corrigir. A dinâmica ofensiva continua a surgir apenas a espaços, e aos solavancos, tendo por base sobretudo a qualidade individual dos jogadores e não um futebol coletivo preparado para ultrapassar dificuldades diferentes que os adversários vão colocando.
Sim, por vezes o Benfica é aquele da primeira meia hora com o Barcelona, ou da hora e meia em Turim com a Juventus. Mas tem sido mais vezes o Benfica deste sábado, que chega ao golo sem fazer muito por isso e não consegue sequer aproveitar o balanceamento ofensivo dum adversário ferido, e com muito menor qualidade individual, para matar os jogos e não acabar a sofrer.
Porque este Benfica, na verdade, está destinado a sofrer. Há problemas a atacar, é verdade, mas os maiores estão a defender. A fragilidade que a equipa exibe contra qualquer adversário capaz de trocar três passes é confrangedora. A forma como é permeável a contra-ataques, sendo obrigada a defender muito atrás, e sujeitando-se a um ressalto, a uma perda de bola, a um percalço, ou tentando pressionar mais à frente sem eficácia e vendo muitas vezes as linhas quebradas, deixa permanentemente a sensação de que qualquer adversário pode marcar a qualquer momento.
A contratação de Manu Silva pretendia atenuar o problema (embora ele não seja individual, mas coletivo). Só que o médio ex-V. Guimarães saiu lesionado ao segundo jogo como titular. Sobra Florentino. Mesmo assim, melhor que as opções para a defesa, depois da lesão de Bah. Sim, Tomás Araújo era a primeira escolha para a direita. Mas se faltar alguém do quarteto defensivo (com António Silva, Otamendi e Carreras), quem avança? Bajrami? Dahl? O Benfica deixou sair Kaboré sem ir buscar outro lateral-direito (ou um central, se a aposta em Tomás Araújo desse lado fosse mesmo para manter). Agora, reza a todos os santinhos para que mais ninguém se magoe, ou ainda teremos de rever Aursnes a lateral...
Hugo Vasconcelos, in a Bola

VITÓRIA JUSTA COM MUITOS ERROS...



Com um meio-campo que não consegue mandar no jogo e uma saída de bola medíocre, valeram ao Benfica um penálti e dois cantos, num jogo que fez lembrar a angústia encarnada na Reboleira.
Depois do empate no clássico do Dragão, o Benfica estava obrigado a ganhar ao Moreirense para olhar para cima e ver o Sporting a quatro pontos, e olhar para baixo e ver o FC Porto também a quatro pontos. Terminados os 90 minutos da Luz entre os encarnados e os ‘cónegos’, a equipa de Bruno Lage pode dizer «missão cumprida», mas apenas do ponto de vista aritmético, já que o triunfo que lhe sorriu, por 3-2, embora justo, foi conseguido através de uma exibição desigual, pejada de erros, incidentes e insuficiências, que deixou os adeptos das águias de coração nas mãos e credo na boca até ao apito final.
Tal como na Reboleira, há uma semana, o Benfica entrou forte e chegou a uma vantagem robusta (2-0 aos 15 minutos), e tal como contra o Estrela da Amadora os encarnados encarregaram-se de tornar difícil aquilo que parecia fácil, através de erros primários, a que se juntaram limitações que não são de agora e que, mudando-se alguns protagonistas, persistem, o que deve levar Bruno Lage a profunda reflexão.




CÉSAR PEIXOTO ACREDITOU
Mesmo a perder por 2-0 ao quarto de hora de jogo, César Peixoto sabia que a sua equipa tinha de pressionar a saída de bola dos donos da casa, até que estes cometessem o erro do costume. Dito e feito.
Estavam jogados 19 minutos quando Benny, após muita cerimónia de Kokçu, assinou um golo de belo efeito que fez o Moreirense regressar à disputa do resultado.
Com um meio-campo a três - Manu (o melhor), Kokçu e Aursnes - que não era capaz de manter a bola e na ausência de apoio interior por parte de Akturkoglu e Schjelderup, a equipa de Lage perdia-se em saídas de bola a partir de Trubin indignas de quem joga a Champions, e ausência total de ideias na frente.
Tinha valido, até então, aos encarnados, uma grande penalidade e um golo após um pontapé de canto, mas o futebol era curto e a impaciência nas bancadas ia aumentando a cada minuto, especialmente quando, à meia hora, depois de um canto, Dinis Pinto esteve perto de empatar.
Como um mal nunca vem só (e por mal, entenda-se pouco futebol) Bah lesionou-se aos 33 minutos (entrou António Silva para o meio e Tomás Araújo passou para a direita, quando o jogo estava a pedir Aursnes a defesa direito e Leandro Barreiro, mais dinâmico, no meio-campo), e um minuto depois foi a vez de Manu também sair por lesão (e aí, Lage fez o que devia, mandando Florentino a jogo).
Estava o Benfica a passar por aflições e dúvidas quando, após um canto batido por Kokçu, Otamendi fez, de cabeça, um golo de belo efeito, que devia ter serenado os ânimos dos anfitriões, o que não aconteceu: não fosse Trubin, por duas vezes na mesma jogada, ter detido remates de Alanzinho (45+5) e as equipas iriam para intervalo separadas por apenas um golo.
ACABAR DE CREDO NA BOCA
Inconformado, César Peixoto, que tinha montado a sua equipa em 4x3x3 com pressão alta, decidiu arriscar ainda mais na segunda metade e a partir dos 62 minutos, já depois de Schettine ter assustado mais uma vez a Luz, mandou a jogo Ivo Rodrigues e Cedric Teguia, passando a atuar em 4x2x3x1, o que fez com que as saídas de bola do Benfica passassem de mal a pior.
Bruno Lage, que se vira forçado a duas alterações em momentos diferentes na primeira parte, só tinha mais um momento para mexer na equipa, e pensou bem quando lançou três ‘bês’, Bruma, Belotti e Barreiro, que trouxeram mais consistência à equipa.
Mas não há consistência que valha se os erros individuais forem quem mais ordena e ao minuto 74 Tomás Araújo e Florentino atrapalharam-se, Benny rematou e valeu ao Benfica, mais uma vez Trubin.
Na resposta, após grande passe de Bruma, Barreiro não conseguiu ultrapassar Kewin e tranquilizar o Terceiro Anel. Peixoto voltou a refrescar a equipa com Sidnei e Jorquera, à procura de ser feliz, mantendo o sistema (79) e aos 85 minutos sucedeu aquilo que os benfiquistas mais temiam: numa saída de bola suicidária (a enésima), Carreras entregou o ouro ao bandido’ e Ivo Rodrigues não se fez rogado e reduziu para 3-2.



Faltavam nove minutos para o apito final (o árbitro deu quatro de compensação) e a angústia dos benfiquistas chegou à hora de jantar, confrontados, exatamente como na Reboleira, depois do soco no estômago que foi a derrota frente ao Casa Pia, com a possibilidade de não capitalizarem o empate no clássico. O jogo passou de descontrolado a anárquico, e foi com alívio que os benfiquistas ouviram o apito final de Bruno Costa.
Mas se, perante a forma como o emblema da Luz chegou à vitória, Bruno Lage não repensar a incapacidade da sua equipa ter bola e impor o ritmo aos jogos (apenas cria perigo em ataques rápidos e bolas paradas) e, se, sobretudo, não acabar com a forma desmiolada como são iniciadas as jogadas a partir do guarda-redes (nem que seja com futebol direto, na falta de melhor, porque qualquer coisa é preferível a que cada bola nos pés dos encarnados represente uma situação de perigo potencial para a baliza de Trubin), dificilmente o Benfica visitará o Marquês de Pombal no final da época.
DESTAQUES:
Pavlidis confirma estar na curva ascendente e ajuda a decidir o jogo com um bis; Otamendi muito bem defensivemente e ofensivamente, dando inclusivamente um empurrãozinho ao ponta de lança; estreias discretas.
O melhor em campo: Pavlidis (7)
Sem Di María, teve direito a assumir a marcação do penálti favorável ao Benfica. E, por sinal, um penálti muito bem marcado, ao minuto 7, foi a primeira ação realmente visível no jogo. Moralizado, já sem aquela pressão que o incomodava durante o jejum de golos, envolveu-se no jogo e ao minuto 14 serviu com competência Akturkoglu no lado direito do ataque, permintindo que o turco visasse a baliza e conseguisse o canto. E desse momento saiu o segundo golo do grego e da equipa, aproveitando impecavelmente bola tocada por Tomás Araújo. Pavlidis, em posição legal, mas nas costas da defesa, dominou e atirou à meia volta, sem qualquer possibilidade de defesa. Menos em jogo na segunda parte, até porque a equipa também baixou o nível, acabou por ser poupando a pensar no Mónaco. Saiu aos 69'.




Trubin (6) — Pouco trabalho, mas bom. Demorou a entrara verdadeiramente em ação, mas fez defesa importante ao minuto 45+5, impedindo golo de Alanzinho, que cabeceou mesmo à sua frente. No segundo tempo, entre outras coisas, foi ao relvado defender com eficácia disparo de longe de Asué e ainda desviou para canto remate de longe de Benny (74').
Bah (5) — Saiu lesionado ao minuto 34, quando estava a cumprir no lado direito da defesa do Benfica.
Tomás Araújo (5) — Toque simples, mas importante, em plena área do Moreirense, conduzindo a bola até Pavlidis e ao 2-0. Boa dobra a Carreras na área do Benfica ao minuto 29, perda de bola em zona perigosa aos 74', obrigando Trubin a trabalhar e a desviar para canto bola de Benny.
Otamendi (7) — Começou por dar, literalmente, um empurrãozinho a Pavlidis no lance do 2-0, com o mérito de ter obrigado o grego a mudar-se para a zona do primeiro poste, onde acabaria por fazer o golo. O argentino teve azar no lance do 2-1, não evitando que a bola batesse perto do seu calcanhar e mudasse de trajetória, enganando Trubin, mas foi determinante ao minuto 42, com bela cabeçada na área do Moreirense, colocando o resultado em 3-1. E foi importante quando a equipa recuou.




Carreras (4) — Combinou ações importantes para o Benfica e uma asneira grave. Ao terceiro minuto, passe curto para trás na área do Moreirense, bola sobe e toca na mão esquerda de Dinis Pinto, que não tem o braço encolhido como deveria. Penálti, 1-0. Depois, ao minuto 29, o espanhol viu-se em sarilhos quando perdeu no corpo a corpo com Alanzinho dentro da área do Benfica. Sempre ofensivo, procurou apoiar Schjelderup e Bruma, com e sem bola no pé, fez também um belo passe de 50 metros para Tomás Araújo, ainda serviu Belotti com qualidade, mas acabaria por ficar ligado ao 3-2, errando passe para Leandro Barreiro que permitiu a Ivo Rodrigues reduzir.
Aursnes (6) — Tentou a sorte, isolado, aos 60', mas não evitou a defesa de Kewin Silva. Foi obrigado a trabalhar muito no plano defensivo e ajudou a manter o meio-campo de pé.
Manu Silva (4) — Saiu lesionado ao minuto, azar grande na estreia na Luz pelo Benfica. Não estava a ter uma tarde fácil, lidando com dificuldade com a pressão que o Moreirense estava a colocar no meio-campo do Benfica. E no 2-1 a marcação não foi a melhor.
Kokçu (6) — Apontou o canto do 3-1 e fez um belo passe de 50 metros a isolar Schjelderup na esquerda ao minuto 66'. Quando apareceu, apareceu com qualidade. E teve de defender bastante.
Akturkoglu (6) — Primeira ação relevante, disparo forte, ao minuto 14, que deu origem ao canto do 2-0, precisamente apontado com o seu pé direito. E também fez uma boa recuperação de bola aos 60', intercetando reposição com os pés de Kewin e servindo prontamente Ausrnes. Manteve o flanco direito vivo.
Schjelderup (5) — Começou por sobressair com lance bonito de entendimento com Kokçu, que finalizou em esforço, não evitando Kewin Silva, aos 45+7'. Depois, fugiu bem pela esquerda aos 66', mas não finalizou bem, acertando na malha lateral. Esticou o jogo, mas nem sempre decidiu bem.
António Silva (5) — Entrou aos 34'. Aos 62' foi surpreendido pela cabeçada de Schettine nas suas costas, aos 89' fez corte de cabeça importante no coração da área.
Florentino (6) — Entrou aos 37' e não teve mãos a medir perante os médios adversários.
Bruma (5) — Entrou aos 69', para a estreia, aos 76' recuperou a bola e isolou Leandro Barreiro, mas este não venceu a mancha de Kewin Silva.
Barreiro (4) — Entrou aos 69', aos 76', isolado, não teve arte para ultrapassar Kewin Silva.
Belotti (5) — Entrou aos 70', aos 83' desmarcou-se e atirou, ganhando canto. Correu muito na estreia.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

O BENFICA É O CAMPEÃO DO MERCADO DE INVERNO

 


Que o futebol é um negócio, de âmbito global e com rentabilidade cada vez mais garantida a um pequeníssimo nicho de profissionais que à volta dele cirandam, já todos sabemos e, de resto, com essas evidências somos confrontados quase em permanência.

Seja nas negociações plurianuais de direitos de transmissão de jogos, seja no respetivo alinhamento de acordo com os interesses de main sponsors, dos seus produtos e dos seus targets, ou na dimensão mais prosaica das transferências efetuadas, falhadas ou teoricamente promovidas apenas para aumentar o valor de mercado deste ou daquele jogador.
Chegamos, de facto, a um ponto em que o adepto, as suas experiências nos estádios ou em torno do jogo se transformam em acessórias e quase irrisórias, quando, na realidade, é ele (o adepto), que deve sustentar a modalidade, que deve enformar o espetáculo e, no limite, garantir condições para que ele se realize.
Deixemos, porém, este enquadramento da utopia para nos centrarmos nos mercados de transferências, fenómeno cada vez mais difícil de organizar e de regulamentar.
Desde logo porque, sendo o mais visível e rentável, o mercado europeu se rege por dois períodos (um alargado no verão e outro, contido num mês, no inverno), mas deixa margem, ainda, para mercados emergentes, talvez agradáveis do ponto de vista desportivo e financeiro, noutros países e noutras zonas do globo. Ora esta diversidade absoluta de datas é o pior para o adepto e para o treinador, mas talvez represente mesmo uma vantagem para os jogadores e, sobretudo, para uma classe profissional tantas vezes na sombra, porém cada vez mais decisiva (e rica): os agentes, essa penumbra que a FIFA tenta organizar e regulamentar, e que, por serviços de intermediação, cobra entre cinco e dez por cento dos negócios e assume papel determinante na sua prossecução (ou não), balizando, tantas e tantas vezes, a real vontade do jogador que, para imensos casos, não conta nada e não faz falta nenhuma…
Atenhamo-nos, agora, no mercado de inverno dos três principais clubes portugueses (pelo menos no plano mediático). Bem diferentes as abordagens e as potenciais consequências.
Pressionado pela situação financeira, pelos problemas de tesouraria e pela reorganização metodológica em curso no Dragão, André Villas-Boas e o FC Porto foram quem mais lucrou e menos lucrou.
No capítulo financeiro, quem dera aos azuis e brancos terem períodos de transações tão favoráveis como o que terminou esta semana. 90 milhões de euros em caixa, uma maré fresca de dinheiro que permite reequilibrar uma balança muito deficitária, um sinal importante nesse capítulo dado aos adeptos.
O reverso da medalhe foi a venda de Galeno e, sobretudo, de Nico González, jogadores que poderiam ser muito importantes para um novo treinador que, assim, vê um claro sinal vermelho na perspetiva real de conquista de títulos esta temporada. Ninguém de bom senso poderá exigir vitórias em competições ao jovem técnico argentino, até porque o sinal transmitido pela abordagem ao mercado intermédio pela SAD portista foi, claramente, no sentido contrário: reformulação interna (incluindo plantel…), preparação com tempo e a tempo (um fator tão arredio do futebol de alto rendimento), e projeção de uma equipa verdadeiramente competitiva e à imagem do treinador para a temporada de 2025/2026. Os portistas, aliás, representam bem a ideia de que nada pode ser perfeito e de que, em determinados momentos, quando se tapa os pés certamente se destapa a cabeça…
Já em Lisboa os ares de mercado foram necessariamente distintos. Enquanto o Sporting se limitou a uma gestão de danos cautelosa, acreditando no seu scouting para identificar o brasileiro Biel no Bahia (alguém que poderá competir com Pedro Gonçalves, por exemplo, na titularidade do campeão nacional), do outro lado da segunda circular o ar foi bem mais agitado com uma fuga para a frente de Rui Costa no ataque ao mercado.
O presidente encarnado percebeu que esse poderia ser o único modo de dar um sinal interno de vitalidade, após um período de contestação que não se resumiu a questões desportivas — entenda-se, de rendimento puro da equipa principal de futebol — mas que alastrou a diversas franjas críticas do universo benfiquista, em ano eleitoral e com as consequências imediatas e, sobretudo, mediáticas que tal facto acarretaria.
Estrategicamente, o atual líder da Luz mostrou presença, reconhecendo tacitamente a necessidade de retocar o plantel e mostrando alguma força nas negociações. Caso a caso, só o futuro próximo poderá confirmar ou desmentir a eficácia das operações, mas a chegada de Manu Silva, Dahl, Bruma e Belotti à Luz confere a Bruno Lage elasticidade e competitividade.
Mesmo que consideremos o passado recente do campeão europeu italiano (muito pouca presença e rentabilidade na Fiorentina e no Como), Pavlidis e, até, Arthur Cabral ganham um concorrente direto, experiente e muito físico na sua abordagem ao jogo. Para ser titular? Duvido…
Já Manu insere-se numa boa identificação de um valor seguro, que poderá dar a Florentino algumas dores de cabeça na discussão de um lugar no onze, e Bruma, veterano mas buliçoso e certamente com muita vontade de mostrar serviço, questionará Akturkoglu sobre titularidade e estará sempre na alternativa a um Di María que os benfiquistas desejariam fosse dez anos mais novo…
De dinheiros e de empresários falaremos em breve. Dos três grandes, o Benfica é, notoriamente, o campeão do mercado de inverno.
Cartão branco
Há muito que o judo português tem relevância internacional. Modalidade corpo a corpo, de grande intensidade física e técnica, requerendo completa dedicação e determinação, é bem o exemplo de um crescimento sustentado e do equilíbrio na balança entre uma alta competição coesa e regenerada a cada geração, e um plano de massificação e criação de condições de base para a captação de praticantes, por um lado, e a filtragem e despistagem de potenciais talento, por outro Patrícia Sampaio já tinha deixado clara, nos Olímpicos de Paris, a sua qualidade e vontade de vencer. Volta, alguns meses depois, à cidade-luz, e ilumina de modo dourado o judo português. Um exemplo de talento, dedicação e sucesso.
Cartão amarelo
O rapaz tem condições inatas para ser um dos melhores jogadores de futebol de sempre. Tem também vontade de mostrar serviço, sendo muito útil a um Real Madrid que, por vezes, até depende dele para descobrir caminho relvado para as balizas adversárias. Mas o seu mau feitio e o seu caráter truculento ainda o vão tramar. A cena de Vinícius Júnior questionando as palavras e a autoridade em campo do seu capitão Luka Modric apontam um caminho nada simpático ao jogador brasileiro, e demonstram que, sem acompanhamento rigoroso, Vini Jr. pode descambar facilmente, como já sucedeu com outros potenciais craques…
Rui Almeida, in a Bola

1º LUGAR ASSEGURADO

 


Águias receberam e venceram os italianos do Trissino por 7-5 e asseguram o primeiro lugar do Grupo B da Liga dos Campeões

O Benfica garantiu o primeiro lugar do Grupo B da Liga dos Campeões ao vencer, esta quinta-feira, no pavilhão da Luz, o Trissino num alucinante jogo com 12 golos e emoção de início ao fim.
Os encarnados, que já tinham assegurado a qualificação para os quartos de final da Champions, viram-se em desvantagem perante os italianos, segundos classificados do agrupamento e ainda com pretensões à liderança, aos oito minutos, quando o português Álvaro Morais Alvarinho bateu o guarda-redes Pedro Henriques.
As águias reagiram e tiveram oportunidade privilegiada de empatar quatro minutos volvidos do golo do Trissino, quando beneficiaram do primeiro livre direto da partida, a castigar falta de outro português da formação transalpina, Reinaldo Garcia. No entanto, Pau Bargalló permitiu a defesa a Stefano Zampoli. A igualdade ficou adiada para seis minutos, e saiu da ponta do stique de Lucas Ordoñez, concretizando o ascendente benfiquista. Essa supremacia resultou na reviravolta no marcador, à beira do intervalo, por Diogo Rafael.
Três minutos decorridos após o descanso, Nil Roca dilatou o avanço da equipa portuguesa para 3-1, numa fase mais quizilenta da partida em que choveram cartões: dois azuis (para Ordoñez e João Pinto) e um amarelo para Jordi Roca. Desta toada emergiu o quarto golo do Benfica, um bis de Nil Roca aos seis minutos, no que poderia ser visto como o sentenciar da dúvida sobre o vencedor. Mas era cedo para veredictos. O Trissino respondeu a preceito e em dez minutos chegou ao empate, com tentos de Méndez, Alvarinho (a fazer bis) e Cocco, criando apreensão nas bancadas da Luz.
Contudo, o jogo tinha muito mais voltas para dar. Ao trio de golos dos italianos ripostaram os benfiquistas na mesma medida, por Zé Miranda (bis), Roberto di Benedetto, a adiantar os anfitriões para 7-4 a quatro minutos do final. Então, sim, tornando mais fiável apostar que a contenda estava resolvida. O Trissino ainda reduziu para 7-5 sobre a derradeira buzina, opor Malagoli, mas era demasiado tarde para nova recuperação.