sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

ANTES DO HAT-TRICK, PAULINHO IA FAZENDO MAIS UM



 


"Pensou que a bola era amarela e o árbitro decidiu dar amarelo, também.
Uma agressão que ainda acabou por vir a punir um jogador do Portimonense mais tarde com a expulsão. Brilhante
É Natal, ninguém leva a mal. E o andor contínua!"

EM JOGOS DO SPORTING AS REGRAS SÃO DIFERENTES DOS RESTANTES CLUBES?



 


"Isto já ultrapassa todas as vergonhas possíveis e imaginárias.
Um jogador que deveria ter sido expulso na primeira parte marca um hat-trick na segunda e assim se transforma um resultado de 0-1 para um 3-2. E, claro, a jogar contra 10, numa expulsão absolutamente ridícula.
Este campeonato está completamente manipulado com a lagartagem a ser levada ao colo.
Chamem a polícia!"

ESTA MATILHA JORNALEIRA FOGE DA MÃO DO 1º GOLO COMO O DIABO DA CRUZ


 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A DEGOLA DOS INOCENTES


Depois da vergonha da semana passada, e da rebelião das primas donas, Veríssimo não merecia isto, no dia da morte da mãe fez uma coisa que poucos fariam, foi treinar estes pinos, e o mínimo que merecia  era estas primas donas terem deixado a pele em campo, terem jogado até à exaustão e não se terem ajoelhado em campo, foto acima. O Benfica nunca se ajoelha , o Benfica pode perder mas tem que deixar a pele em campo, todos sem excepção. Somos tão infantis k aquele primeiro jogo do Porto foi um compêndio da infantilidade, de dez anos à frente dos outros passamos para a idade da pedra.


Com benfiquista ver o presidente do meu clube abraçar o presidente andrade k nos denigre e rouba à mais de 40 anos foi chocante, eu próprio perdi a minha dignidade como adepto do Glorioso, só visto mesmo, é ultrajante, eu não quero um presidente assim para o meu clube, é roubado, achincalhado e chacota de todo o Portugal e ninguém fala, temos múmias mudas na direção, ninguém fala. Tem medo de quê? Tem rabos de palha? Continuarei a apoiar o meu clube com todas as forças, todos somos importantes mas a direção tem que ter mão forte e falar na praça pública, tem muitos podres que tem que se combater. ACORDA BENFICA, FALA BENFICA.

Espero pela tomada de posição sobre a atuação do Hugo Miguel e do Vargonha do Tiago Martins.

FALA BENFICA, tens a almofada de uns bons milhões...

MVP?!



 


"António Nobre acaba de dar (mais) uma vitória ao Cashball. Leram bem, dar uma vitória. E a coisa já é feita de forma tão escandalosa que já nem é questionado o porquê de situações curiosas como um jogador que dá uma patada noutro não ser expulso, sendo que na sequência dos protestos é amarelado um jogador da outra equipa, que mais tarde seria expulso com segundo amarelo, minutos depois de Palhinha ter varrido um gajo ao contrário sem qualquer amarelo. Ah, o jogador que mandou uma patada num colega de profissão e não foi expulso, foi o marcador dos 3 golos que deram a vitória ao Cashball.
Do lado de Contumil, nada se ouve. Os outrora tão assertivos e selectivos tweets de Francisco Marques deram lugar...a som de grilos. E não admira porquê. Basicamente, porque assistimos neste momento a uma luta titânica em quem rouba mais, se Cashball, se Calor da Noite.
Cashball mete António Nobre e Fábio Verdíssimo como árbitros internacionais no quadro de 9 árbitros internacionais. Calor da Noite mete Vitor Ferreira e Gustavo Correia. Tudo sob orientação de Fontelas Gomes.
O Benfica mete...uma banana no cu. E ninguém da Direcção fala, porque metade estão-se a cagar e a outra metade são lagartos.
Siga a pornografia!"

JESUS E O BENFICA

 


"A verdade é que às tantas, pelo que Jesus garantia, o despesão pareceria um bom investimento, que nos dava a melhor equipa do campeonato e, como tal, o próprio campeonato (ou 1ª Liga). Contudo, embora os jogadores individualmente pareçam bons, nunca jogaram bem em equipa

Confesso que gostei de saber que o sportinguista Jorge Jesus já não está no Benfica. Falo como benfiquista relativamente ferrenho, e como sobrinho mais velho (masculino) de Cosme Damião.
Embora esclareça desde já que invejo o nível de vida dele, só não gostei de saber que continua a auferir o ordenado mais uns meses, que me parecem demasiado largos. Ainda por cima não julgo que tenha sido inocente a enorme e dispendiosíssima contratação de jogadores por ele sugerida, imaginando o que custaram ao clube só em Comissões.
Mas é claro que o actual presidente, o ex-jogador Rui Costa, embora eleito há pouco, deve explicar-nos alguma coisa disto. Porque a sua atitude não me agrada nada, apesar de nada lhe ter a apontar como atleta.
A verdade é que às tantas, pelo que Jesus garantia, o despesão pareceria um bom investimento, que nos dava a melhor equipa do campeonato e, como tal, o próprio campeonato (ou 1ª Liga).
Contudo, embora os jogadores individualmente pareçam bons, nunca jogaram bem em equipa. Um trabalho (fazê-los jogar bem em equipa) que caberia ao mesmo Jesus que disse querer contratá-los, e que agora sai, talvez ingloriamente, mas ricamente."

UM GOLEADOR AGRESSOR LEVADO NUM ANDOR...


 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

BENFICA E JESUS: O MOVIMENTO DE CAPITÃES FARTOU-SE DO ESTADO A QUE SE CHEGARA

 


"Opinião - Infelizmente para os da Luz, a única coisa que pareceu normal foi a derrota no Dragão

Jesus saiu e não volta mais. É o fim de uma ideia. A de Jesus e o Benfica. Essa ideia, aliás, já tinha tido uma vida vivida: uma paixão em 2009/10, os problemas matrimoniais seguintes, a felicidade de um bicampeonato, depois um divórcio que envolveu tribunais e uma cerimónia fúnebre. Até que Vieira a ressuscitou para um resultado desastroso: o maior investimento de todos terminou em zero troféus, num futebol que raras vezes entusiasmou e ainda colocou todas as dúvidas onde elas não deviam existir: no que iria suceder à formação.
O regresso de Jorge Jesus nunca foi consensual no Benfica. Não o foi na estrutura, muito menos entre adeptos. Pressionado no plano desportivo, cercado no judicial, Vieira achou que Jesus e um forte investimento eram garantia de que as vozes discordantes iriam emudecer.
Com desconfiança da bancada, Jesus iria ser julgado pelos resultados. Até que deixou de ser julgado por eles. Numa primeira fase, o currículo de JJ deu-lhe crédito. Apesar de discordantes, essas vozes do protesto ainda assim esperavam resultados. Afinal, tinham contratado um treinador que tinha posto a jogar bem as equipas por onde passara e pelas quais, nalgumas delas, a maioria, conquistou títulos importantes. O problema, portanto, era de feitio e não técnico. Numa coisa era certa: o Benfica inteiro sabia quem recontratara.
Desde esse primeiro dia do regresso, da promessa de um futebol arrasador até à vitória sobre o Dínamo Kiev, houve toda uma era do futebol português que terminou. A de Jesus.
E ela, essa era, merece um parágrafo.
Jorge Jesus foi a figura mais marcante do campeonato português da última década. O seu 4x4x2 de 2009/10 influenciou uma série de treinadores, as derrotas nos anos seguintes para o FC Porto foram também elas marcantes e deixaram-no no centro de todas as atenções. Um centro em que ele continuou ao vencer mais dois campeonatos pelo Benfica. Até que saiu. Para o Sporting. Em conflito com a Luz. Nos leões viveu um dos episódios mais tristes do futebol português. As derrotas foram igualmente marcantes. Portanto, Jesus era figura central, fosse qual fosse o resultado. Mesmo lá fora, Jesus esteve sempre presente cá dentro. Como um «fantasma» de Rui Vitória e depois de Bruno Lage, como o próprio Lage bem sabe. Pelo meio, ganhou uma independência financeira que influenciou, também ela, o último ano e meio.
Jesus deixou de ser julgado pelos resultados após o Benfica, 1-Sporting, 3. Nesse dia, simbólico pela mudança em curso no futebol português [caso não tenha reparado, há uma crescente era Amorim em campo e, admite-se, talvez fora dele], o treinador passou a ser avaliado pelos comportamentos. Atos e comunicações iriam ser analisadas ao detalhe. O jogo com o Dínamo Kiev foi o sinal mais claro que Jesus era um fator de distúrbio. Desunia a bancada do banco do treinador e ameaçava chegar ao camarote presidencial. A única união que se viu foi entre adeptos e jogadores. Nesse dia, devia ter sido claro para todos o desfecho que hoje se anunciou. Mas nem com uma assobiadela unânime na Luz treinador e direção perceberam o que foi audível: não havia condições para Jorge Jesus cumprir contrato. Mais cedo ou mais tarde, Jesus sairia.
Foi mais tarde, portanto, mas foi. Não pelos resultados, mas pelos atos e comportamentos. A independência financeira deu a Jesus ainda mais liberdade [o mais é porque ela acrescenta à personalidade de JJ] para agir como quiser, inclusive para receber dirigentes de um clube que o quer(ia) contratar a dois dias de jogar no Dragão: até agora, o lado mais surreal dos últimos dias. Até porque, todos ouvimos, João de Deus disse que a direção benfiquista autorizou. Em suma, a direção do Benfica deixou Jesus fazer o que queria; e se não deixou, ou nem sabia, Jesus fez o que queria na mesma. Teve, ou deram-lhe, liberdade para isso. E aqui, alguém tem de ser «chamado à pedra».
Infelizmente para o Benfica, a única coisa que pareceu normal foi a derrota no Dragão. Pois chegámos ao ponto de esta terça-feira madrugar com um alegado movimento de capitães, um motim de quem chegou a um limite. A ideia que passou foi esta: foram os jogadores que, perante tudo, aceitaram o conflito. Essa perceção nunca pode ser boa para a liderança. Em última análise nem benéfica é para os próprios futebolistas. Portanto, aqui chegados, há algumas conclusões a tirar.
A primeira está no início deste texto: a ideia Jesus e Benfica acabou. Talvez tenha acabado a de Jesus e o Sporting e a de Jesus e o FC Porto.
Quanto a Rui Costa: também não sai bem da fotografia. A direção do Benfica preferiu jogar nos bastidores em vez ser firme e clara nas decisões. Mas tem uma oportunidade de, a partir de agora, construir o paradigma futebolístico que quiser. E ser, obviamente, julgado por ele."

FATAL COMO O DESTINO

 


"O divórcio é uma probabilidade quando um dos lados o pretende e torna-se uma fatalidade quando ambos o preferem. O Benfica já não desejava Jesus e Jesus já não era feliz no Benfica. E até para a numerosa família, a encarnada, o casamento era causa perdida, que não se percebiam traços de união, de facto. Aqui chegados, Rui Costa entregou a decisão ao destino: se o treinador saísse vivo de visitas consecutivas ao Dragão poderia levar a tarefa (e o contrato) até ao fim. Ao fim da época – assinale-se – e nunca para lá dele. Jorge Jesus já tinha percebido igualmente que a rutura aconteceria, talvez mais cedo do que mais tarde. Também por isso alimentou a novela Flamengo, porque os clássicos no Porto podiam mesmo antecipar o prazo de tolerância. Além de que não haverá nada mais tentador para quem está infeliz do que voltar aonde se foi feliz a sério. Ninguém quis dar o primeiro passo e por isso acabaram juntos a dar o último. Com honra, até ver, e assinale-se isso, mas sem glória, o que era fatal como o destino.
O problema que agora rebenta nas mãos do novo presidente encarnado tem dois momentos decisivos e uma questão estrutural futebolística. O primeiro momento remonta ao regresso de Jorge Jesus à Luz, num ato de eleitoralismo de Luís Filipe Vieira – que para aguentar como presidente a qualquer custo gastou uns inauditos 100 milhões em contratações – mas que dividia profundamente os benfiquistas. O segundo ocorreu na decisão de manter o técnico após uma época de fracasso total e a despeito do investimento realizado: falhanço na ida à Champions, zero títulos, apenas terceiro na Liga e futebol abaixo de sofrível. A opção foi, então, a da avestruz, com a cabeça enfiada na areia e responsabilização do que era externo, a Covid de agora e os árbitros de sempre. Ou seja, ia insistir-se em repetir a receita. Parece que Einstein nunca terá pronunciado a frase mais isso não lhe retira oportunidade: o cúmulo da insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes.
E assim foi. Mais uma época antecipada pela pré-eliminatória na Liga dos Campeões, mais um arranque forte suportado em índices físicos precocemente adquiridos a alimentar a ilusão, mais um abanão futebolístico e emocional logo à primeira derrota - com o Portimonense como na época anterior com o Boavista – e sempre um futebol inconstante, sem que se percebesse um rumo tático coerente. Descontada a entrada meritória na fase de grupos da Champions, foi quase só mais do mesmo, mesmo num plantel mais amplo e mais jogadores de perfil atlético. Suspeito, ninguém mo disse, que há-de ter sido a única fragilidade descoberta internamente, a de que faltava músculo. E assim se acrescentaram quilos e centímetros, ou então homens de “intensidade e rapidez”: Lázaro, Gil Dias, Radonjic, Meité, Yaremchuk, mais a aposta em Morato e o resgate de Gedson, ao mesmo tempo que jogadores de talento foram despachados ou desvalorizados: Waldschmidt, Pedrinho, Pizzi, Taarabt. Falhou o diagnóstico e, como sempre quando assim é, a terapêutica também.
A equipa viveu numa esquizofrenia tática. Os jogadores que mais criam jogo, desde logo João Mário (como Taarabt) e Weigl mas também Grimaldo, não encontravam quem lhes desse sequência às ideias, ao mesmo tempo que a falta de robustez defensiva continuava a expô-los em excesso numa equipa obcecada em aceleração e, também por isso, incapaz de evitar perdas de bola sucessivas. Contra adversários que assumem risco mas que não exibem grande segurança defensiva – Barcelona, Braga, Marítimo – viu-se o melhor Benfica, num jogo vertiginoso em que Rafa e Darwin se tornam particularmente eficazes. Nos outros jogos ou pouco se viu, contra equipas menores, ou foi o descalabro, como frente a Bayern, Sporting e FC Porto. A equipa foi sempre elementar em termos de processo ofensivo, dependente de iniciativas individuais, e sem que Jorge Jesus conseguisse sequer dotá-la da segurança defensiva que era uma das suas imagens de marca. Agarrado a um reforço inexplicável de marcações individuais, deixou de defender bem com poucos para passar a defender mal com muitos. E assim foi, de ilusão e desilusão até à derrota final, a da Taça, no Dragão. O último jogo de Jesus como treinador do Benfica foi ilustrativo de como a equipa nem era eficaz com bola nem competente com ela. E percebe-se agora, em definitivo, que os jogadores há muito tinham deixado de acreditar no caminho proposto. Ou seja, o destino estava traçado, muito antes de os dirigentes do Flamengo terem chegado a Lisboa, sem embargo de tudo o que aconteceu a seguir."

UM HOMEM DIVIDIDO ENTRE DOIS CLUBES ACABA SEMPRE SÓZINHO

 


"Jesus acabou por perder o seu namoro português, o Benfica, e ficou a ver o Flamengo a entregar-se nos braços de outro.

A telenovela de Jorge Jesus e o Benfica teve, como seria de esperar, um final triste. Ambas as partes perderam e ninguém saiu bem no retrato. Mas comecemos pelo regresso de Jesus ao Benfica, depois de ter sido campeão no Brasil pelo Flamengo. O confiançudo treinador anunciou, à chegada, que o Benfica iria arrasar a concorrência e que jogaria o triplo do que jogara no ano anterior com outro treinador. A verdade foi bem diferente e Jesus começou a culpar os jogadores, a covid, os árbitros e a estrutura do clube. Perante este cenário, já no corrente ano, o antigo clube de Jesus, o Flamengo, começou a namorar o técnico, prometendo-lhe o céu. Mas Jesus estava casado com o Benfica e ficou dividido. A antiga mulher continuava a acenar-lhe e o homem cada vez mais se enterrava no casamento em Portugal. Até que, quando tudo já corria mal, a antiga mulher fez-lhe um ultimato e Jesus ficou sem saber o que fazer, optando por ficar quieto. Farto de esperar, o Flamengo decidiu escolher outro treinador, também português, que quis o divórcio à força com a seleção polaca, envolvida no playoff de apuramento para o Mundial. Quando esta bronca rebentou, Paulo Sousa, o novo marido do Flamengo, foi acusado de tudo e mais alguma coisa, mas manteve-se impávido e sereno. Sousa tem um currículo como treinador idêntico ao de um Don Juan que promete muito mas concretiza pouco. Isto é: não ganhou nada em lado nenhum. No meio disto tudo, Jesus acabou por perder o seu namoro português, o Benfica, e ficou a ver o Flamengo a entregar-se nos braços de outro. Pobre sorte a do homem que ficou dividido, um clássico que muitos já viveram.
(...)"

JORGE JESUS NÃO MERECIA SER DESPEDIDO (MAS MERECIA-O NA SEMANA PASSADA)

 


"Jorge Jesus deixou de ser o treinador do Benfica. Numa conferência de imprensa que fez lembrar o género de conversa que os progenitores em vias de se divorciar têm com os filhos, Rui Costa e Jorge Jesus anunciaram o fim da relação entre o clube e o técnico, entre lamentos do que podiam ter vivido juntos. Foi uma separação aparentemente amigável que os sócios — como fazem, por vezes, os filhos — já pediam há algum tempo. No entanto, não foram os lenços agitados dos adeptos do Benfica a precipitar a saída de Jesus, mas mais provavelmente as toalhas atiradas ao chão pelos jogadores. Jorge Jesus encontrava-se na mesma situação de um frequentador de ginásio que usa desodorizante Axe: ninguém podia com ele no balneário.

Jorge Jesus, só no último mês, poderia ter saído do Benfica por várias razões. Contudo, o que motivou a saída do técnico não foi o facto de perder de forma claríssima o derby com o Sporting numa época em que não pode falhar; não foi o facto de se ter reunido com dirigentes do Flamengo antes de um confronto decisivo com o outro rival; não foi o facto de ter sido novamente encostado pelo Porto. Não. Foi despedido porque um jogador com peso no plantel mostrou descontentamento com a exibição do Benfica e as opções do treinador. De todas, a razão menos grave.
Naturalmente, as situações acastelaram-se. Mas termos chegado a este ponto em que tem de ser o balneário a correr com o treinador diz-nos muito sobre a atual gestão do Benfica. Não foram os maus resultados ou sequer os dates com o Flamengo que tornaram claro para a direcção do Benfica que Jorge Jesus já não servia os interesses do Benfica, mas uma querela interna que, num cenário mais estável, seria resolvida entre portas. O treinador vindouro terá um desafio agridoce: por um lado, fica com a ideia de que pode falhar os objectivos a que se propõe sem ser corrido; por outro, sabe que não pode embirrar com determinados elementos do balneário sob pena de ser alvo de um coup d'etat. Isto é o género de imbróglio em que um clube se mete quando o projecto desportivo de uma direcção é sempre o de salvar a pele.
O balanço deste ano e meio é claramente negativo, mas é muito injusto dizer que a segunda era de Jorge Jesus no Benfica não foi marcada por boas exibições e resultados. Até se jogava bem à bola, especialmente em jornadas que antecederam eleições para Presidente do Benfica."

DEPOIS DA NOVELA JESUS JORNALEIROS VÃO ARRANJAR OUTRA. E TEMOS O SENHOR MACRON NO DRAGON, COINCIDÊNCIAS...


 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

ATÉ QUANDO, SPORT LISBOA E BENFICA? ATÉ QUANDO?

 


"Deste que há VAR nos jogos entre Benfica e #portoaocolo, TODAS as decisões relativas a fora-de-jogo foram CONTRA o Benfica e a FAVOR dos do costume.
Legenda:
1) Benfica – Porto, Taça da Liga, 22/01/2019. Golo ANULADO ao BENFICA por fora-de-jogo.
2) Porto – Benfica, Supertaça, 23/12/2020. Penálti VALIDADO a favor do PORTO por 18cm (!).
3) Benfica – Porto, Campeonato, 06/05/2021. Penálti ANULADO a favor do BENFICA por fora-de-jogo de 19cm (!).
4) Benfica – Porto, Campeonato, 06/05/2021. Golo ANULADO a favor do BENFICA por fora-de-jogo de 30cm (!).
5) Porto - BENFICA, Taça de Portugal, 23/12/2021. Golo ANULADO a favor do BENFICA por fora-de-jogo de 4cm (!).
6) Porto - BENFICA, Taça de Portugal, 23/12/2021. Golo ANULADO a favor do BENFICA por fora-de-jogo de 33cm (!).
Até quando, Sport Lisboa e Benfica? Até quando vamos ficar calados?"

DERROTA NA FEIRA

 


Muita bola e poucos golos

O Benfica B perdeu 2-1 no terreno do Feirense, em jogo da 16.ª jornada da Liga 2.
O Benfica B perdeu ao final da tarde desta terça-feira, 28 de dezembro, em Santa Maria da Feira, com o Feirense, em encontro referente à 16.ª jornada da Liga 2, mantendo-se, ainda assim, na liderança da prova.
O primeiro sinal de perigo no encontro foi dado por Henrique Araújo, aos 4', com um cabeceamento forte, por cima da barra após canto da esquerda. Mas o Feirense respondeu de imediato: primeiro, aos 6', Tiago Dias obrigou Svilar a excelente defesa, depois, aos 7', por Samuel Teles, com um disparo junto ao poste.
Se Tiago Gouveia atirou fraco e à figura de Brígido aos 9', o mesmo não fez Vargas aos 11'. O colombiano recebeu um cruzamento ao segundo poste, dominou, rematou e bateu Svilar (1-0).
O Benfica pegou então no jogo e foi Umaro Embaló, aos 25', a ter no pé esquerdo a possibilidade de igualar a contenda, mas a bola saiu por cima da barra.

Determinados no regresso após o descanso, os jovens do Benfica B encostaram o Feirense, que apostou nas transições rápidas e nas bolas paradas, e foi assim que o perigo para a baliza de Svilar surgiu, com um cabeceamento de Jorge Teixeira, aos 61', por cima da barra.
Mas o domínio territorial não levou a oportunidades de golo até aos 71', quando João Neto rematou muito por cima a cruzamento de Sandro Cruz, da esquerda. O Feirense passou a ser mais perigoso, esperando o erro das águias.
Aos 80' Filipe Cruz travou André Rodrigues na área encarnada, o árbitro Vítor Ferreira assinalou uma grande penalidade, convertida com sucesso por Manu aos 82', fazendo o 2-0.
João Neto, com um remate fora da área, aos 86', obrigou Brígido à defesa da tarde em Santa Maria da Feira, e o Benfica B acabou mesmo por reduzir (2-1) aos 90'+4' por Henrique Araújo, que, no coração da área, emendou o passe de Miguel Nóbrega.
O Benfica B, pese a derrota, segue na liderança da Liga 2, agora com mais um ponto do que o segundo classificado, precisamente o Feirense, quando estão decorridas 16 jornadas. Na próxima ronda, prevista para 8 de janeiro, as águias recebem no Benfica Campus o FC Porto B.
DECLARAÇÕES
Paulo Mateus (equipa técnica do Benfica B): "Expressamos as mais sentidas condolências a Nélson Veríssimo pelo momento [falecimento da sua mãe], não é fácil. Queríamos dar-lhe um resultado diferente, entregar-lhe uma exibição condizente com o que ele nos preparou e com o Benfica. Não entrámos bem, o Feirense marcou, não criámos grandes oportunidades de golo na primeira parte. Também não entrámos bem na segunda parte, mas fomos crescendo no jogo. Fomos sempre uma equipa que procurou dar uma resposta diferente. Foi um teste de fogo e os jogadores deram uma grande resposta."
Rafael Brito (médio do Benfica B): "Quero dar uma palavra ao nosso líder, o míster Nélson Veríssimo, que está a passar um momento complicado [pelo falecimento da sua mãe], e nós, como família, temos de mostrar o nosso apoio. O Feirense marcou, nós fomos para cima, talvez pudéssemos ter colocado um pouco mais de intensidade na primeira parte em alguns momentos. Depois, na segunda parte, fizemos de tudo. Saímos de consciência tranquila em termos de entrega, mas estamos muito tristes com o resultado."
Feirense - Benfica B
2-1
Estádio Marcolino Castro
Onze do Benfica B
Svilar, Filipe Cruz, Miguel Nóbrega, Pedro Álvaro, Sandro Cruz (Rafael Rodrigues, 77'), Rafael Brito (Henrique Pereira, 77'), Martim Neto, Cher Ndour (João Neto, 64'), Umaro Embaló, Tiago Gouveia (Luís Lopes, 64') e Henrique Araújo
Suplentes
André Gomes, Fábio Baptista, Pedro Ganchas, Rafael Rodrigues (77'), Nuno Félix, João Neto (64'), Jair Tavares, Henrique Pereira (77') e Luís Lopes (64')
Ao intervalo 1-0
Golo do Benfica B
Henrique Araújo (90'+4')
Boletim clínico
Diogo Capitão (contusão óssea no joelho direito)

PORTO - BENFICA: O RESCALDO DE UMA VIDA PARA PERCEBER O QUE ME TROUXE AQUI

 


"A equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica foi humilhada no Estádio do Dragão. Ou antes, a equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica entrou disponível para ser humilhada no jogo da Taça de Portugal, até porque a humilhação começou em jantares de “família”.
E lá fui dar uma vista de olhos ao jogo:
Mas e a tática?
O onze escolhido?
E a arbitragem?
Homem do jogo...
No entanto, a cada pensamento sobre o jogo, muitos outros me ocorriam, estes trazidos pela minha memória.
Os dias eram simples e o meu destino era aquele, pelo menos a ver pelo cartão de sócio que desde o berço me acompanhava.
Mas, a cor do coração era outro e, sem grandes explicações a final da Uefa contra o Anderlecht era vista com o seis nas costas: Carlos Manuel.
O azul do céu era apenas isso, o azul do céu.
Mas, o vermelho do sangue que me corria nas veias não era só vermelho!
Havia algo.
Duas finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus perdidas só ampliavam a certeza. Quando virei a cara para o chão com medo do pontapé do Veloso que eu não queria ver correr mal, sabia que havia algo mais do que um determinismo familiar.
Eu tinha escolhido o meu amor.
Naquela tarde de abril, os dois golos de César Brito carimbaram o passaporte vitalício para o lado certo da história.
Os anos noventa chegavam e o céu era o limite porque era lá que estava a nota 10 do João Pinto em Alvalade depois do erro tático de Carlos Queiroz.
O céu que eu não vi em Vigo, mas que me orientou na travessia do Vietname e que me permitiu esperar pelos dias em que vi Aimar e Jonas com o Manto Sagrado.
Mas, e o rescaldo?
Não ias fazer o rescaldo do Porto Benfica?
É o que estou a fazer.
O rescaldo de uma vida para perceber o que me trouxe até aqui.
Como é que eu cheguei aqui?
Confesso que não sei.
Ser adepto é ter um sentimento construído em memórias – as memórias daquele jogo mítico, daquela saída com os amigos, das viagens, das conversas. Muito mais do que das vitórias, recordamos os jogos da alma. O empate em Leverkursen ou a vitória contra o Arsenal. A bola que o Luisão tirou das mãos do Ricardo ou o golo do Jonas no Bessa. As duas finais da Liga Europa. Ou o David Luís a defesa-esquerdo.
Os jogos no Estádio do Maia e até viagens a Campo Maior e não foi para comprar café. É isso mesmo.
Somos as memórias que temos e as minha são estas, as de um Benfica que teima em não existir.
Mas, se calhar existe.
A nossa equipa de Voleibol não é tudo o que queremos?
Um conjunto de jogadores competentes, do melhor que há em Portugal.
A liderar um treinador igualmente conhecedor do jogo e que, para além disso, comunica paixão em tudo o que faz.
É uma equipa que entra em todos os pavilhões portugueses como claro favorito e faz disso uma arma para derrotar jogo após jogo todos os adversários.
São um coletivo que desejou a Europa, que lutou por ela e que agora entra na quadra dos gigantes com a alma toda.
Até pode perder os jogos todos por três, mas vai com tudo.
Afirmam a sua condição de craques em cada jogo, mas vivem a sua condição de humanos na forma como se relacionam com os adeptos.
Tratam-nos como adeptos e não como clientes.
Não são uma equipa constituída no “Seixal”, até porque o “Seixal” do Voleibol está muito a norte, mas começam a ser o espaço perfeito para o crescimento e afirmação dos nossos jovens atletas. É, como sempre foi, mais fácil integrar um jovem numa equipa vencedora do que numa equipa que tropeça em todas as pedras.
Em síntese diria que a nossa equipa de Voleibol tem um excelente treinador, jogadores que fazem uma equipa competitiva e trabalham todas as áreas do jogo e de tudo o que se relaciona com ele de forma profissional. Acrescentam a tudo isso, paixão.
Talvez seja este o caminho para a equipa de futebol.
Criar uma identidade à volta da nossa equipa de futebol – não sei se será o famoso rolo compressor de um triplo que nunca chegamos a ver, se a vertigem de um Liverpool ou a serenidade em posse de um City.
Não sei, nem tenho de saber.
Mas, como sócio não posso admitir ver uma identidade no Porto e no Sporting – que não avalio – apesar dos recursos escassos, quando comparados connosco. A matriz está lá e vivem com ela. E essa identidade tem de se construir desde dentro. Lamento, mas não acredito num movimento fundacional em torno dos sócios do Sport Lisboa e Benfica, isto porque não temos uma Farmácia Franco para voltar ao momento zero nem tão pouco seria possível definir o que querem os milhões de benfiquistas como identidade.
A resposta tem de partir da Direção e terá de ser a equipa a puxar por todos Nós. Com a nossa exigência, mas com um caminho construído em torno da nossa identidade.
Uma identidade de vitória, mas não a qualquer custo como acontece mais a norte.
Uma identidade de vitória, mas construída com base no esforço e no trabalho do povo que constitui o Benfica em oposição à aristocracia que vive do outro lado.
Uma identidade de vitória que se suporta na nossa diversidade e que faz disso uma mais valia.
Uma identidade de vitória que respeita o jogo e os adversários.
Uma identidade à Benfica!
Simples.
E o rescaldo?
Qual rescaldo?
O que ficou por fazer?
Fica dentro de nós esta dor gigante que nos invade a alma benfiquista.
Por isso optamos por passar o rescaldo para a próxima jornada da Liga onde vamos ao Dragão ganhar por dois zero.
Simples e com identidade.

Nota: Jorge Jesus não é parte da solução, mas o ponto do texto não é sobre o momento. Alguém como Bruno Lage estaria mais perto dessa identidade que imagino para o Benfica, mas este século de Benfica prova que não há saídas individuais. A construção terá de ser coletiva e Rui Costa pode ou não ser o rosto desse movimento. Mas, será sempre sem Jorge Jesus."

O MISTÉRIO DO COVID NOS ANDRADES. O RESTO É MAIS DO MESMO...


 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

CNN PORTUGAL, MAIS UMA POCILGA LIDERADA POR UM PORCO



 "O jornalismo que se pratica na televisão, em Portugal, está muito mimetizado, queremos afirmar-nos pelo lado das factos e da análise e menos pelo lado do comentário" - Nuno Santos, diretor da CNN Portugal.

Faz hoje 5 dias que este senhor lançou um comunicado oficial a afirmar que "as fontes que a CNN tinha" é que estavam certas e que Jorge Jesus tinha acordo com o Flamengo, desmentindo as declarações do próprio Bruno Spindel, do Flamengo e o comunicado oficial do Benfica.
Já existiu pedido de desculpas formal de Nuno Santos pela notícia falsa e pela nota editorial ridícula que lançaram num claro ataque ao Sport Lisboa e Benfica? Continuamos à espera sentados.
A equipa do Polvo das Antas.

SOBRE O FC PORTO - BENFICA



 


"Independentemente da exibição paupérrima e do cataclismo que aconteceu em campo por parte da equipa do Benfica que deverá envergonhar-nos a todos, há determinadas coisas que não merecem nem podem passar impunes.
Muita gente bem tenta ofuscar o que se passou em campo, mas nós relembramos algumas ocorrências que tiveram influência direta no resultado final.
Sobre o FC Porto, existem dois golos que deveriam ter sido invalidados e que acabaram sendo validados pelo VAR. Porquê? Porque não existem tomates por parte dos árbitros quando vão ao Dragão. Existe uma falta clara no primeiro golo do FC Porto que não é assinalada. Taremi controla a bola com a mão e o VAR nada assinala, deixando a jogada prosseguir e acabando por validar o golo. No segundo golo, Fábio Cardoso interfere claramente na jogada e choca com Helton Leite. O VAR, uma vez mais, nada assinala.
Sobre o Benfica, Darwin marca golo limpo. O VAR logo interrompe e consegue a proeza de escolher, de forma intencionalmente manipulada e deliberada, um frame com uns míseros 4cm de offside quando a bola já tinha partido do pé do portador do passe. Espetacular! Uma salva de palmas para Luís Godinho! Segundo golo do Benfica, desta vez por Otamendi, é uma vez mais mal anulado. A linha, colocada por Luís Godinho, está em cima do pé do jogador do FC Porto e não à frente. Fantástico, uma vez mais! Digno de circo!
Para finalizar, temos ainda a entrada para cartão vermelho de Fábio Cardoso sobre o Darwin. Mais tarde, ficámos a saber que o jogador levou 5 pontos no pé. Veríssimo limitou-se a assinar falta e nem amarelo mostrou ao jogador do FC Porto. O VAR, que tinha a obrigação de interromper e informar da intencionalidade da entrada, nada fez. Deverá ter sido uma avaria técnica.
Reiteramos: nada disto desculpabiliza o que se passou em campo, contudo, é por demais evidente os roubos contínuos de que o Benfica é alvo. Não é pela vitória justíssima do FC Porto – não temos problemas em admiti-lo – que se deve legitimar os roubos constantes a que o Benfica é sujeitado.
Isto já ultrapassa todos os adjetivos qualificáveis. Jogar no Dragão é sinónimo de assalto à mão armada. No próximo jogo lá estará a benção de Pedroto em campo. Só falta o Guarda Abel e completa-se a pandilha toda. Não chamamos a polícia porque esta é complacente.
Relativamente ao que se passou em campo por parte dos jogadores do Benfica, insistimos: foi uma vergonha, mas que não invalida a proporcional vergonha que foi a arbitragem."

TOMEM LÁ O ESTERCO DO DIA


 

domingo, 26 de dezembro de 2021

O PASSADO TAMBÉM CHUTA | KAREL POBORSKY

 


"Karel Poborsky, uma luz no meio da escuridão?

No dia 23 de Junho de 1996, Portugal e República Checa defrontaram-se nos quartos-de-final do Europeu de Futebol que se realizou em Inglaterra.
Num jogo bastante disputado e com incerteza de quem iria passar à fase seguinte, eis que ao minuto 53 um jovem checo de 24 anos desconhecido para a maioria dos portugueses, “tirou um coelho da cartola” e marcou o único golo da partida, carimbando a passagem da sua seleção às meias-finais da prova, onde viria a ser finalista vencida.
Falamos, claro está, de Karel Poborsky, jogador nascido na cidade de Jindrichuv Hradec. A boa prestação individual no Euro ’96 e o tal golo marcado a Portugal fizeram a sua cotação subir em flecha, o que despertou de imediato a atenção dos “tubarões” europeus.
Ironia ou não, o que é certo é que Poborksy não saiu mais de Inglaterra, pois o Manchester United FC não perdeu tempo e contratou o extremo direito. Nos Red Devils nunca se afirmou em definitivo, até porque tinha um tal de David Beckham como concorrente direto na sua posição.
Ainda fez a primeira época completa, mas na seguinte (1997/1998) saiu no mercado de Inverno e foi neste período que entrou o SL Benfica. Contratado pelo clube da Luz na altura pelo Presidente João Vale e Azevedo, a transferência do jogador checo iria dar muito que falar anos mais tarde pelos piores motivos devido aos valores envolvidos no negócio com o clube inglês.
A estreia de Karel Poborsky com a camisola do SL Benfica aconteceu no dia três de janeiro de 1998 e logo num clássico sempre escaldante frente ao FC Porto, no então Estádio das Antas.
O FC Porto venceu a partida mas o jogador checo deixou boas indicações, o que lhe valeu a titularidade para o que restava da temporada. Poborsky era um extremo direito de características muito ofensivas, com uma capacidade técnica acima da média, gostava de atuar junto à linha e a velocidade era o seu maior trunfo.
A boa segunda volta da turma encarnada no Campeonato Nacional, na altura orientada pelo treinador escocês Graeme Souness, em muito se deveu ao futebolista checo, embora o “menino bonito” da Luz continuasse a ser João Vieira Pinto.
Fez 23 jogos e apontou cinco golos, dois dos quais na goleada (1-4) frente ao Sporting CP no antigo Estádio José de Alvalade e na vitória caseira (3-0) diante do FC Porto já campeão. Mas a melhor época de Poborsky no SL Benfica foi, sem dúvida, a de 1998/1999, tendo feito o gosto ao pé por seis vezes e assistido os seus companheiros para golo em 11 ocasiões.
Novembro de 1998 foi mesmo o seu mês mágico, com o primeiro momento de magia a acontecer no dia 15 desse mês, no duelo com o SC Braga em jogo da 11.ª jornada do campeonato.



Aos 33 minutos, o espírito de Diego Maradona invadiu o antigo Estádio da Luz e entrou no corpo de Poborsky, que pegou na bola na defesa encarnada, tirou todos os adversários que encontrou pelo caminho e só parou dentro da grande área bracarense para rematar com êxito.
Um golo soberbo que, de certeza, ele e todos os benfiquistas nunca mais irão esquecer. Dez dias depois, num encontro a contar para fase de grupos da Liga dos Campeões, o SL Benfica derrotou em casa os alemães do Kaiserslautern por 2-1.
Poborsky não marcou, mas ofereceu os golos a Nuno Gomes e João Pinto em dois lances de pura classe do checo maravilha. Haveria ainda de marcar novamente ao Sporting CP no empate a três na última jornada do campeonato.
Foi, de facto, uma grande temporada a nível individual para o extremo direito, mas o SL Benfica não atingiu (mais uma vez) o seu objetivo principal que era ser campeão nacional, acabando por ficar em terceiro lugar.
Na época seguinte houve uma revolução no comando técnico dos encarnados, com o alemão Jupp Heynckes a ser contratado para suceder a Graeme Souness que havia sido despedido nas últimas jornadas do campeonato anterior.
Com o novo treinador, Poborsky também realizou a maior parte dos encontros mas baixou um pouco a sua produtividade com menos golos e menos assistências. O SL Benfica voltou a ficar em terceiro lugar no campeonato e o jogador checo ficou ainda ligado à pior derrota sofrida pelo clube (7-0) nas competições europeias no célebre pesadelo de Vigo.
Com a chegada da época 2000/2001, chegou também o último ano de contrato de Poborsky, que não quis renovar com as águias.
Com o SL Benfica a precisar urgentemente de fazer dinheiro face à crise financeira que já se vinha a arrastar há vários anos, a vontade do clube era vender o jogador antes do contrato terminar para não sair prejudicado no negócio.
Ainda participou em 17 jogos, mas no início de 2001, a Lazio de Roma acenou com 300 mil contos (valor na altura) e levou o jogador checo.
Esteve na Lazio época e meia e regressou ao seu país natal para ingressar no Sparta Praga. Em 2004 ainda regressou a Portugal mas para disputar o último Europeu pela sua seleção. Terminou a carreira de futebolista em 2007 com as cores do Ceske Budejovice.
Pese embora a importância que tinha no SL Benfica, Poborsky chegou, por vezes, a ser um jogador algo irregular, oscilando no rendimento das suas exibições entre o bom e o razoável.
Fez 112 jogos pelo emblema encarnado e marcou 17 golos. Saiu sem ter vencido qualquer título, mas ainda hoje continua a ser um ídolo dos adeptos encarnados que o viram jogar, pelos vários momentos de magia que proporcionou ao longo dos três anos que passou na Luz."