domingo, 22 de outubro de 2017

NO REINO DAS AVES QUEM VOOU MAIS ALTO FOI A "ÁGUIA"


Quim e Jonas, ou a fama que vem de longe no triunfo do Benfica
Benfica venceu o Desportivo das Aves por 3-1 num jogo com dois penáltis e o veterano Quim em destaque. Jonas (x2) e Seferovic fizeram os golos dos encarnados, com Defendi a apontar o tento da equipa da casa
Se bem se recorda (para quem tem uma certa idade, é só puxar um bocadinho pela cabeça, para os outros deixo aqui o link), o mítico anúncio do brandy Constantino anunciava com voz de mistério "a fama que vem de longe" e hoje bem que essa frase podia ter ecoado nos altifalantes do estádio do Aves em homenagem aos dois grandes protagonistas do jogo de hoje, a mostrarem que por vezes a idade é mesmo só um posto: Quim e Jonas. O primeiro porque apesar de ter sofrido três golos, fartou-se de acumular defesas de bom nível e mostrou-se em grande forma no dia em que, com 41 anos, se tornou no jogador mais velho de sempre a atuar na Liga Portuguesa. O segundo, porque do alto dos seus 33 anos, continua a mostrar como se faz e não vacilou da marca da grande penalidade (duas vezes) e ajudou sobremaneira o Benfica a ganhar por 3-1 frente ao Desportivo das Aves.

Com apenas duas vitórias nos últimos dois jogos (e sem vencer fora da casa para o campeonato desde agosto), os encarnados entraram em campo a saber que precisavam de vencer para manter distâncias para o Futebol Clube do Porto. Em relação ao jogo com o Manchester United, Rui Vitória manteve a aposta nos "meninos" Svilar, Rúben Dias e Diogo Gonçalves, fez regressar Seferovic e sentou Pizzi no banco, algo raro para os lados da Luz. A juventude da irreverência junto ao saber da experiência feita.
Já o Desportivo das Aves lançava-se a jogo com Lito Vidigal a estrear-se para a Liga aos comandos da equipa, após o começo vitorioso na Taça de Portugal. A confiar nas palavras do mister, com menos de 2% de hipóteses de vencer. Mas com a ambição de ser possível aproveitar o momento de menos fulgor que tem sido, até agora, a face mais visível da época do Benfica.
O início do jogo não transpareceu isso, com as águias a lançarem-se fortes em busca de um golo madrugador. Diogo Gonçalves esteve próximo logo aos 2 minutos, mas Quim respondeu com uma estirada fantástica ao remate em arco do jovem extremo português. Logo de seguida, aos 4 minutos, foi Vítor Gomes a obrigar Svilar a uma defesa de recurso, com o guardião a mostrar poucas sequelas do erro a meio da semana.



Após uns primeiros quinze minutos muito intensos, com o quarteto ofensivo do Benfica a dar água pela barba à defensiva contrária, a toada do jogo equilibrou-se até, que na fase de menor assertividade encarnada, Washington deu uma ajuda aos 27 minutos. Já dentro da grande área, fez falta escusada sobre Diogo Gonçalves e Nuno Almeida não teve dúvidas em apontar para a marca de grande penalidade. Se está a ler com atenção desde o início, já sabe a conclusão. Bola no fundo das redes e Jonas a dar o 1-0 ao Benfica.

Até final da primeira parte, Salvio ainda ameaçou ampliar a vantagem, mas foi o Aves a estar mais próximo do empate, com remates perigosos de Washington e Nildo a precederem um cabeceamento de Defendi à barra. Não tiveram sucesso e o jogo foi para descanso com a vantagem do Benfica no marcador e os avenses a prometerem luta após a pressão.
EMOÇÃO ATÉ FINAL
Não foi bem isso que ditou o arranque dos segundos 45 minutos, porque logo aos 50, Seferovic ampliou a vantagem após assistência de Salvio na sequência de um remate prensado de Jonas (sempre ele). O golo trouxe mais alguma tranquilidade ao Benfica, com a ajuda da entrada de Pizzi, que foi acumulando oportunidades para fazer o 3-0 ao ritmo que Quim foi fazendo defesa atrás de defesa. A desvantagem de dois golos levou Lito Vidigal a mudar, e as entradas de Paulo Machado e Sami deram mais agressividade ao sector ofensivo, se bem que os lances claros para finalizar não foram assim tão claros.
Até que quando o pouco o fazia prever, o Aves reduz e volta a entrar no jogo aos 76 minutos. Canto de Paulo Machado desvio certeiro ao primeiro poste de Defendi, com Svilar impotente para evitar que a bola entrasse no fundo das redes. Esperança que foi sol de pouca dura. Após um lance que começa com uma falta clara de Jonas que o árbitro não assinalou, Pizzi é derrubado na grande área e o árbitro (aí a decidir bem) marcou o segundo penálti para os encarnados. Que acabou da mesma forma que o primeiro, com Jonas a não ter problemas em fazer o 3-1.

Até final, espaço para Quim brilhar mais um pouco e Svilar ainda a tocar com as pontas dos dedos numa bola que acabou no ferro direito da sua baliza e acabou definitivamente com o que ainda restava de ímpeto de recuperação avense. Vitória para o Benfica e três pontos fora de casa, o que não tem sido comum esta época.

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