quarta-feira, 10 de abril de 2024

OUTRA VEZ ARROZ



 "Todos nos lembramos de ver António Pratas a fugir, com quase toda a equipa do FC Porto atrás de si, intimidando e ameaçando o juiz eborense. Foi há muitos anos, mas por vezes somos levados a pensar que, desde então, em certos aspectos, pouco ou nada mudou.

Na verdade, sempre que o FC Porto perde, os seus jogadores, treinadores e dirigentes perdem a cabeça, e partem para um nível de agressividade que não encontra paralelo em nenhum clube de nenhum dos principais campeonatos europeus.
Sérgio Conceição já foi expulso mais de duas dezenas de vezes (!!!). Isto, por si só, diz muito sobre ele, sobre o FC Porto e, atendendo à impunidade, sobre o próprio futebol português. Se nos lembrarmos das ocasiões em que, até nas competições europeias, ele entrou em conflito com outros treinadores (desde Guardiola até, mais recentemente, Mikel Arteta), sentimo-nos de algum modo envergonhados enquanto portugueses. Ao que parece, o filho segue pelo mesmo caminho e, mesmo depois da estreia na seleção nacional, fez a figura deplorável a que o país assistiu.
Por sua vez, Luís Gonçalves é, todo ele, a pressão e a intimidação a árbitros, quartos árbitros e auxiliares. São incontáveis os jogos em que vemos aquela personagem aos saltos e aos gritos junto à linha lateral, ou mesmo dentro do campo.
Os jogadores, naturalmente, seguem o guião definido.
No Estoril, os erros de arbitragem mais significativos foram em benefício do FC Porto, com uma expulsão perdoada e outra protelada. Para quem nunca se habituou a arbitragens isentas, qualquer decisão que vá contra aquilo que pretende é motivo de berraria - que se segue na sala de imprensa, e agora também nas redes sociais.
Enquanto tudo isto for tolerado nas instâncias desportivas e, também, na comunicação social, nada mudará. Não é feitio, é mesmo defeito."

Luís Fialho, in O Benfica

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