sábado, 10 de agosto de 2013

NÁPOLES - BENFICA, 2-1 : CRÓNICA, FOTOS, (VÍDEO)

[vídeo] Benfica perde em Nápoles - crónica


Fonte: mais futebol
O Benfica preparou o início do campeonato ao ritmo de Champions. Defrontou uma defesa bastante sólida e um Nápoles venenoso na transição defesa-ataque. No San Paolo, os encarnados encontraram uma equipa superior em quase todos os aspetos do jogo. Sobretudo em organização, intensidade e inteligência. Por tudo isto, a derrota que fecha a pré-temporada foi lógica.

Esta é uma derrota diferente daquela frente ao São Paulo, porém. Os italianos estão milhas à frente do futebol dos paulistas, são um adversário fortíssimo e de muita qualidade para qualquer equipa. Foram-no em demasia para este Benfica que no San Paolo jogou à Champions. Por isso, há ilações a tirar, embora relativas, porque ainda é a pré-temporada.

Pressionar sempre

A entrada dos encarnados foi boa. Jesus quis a equipa a pressionar alto, juntos aos centrais contrários. Pressionar alto e sempre. E um dos problemas terá passado por aí. Quando o Nápoles passava a primeira linha de pressão, o Benfica estava demasiado estendido no relvado. Ou seja, havia sempre espaço para os médios dos italianos. A zona frontal esteve muitas vezes aberta. E quando os laterais fechavam mais a meio, lá ia a bola para um dos extremos italianos, com Insigne a destacar-se como o melhor elemento do primeiro tempo.


Do pé direito dele saiu o 1-0. Uma falha dos centrais encarnados. Behrami apareceu entre Luisão e Garay e solto cabeceou para o 1-0 logo aos seis minutos.

Ora, se de um lado o Benfica pressionava muito à frente, o Nápoles preferia fazê-lo a partir da linha de meio-campo. Na defesa, os encarnados podiam trocar a bola, mas quando tentavam avançar uma linha, ou seja, passar os primeiros homens a pressionar, o Nápoles demonstrou ter excelente organização e retirou espaço aos benfiquistas. Assim, mesmo que Enzo Pérez o Gaitán driblassem um adversário, já tinham outro na pressão.

Depois, havia o outro fator: o contra-ataque. A qualidade do Nápoles viu-se muito por aí: bola ganha e quatro, cinco setas apontadas à área contrária. Claro, poucas equipas da Liga terão a capacidade para sair da pressão do Benfica como o Nápoles, ou sequer rapidez e habilidade para transitar da defesa para o ataque num piscar de olhos. Mas é um sinal que ainda há fragilidades na equipa de Jesus.

Antes do intervalo, Artur fez um par de defesas a remates de Insigne e Luisão empatou numa bola parada. Um belo golo por sinal.


Três médios centrais

No segundo tempo, Jesus percebeu o espaço a meio. Tirou um apagadíssimo Sulejmani e colocou Amorim. O Benfica jogou com três médios centrais, Markovic passou para a direita. O problema: se no primeiro tempo ainda conseguiu colocar algumas bolas no ataque, no segundo perdeu criatividade, que só voltou quando Djuricic e André Gomes chegaram ao jogo. Aí, já havia 2-1. Há um novo argentino para resolver no San Paolo e Higuaín marcou ao Benfica, numa cópia do 2-0 na Luz com o São Paulo, e colocou justiça no marcador: os italianos já tinham desperdiçado ocasiões para isso.

Djuricic ainda atirou ao poste, mas estava escrito que a festa era do Nápoles. O Benfica perdeu, claro, vale-lhe olhar para os erros que uma equipa de Champions lhe faz cometer e relativizar para o jogo da Madeira, aí sim, já com pontos em disputa, e com análises mais definitivas.

FICHA DE JOGO

Estádio: San Paolo, em Nápoles

NÁPOLES: Reina (Rafael, 46); Mesto (Maggio, 46), Albiol, Britos (Cannavaro, 46), Zuniga (Armero, 46); Inler (Dzemaili, 46), Behrami (Radosevic , 79); Callejón (Novotny, 84), Hamsik (Pandev, 62), Insigne (Mertens, 46); Higuaín (Calaiò, 74).

BENFICA:Artur; Maxi Pereira (Sílvio, 46), Luisão, Garay e Cortez (Melgarejo, 60); Sulejmani (Ruben Amorim, 46), Enzo Pérez (Djuricic, 77), Matic (André Gomes, 77) e Gaitán (André Almeida, 89); Markovic (Ola John, 60) e Rodrigo (Lima, 46).

Marcadores 1-0 por Behrami (6min), 1-1 por Luisão (44min); 2-1 por Higuaín (70min)

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