“APENAS O BENFICA ME FARIA REGRESSAR A PORTUGAL”

Mora e joga em Madrid, é o melhor do mundo, talvez o melhor de sempre e é o goleador máximo da Seleção Nacional. Não, não é Cristiano Ronaldo, mas sim outra joia da coroa que Portugal tem: Ricardinho

Ricardinho está, sem surpresa alguma, nomeado para melhor jogador do mundo, prémio atribuído pelo "Futsal Planet" e que será divulgado na quarta-feira, 10 de janeiro. O português é megafavorito para bater a concorrência de outros nove jogadores e, assim, arrecadar a quinta distinção da carreira, superando o próprio ídolo Falcão, brasileiro que muitos dizem ser o melhor de sempre. Ora, os feitos que o mágico tem acumulado, levam-no para o olimpo da história da modalidade. Em entrevista a O JOGO, o canhoto diz não pensar se é o melhor de sempre e, apesar de ter algumas coisas em comum com Cristiano Ronaldo, sublinha que, acima de tudo, os dois astros partilham uma grande paixão por Portugal.
Quando o Cristiano Ronaldo ganhou a quinta Bola de Ouro, disse que era o melhor de sempre. O Ricardinho pode conquistar a sua quinta distinção e ultrapassar o Falcão, que dizem ser o melhor de sempre no futsal...

-Sinceramente, quem tem que falar disso, algum dia, são as pessoas que veem os jogos, os treinadores, os adeptos e os especialistas nessas áreas. O meu trabalho é estar na melhor forma possível, o máximo de dias que conseguir para ajudar o clube com tudo o que me é pedido: tentar vencer todos os jogos e troféus coletivos e individuais e ser um exemplo dentro e fora de campo. O resto deixo para os demais. Mas ficarei muito feliz se conseguir conquistar novamente esse troféu tão importante na nossa modalidade que a FIFA ignora.
O Ricardinho nasceu em 1985, o mesmo ano em que nasceu Cristiano Ronaldo. A colheita de 85 foi, portanto, boa para Portugal...

-Penso que são meras coincidências, apesar de termos algumas coisas em comum nas nossas vidas, mas somos de desportos diferentes, pessoas e personalidades diferentes, mas com a mesma paixão por uma bola e pelo nosso país.

Subiu, também, a pulso na carreira, mora e joga em Madrid e está a afirmar-se como um dos melhores de sempre no futsal. Vistas as coisas desta forma, há semelhanças entre a história do Ricardinho e do Ronaldo?

-Como disse anteriormente, temos algumas coisas em comum. Mas somos pessoas diferentes, em mundos distintos, com uma maneira de ver e viver a vida diferente, mas com a mesma paixão pelo desporto, muito dedicados e trabalhadores e com um grande amor ao País. Somos portugueses orgulhosos.

Em tempos, balançou entre o futsal e o futebol. Pensa que teria estômago para aguentar tamanho clima de crispação caso jogasse futebol?

-Já passou a fase de falar desse assunto. Está encerrado e não quero, sequer, voltar a pensar nessa fase. Jogo futsal, sou português e sou, neste momento, o melhor nesta modalidade e é nisso que me centro.