sábado, 30 de novembro de 2024

O ESGOTO A SER ESGOTO...

 


VITÓRIAS EUROPEIAS

 


"São vários os temas nesta edição da BNews, com destaque para dois triunfos europeus conseguidos ontem, a antevisão do fim de semana e um projeto singular no domínio internacional.

1. Nomeação para onze do ano
O capitão do Benfica, Otamendi, faz parte da lista de defesas selecionados para uma das categorias dos prémios The Best, atribuídos pela FIFA.
2. Ecos de uma grande jornada
A comunicação social estrangeira não ficou indiferente à vitória à Benfica alcançada no Mónaco.
3. Projeto inovador
Conheça o Benfica Residential Academy, a dar os primeiros passos, com inauguração oficial em 2025. Localizado em Tampa, no estado norte-americano da Florida, trata-se de um projeto único, com modelo criado de raiz no Sport Lisboa e Benfica.
4. Nova goleada
O Benfica soma e segue na WSE Champions League de hóquei em patins. Na 2.ª jornada voltou a ganhar com cinco golos marcados sem resposta, desta feita no rinque do HC Quévert.
5. Eliminatória bem encaminhada
A equipa feminina de voleibol do Benfica venceu, por 0-3, na Grécia frente ao ASP Thetis, na 1.ª mão dos oitavos de final da CEV Challenge Cup.
6. Empate no dérbi
Nos Iniciados, o Benfica visitou o Sporting e empatou a duas bolas.
7. Agenda para sábado
Na Luz há jogos das equipas masculinas de andebol e de basquetebol, frente ao Vitória SC (17h00) e à Oliveirense (19h00), respetivamente. No futebol de formação, os Juniores recebem o Casa Pia (15h00).
São várias as deslocações de equipas do Benfica: no futsal, Ferreira do Zêzere nos masculinos (17h30) e Gondomar nos femininos (18h00); em hóquei em patins, Marinhense nos masculinos (18h00) e CRIAR-T nos femininos (15h00); a equipa masculina de voleibol jogo em Guimarães frente ao Vitória (17h15); as equipas femininas de râguebi e de polo aquático têm embates, respetivamente, no campo do SC Porto/CRAV (15h00) e na piscina do Fluvial Portuense (17h30).
Em Odivelas disputa-se o Campeonato Nacional de equipas seniores de judo.
8. Agenda para domingo
Às 18h00, o Benfica visita o Arouca na 12.ª jornada da Liga Betclic. A equipa B atua no reduto do Marítimo (15h30). Os Juvenis recebem o Sacavenense (11h00). Os Iniciados jogam no Campo do Olival (Águas de Moura) frente ao Vitória de Setúbal (11h00).
Quanto a equipas femininas, visita ao CAB Madeira em basquetebol (15h00), e receções ao Vitória SC em voleibol (17h00) e Turquel em hóquei em patins (19h00).
9. Presença significativa nas seleções jovens
Ao longo do último mês foram 41 os futebolistas dos escalões de formação do Benfica ao serviço das várias seleções nacionais. E a seleção feminina sub-19 contou, na quarta-feira, com oito jogadoras do Benfica no triunfo, por 0-2, frente à Eslováquia.
10. Casa Benfica Arouca
Com a presença do Presidente do Sport Lisboa e Benfica, esta embaixada do benfiquismo inaugura oficialmente as novas instalações, com começo agendado para as 12h30."
Benfica News, in SL Benfica

O MITO DO VELHO HOMEM REACENDEU-SE COMO UMA LÂMPADA

 


"Bronko Nagurski ultrapassou as barreiras da banalidade humana com a força de uma lenda.


É provável que nenhum de vós tenha ouvido alguma vez falar de Bronko Nagurski. Bronko era o diminutivo de Bronislau e não batia certo com a personagem. De maneira nenhuma um bronco. Bem, adiante. Também é conhecido por ter sido jogador de futebol americano e praticante de luta livre mas isso é redutor para ele. Na verdade foi um fenómeno. Um daqueles fenómenos como o Cometa Halley ou a Nossa Senhora decidir empoleirar-se num espinheiro para espanto de pequenos pastores lorpas. Tinha a volumetria de, digamos, um pequeno iaque. Perto do metro e noventa; mais de cem quilos. Quando pegava naquele melão a que mal se pode chamar de bola (afinal os dicionários não exprimem que o termo bola corresponda a um objeto esférico) e desatava a correr de encontro aos adversários, o melhor era sair da frente como se viesse ali um comboio descontrolado. Os conhecedores deste desporto catalogariam-no como «fullback». Foi profissional pelos Chicago Bears a partir de 1930. E da luta três anos mais tarde. Foi campeão do mundo de pesos-pesados em 1937, batendo num desgraçado chamado Dean Henry Detton, também ele profissional duplo de futebol americano e luta livre e que acabou por se enforcar aos 49 anos, no seu bar, The Turf Club, em Hayword, na Califórnia.
1937: era aqui que eu queria chegar. Já um bocado escalavrado, com os ombros a precisarem de descanso e os músculos ainda mais, Bronko acabou com a dicotomia e abandonou as jardas dos relvados. Tinha vinte e nove anos, assim por extenso, e ganhou tudo o que era possível ganhar. Os companheiros mais novos já o tratavam carinhosamente por ‘The Old Man’. A imprensa foi buscar as sua raízes polacas para lhe encaixar o epíteto de Polish Canon Bolt. Lá está: tudo demasiado pequeno para a dimensão da sua personalidade. Resumo-me a um episódio que o elevou ao estatuto de lenda. OHomem para lá do Homem. Falei no ano de 1937 e insisto. Nagurski estava farto de futebol. Com a camisola do Chicago Bears, que usava desde 1930, acabara de destroçar o grande rival dos Bears dessa altura, os Portsmouth Spartans. Estava tanto frio em Chicago que o jogo teve de ser disputado num recinto fechado. The Old Man marimbou-se para isso. Correu como um louco, derrubou ‘linebackers’ como se fossem barricas vazios, e terminou a faena com um ‘touchdown’ muito contestado pelos adversários mas que o árbitro considerou válido. Em seguida, no balneário, enchendo o peito que era largo e parecia a quilha de um petroleiro, desabafou: «It’s done!». E abandonou o desporto profissional, embora ainda tenha realizado alguns combates de luta durante mais dois anos. Um choque duro para os adeptos dos Bears que tinham Bronko Nagurski como o grande líder da sua equipa, o monstro que usava um capacete tamanho oito e era de assustar ornitorrincos.
Vamos até 1943. Os Chicago Bears estavam com a corda pelo pescoço: a grande maioria dos seus jogadores tinha sido alistada para combater na Europa e no Pacífico em nome dos Aliados na II Grande Guerra. Suplicaram a Nagurski que voltasse da sua reforma. E o mito reacendeu-se como uma lâmpada. Os Chicago Cardinals elevavam-se na sua frente no caminho para a final. E Bronko, já com 35 anos e pai de seis, estava pronto. E de que maneira. Arqueou os braços, agarrou na bola e foi correndo, correndo, correndo. Nem aqueles que tinham menos vinte anos do que ele resistiram à sua passada larga. Aqueles que conseguiam agarrá-lo eram arrastados às suas costas que nem pulgas num cão enraivecido. O ‘touchdown’ que marcou e garantiu a vitória dos bears por 35-24 jamais foi esquecido por aqueles que estiveram no estádio de Wrigley Field. Por todo o lado se falava dele. E de Bronko Nagurski regressado em forma de um Messias. Mas ainda havia uma final para jogar e só os vencedores merecem lugar eterno na História. Wrigley Field, o mais pequeno de todos os estádios da NFL (National Football League), recebeu quase 35 mil pessoas. Bronko liderou os seus companheiros até à vitória por 35-24. Um brado ensurdecedor sublinhou o seu ‘touchdown’ após uma corrida de três jardas. Em seguida, Nagurski regressou à sua quinta. Foi plantar batatas."

Afonso de Melo, in Sol

O FIM DA RASSA

 


"Há uma coincidência tétrica entre o descalabro desportivo de três derrotas consecutivas e os problemas de saúde do antigo presidente Pinto da Costa, que há poucas semanas tinha publicado um testamento sobre os convidados para o seu funeral.
Como associou o poeta, é uma pronúncia do norte a confundir-se com o prenúncio de morte - cenário fantasmagórico que reclama exorcismo urgente num meio em que, como dizem os amigos de Vigo, “brujas si, que las hay, las hay”.
Muitos previram que o dia seguinte à queda do regime não seria bonito. A herança é pesada e exige tempo para o luto, considerando que chega às mãos dos sucessores completamente esfrangalhada. No Porto atual, após derrotas em campo, gestão danosa ou violência gratuita entre maus adeptos, o processo de refundação é obrigatório, como exercício de nojo em simultâneo com a montagem de um novo suporte de vida, o saneamento financeiro.
Porque a força interior do clube estará tão viva como um dia perpetuou outro dono da palavra que desarmou os maus augúrios sobre o destino ao escrever que as notícias sobre a sua morte eram evidentemente exageradas.
Rei morto, rei posto - longa vida ao Porto e ao seu novo presidente, o Luís André, que ousou intrometer-se num labirinto de interesses pessoais e de associações duvidosas que sobrevivia num sistema de intimidação e violência, mantido pela guarda pretoriana à custa dos bens do clube até ao nível da falência.
A essa forma de ganhar e ser poderoso deram o nome de “rassa portista”, a turbamulta da bancada das carpideiras, mas o lado bom do passado exige uma lápide limpa, honrosa e sem erros ortográficos."

João Querido Manha, in Facebook

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

SÓ MAIS UMA...!!!

"Di Maria está a uma assistência de igualar Cristiano Ronaldo na tabela dos maiores assistentes da Liga dos Campeões.
Pergunto-me como é possível existirem benfiquistas que o queriam fora do clube!?
É um luxo podermos contar com um dos melhores jogadores do mundo, de águia ao peito. Desfrutemos..."

Alberto Mota, in Facebook

COMO VALEU A PENA SOFRER PARA SAIR DAQUI FELIZ!

 


"Monaco 2 - 3 Benfica

Tenho visto muito vermelho de Benfica um pouco por todo o lado: no aeroporto de Lisboa, logo pela madrugada; em Orly, onde fiz escala; no Mónaco, claro, aqui a mancha vermelha é das boas. Não vai faltar apoio. Não vai faltar aquele apoio que os Benfiquistas que acompanham a equipa nunca lhe regateiam, nunca deixam de lhe fazer sentir durante todos os 90 minutos dos jogos. CARRREGA BENFICA!
Bem, muito cuidado com as revistas para entrar no Luis II, até a cães para nos farejar tivemos direito. Estou curioso para ver se a pirotecnia mesmo assim entrou.
Este estádio visto de fora parece um condomínio, tal e qual, ninguém dá por ele, bem metido no meio da cidade. Cá dentro é moderno, mas com a merda da curva da pista de atletismo não se vai perceber nada do que se passar na outra baliza.
00' A equipa esperada, sem surpresas. O melhor onze de Bruno Lage. CARREGA BENFICA!!!
10' Eles entraram melhor no jogo. Mais rápidos sobre a bola, a trocarem-na bem, a chegar com perigo à nossa área. Nós, apáticos, tivemos só um remate do Di María com relativo perigo.
13' Mas que autoestrada na direita do ataque deles foi esta? E já estão na frente. Muita passividade na nossa defesa.
22' Mas porque é que não entrámos assim no jogo? É preciso sofrer um golo para ir para cima deles? Chuta Pavlidis, crl!
23' A pirotecnia entrou na mesma... Quem consegue por travão a isto? 30' O jogo a confirmar que eles são bons no ataque e fracos na defesa.
37' Ó Di María, isto não se falha, só com o guarda-redes pela frente... Ó Otamendi essa de cabeça era lá para dentro... Não queremos empatar esta porcaria?
40' O Pavlidis sabe que o jogo já começou? Não parece. Acorda porra! 41' Mais outra perdida, e destas o Aktürkoglu não costuma perdoar. Assim não vamos lá.
45' Penálti sobre o Pavlidis! O VAR nada? Vi agora no intervalo no telemóvel de um vizinho. É lance dividido. 46' Agradecimentos ao poste. O jogo tinha acabado aqui.
48' Agradecimentos à defesa deles e ao Pavlidis que aproveitou a azelhice.
49' Fdx! Golo deles! Grande VAR, o fiscal estava a dormir. E já o guarda-redes deles safou outro golo. Como está a arrancar a segunda parte!
53' Agora tirou-nos um golo a nós o sacana do VAR. Tanta festa aqui na bancada para nada.
58' Duplo amarelo é vermelho! Não tem nada que saber. Mais de meia-hora contra dez. Toca a aproveitar.
68' O Bah a ver centrar e eles a marcar. Contra dez nós é que sofremos?
74' Ainda não conseguimos reagir ao golo deles. Acordem! Eles ganham as bolas divididas todas. Estamos com um a mais e ninguém nota.
84' Do nada, da falta de ideias para dar a volta a isto, sai uma assistência açucarada do Di María pro Arthur concluir brilhantemente de cabeça. Vamos!!!
88' E toma lá outra assistência açucarada do Di María. Agora para o Amdouni concluir de cabeça. Lindoooooooooooo. E esta merda é toda nossa, olé, olé!
90+6' A-CA-BOU!!!"

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

ARTHUR CABRAL À BENFICA E PERTO DE MARCA IMPORTANTE

 


Mais influente, ponta de lança marca há dois jogos seguidos e falta-lhe um golo para os 100 na Europa.

Arthur Cabral está a subir de forma e a tornar-se mais influente em campo, como provam os dois últimos jogos do Benfica, nos quais o avançado marcou três golos, dois no 7-0 frente ao Estrela da Amadora, para a Taça de Portugal, e um na vitória de quarta-feira da Champions, frente ao Mónaco, por 3-2.
Se no Mónaco o golo do brasileiro foi determinante para a conquista do resultado — significou o 2-2, já aos 84' —, os dois que apontou na Taça fecharam a goleada mas ficaram especialmente marcados pela reação que provocaram nos adeptos nas bancadas da Luz, que aplaudiram e puxaram por Arthur Cabral, num momento em que ele precisava porque falhara outras oportunidades flagrantes no desafio e não marcava desde 23 de setembro, ao Boavista (3-0), terceiro jogo de Bruno Lage no comando da equipa.
«Precisamos de todos. Ele já tinha feito um jogo muito bom e também o vejo no treino. Martela [golo ao Mónaco, de cabeça] do Arthur começou no apoio que a Luz lhe deu no jogo com o Estrela», disse Bruno Lage, na conferência a seguir à jornada da Champions, a propósito do ponta de lança.
Os golos marcados aos monegascos também colocam Arthur Cabral à beira de conseguir um número importante na carreira: 100 golos marcados desde que chegou ao futebol europeu, em 2019/20, contratado pelos suíços do Basileia ao Palmeiras.
Por Basileia, Florentina e Benfica, Cabral apontou 65 golos pelos suíços, 19 pelos italianos e 15 com a camisola do Benfica. Pelos encarnados fez também quatro assistências em 57 jogos até ao momento. Foi contratado no início da época passada, à Fiorentina, por €20 milhões e para o lugar do goleador Gonçalo Ramos, que foi transferido para o PSG. Esse foi um peso de que demorou a libertar-se, encontrando, também, dificuldades para se adaptar ao estilo de jogo que o anterior treinador, Roger Schmidt, pretendia. Em 14 jogos que fez esta época, só foi titular três vezes, 400 minutos de competição; quatro golos, um golo marcado a cada 100 minutos em campo.
A SAD estudou a possibilidade de vender o pass dele no verão, mas ficou. Em janeiro, na reabertura do mercado, não está previsto que saia, a não ser que surja oferta alta, mas o jogador também parece melhor integrado e preparado para responder às exigência de Bruno Lage e do Benfica.
Além do treino no Benfica, o brasileiro trabalha particularmente com profissionais para melhorar de forma e vai somando pontos.
Nélson Feiteirona, in a Bola

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

E NÃO É QUE CONSEGUIU !?

 

Alberto Mota, in Facebook

TOCAR A REUNIR



 Recentrar prioridades é algo urgente a que os clubes grandes, que têm muitos jogadores nas seleções, estão obrigados. Trabalho de recuperação e avaliação física individualizada é com as equipas técnicas, porque todos os atletas são diferentes, verdade que convém não ignorar.

A Taça de Portugal mostrou uma equipa do Benfica refeita depois da pausa internacional, contra uma outra do Estrela da Amadora especificamente preparada para a eliminatória. O resultado final do confronto viria, no entanto, a expor severamente a diferença de poderio entre os plantéis, mesmo com níveis de preparação bem opostos.
Objetivo claro do Benfica nestas circunstâncias era entrar forte para decidir rápido, se o adversário estivesse de acordo, e esteve. Era importante resolver cedo para gerir a equipa, tendo em conta o próximo e decisivo confronto europeu. É um verdadeiro privilégio apreciar um Di María fresco e ainda por cima inspirado, que cedo expôs a fragilidade alheia. Aursnes e Bah, fiéis escudeiros da estrela da noite, criaram a avalanche inicial pela direita, que desde logo decidiu o jogo. A rematar a goleada, um Arthur Cabral finalmente feliz e em duplicado, depois de muito suar e falhar. Fez bem por merecer. O final do jogo veio com os objetivos atingidos. Gestão inteligente e confiança reforçada. Daqui a pouco há um Mónaco forte pela frente. Reafirmação pontual na Europa procura-se. Solidez com personalidade e ambição poderá ser uma boa receita.
HERANÇA
Mudar de treinador é, na grande maioria das vezes, uma imposição dos clubes. Como sabemos e foi assunto nacional, Ruben Amorim primou também aí pela diferença. Quer na chegada que foi paga, quer comprado na partida, acabando por determinar até quem seria o seu sucessor. Um verdadeiro fenómeno!
Qualquer que fosse o substituto, será sempre uma tarefa complexa a transição entre pessoas naturalmente diferentes, ainda mais quando quem parte deixa saudades até nos adeptos rivais.
Claro que a responsabilidade e o desafio são grandes. Herdar a liderança de uma equipa que segue na frente e que joga bem, é como receber uma flor de presente mas ter que a regar com apurado critério. Será um desafio muito exigente para o novo jovem líder, mesmo que seja uma aposta ao que dizem já preparada no tempo.
E agora? Repetir a receita sim, dentro do possível com as mesmas peças, mas o motor da máquina é sempre o principal. É o líder que dá corpo às peças e o que normalmente faz a diferença. Recriar o estilo de Amorim? É melhor não tentar... Estar identificado por certo com a metodologia antes seguida é positivo, mas será suficiente?
Esta transição, pelo momento da equipa e pela novidade, poderá ter um início menos complicado. Na continuidade será então escrita a história decisiva desta invulgar e inédita operação.
A expectativa é grande e será um desafio de João Pereira pela emancipação nacional e ao mesmo tempo, naturalmente, a indisfarçável esperança das equipas rivais que as coisas possam mudar...
Do lado dos concorrentes, por certo um misto de admiração por quem parte mas também de alívio por esse desenlace.
Poderá o campeonato aproximar candidatos?
FOLCLORE
A intolerância aguda é talvez a mais grave patologia da sociedade atual. Bem português o ruído destemperado que uma não substituição consegue provocar nas mesas dos nossos cafés, com uma boa dose de clubismo a compor a festa. Considerado um verdadeiro escândalo um jovem de 17 anos dar-se ao incómodo de viajar, coitado, e não participar no último jogo da nossa Seleção Nacional. Como é possível um selecionador cometer tal atrocidade? Não custava nada ser simpático e popular...
Vivemos épocas de crítica fácil e procura desesperada de temas que inflamem a rapaziada mais suscetível. Muita da sabedoria popular que se esbanja por pouco.
Quenda tem um talento inegável, todos o sabem e fará carreira, mas mesmo muito jovem deve procurar relativizar a histeria alheia e não deixar-se ir com ela.
Rui Águas, in a Bola

MAS QUE GRANDE NOITE EUROPEIA, BENFICA!



 Não foi uma vitória qualquer, foi uma daquelas vitórias que resistem à erosão do tempo. Mais do que relançar a equipa na Liga dos Campeões alimenta a história, como poucas, a história do clube.

MONTE CARLO — É fácil e preguiçoso descrever, assim de início e em menos de um fósforo, a vitória do Benfica como épica. E, no entanto, cá estamos a dizer que se não foi andou pelo menos perto de ser. Ficará ao critério de cada um. O que é certo é que, para começar, relança o Benfica na qualificação para a fase seguinte da Liga dos Campeões. E também é certo foi grande noite europeia dos encarnados, daquelas que resistem à erosão do tempo e que alimentam, com grandeza, a história do clube. Sentiu isso quem festejou, e como festejou nas bancadas, e quem esteve lá dentro. Foi uma vitória imperfeita e, também por isso, só a eleva, porque obrigou a equipa a superar contrariedades.
Foi uma vitória num jogo carregadíssimo de emoções, com duas equipas a querer ganhar ganhar, com velocidade e perigo constantes, com oportunidades, com golos validados e golos anulados, com incertezas e dúvidas, com lances bonitos e erros dramáticos, com uma expulsão validada e outra protestada, com mudanças no controlo do jogo, com grande ambiente nas bancadas, com o Benfica a vencer depois de duas vezes em desvantagem.




Mesmo com o conforto de três vitórias e um empate nos quatro primeiros jogos foi o Mónaco que entrou com urgência de marcar, como se o apuramento dependesse do resultado, superintenso a pressionar a saída de bola do Benfica, a ganhar duelos e a cortar linhas de passe, a sufocar os encarnados, a lançar vagas fortes e rápidos de ataque, a criar oportunidades e a marcar aos 13’ depois de uma saída velocíssima para o contra-ataque que nasceu de uma falha de pressão dos encarnados que desequilibrou a equipa a deixou caminho livre para a baliza de Trubin.
O Benfica demorou a encontrar-se — passes errados, no início da construção ou já no meio-campo adversário, dribles falhados e pouca bola. Começou a reagir depois dos 15’, a encontrar referências de saída para o ataque e a chegar à baliza. Aos 16’ Pavlidis teve uma oportunidade, mas estava em fora de jogo, aos 18’ as águias beneficiaram do primeiro canto e, nesse período, o jogo estava aberto, descontrolado e produzia faíscas nos duelos.
O Mónaco, no entanto, esgotou o combustível inicial ao mesmo tempo que o Benfica ganhou confiança e serenidade e, mesmo sem o conforto de quem domina um jogo, assumiu a iniciativa. O Benfica foi crescendo na construção ofensiva e na recuperação da bola, o Mónaco intimidou-se e sentiu o perigo, cometeu erros. À meia hora já o Benfica tinha tomado conta das operações — Carreras quase marcou 32’ num remate que sofreu um desvio de um defesa, Di María foi isolado por Ben Seghir e permitiu a defesa de Majecki aos 37’, Otamendi cabeceou com perigo no canto logo a seguir, Akturkoglu esteve perto de empatar aos 40’, num lance que nasceu de uma falta que deveria ter valido a Carreras o segundo amarelo. Por essa altura já o miniestádio da Luz fervia com iminência de golo. Que, porém, não chegou, mas alimentou, antes do intervalo, a esperança dos benfiquistas nas bancadas.




Os primeiros 10’ da segunda são de loucos. Embolo rematou ao poste de Trubin, um minuto depois o Benfica empatou por Pavlidis, que aproveitou um corte de Caio Henrique para a terra de ninguém, antecipou-se a Majecki e rematou sem alguém pela frente. No minuto seguinte Akliouche também marcou, mas estava fora de jogo, quatro minutos depois voltou o Benfica a marcar, mas desta vez foi Di María que estava fora de jogo antes de fazer o passe para Bah. Uf, quem conseguia respirar? E logo a seguir Singo foi expulso.
O lance acabou por arrefecer o jogo. Lage tentou mexer nele para ganhar, substituiu Florentino e Pavlidis por Amdouni e Arthur Cabral, aos 65’. Aos 67’ já estava a perder outra depois de Magassa ter surgido na área do Benfica para marcar um penálti em movimento. O Benfica acusou o golo e foi depois o Mónaco a ameaçar Trubin, uma, duas e três vezes, mesmo com menos um. Teria forças para tanto e para mais? Foi tendo porque o Benfica voltou a falhar, partiu-se em dois quando perdeu a bola. Mas voltou a renascer como fénix e voltou a empatar, depois de um grande cruzamento de Di María para grande cabeceamento de Di María. Depois só deu Benfica. E deu para Di María encontrar Amdouni e este marcar o golo da vitória. E que vitória.

DESTAQUES:
A figura do Benfica: (8)
Depois dos dois golos ao FC Porto e dos três ao Estrela da Amadora, acreditou-se que esgotara os remates certeiros. E a ideia confirmou-se aos 35', quando, isolado pela esquerda, rematou forte, mas o pé de Majecki evitou o 1-1. Aquela possibilidade no pé esquerdo do Di María dos dois últimos jogos, era golo certo. Porém, se não era dia de golos do craque de Rosário, era dia de assistências. E bastaram quatro minutos para que o estonteante e magnético pé esquerdo do argentino colocasse duas bolas na cabeça de Arthur Cabral e de Amdouni. Aquilo, meus caros, nem sequer foram passes. Foi obrigar brasileiro e suíço a colocarem a bola no fundo da baliza. Não havia outra hipótese, perante aqueles passes longos, se não que ambos marcassem. Se Di María esteve em grande nos jogos com FC Porto e Estrela da Amadora, agora foi a vez de Ángel Fabián aparecer. Um e outro personificam um dos mais talentosos futebolistas que passaram por Portugal nas últimas largas épocas. O primeiro andou a marcar golos, o segundo dedicou-se no Mónaco às assistências. Vejam e deliciem-se, que pode não durar muito mais...




Depois dos dois golos ao FC Porto e dos três ao Estrela da Amadora, acreditou-se que esgotara os remates certeiros. E a ideia confirmou-se aos 35', quando, isolado pela esquerda, rematou forte, mas o pé de Majecki evitou o 1-1. Aquela possibilidade no pé esquerdo do Di María dos dois últimos jogos, era golo certo. Porém, se não era dia de golos do craque de Rosário, era dia de assistências. E bastaram quatro minutos para que o estonteante e magnético pé esquerdo do argentino colocasse duas bolas na cabeça de Arthur Cabral e de Amdouni. Aquilo, meus caros, nem sequer foram passes. Foi obrigar brasileiro e suíço a colocarem a bola no fundo da baliza. Não havia outra hipótese, perante aqueles passes longos, se não que ambos marcassem. Se Di María esteve em grande nos jogos com FC Porto e Estrela da Amadora, agora foi a vez de Ángel Fabián aparecer. Um e outro personificam um dos mais talentosos futebolistas que passaram por Portugal nas últimas largas épocas. O primeiro andou a marcar golos, o segundo dedicou-se no Mónaco às assistências. Vejam e deliciem-se, que pode não durar muito mais...
Trubin (6) - Adiou por milésimos de segundo o primeiro golo do Mónaco, desviando remate cruzado de Vanderson, mas já não conseguiu evitar o golo de Ben Seghir. De resto, nem sequer teve muito trabalho, mas, quando o teve, não cometeu erros.
Bah (6) - Muitas dificuldades iniciais para tapar os caminhos para a baliza de Trubin, tal como, aliás, de quase todos os jogadores do Benfica. Foi subindo de rendimento ao longo dos jogo e bem merecia que aquele golo que marcou de pé esquerdo, quase a abrir o segunda parte, não tivesse sido anulado por fora de jogo de Di María no momento da assistência do argentino.
Tomás Araújo (7) - Claramente o jogador em melhor forma da defesa do Benfica. Mesmo usando uma coxa elástica na perna esquerda, foi sempre o 112 que socorria à esquerda, à direita e ao meio. Há falha de Bah? Ele vai lá. É Otamendi que falha? Vai lá ele. O Carreras falha? É ele que vai. Florentino falha? É também ele que vai lá.
Otamendi (6) - Não está ao nível do Otamendi do Mundial-2022, nem ao nível dos primeiros tempos de Benfica. Porém, o nome de Nicolás Hernán Gonzalo Otamendi continua a impressionar, sobretudo os adversários. Duas ou três falhas defensivas poderiam ter manchado o rendimento do argentino, mas nenhum deles colocou em perigo a baliza de Trubin.
Carreras (6) - Muitos problemas defensivos, sobretudo nos primeiros 45 minutos. Teve muita sorte em não ter sido expulso ainda na etapa inicial, mas depois foi subindo de rendimento e tornou-se importante na forma como o Benfica atacou nos últimos minutos.
Aursnes (6) - Ajudou a fechar o lado direito da defesa e mais tarde, pelo tempo fora, passou a ajudar nas tarefas ofensivas, embora, tal como os restantes médios, tenha estado demasiado suave durante algum tempo.
Florentino Luís (5) - Amarelado logo ao minuto 5, passou os restantes 40 até ao intervalo a arriscar demasiado, com agarrões e cortes no limite do sensato. Melhorou a agressividade após o intervalo e saiu a meio do segundo tempo, com Bruno Lage a não querer, decerto, correr mais riscos.
Kokçu (6) - Demasiado passivo nas piores fases do Benfica, embora, pelo meio, tivesse arrancado algumas aberturas muito perigosas. Melhorou um pouco na entrada da segunda parte, mas deixou que Mangassa, no remate para o 2-1, o fizesse sem qualquer oposição.
Pavlidis (7) - Sim, falhou golo certo, embora em posição de fora de jogo; sim, poderia ter dado melhor direção a um remate de cabeça; sim, parece por vezes demasiado trapalhão. Porém, sim, sim, sim, só ele acreditou que poderia ter sorte naquele atraso insólito de Caio Henrique para Majecki. E teve: sorte e crença. Primeiro teve crença, depois teve sorte. E marcou um dos golos mais fáceis da carreira. Mas aquela crença valeu muito, muito...




Akturkoglu (6) - Tentou muito, mas conseguiu pouco. Procurou ser uma espécie de ala pelo lado esquerdo. A abrir a segunda parte teve cruzamento perfeito para o desvio quase perfeito de cabeça de Pavlidis. Nada expedito, porém, a fechar a zona central da área do Benfica, o que permitou que Magassa fizesse o 2-1 sem ponta de pressão.
Arthur Cabral (7) - Quatro golos em 2024/2025. Golo no Bessa aos 90+1. Golos ao Estrela da Amadora aos 86 e 90. Golo ao Mónaco aos 84. O brasileiro está a especializar-se em saltar do banco e marcar golos nos últimos minutos. Além disso, golos esteticamente bem bonitos. Pode não ser titular, mas tem toda a confiança de Bruno Lage e está a ganhar a confiança dos benfiquistas.




Amdouni (7) - Entrou e, tal como Arthur Cabral, marcou de cabeça após passe de Di María. Teve ainda mais duas ou três boas movimentações, mas sem êxito. O ponto alto, claro, foi o golaço que transformou a igualdade no 3-2 final.




Leandro Barreiro (-) - Pouco mais de cinco minutos em campo para ajudar a defender e para ver a obra de arte de Di María no golo de Amdouni.
Rollheiser (-) - Poucos minutos em campo, mas a satisfação de ter substituído o compatriota Ángel Fabián Di María (a negro para se ver bem!).

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

ACOMPANHANTE DE LUXO?!

 

"▶️ O que fazia Paulo Costa (vice presidente do Conselho de Arbitragem) ao lado de André Villas Boas, no estádio do Moreirense?
▶️ Estaria a assistir ao descalabro do clube do coração?
▶️ Estaria a pensar no que poderá ser feito para inverter a situação em que se encontra o FC Porto?
▶️ Já alguém o viu ao lado de outros presidentes, noutros estádios?"

Alberto Mota, in Facebook

HOJE HÁ DI MARIA, AMANHÃ NÃO SABEMOS



 O 25 de novembro que mais me interessa aconteceu em Vigo, precisamente há 25 anos. Não assinalo a efeméride porque não sou masoquista, mas todos os anos alguém na comunicação social faz questão de me relembrar um dia que pareceu irreal, primeiro, para gradualmente se tornar um daqueles momentos a que chamamos de rude despertar. Os anos passaram e já conseguimos rir de um dos piores onzes viStos a envergar o manto sagrado numa competição europeia, mas o facto permanece e a memória também.

Não sabemos sempre o que estamos a ver quando estamos a ver tudo acontecer, mas tenho a certeza de que todos sentiram que aquela noite em Vigo permaneceria como uma das piores da memória coletiva benfiquista. É sempre assim com as tragédias, mas será que conseguimos ser assim com os pequenos milagres que acontecem à frente dos nossos olhos? Será que os valorizamos devidamente? Ou será que nos aburguesámos e nem damos pela magia irrepetível a acontecer?
Ver Ángel Di María fazer o que quer num relvado em 2024 é um privilégio ainda maior do que parece à primeira vista. Não se trata apenas da oportunidade de ver um intérprete extremamente eficaz e útil aos objetivos da equipa, que puxa pelos colegas e pelos adeptos puxando, antes de mais, por si mesmo, quando a maioria dos atletas da sua idade já estaria em casa descansada e contente com uma carreira observada no retrovisor. Visto assim parece muito, e é, mas é ainda mais valioso do que isso, pela escassez crescente de intérpretes como ele.
Não é só o Benfica que tem dificuldade em apresentar jogadores com a qualidade artística de Di María. São mesmo todos os clubes, seja porque já não se fazem destes ou porque o treinador tem uma ideia de jogo que parece uma Autoeuropa futebolística, em que os líricos acabam a apertar parafusos ou são substituídos pela inteligência artificial.
Bem sei: a história repete-se e vai desmentindo cada geração que diz que estamos perdidos e que dantes é que era bom. Ainda assim, devo teimar. Tenho andado atento e não vejo em que é que a evolução desta modalidade irá voltar a coincidir com a origem cultural das colheitas de décadas anteriores. Talvez lá cheguemos, por força de circunstâncias ou porque toda a gente se fartou de ver robôs, mas parece-me que estamos muito longe de ver chegar esse dia. Esta constatação torna jogadores como Di María, aos 36 anos, uma verdadeira espécie em vias de extinção. Pode até haver quem pareça uma promessa de Di María, mas rapidamente se verá esmagado pelas instruções do diretor da linha de montagem.
Entretanto, podem continuar à procura. Avisem-me quando encontrarem um jovem jogador que se aproxime da combinação de personalidade, desobediência, talento e ética de trabalho que define este génio argentino há quase 20 anos.
Podia ser só um lamento de quem sofre por antecipação, mas escrevo estas linhas com o entusiasmo de quem acredita que o melhor de Di María está para vir. Se dúvidas restarem, é ver ou rever os golos marcados contra o Estrela da Amadora ou os muitos golos e assistências que leva esta época.
Recapitulemos: um jogador no suposto crepúsculo da sua carreira, regressado ao primeiro clube que representou fora da sua terra, um intérprete quase único de um tipo de futebol que desaparece a cada dia que passa, a viver um momento de forma que até parece brincadeira, e tudo isto envergando uma camisola encarnada com o emblema mais bonito e grandioso da história dos emblemas. Não questiono a felicidade que Di María dá aos adeptos, mas será que paramos para pensar no quão raro é aquilo que está a acontecer? Há quem, munido de uma angústia existencial saída do Football Manager, diga que Di María é um problema para Bruno Lage e para o Benfica. Nada mais errado. Di María é uma bênção. Nem todos percebem isso hoje, mas todos chegarão ao corolário inescapável. Daqui a uns anos, num domingo frio, chuvoso e mal jogado na Luz, os mais esquecidos vão esconder as lágrimas e dirão entre dentes: éramos felizes e não sabíamos.
Já aqui critiquei muitas vezes o projeto desportivo do Benfica, ou a ausência do mesmo, ou a dificuldade em compreender que projeto é esse. Mas, tal como num jogo de futebol, até o pior jogador pode ter um lance muito bem conseguido. Di María foi um destes raros momentos que trouxe alguma alegria a um Benfica deprimido e afastado dos títulos. Todos precisamos dos títulos e não descansaremos enquanto não voltarem, mas passa-se uma vida, entretanto, e, aconteça o que acontecer, nunca poderemos ser indiferentes a quem cuida tão bem de uma bola de futebol.
O futebol é uma coisa muito séria, ou melhor, que eu levo muito a sério, mas é também mais do que as suas dimensões organizacionais e macroscópicas. Umas vezes é uma derrota copiosa em Vigo que nos perseguirá a vida inteira. Outras vezes é um hat trick do jogador favorito partilhado entre pai e filho, como aconteceu comigo e com o meu Tomás no último sábado. Não sei se algum de nós mais tarde se lembrará do resultado deste jogo, mas a exibição do Di María, aquele carrossel imparável de golos lindos, essa memória já cá canta.
E por isso termino com dramatismo, porque a vida me lembra cada vez mais que estes momentos não têm preço e são tudo o que importa, quase sempre mais do que o resultado final. Aproveitemos cada um desses dias com a voracidade de quem não sabe quantas mais oportunidades terá, com uma consciência aguda da finitude dos outros, dos que mais nos dizem, uma finitude que é, também, a nossa. Hoje há Di María, amanhã não sabemos. Celebremos enquanto assim for!
Vasco Mendonça, in a Bola