Taça de Portugal
Académica – Benfica: Continuar a escrever a história às 20h45
Falar de Taça de Portugal e de Académica de Coimbra – Benfica é falar de história incontornável e que alimenta o que hoje é o Futebol português.
Na primeira edição da prova quis o destino que “estudantes” e Sport Lisboa e Benfica se encontrassem na final. Estávamos na temporada 1938/39 e o triunfo sorriu aos de Coimbra por 4-3.
Este seria o primeiro de 13 embates entre estes dois emblemas nesta competição. Dizer que o saldo é altamente positivo para os da Luz, pois em 13 jogos, conseguiram dez vitórias e cederam apenas dois empates e uma derrota.
Mas de todas as partidas disputadas entre Académica e Benfica, há uma que ninguém esquece. Decorria o ano de 1969 e dá-se a “crise estudantil”, onde, grosso modo, os estudantes exigiam mais direitos, afrontando um regime já, nessa altura, comandado por Marcello Caetano após Salazar ter caído da cadeira.
O dia 22 de Junho de 1969 é o dia da grande final e o regime já mostrava claros sinais de preocupação perante um “luto académico” que teimava em não desaparecer e que poderia gerar uma manifestação no estádio do Jamor. Os jogadores da “briosa” entraram de negro, como habitualmente, mas, impedidos de mostrar o luto, entraram com as capas de estudantes nos ombros. Nas imediações do estádio foram distribuídos panfletos que davam a conhecer as razões da luta estudantil.
A primeira parte aconteceu numa toada morna, mas após o intervalo, os adeptos da Académica levantaram bem alto os cartazes que lhes fizeram companhia até Lisboa. Exultavam palavras de ordem por um ensino melhor e por estudantes mais livres.
O Benfica venceu por 2-1, após prolongamento, mas para a história rezam os acontecimentos colaterais ao jogo.
Esta quinta-feira, às 20h45, o estádio Cidade de Coimbra vai receber mais um Académica – Benfica, cheio de simbolismo e história, mas nada como o que sucedeu em 1969.
S.L. BENFICA
Na primeira edição da prova quis o destino que “estudantes” e Sport Lisboa e Benfica se encontrassem na final. Estávamos na temporada 1938/39 e o triunfo sorriu aos de Coimbra por 4-3.
Este seria o primeiro de 13 embates entre estes dois emblemas nesta competição. Dizer que o saldo é altamente positivo para os da Luz, pois em 13 jogos, conseguiram dez vitórias e cederam apenas dois empates e uma derrota.
Mas de todas as partidas disputadas entre Académica e Benfica, há uma que ninguém esquece. Decorria o ano de 1969 e dá-se a “crise estudantil”, onde, grosso modo, os estudantes exigiam mais direitos, afrontando um regime já, nessa altura, comandado por Marcello Caetano após Salazar ter caído da cadeira.
O dia 22 de Junho de 1969 é o dia da grande final e o regime já mostrava claros sinais de preocupação perante um “luto académico” que teimava em não desaparecer e que poderia gerar uma manifestação no estádio do Jamor. Os jogadores da “briosa” entraram de negro, como habitualmente, mas, impedidos de mostrar o luto, entraram com as capas de estudantes nos ombros. Nas imediações do estádio foram distribuídos panfletos que davam a conhecer as razões da luta estudantil.
A primeira parte aconteceu numa toada morna, mas após o intervalo, os adeptos da Académica levantaram bem alto os cartazes que lhes fizeram companhia até Lisboa. Exultavam palavras de ordem por um ensino melhor e por estudantes mais livres.
O Benfica venceu por 2-1, após prolongamento, mas para a história rezam os acontecimentos colaterais ao jogo.
Esta quinta-feira, às 20h45, o estádio Cidade de Coimbra vai receber mais um Académica – Benfica, cheio de simbolismo e história, mas nada como o que sucedeu em 1969.
S.L. BENFICA
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