terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CHOVER NO MOLHADO

Chover no molhado...

Setúbal-Porto: se calhar, o melhor será transformar o nosso campeonato num só de Verão. Com interrupções no Inverno. Aproveitamos a pausa longa de Natal e só voltamos à competição em Março.

Imagens de 15/12/12 - Futebol: adeptos nas bancadas à espera do V. Setúbal-FC Porto
PAULO CUNHA/AFP/Getty Images
Há coisas que simplesmente me deixam perplexo. Uma delas foi a não realização do jogo do Porto em Setúbal, na sexta-feira noite. E não, não estou a fazer qualquer tipo de critica a esta equipa, mas sim aos critérios que são usados para definir que jogos ocorrem ou não.
Que o relvado não estava nas melhores condições? Não. Se seriam as perfeitas? Não. Se haveria condições para se realizar o encontro? Segundo opinião generalizada de repórteres, dirigentes e jogadores, na hora, sim.
Quantas vezes não vimos já futebol jogado em condições piores? Um famoso jogo do Porto na época passada para a taça, em que bola não corria. O jogo do Benfica com a Naval este ano. Vários jogos em campos como o de Paços, Luz, Alvalade e até o do Porto, com este relvado novo.
As intempéries não podem continuar a servir de desculpa para adiamentos sucessivos. Os mesmos não beneficiam ninguém, criam uma sobrecarga em alturas mais avançadas do campeonato e ficamos sempre com a sensação que cada árbitro, cada sentença. Claro que, neste caso, o supra-sumo da qualidade lá fora, o senhor Proença, argumentou que não se viam as linhas. Parece-me, claramente desculpa de mau profissional.
Se calhar, o melhor será transformar o nosso campeonato num só de Verão. Com interrupções no Inverno. Aproveitamos a pausa longa de Natal e só voltamos à competição em Março. Mas, isto, claro, só por cá. Lá por fora jogamos como temos de jogar, seja onde for (veja-se o exemplo do jogo de apuramento da nossa seleção), consigamos ou não ver as linhas, esteja a chover ou a nevar (veja-se o exemplo da brilhante conquista da taça intercontinental pelo Porto), faça muito frio ou muito calor. Por cá, é ao sabor das diatribes do senhor juiz. O estado de espírito ou a vontade.
Casos há, em que, claramente se perceciona que não há condições. São alguns, mas não todos. Noutros, a sensação que fica é que simplesmente, não lhes apetece.
Reduzamos as equipas para dez. Façamos só quatro meses de campeonato e resolvemos o problema. Onde está aquele espirito de sacrificio que tantas vezes assistimos, desde as distritais até às nacionais, em que bravos guerreiros da bola disputavam cada centimetro do terreno e cada jogada como se fosse a última oportunidade? Estaremos a criar um futebol tenro demais e para dotados do chamado futebol de praia? Parece.

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