terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ENTREVISTA COM EZEQUIEL GARAY













SLB

“Não penso em sair do Benfica

  

Argentino mostra-se empenhado na Luz e, sobre o próximo clássico com o Porto, resume: “Não decide o título.”
Ezequiel Garay chegou ao Benfica no Verão de 2011 e ganhou a titularidade com exibições autoritárias. Com o passe partilhado entre o clube da Luz (40%), o Real Madrid (50%) e o Benfica Stars Fund (10%), o noticiado interesse de Juventus e Manchester United não o perturba. Dizendo-se satisfeito no clube e na cidade, o internacional argentino afirma-se disposto a cumprir contrato. E, sobre o escaldante Benfica-Porto da próxima jornada, desdramatiza: "Não decide o título".
A equipa perdeu, no Verão, jogadores importantes como Javi García e Axel Witsel.
Parece-lhe que está menos forte?

Saíram dois jogadores importantes, mas entraram outros que também o são e estamos a atravessar uma fase positiva.

Nesta sua segunda época, a equipa está outra vez a bater-se pelo primeiro lugar com o Porto, num momento em que se aproxima o primeiro confronto com o rival.

Em que ponto está a equipa?

Estamos muito bem, a trabalhar de forma confiante, encarando os jogos sempre de modo empenhado e sabendo bem o que temos de fazer. É fulcral que continuemos com este espírito.

O Benfica-Porto serve para esclarecer diferenças entre as equipas?
Temos de preocupar-nos com aquilo que há a fazer em cada jogo e há muito por jogar, não podemos concentrar-nos num só, é preciso trabalhar sempre de maneira idêntica. O Benfica-Porto não decide o título. Ficará a faltar muita Liga e não adianta pensar que os outros desafios serão fáceis - as dificuldades nunca acabam.

Na época passada queixaram-se de um erro de arbitragem no lance do terceiro golo...
São jogos diferentes. Dessa vez perdemos, mas o lance de que fala é um momento do jogo como outro qualquer, pertence ao passado, só nos interessa o que aí vem.

Passou por Newell's Old Boys, Racing Santander, Real Madrid e, em 2011, chegou ao Benfica.
Em que clube se sentiu melhor?

Em todos fui bem tratado e considero-os etapas muito bonitas da minha carreira.

Como avalia a vinda para o Benfica?
Quando me falaram no clube pela primeira vez nem olhei para trás!

Porquê?
Sabia para onde vinha, conhecia a qualidade dos jogadores e que se tratava de um grandíssimo clube. O tempo confirmou tudo e estou muito feliz aqui.

Isso implica que o interesse de Juventus ou Manchester United não o deixam com vontade de sair?
São coisas que os jornais escrevem, mas ninguém falou comigo e não penso em sair. Estou concentrado no Benfica, na camisola que defendo e as coisas que vão sendo escritas não me interessam.

Não existe uma outra Liga pela qual se sinta atraído?
Sinto-me muito feliz aqui, tanto em relação à equipa como no que diz respeito a Lisboa. Além disso, tenho contrato com o clube e espero cumpri-lo.

Encontrou vários argentinos no plantel: isso foi determinante?
É sempre importante ter alguém que fale o mesmo idioma. Além dos argentinos, outros sul-americanos e espanhóis também ajudaram, mas toda a gente me facilitou a integração.

Entre os argentinos, Pablo Aimar é o nome mais destacado deste grupo.
Como é contar com alguém tão marcante ao seu lado?
Já sabia que estava no Benfica e, pelo talento que tem, Pablo é uma referência não só da equipa, mas também do Benfica. Considero-o um exemplo para todos nós pela forma como se treina e nunca deixa de incentivar os companheiros. É um prazer jogar com Aimar.

O castigo que motivou a ausência de Luisão foi muito sentido?
Ao princípio pensámos que até seria mais tempo, depois soubemos que seriam dois meses e Jardel, chamado a preencher a vaga, jogou muito bem, sabendo todos nós que outros jogadores no plantel podem dar contributo precioso. O que ninguém esquece é que Luisão é uma peça-chave, capitão e muito importante no Benfica.

Como é a relação com Jorge Jesus?
Desde o primeiro momento tem sido óptima. O apoio que vem de toda a equipa técnica é sempre próximo e, além de tornar tudo mais simples no trabalho diário, facilitou e tornou mais rápida a minha adaptação à equipa.

Depois do afastamento da Liga dos Campeões, parece-lhe realista a ideia de que o Benfica é candidato a vencer a Liga Europa, tendo em conta as capacidades de outras equipas na competição?
Champions e Liga Europa são competições muito diferentes e complicadas. Há outros favoritos, mas confiamos nas nossas possibilidades e sabemos que temos qualidade. Vamos jogar para ir superando as dificuldades e logo veremos.


 diário económico

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