sexta-feira, 27 de setembro de 2013

NÃO HÁ RAZÕES PARA NÃO APROVAR AS CONTAS



Os sócios do Benfica são chamados esta noite, pelas 20.30 horas, ao pavilhão número dois do Estádio da Luz, para apreciar e votar o relatório de gestão e as contas do exercício de 2012/2013 do clube. Registou-se uma descida dos custos e uma subida das receitas, mas ainda assim não abandonou os resultados negativos, muito por responsabilidade das participações do clube nas várias sociedades, situação que continua a penalizar as contas.

Os responsáveis encarnados anteciparam, ontem, à imprensa, os números que serão hoje divulgados aos sócios, com Nuno Gaioso, vice-presidente do clube, a clarificar que o resultado líquido ficou-se nos 8,4 milhões de euros negativos, o que, apesar de tudo, representa melhoria de 4,5 milhões de euros face ao ano anterior. Sendo que o prejuízo advém da participação nas sociedades (SAD, área clínica, viagens ou seguros).

Isoladamente, só o clube, o valor líquido seria positivo na ordem de 1,2 milhões de euros.

As receitas do Benfica foram de 29,2 milhões de euros, o que representou subida de dois por cento. Para isso contribuíram as quotizações (onde houve quebra de receitas de sete por cento), o merchandising (subiu 25 por cento) e os patrocínios e publicidade (também desceu nove por cento).

Se as receitas subiram, os gastos recuaram na ordem dos dez por cento face ao período homólogo anterior, fixando-se nos 37,5 milhões de euros.

Os ativos do clube passaram em 2012/13 para 13,5 milhões de euros (seria de 56,3 sem as participações nas sociedades), enquanto o passivo é agora de 120,4 milhões de euros (66,9 sem o impacto das sociedades), sendo que desse apenas 12 milhões entram na rubrica de passivo exigível externo.

Nuno Gaioso não se assusta perante o volume do passivo: «Seria preocupante se não houvesse capacidade de gerar receitas, e estas têm sido crescentes. O passivo é, por isso, gerível num clube que está a crescer». Daí que espere uma AG pacífica esta noite, ao contrário do que aconteceu no fecho do exercício do ano passado: «Espero que as contas sejam aprovadas. Tentarei explicar que não há razões para não aprovar as contas, uma vez que refletem total transparência e verdade», sintetizou.
fonte:abola

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