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O jogo começou melhor para os encarnados, sobretudo porque se mostravam maior eficácia nos tiros de longa distância, e contaram com um Tomás Barroso endiabrado no 1º período (14 pontos). O jogo proporcionava bons momentos, as equipas somavam pontos, davam espetáculo e no final dos primeiros 10 minutos era o Benfica quem liderava, por quatro pontos de diferença (25-21).
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Os minhotos contrariavam os pontos fortes dos encarnados através da exploração do contra-ataque, tirando partido dos turnovers do adversário (20 no total), mas também pelo ritmo imposto nas sua transições ofensivas. O jogo interior era a outra solução procurada pelos minhotos, 22 pontos na 1ª parte, que assim se mantinham na discussão do jogo. Slay e Mário Fernandes davam contributos importantes vindos do banco, e em tempo de intervalo o Benfica continuava na frente do marcador (35-32).
Para a segunda parte, Carlos Lisboa retificou a recuperação defensiva da equipa, obrigou o Barcelos a ter que jogar mais vezes em ataque organizado, o que retirou eficácia ofensiva à formação de comandada por José Ricardo. De referir que o Barcelos teve durante a 2ª parte excelentes momentos defensivos, apenas ultrapassados pela enorme competência e pontaria dos jogadores do Benfica, que em vários ataques em crise de tempo somaram cestos que pareciam pouco prováveis de entrar.
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Mesmo quando perdia por doze pontos de diferença já no 4º período, sempre muito bem liderados pelo seu base Carlos Fechas, o Barcelos foi capaz de ir atrás do prejuízo, colocar-se no comando do jogo, e ter posse de bola para resolver o jogo a seu favor durante o tempo regulamentar. Loncovic falhou um triplo aberto do canto, isto depois de mais uma penetração dos bases barcelenses.
No 1º prolongamento, o Benfica voltou a demonstrar capacidade e maturidade para lidar com a pressão do momento. Mesmo estando atrás no resultado, os encarnados foram fortes mentalmente, disciplinados taticamente na busca que situações que lhe permitissem pontos com maior eficácia. A exclusão por faltas de Loncovic primeiro, e Dukovic mais tarde, complicou a tarefa do treinador José Ricardo, mas o resto da equipa soube superar-se e chegou mesmo a estar a vencer por quatro pontos (85-81) quando faltava pouco mais de um minuto para o final do 2º prolongamento. Isto depois de ter nova posse de bola para decidir no final do 1º tempo extra.
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Nuno Oliveira estava imparável, dando a sensação, que era o base do Barcelos contra o Benfica, e a exibição só não terminou em glória porque a equipa não conquistou o troféu. Mas do outro lado, Jobey Thomas não quis ficar atrás, e quando tudo parecia encaminhar-se para um triunfo dos minhotos, o norte-americano do Benfica resolveu mostrar por que é um dos melhores executantes a jogar em Portugal.
Primeiro com um triplo, depois com uma penetração, isto para além de assumir por completo a condução do ataque encarnado. Os segundos finais foram frenéticos, acabando por pertencer ao Barcelos o último lançamento do jogo, depois de uma penetração com sucesso de Ronal Slay numa rápida transição do Benfica.
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