"Num momento em que se vive aparente estabilidade política nas organizações do nosso sistema desportivo, não existindo sinais de crispação, e quando a maioria teve eleições recentes, parecem estar reunidas as condições para uma reflexão sobre o nosso modelo desportivo.
Não valeria a pena sem a pressão dos resultados, sejam eles desportivos ou políticos, discutir e propor um plano estratégico para o desporto que incluísse a discussão do modelo?
Qual o papel do desporto no ensino e o seu papel como factor de inclusão e desenvolvimento?
Revisitar as funções do Comité Olímpico de Portugal (COP) e da Confederação do Desporto de Portugal (CDP) no nosso modelo organizacional. Sendo de todo essencial um interlocutor forte numa lógica construtiva e não colaboracionista para representar o movimento associativo junto da tutela e dos demais agentes. Será ele o COP, a CDP ou justifica-se a existência dos dois?
Avaliar as consequências para o desporto da fusão do Instituto Desporto de Portugal (IDP) e do Instituto Português da Juventude (IPJ). O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) tem ou não os meios necessários para cumprir as suas funções e assegurar o seu papel fulcral no desenvolvimento do desporto nacional?
As Federações desportivas têm delegados poderes públicos, sendo necessário assegurar a sua correcta e eficiente utilização. As federações têm um modelo de funcionamento e controlo que assegurar o exercício dessas funções? Têm sido capazes de cumprir o seu papel? Com o actual modelo de financiamento será exequível?
Esta discussão deveria ser participada e aberta. Não estando condicionada à partida por um vício das estruturas desportivas nacionais e internacionais: o circuito fechado. À semelhança do modelo europeu do desporto deve ser aberta a todos e não fechada e na qual só se entra por convite."
Mário Santos, in a bola
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