sexta-feira, 8 de setembro de 2017

MERCADO, MISSAS, PADRES, APITOS...


"Se este plantel do Benfica não 'der' para o penta, aposto que não faltará quem aponte as culpas às opções tomadas neste conturbado defeso.

Mercado fechado, Liga dos Campeões à porta. Primeira oportunidade para aferir o 'andamento' europeu do nosso tetracampeão. Na época passada não foi nada famoso (desastres com Nápoles e Dortmund, absurda reviravolta - 3-0 para 3-3 - consentida com o Besiktas...), embora tenha sido cumprido o objectivo mínimo de passagem aos oitavos. O Benfica recebe o Portimonense na sexta e os russos do CSKA Moscovo na terça-feira - uma equipa chata mas longe de ser tubarão. O grupo do Benfica tem um favorito ligeiro (Man. United) e Rui Vitória sabe bem da importância de não perder pontos em casa com os rivais mais acessíveis. A pressão da Luz à cunha (notável a fidelidade dos adeptos) pode mais uma vez dar asas aos encarnados. Quanto ao mercado. Tirando o tiro mais que certeiro no potente e aparentemente insaciável Seferovic (bingo!), a coisa não foi famosa; quer dizer: na tesouraria foi excelente - saldo positivo de 115 milhões, verba que será certamente reflectida no próximo relatório e contas (secção: abate da dívida), porque isto de viver muito acima das possibilidades tem os dias contado. Luís Filipe Vieira não contratou à altura dos jogadores que sairão e, a meu ver, arriscou muito ao não investir num guarda-redes experiente como rede de segurança para Júlio César e um médio feito para suprir as baixas de Fejsa (continuo sem perceber o empréstimo de André Horta ao Braga). De resto, o lateral Douglas foi terceira ou quarta escolha e Gabigol, por muito promissor que seja, é o quarto na hierarquia dos avançados. Rui Vitória ficou com um plantel de 30 jogadores (!) mas acho que é preciso ser mais cego que o Vasco Santos no visionamento de pisões para achar que o tetracampeão não está mais fraco do que na época passada. Isso não quer dizer, porém, que este plantel não chegue para as encomendas domésticas, nomeadamente o ataque ao penta. Provavelmente chega. Mas se não chegar (o Benfica não compete sozinho, convém lembrar!) aposto que não faltará quem aponte as culpas à opções tomadas neste conturbado defeso. Que ainda trouxe episódios de alguma forma perturbantes, como os milhões chineses alegadamente recusados por Mitroglou, a mirabolante odisseia do miúdo Luquinhas (por favor: expliquem-nos... como se fossemos todos burros) e a saída de Nuno Gomes da formação. Dá para perceber que nem tudo está a funcionar às mil maravilhas na estrutura.

Mudando de assunto. Há coisas de uma comicidade irresistível no despique verbal entre FC Porto e Benfica por causa dos e-mails, padres, missas, juventude operária, notas, heterónimos e outros cómicos, bruxarias da Guiné e demais manigâncias. Atenção que não estou a desvalorizar a eventual gravidade do caso (por alguma razão a PJ está a investigá-lo), apenas a chamar a atenção para o seu inegável lado burlesco. Por um lado, imaginar que o Benfica se abalançou a criar o seu sistema utilizando gente que terá adquirido preciso know how... ao serviço do grande rival. Coisa nada recomendável num futebol de dimensão paroquiana como o nosso, em que toda a gente se conhece e toda a gente conhece os podres de toda a gente: um futebol em que os chicos espertos se topam à distância e as comadres se zangam, trocam confidências e, ops!, indiscrições com enorme facilidade (como nós jornalistas bem sabemos); num futebol assim, acaso terá o Benfica pensado que tudo o que fizesse (fosse o que fosse) em prol do novo sistema podia passar despercebido aos catedráticos da matéria? É de uma ingenuidade quase pré-infantil!
Por outro lado, também é de chorar a rir ver o tom solene e gravoso utilizado pelo director de comunicação do FC Porto - aqui e ali aparentando choque, incredibilidade!!! - quando acusa o Benfica das malfeitorias que toda a gente instintivamente reconhece por serem uma espécie de versão escrita das missas originais - essas que se encontram verbalizadas na internet, à disposição de toda a gente, crentes e não crentes.
(...)"

André Pipa, in A Bola

1 comentário:

  1. Mas que merda de crónica é a deste "artista"?
    Este gajo escreve em todo o lado. É n'A BOLA, é no record, é no caralho!
    Porra!
    Mas quem é que ele julga que é?
    Vem para aqui com umas tretas e com uma lengalenga que já se arrasta há algum tempo e em prol dos gajos da cor-do ranho.
    Um malandro de urinol que se julga um chico-esperto vomitando subrepticiamente veneno contra o Benfica. Estes gajos não prestam. Só agora é que se lembra de falar em missas e outras merdas. No tempo em que o papaputas a norte "absolvia" tudo e todos, abéis e outros que tais, nunca o vi escrever sobre isso.
    É bom que os Benfiquistas se ponham à tabela com esta escumalha jornalística, igual ou pior do que a rataria que vagabundeia nos esgotos pestilentos do fôsso do lagartêdo!
    Este pipa foi daqueles que nunca me enganou. Até quando andou como director da revista Volta ao Mundo e a passear por onde bem quis e bem lhe apeteceu.
    Mas há gajos neste mundo que pela sua chico-espertice ainda conseguem passar pelos pingos da chuva, seja ela torrencial ou miudinha. Por mim já tinha levado com um ciclone de categoria 5 que voava até às Berlengas num instantinho!
    Continuem a colocar estas merdas nos blogues Benfiquistas, pois estão a fazer um grande favor aos inimigos do Benfica!
    Este pipa vai lançando veneno insidiosamente!
    Atenção caralho! Atenção!

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