sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

OS PRIMEIROS SINAIS DE WEIGHL


"A contratação de Julian Weigl custou 20 milhões de euros ao Benfica. Uma contratação na faixa pequena-média para a Europa dos ricos, mas uma contratação cara para o futebol português. Terá sido, por isso, uma contratação bem pensada e avaliada ao nível técnico e ao nível da gestão. Aliás, registe-se que a contratação de Weigl ao Borrusia Dortmund, onde não era, propriamente, um suplente, constituiu uma surpresa pela invulgaridade de um clube português conseguir pescar em águas navegadas pelos big five.
Lage ficou contente e a prova disto é que ainda o alemão não se tinha ambientado ao Seixal e à Luz e já jogava como titular, o que é um sinal óbvio de confiança no jogador. No primeiro jogo, Weigl substituiu Taarabt, que estava impedido de jogar e, nesta terça-feira, rendeu Gabriel, embora acabasse por ocupar o lugar de Ferro, como defesa-central.
Daquilo que se conseguiu ver, parece indiscutível a sua qualidade técnica e táctica. Um jogador competitivo, maduro, que sabe pisar o campo e que compreende facilmente o jogo. No entanto, será curioso reflectir sobre uma evidência: sendo Weigl um médio muito forte na transição de jogo em transporte e capaz de funcionar como um êmbolo na zona central do campo, percebe-se que, dada natureza do futebol português, não muitas vezes Weigl terá oportunidade de fazer o que melhor o pode diferenciar de um Florentino ou, mesmo, de um Gedson, que acaba de assinar pelo Tottenham, de José Mourinho. É verdade que também pode fazer, e bem, de central, o que, no actual momento de Ferro, pode torna-se numa providencial virtude."

Vítor Serpa, in A Bola

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