quinta-feira, 10 de setembro de 2020

«É INSUSTENTÁVEL CONTINUAR CALADO»


 João Gabriel, porta-voz da candidatura de Luís Filipe Vieira, reagiu às notícias que visam o presidente do Benfica e, num comunicado lido em conferência de imprensa, falou de uma campanha que visa desestabilizar e denegrir a imagem do clube e do seu líder.

«Temos vindo a assistir de forma continuada, grosseira e descarada a uma campanha permanente de insinuações que visam um único objetivo: interferir de forma indevida no ato eleitoral do Benfica agendado para o próximo mês de outubro. Não é normal que, no dia em que o Benfica anuncia, pelo sétimo ano consecutivo, resultados positivos, surjam notícias que alguém plantou nos jornais no dia de hoje. Não é coincidência que, já na passada semana, um jornal tenha pré-anunciado uma suposta acusação que alegadamente surgirá nos próximos dias. Não é igualmente inocente que, tendo a empresa de Luís Filipe Vieira, restruturado a dívida ao Novo Banco - uma restruturação que, diga-se, não implicou qualquer perdão, mas sim um reforço de garantias e liquidez que podem comparar a dezenas de outros processos idênticos e verificar se obedecem à mesma exigência -, semana após semana, o único processo que é mediatizado, e de forma deturpada, seja o de Luís Filipe Vieira. Um processo que foi transparente e do qual, é bom salientar, não há uma única referência negativa no relatório da Deloitte.
Ao contrário de tudo o que é dito, insinuado, plantado, sugerido, a verdade é que foram o Sport Lisboa e Benfica e o seu presidente os alvos de práticas criminosas e continuadas com o único objetivo de denegrir publicamente a instituição e o seu líder, sem qualquer consequência criminal até agora. A justiça não deve ser feita nos media porque essa não é a vocação dos media e também porque os julgamentos nos media desacreditam a justiça. Os benfiquistas e os portugueses saberão interpretar devidamente o oportunismo deste clima de insinuações.
É insustentável, por isso, continuar calado e não reagir a este clima de desestabilização artificial gerado pela realização de eleições no próximo mês de outubro. É igualmente insuportável verificar que alguns benfiquistas exultam com estas notícias como se os meios justificassem os fins. Não pode ser e não pode valer tudo. Uma mentira repetida muitas vezes não se transforma numa verdade, no entanto, existe o risco de gerar uma perceção errada e é nisso que alguém está desesperadamente a apostar. Veremos também se nas próximas datas relevantes para clube não irão coincidir com ações e notícias visando uma vez mais a desestabilização do Benfica.»
Em contagem decrescente para as eleições no Benfica, João Gabriel, porta-voz da candidatura de Luís Filipe Vieira, recusou apontar os autores da designada campanha de desestabilização que visa o presidente do clube.
«Se conseguisse (identificar os autores) teria dito aqui. Mas repito: que não são coincidências em relação à sucessão de notícias, timing e coisas completamente infundadas, não há dúvida», disse em conferência de imprensa, depois de ler um comunicado onde criticou a imprensa por apoiar a referida campanha.
«Não faz sentido que um dos processos que mais escrutinado foi no Brasil (caso Odebrecht) em 30 anos, de repente seja associado a Luís Filipe Vieira em Portugal, (com base) numa declaração que li num jornal em que se lê “Rui Pinto disse ter ficado com a ideia”. É a isto que me refiro: não pode haver complacência dos media em relação a insinuações infundadas que passam para os jornais desta maneira.»
Questionado se esta campanha e o processo contra Luís Filipe Vieira poderão interferir na decisão dos sócios do Benfica nas próximas eleições, Jorge Gabriel atirou: «Considero que os benfiquistas darão uma resposta cabal em outubro e vão reagir da forma que devem reagir a este clima se instalou. Mas falou em processo: o ridículo é que não há nenhum processo. Falamos de uma pessoa (Rui Pinto) que está a ser julgado por extorsão.»
Sobre se Luís Filipe Vieira está disponível para um debate com os restantes candidatos de forma a dissipar todas as dúvidas: «A garantia que posso dar é que Luís Filipe Vieira, em função da necessidade como presidente do Benfica, num momento desportivo crítico, está a ser prejudicado por não poder vestir ainda a pele de candidato.»

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