"Fez-se história! O maior das ilhas venceu no Dragão (ou Antas) pela primeira vez para o campeonato, num relvado inclinado, o que realça ainda mais a justiça do resultado. Dizia antes do jogo que estes são os jogos mais fáceis de assistir: não temos nada a perder e, normalmente, não sentimos aquelo nervoso miudinho. A verdade é que, ao longo deste jogo interminável, a ansiedade foi aumentando exponencialmente, acabando da melhor maneira com uma felicidade estampada no rosto!
Na 2ª jornada o Marítimo recebeu e venceu o Tondela, tendo sido um jogo muito comentado durante a semana seguinte devido ao antijogo praticado pelos madeirenses. Compreendo e reforço as críticas efetuadas pois assumo que fiquei envergonhado por tal postura: o antijogo faz parte do futebol e aceita-se, pois cada qual luta com as suas armas, mas há limites, e esses foram ultrapassados neste jogo.
Contudo, este jogo deveria ter terminado nos Barreiros e não ser prolongado para o norte de Portugal. Aquilo que se passou no estádio do FC Porto foi o futebol português no seu “melhor”, com uma arbitragem totalmente parcial, em claro benefício para o campeão em título.
A equipa de arbitragem estava nitidamente influenciada pela atitude que os verde-rubros tiveram contra o Tondela, mas também condicionada pelas declarações do treinador dos azuis e brancos na antevisão da partida. Não é a primeira vez que Sérgio Conceição faz este tipo de pressão sobre os árbitros (nem será a última) e ninguém consegue admitir que isto também é antijogo?
Como é possível dar 10 minutos de compensação? Verificaram-se algumas perdas de tempo, tal como há em todos os jogos, mas em nada, repito, em nada se justifica este tempo extra.
De entre os vários equívocos de arbitragem, há que destacar a grande penalidade assinalada contra o Marítimo - admito que à primeira vista se possa assinalar falta, no entanto, o VAR tinha a obrigação de o corrigir. Com a atual tecnologia, é inadmissível um erro destes. Valeu-nos a brilhante defesa de Amir!
Gostaria ainda de enfatizar o antijogo de Marega e, por conseguinte, do FC Porto. Um jogador que tenta ludibriar o árbitro por duas vezes de forma a beneficiar de um penalty não estará a fazer antijogo? E, pelo que vimos, o árbitro foi complacente pois nem amarelo deu...
Dentro das quatro linhas, jogando contra 14 (+ VAR e + 4º árbitro) e com uma posse de bola muito reduzida, o Marítimo teve uma mão cheia de oportunidades de golo tendo efetivado três delas, além de um outro golo anulado por míseros nove centímetros. Ao contrário do que muitos apregoam, apenas nos vinte minutos finais é que o Marítimo se foi fechando nos últimos 25 metros, por culpa da equipa da casa, pois esta estava já em desespero à procura do empate. E, mesmo assim, ainda foi possível marcar um 3º golo em contra-ataque.
Em suma, e tendo em conta toda a envolvência do jogo, foi uma exibição espetacular, consumada com os três pontos, que deixou todos os maritimistas extremamente felizes e orgulhosos."
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