terça-feira, 20 de outubro de 2020

NINGUÉM PÁRA O BENFICA

 


"O termo “parar” aplica-se na perfeição. Não apenas pelos quatro triunfos em quatro jogos na Liga, mas porque é mesmo uma questão de não ser possível parar os quatro “cavalos” da frente após cada roubo de bola encarnado.

Só na primeira parte quatro golos, todos a surgirem em momentos de Transição – Dois não contaram por questões de centímetros.

Pressão sobre a saída do Rio Ave com Rafa a sair, e Everton a ficar

Diz-se que com bola se controla o jogo. Contra o Benfica, na realidade nacional a bola é o primeiro caminho para a perda e o golo encarnado. A capacidade de pressão dos elementos da frente, expressa não apenas na velocidade a que encurtam espaço para portador e linhas de passe próximas, mas também em como desarmam adversários voltou a valer ao Benfica de Jesus um sem número de recuperações altas que terminaram invariavelmente com grandes oportunidades.
E se a forma como aperta cada saída adversária impressiona, a capacidade de definição dos seus jogadores da frente é verdadeiramente notável – Em especial Luca e Everton que são eficientes e eficazes. Decidem bem, executam bem. Se há possibilidades de haver perigo eles criarão o perigo. 
Entre golos somados e anulados, o Benfica atropelou os vila condenses no primeiro período, dando por vezes a sensação de que a equipa de Mário Silva não era sequer do mesmo campeonato, tamanhas as dificuldades que sentiu para ultrapassar a linha do meio campo.
Darwin já se percebeu, não tem a habilidade técnica dos “predestinados”, mas é verdadeiramente difícil de defrontar – A passada larga, o poderio físico que ganha duelos e atira ao solo quem se atreve a disputar consigo os lances, tornam-o um jogador temível após cada roubo de bola, e um dos elementos em foco no Benfica.
Bastante apreciável foi o trabalho de coordenação defensiva da última linha encarnada – Mesmo com pouco tempo de trabalho entre Otamendi e Vertonghen, a linha esteve alta, concentrada, bem orientada, e com isso encurtou o campo de ataque ao Rio Ave. Quando batida, no individual o argentino e o belga venceram os duelos e apenas por um par de ocasiões o Rio Ave ameaçou a baliza de Ody.

Saída para o Ataque – Posicionamento em diferentes linhas dos médios

Destaques individuais: Luca – Nem sempre aparece no jogo, mas sempre que assim acontece define com qualidade elevada. Cria, Acelera, Pausa, Marca. Gabriel – Menos errático com bola (percebe-se que Jesus não lhe dará espaço para muita “invenção”) demonstrou a capacidade de recuperação da posse de sempre, ficando ligado ao primeiro golo. Otamendi – Forte nos duelos, controlou sem grandes problemas os momentos em que teve de sair da linha fosse aproximando de Gilberto, ou no espaço à frente / atrás da sua linha. Foi um garante de segurança."

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