"O início do Benfica foi prometedor. Mesmo sem criar, encostou o Braga atrás, recuperou de forma rápida a bola e durante um bom período foi senhor mandão, nem parecendo que do outro lado estava tão valiosa equipa.
Contudo, o ascendente inicial do Benfica nunca desorganizou a equipa de Carlos Carvalhal, uma vez mais com um processo defensivo híbrido – A presença de Sequeira, Moura e Galeno no corredor esquerdo assim o proporciona. – Sai para pressionar e defender alto em 4x4x2, com Galeno a integrar a linha da frente, e quando tem de fechar o espaço mais próximo da sua baliza remete-se a um 5x4x1 – Moura fecha como lateral, Sequeira vira central e Galeno fecha como ala, deixando Paulinho na frente – não apenas controlou o ataque posicional do Benfica, como também perdeu pouquíssimas bolas com a equipa aberta que pudessem proporcionar espaço para o Benfica acelerar.
4x4x2 que se transforma em 5x4x1 em zonas mais baixas
A teia defensiva bracarense neutralizou investidas, mas também o Benfica controlava muito bem o jogo na Transição Defensiva, sempre que estava alto. Só um erro poderia fazer balançar o resultado, e esse surgiu por Otamendi – Não pode em circunstância alguma fazer um passe por cima (logo de difícil recepção) para o corredor central com a equipa aberta! O talento de Iuri resolveu e abriu o marcador, quando antes já havia sido numa perda de Pizzi o lance mais perigoso da partida, que Galeno não finalizaria depois de Esgaio deitar Odysseas.
Everton, Luca, Darwin e Rafa sempre sem espaço
Jorge Jesus mudou a equipa logo no início da segunda parte – Seferovic juntou-se a Darwin, e Luca ocupou o lugar de Everton, enquanto Gabriel foi a jogo com o intuito de recuperar mais bolas na pressão – Coisa que o Benfica nunca fez enquanto jogou com Pizzi e Samaris no meio.
Se os intentos poderiam ser interessantes, um golo logo no recomeço e mais tarde um erro tremendo de Odysseas, deixaram novamente o Benfica com três golos sofridos e numa desvantagem impressionante no marcador.
Só depois do golo de Seferovic o Benfica acordou. Teve energia mas nem sempre discernimento e depois de Luca perder o que seria o 3 a 2, o Braga foi gerindo o jogo mas sem a qualidade organizacional do primeiro período. A fadiga afastou as linhas minhotas, e a entrada de Grimaldo trouxe critério e qualidade ofensiva ao corredor lateral encarnado que até então só somava erros.
Sem laterais (Tavares e Gilberto) capazes de criar – Seria já bom que não errassem, porque erram e bastante, coarctando hipóteses de ligar o jogo com qualidade – com um meio campo sem andamento para um sistema que utilize apenas dois médios, os problemas encarnados estão identificados e se não forem ultrapassados continuarão a trazer dissabores decisivos para a equipa lisboeta.
A vitória bracarense na Luz não expôs mais do que o que já se percebia serem as lacunas de um plantel desequilibrado qualitativamente entre os vários sectores."
«Vamos arrasar!», exclamou o «salvador de LFV».
ResponderEliminarPaok venceu-nos - e lá se foram 40 milhões;
Farense fez-nos a vida cara;
Boavista humilhou-nos;
Rangers quase nos vencia;
Braga venceu-nos.
Equipas de clubes médios/pequenos. Equipas com defesas compactas, pressão sobre a bola, bom contra-ataque. Não sabemos jogar contra equipas que jogam desse modo. Não há treinador que nos defronte que já não tenha percebido isso. E o nosso treinador com os seus «sistemas alternativos», com a sua «mestria», onde é que ele tem estado?
A nossa defesa quando é que estará «afinada»? Quando é que a estrutura deixará de cometer erros crassos como aquele de pagar uma fortuna por um senhor chamado Otamendi? E aqueloutro de não ter alternativas a Grimaldi e a André Almeida há uma data de anos? O Nuno Tavares é defesa para o Benfica? E o Diogo Gonçalves (a pena que dá ver como estão a desperdiçar um grande extremo, arrisco a dizer, como se calhar não temos outro, obrigando-o a jogar atrás)?
E o meio campo? Que miséria franciscana! O Coluna e o Jaime Graça, as voltas que darão na tumba! O Vítor Martins, o João Alves, o Carlos Manuel, O Aimar, o Fejsa, o Matic, o Petit, o Witsel, o Toni, o Ramires, o Shéu, o Valdo, o Enzo Pérez, o Manuel Fernandes, o Javi Garcia, o Renato Sanches, olham para aquela caterva de pinos, de matraquilhos, e devem pensar: «Como é possível estes tipos jogarem no Benfica»? E o Rui Costa, parte integrante da «estrutura» e agora vice-presidente-rei, o que dirá?
Uma equipa desequilibrada, há épocas consecutivas - o adepto comum vê isso e os responsáveis não veem?
Como podem ter a lata de apelar à unidade - que pretendem seja o calar do descontentamento pelas burradas consecutivas na constituição da equipa, e do desgosto de vê-la a fazer as figuras tristes que faz, a esbanjar pontos como equipa de clube pequeno? Não percebem o benfiquismo, é o que é.
Isto é o Sport Lisboa e Benfica?