"Concordas com a escolha do português como o maestro deste SL Benfica?
Quem é o maestro na equipa do SL Benfica? Isto é algo que todos os adeptos de futebol e em especial da nossa liga se perguntam e parece que a resposta chegou… finalmente.
À medida que o tempo vai passado e que Nélson Veríssimo tem mais tempo de trabalho, cada vez mais nos vamos esquecendo (e os jogadores também) da passagem de Jorge Jesus. Isto faz com que alguns jogadores que estavam com dificuldades em apresentar um nível digno de registo com o anterior treinador, estejam agora a sobressair. Um deles é Gonçalo Ramos.
O jovem português tornou-se uma aposta clara com Nélson Veríssimo e jogo após jogo vem cimentando aquilo que é a sua importância no jogo da equipa. Se começou a carreira como médio e agora já ninguém o via de outra forma como um homem-golo, a verdade é que Ramos vem a provar que pode acrescentar ainda mais qualidades à sua polivalência e hoje em dia é o maestro do ataque do SL Benfica.
Isto acontece porque o treinador o tomou como aposta pessoal, tendo em aquilo que conhecia do potencial do jovem formado no Seixal e também acontece pela necessidade da equipa. Nenhum outro avançado do SL Benfica consegue baixar tanto para jogar até com centrais de forma a ligar o jogo das águias e facilitar as saídas de bola. Nenhum outro avançado tem características para jogar entrelinhas como o jovem internacional sub-21.
Se com Jorge Jesus chegou até a jogar colado à linha, com Veríssimo é um jogador que tem liberdade praticamente total para descair no corredor ou recuar na zona central de forma a que consiga ajudar a equipa a progredir no terreno. Um jogador em constantes associações com os colegas e que dá à equipa um jogo mais ligado e mais capaz de criar perigo ao adversário.
A equipa do SL Benfica não está construída para ser uma equipa de posse e dominante. É um plantel feito para um jogo de transições que possa servir jogadores como Darwin ou Rafa.
Contudo, na maior parte dos jogos em território nacional, o SL Benfica passa a maior parte do tempo a atacar e rapidamente se verificou que a equipa não tinha ideias para conseguir evoluir no terreno de jogo ficando muita vez a “mastigar” a posse de bola à entrada do meio campo adversário sem criar qualquer oportunidade, por vezes, durante partes inteiras.
O papel de Gonçalo Ramos vem simplificar e ajudar. Ora baixa para vir buscar bola, ora descai num corredor para criar superioridade numérica, ora aparece na área a finalizar.
Esta liberdade de movimentos torna o jogador encarnado num verdadeiro quebra-cabeças para as defesas adversárias, que nem sempre percebem se devem acompanhar correndo o risco de abrir espaços que lhes é prejudicial.
Longe de ser um prodígio técnico, Gonçalo Ramos é hoje um jogador mais capaz, mais completo, mais entendedor do jogo e do que Veríssimo lhe pede em campo. Chegaram os golos, chegaram as assistências e as sólidas prestações."
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