terça-feira, 12 de abril de 2022

CONTINUA A MACACADA

 


"Fernando Madureira, dirigente do Canelas e líder da claque do FC Porto “Super Dragões”, foi suspenso por quatro meses e meio por ter violado três vezes uma suspensão inicial de 23 dias, que não cumpriu. Além desta suspensão, existe ainda outra que o proíbe de entrar em estádios durante cinco meses, aplicada pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD).
Para estupefação de todos, Fernando Madureira tem vindo a marcar presença nas bancadas dos estádios, como se nada se passasse. Seja em jogos da Liga 3, seja em jogos da Liga Bwin ou seja em jogos da seleção nacional, lá está ele, sem que nada nem ninguém o impeça de tal. A justiça fecha os olhos e ignora o assunto e a federação, promíscua e conivente, até lhe fornece bilhetes de borla.
Recorde-se que em 2017, após o Benfica ter exigido uma clarificação sobre a relação da federação com a claque formada por Fernando Madureira, esta esclareceu que não havia formado “um grupo organizado de adeptos" e que condenava “de forma inequívoca toda e qualquer tentativa de instrumentalização da seleção nacional”.
O absurdo da situação é que após este comunicado, o apoio “oficioso” intensificou-se e, mais recentemente, nos jogos para o play-off do mundial no Qatar, veio a saber-se que a federação tinha disponibilizado 200 bilhetes a Fernando Madureira para distribuir pela sua claque “oficiosa”. Por mera coincidência, parte dos bilhetes acabaram a circular no mercado negro e vendidos a preços proibitivos. Os Lamborghinis e Porsches não são de graça e não é com ordenados mínimos declarados que certamente se ficará rico.
É absolutamente vergonhoso o conluio desta instituição com elementos dúbios que lesam todo o desporto português e o próprio Estado. Vivemos num país sem rei nem roque onde quem é criminoso sai impune e beneficiado com o manifesto apoio de quem rege o desporto nacional.
A Federação Portuguesa de Futebol está podre nos seus alicerces e necessita urgentemente de uma reforma nos seus orgãos federativos. Só através de uma limpeza profunda poderá voltar a existir isenção, neutralidade e justiça."

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